Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acad. Pedro Paulo Brito 19.1 DPOC e CA de pulmão Hemoptise (vídeo aula) · Quantidade de sangue oriunda das VA e pulmões · Antes era patognomonica de tuberculose (também ocorre em casos de câncer e doenças inflamatórias crônicas, como bronquite, bronquiectasias e pneumonia podem causar) Tosse (vídeo aula) · Aguda (até 3 semanas) · Subaguda (3 a 8 semanas) · Crônica (superior a 8 semanas) causas · Resfriado, sinusite aguda, gripe e bronquite aguda · Rinite, laringite · Exacerbação de doenças como asma, bronquiectasia, DPOC · Alérgenos e CE · Drogas: inibidores de ECA e B-bloqueador · Pneumonia/tuberculose, edema, CA de pulmão, DRGE DPOC (Vídeo aula) · Mais comum causa de tosse crônica · Limitação irreversível do fluxo aéreo decorrente de um processo inflamatório crônico nas vias e no parênquima em resposta a agentes nocivos (principalmente fumaça) Fisiopatologia · Fumaça de cigarro e outros químicos estimulam a produção de oxidantes e radicais livres, reduzindo a produção de anti-oxidantes · Esses oxidantes e radicais livres · Hipersecreção de muco e processo inflamatório: bronquite crônica · danificam a célula epitelial e lesionam a matriz (inflamação da mucosa) · ativação de macrófago e neutrófilos que fazem enfisema (perda da elasticidade com destruição dos alvéolos) por desbalanço protease-antiprotease · perda da elasticidade, destruição alveolar, retenção de ar periférico · produção de muco, com processo inflamatório na mucosa brônquica (aumento da resistência e limitação ao fluxo aéreo) · distúrbio na V/Q: anormalidade de trocas gasosas, com redução da PO2 e aumento da PCO2 fatores de risco · tabagismo · poeira ocupacional · fumaça de lenha, irritantes químicos · infecções respiratórias graves na infância · deficiência de alfa 1 antitripsina Qaudro clínico · idade superior a 40 anos · tosse produtiva ou não · tabagista crônico (mais de 20 anos) · dispneia progressiva (MRC) · sintomas respiratórios crônicos · sibilancia · perda ponderal, anorexia, cor pulmonale · questionário CAT: avalia o impacto da doença no dia a dia do paciente Exame complementar · Espirometria · Avalia volume tempo · Avalia parâmetros importantes pulmonares de doença obstrutiva · Volume expirado no 1º seg (VEF): reduzido (ar fica preso) · Capacidade vital forçada (CVF) quantidade em litros eliminado durante a curva expiratória: reduzia · Relação volume expirado forçado/capacidade vital forçada (VEF/CVF): vai estar reduzido · Curva fluxo/volume: redução do índice de fluxo CA de pulmão · Elevada letalidade entre as doenças neoplásicas · Maioria dos casos entre 50 e 70 anos · Tabagismo aumenta seu risco em 40 vezes Achados clínicos · Tosse seca ou produtiva · Hemoptise · Dispneia (derrame pleural, linfagite, obstrução brônquica) · Sibilos (pela obstrução da luz brônquica) · Febre e calafrios (pneumonia obstrutiva ou necrose tumoral) Diagnóstico · Quadro clínico epidemiológico · Exame de imagem: raio-X de tórax, TC de tórax · Broncoscopia: abordagem de biópsia transtorácica (guiada por TC), de pleura, mediastino) Diferença entre síndrome pulmonar obstrutiva e restritiva · Obstrutiva: obstrução do fluxo no conduto respiratório ou até a região dos bronquíolos e alvéolo: asma, DPOC, bronquiectasia · Restritiva: limitação da capacidade do volume pulmonar (redução da complacência): atelectasias, angústia respiratória aguda, pneumonia Bronquiectasia: dilatação e destruição dos brônquios por inflamação crônica Atelectasia: colapso do tecido pulmonar, com perda do volume Enfisema: perda da elasticidade pulmonar pela destruição das paredes alveolares (acúmulo de ar) DPOC (medcurso) Definição e epidemiologia · Síndrome caracterizada pela obstrução crônica difusa das Vai, irreversível com destruição do parênquima (bronquite crônica + enfisema pulmonar) · Comum a partir dos 50 anos · Tabagismo é o principal comportamento e fator de risco · Estimula produção de muco e hipertrófica glandular · Reduz e bloqueia movimento ciliar · Ativação macrofágica e neutrofílica Carga tabágica · Multiplicação entre a quantidade de maços por dia pelo número de anos de tabagismo · 2 maços por dia, por 30 anos = 60 anos-maço · Carga tabágica acima de 40 anos-maço é o mais comum na DPOC · 1 maço são 20 cigarros Fatores de risco · Tabagismo (passivo também) · Poluição (lenha, carvão, fumaça) CA de pulmão e DPOC · Tabagismo é o principal fator de risco para os 2 · DPOC influencia muito no surgimento de CA de pulmão Fisiopatologia Bronquite crônica · Hipertrofia e hiperplasia de glândulas mucosas · Hipersecreção de muco · Hipersecreção e processo inflamatório · Redução das vias aéreas pelo espessamento da parede brônquica Enfisema pulmonar · Alargamento dos espaços aéreos pela destruição progressiva dos septos alveolares · Causa obstrução porque existe perda do tecido elástico, o que reduz o lúmen (principalmente na fase expiratória) · Por conta desses fatores, o ar fica aprisionado e o pulmão hiperinsuflado · Isso gera a retificação do diafragma, utilização da musculatura acessória Quadro clínico História clínica · Queixa mais marcante é a dispneia aos esforços · Evolução insidiosa e progressiva · Pode haver ortopneia e dispneia paroxística noturna · Tosse é de extrema frequência, muitas vezes com expectoração, pela manhã (bronquite crônica) Exame físico · Inspeção · Prolongamento expiratório · Dispneia · Utilização de musculatura acessória · Ancoragem · Pode estar avermelhado ou pletórico (aumento da EPO renal) · Cianose (hipoxemia pela dessaturação da hemoglobina) · Tórax em barril · Palpação · Redução do FTV · Percussão · Hipertimpanismo (aprisionamento de ar) · Ausculta · Sibilos (redução do lúmen) · Roncos (hipersecreção de muco) · Redução do murmúrio vesicular Diagnóstico Exames complementares Prova da função pulmonar · Espirometria é um exame mandatório · VEF1: volume expirado no 1º segundo · CVC: capacidade vital forçada · Relação VEF1/CVC inferior a 70% do previsto, sem alteração após prova broncodilatadora · Avalia a evolução da doença também TC de tórax · Teste definitivo (?) para estabelecer a presença ou não de enfisema na DPOC · Influencia pouco nas decisões terapêuticas Outros inespecíficos · Hemograma: eritrocitose, pela hipoxemia · Gasometria arterial: hipoxemia PaO2 < 55 mmHg ou SaO2 <88%, hipercapnia (pacientes mais graves) · ECG: afastar cor pulmonale · Radiografia de tórax: alterado nos casos avançados. Retificação das hemicúpulas diafragmáticas, hiperinsuflação pulmonar, hipertimpanismo com redução da trama vascular Classificação da DPOC · Guideline GOLD · Monta estratégia terapêutica Intensidade dos sintomas · mMRC: avalia a dispneia · CAT: avaliação abrangente (qualidade de vida) · questionários respondidos pelo paciente Grau de obstrução das vias aéreas (estadiamento Gold) · queda do VEF1 · deve ser medido após a prova broncodilatadora · avalia mais a exacerbação CAT (COPD Assessment Test) Tratamento · abstinência do tabagismo · tratamento farmacológico das exacerbações · antibioticoterapia: aumento do volume do escarro, purulento, aumento da dispneia · reabilitação cardiopulmonar · oxigenoterapia nos hipoxêmicos · ventilação não invasiva com pressão positiva (VNI) em pacientes descompensados · beta-2-agonistas (broncodilatadores) CA de Pulmão Definição · câncer de pulmão (carcinoma broncogênico) são as neoplasias malignas com origem no epitélio do trato respiratório inferior · pode ser de pequenas células e não pequenas células (carcinoma epidermoide, de grandes células anaplásico e adenocarcinoma) · atinge principalmente idosos entr 50-70 anos · diagnóstico geralmente em estágio avançado Etiologia · tabagismo é a principal causa · alto risco > 20 maços-ano · exposição ambiental à agentes carcinógenos (radônio, asbestos) · DPOC, fibrose pulmonar, idiopática preexistentes, Tipos · lembrar que linfomas, sarcomas mesotelioma e carcinoides podem acontecer no pulmão, mas não são broncogênicos Carcinoma não pequenas células · epidermoide:localização central ou proximal, tumoração exofítica de fácil visualização à broncoscopia. Mais bem diagnosticado na citologia do escarro · adenocarcinoma: periférico, encontrado mais na citologia de líquido pleural, apresenta um pior prognóstico com relação ao escamo · bronquíolo-alveolar: lesão difusa multinodular, se espalhando pelos espaços alveolares (imagem ao lado) · carcinoma de grandes células anaplásico: muito indiferenciado, sendo o menos frequente, com pior prognóstico, também periféricos Carcinoma pequenas células · Pior e mais agressivo de todos · Localização central com invasão de mediastino Apresentação clínica · Geralmente não causa sintoma até estar avançado · Tosse: pode ser causada pela invasão da mucosa brônquica, pneumonite, atelectasia, derrame, cavitação da lesão · Pacientes que evoluem com piora da tosse não justificada deve suspeitar de CA de pulmão · Hemoptise: necrose tumoral, ulceração mucosa, erosão, pneumonia pós-obstrutiva e TEP · Tumor em sulco superior do pulmão: síndrome de Pancoast · Dor no ombro/escápula, dor ulnar · Destruição radiológica da 1ª e 2ª costela · Perda de peso Exames complementares · Exame físico · Laboratoriais (hemograma) · Radiografia de tórax (nódulo, massa, infiltrado, alargamento do mediastino, efusão pleural) · TC: maior sensibilidade (tamanho, localização, forma, estadiação) · Broncoscopia (exame endoscópico, sedação, permite realização de biópsia), citologia do escarro (meio não invasivo, descamação epitelial espontânea), toracocentese, biópsia Referências: · Aula (AVA) · Resumo PP semio resp (4º semestre) · Clínica médica dos sinais e sintomas · Material MSD ava · Medcurso pneumo I e II Clínica I: tutoria
Compartilhar