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A origem da vida e Teorias evolucionistas

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A origem da vida e Teorias evolucionistas 
 
A origem da vida 
Hipótese da panspermia cósmica 
(cosmozoários) 
Supõe que micro-organismos oriundos de outros pontos 
do espaço, transportados por meteoros ou por 
meteoritos, teriam chegado ao nosso planeta e, 
encontrando condições favoráveis de sobrevivência, 
teriam se proliferado, começando o povoamento da 
Terra. 
Restrições: 
▪ As formas de vida conhecidas dificilmente 
resistiriam, sem proteção adequada 
▪ A hipótese não explica a origem da vida; apenas 
transfere o problema da Terra para outro ponto 
qualquer do Universo. 
Hipótese heterotrófica 
Embora também tenha suas restrições, é a mais aceita 
pela comunidade científica atual. 
Defende que a origem da vida foi a partir de compostos 
orgânicos. A formação dessas moléculas orgânicas se 
denomina evolução pré-biológica. 
O ponto de partida dessa hipótese são as supostas 
condições que devem ter existido na Terra primitiva. 
▪ Os gases eram a amônia (NH3), o metano (CH4), 
o hidrogênio (H2) e o vapor-d’água (H2O). Esses 
gases teriam se originado das rochas fundidas. 
▪ A condensação do vapor-d’água originava 
chuvas que caíam sobre a crosta bastante 
aquecida. 
▪ Não existia ainda uma camada de ozônio (O3) 
perfeitamente formada. 
A ocorrência de descargas elétricas na atmosfera pode 
ter provocado reações químicas entre os gases, fazendo 
surgir compostos orgânicos como aminoácidos, 
monossacarídeos, ácidos graxos, etc. Esses compostos 
orgânicos teriam se precipitado, junto com a água das 
chuvas, na superfície do planeta. Devido à alta 
temperatura da superfície, a água retornava rapidamente 
à atmosfera por evaporação, deixando os compostos 
orgânicos sobre as rochas bastante aquecidos. 
Presume-se que as moléculas de aminoácidos sobre as 
rochas aquecidas pudessem combinar-se por ligações 
peptídicas, dando origem a protenoides, que seriam as 
primeiras proteínas a existir na Terra. 
Oparin admite que a insistência das chuvas por milhões 
de anos e o resfriamento da superfície terrestre acabou 
levando ao aparecimento dos primeiros mares na Terra. 
Para esses mares primitivos, foram sendo arrastadas as 
proteínas e outros compostos orgânicos. 
Nos mares primitivos, as proteínas teriam formado 
sistemas coloidais (coloides). Da aglomeração e da 
interpenetração dos coloides teriam surgido os 
coacervados (coacervar = reunir). 
Com o passar do tempo, poderiam ir englobando 
partículas orgânicas e inorgânicas, transformando-os em 
grandes complexos químicos que abrigavam inúmeras 
substâncias. Nesse tempo, já deveriam ter surgido 
proteínas com capacidade catalisadora, isto é, enzimas. 
Assim, compostos ricos em radicais fosforados poderiam 
ter se combinado com proteínas, formando 
nucleoproteínas com capacidade de autoduplicação. 
Essas nucleoproteínas autoduplicáveis seriam os 
protogenes, isto é, os genes primitivos. 
Esses protogenes teriam se associado uns aos outros, 
formando filamentos, os cromossomos. Esses 
cromossomos, envoltos pela massa de coacervados, 
originaram gotículas quase vivas, as pré-células. Depois, 
surgiram as membranas lipoproteicas. Com isso, a 
gotícula assumia um certo grau de autonomia para 
funcionar e para se reproduzir. Teriam surgido, assim 
primitivas células. 
As primeiras células surgidas nos mares primitivos devem 
ter sido heterótrofas, pois num processo evolutivo 
qualquer, surgem, primeiramente, as estruturas mais 
simples. 
Esses primeiros seres vivos, é de se supor que tenham 
sido anaeróbios, obtendo energia dos alimentos através 
da fermentação. Com a evolução, algumas células 
adquiriram a capacidade de sintetizar a clorofila, tornando-
se possível a realização da fotossíntese. Surgiram, então, 
os primeiros autótrofos fotossintetizantes. Como esses 
seres passaram a eliminar o O2 no meio ambiente, isso 
possibilitou o surgimento de seres de respiração aeróbia 
Fermentação → Fotossíntese → Respiração aeróbia 
Restrições: 
▪ Ela não explica, por exemplo, como se deu o 
surgimento do código genético. 
Hipótese autotrófica 
A hipótese autotrófica difere da heterotrófica pelo fato 
de admitir que os primeiros seres vivos da Terra seriam 
autótrofos, isto é, capazes de fabricar seu próprio 
alimento. No entanto, sabe-se que as reações do 
metabolismo autótrofo são muito complexas. 
A hipótese autotrófica tem ganhado cada vez mais 
adeptos entre os cientistas, notadamente a partir de 1997, 
quando ocorreu a descoberta das chamadas fontes 
termais submarinas. Nesses locais, existe vida abundante, 
tendo, na base da cadeia alimentar, bactérias autótrofas, 
que não realizam fotossíntese. Esses seres fazem 
quimiossíntese, utilizando energia liberada por reações 
entre componentes inorgânicos para fabricar suas 
próprias substâncias alimentares. 
Assim, segundo a hipótese autotrófica, a quimiossíntese 
teria surgido primeiro. Depois, teriam surgido a 
fermentação, a fotossíntese e, finalmente, a respiração 
aeróbia. 
Biogênese 
Segundo a teoria da biogênese, os seres vivos se 
originam somente a partir de outros seres vivos 
preexistentes, através da reprodução. 
Abiogênese 
Durante muito tempo, acreditou-se que seres vivos 
também poderiam surgir a partir da matéria bruta. Essa 
ideia de que a vida pode surgir da matéria sem vida ficou 
conhecida como abiogênese. 
 
Teorias evolucionistas 
Lamarckismo (1809) 
Foi um dos primeiros a admitir que os seres vivos se 
modificam com o passar do tempo. Em 1809, propôs uma 
hipótese de como uma espécie poderia dar origem a 
outras espécies. 
O lamarckismo baseia-se em dois pontos básicos: lei do 
uso e desuso e lei da transmissão das características 
adquiridas. 
As alterações das condições ambientais desencadeariam 
em uma espécie a necessidade de se modificar. Em 
consequência, a espécie adquiriria novos hábitos, fato que 
acarretaria a utilização mais intensa e frequente de certos 
órgãos (hipertrofia) ou, então, que acarretaria o desuso 
de órgãos (atrofia). Assim, pelo uso ou desuso de certos 
órgãos e estruturas do corpo, os indivíduos passariam a 
ter novas características. Através da reprodução, essas 
novas características passariam a ser transmitidas aos 
descendentes. 
Embora certo em suas convicções, o lamarckismo está 
errado em suas explicações. 
A maior falha da teoria está exatamente aí, na 
transmissão dos caracteres adquiridos ao longo das 
gerações. 
Darwinismo (1859) 
O darwinismo baseia-se nos seguintes pontos: 
Os indivíduos de uma mesma espécie não são 
rigorosamente iguais uns aos outros. Há diferenças 
individuais que tornam alguns mais atraentes, mais fortes, 
mais rápidos. 
As populações crescem numa progressão geométrica, 
enquanto as reservas alimentares crescem apenas numa 
progressão aritmética. 
Face à desproporção entre o crescimento da população 
e a quantidade de alimento disponível, os indivíduos 
empenhar-se-iam numa “luta pela vida”. 
Como resultado da luta pela vida, haveria a “seleção 
natural” dos mais aptos em prejuízo dos menos aptos. 
Como fator de seleção, preservaria os indivíduos 
portadores de variações favoráveis e eliminaria os 
portadores de variações desfavoráveis. Dessa maneira, a 
natureza iria, ao longo das gerações, “aprimorando” a 
espécie, de modo a torná-la cada vez mais adaptada ao 
meio ambiente. 
O lamarckismo supõe que características novas são 
adquiridas por imposição do meio, enquanto o 
darwinismo considera que as características já existentes 
são apenas selecionadas pelo meio. Em outras palavras, 
para Lamarck o meio é causador das variações; para 
Darwin, o meio seleciona as variações. 
O darwinismo, entretanto, também cometeu falhas. 
Primeiramente, não soube explicar como surgem as 
novas variedades ou novas características entre os 
indivíduos de uma mesma espécie. 
Neodarwinismo (1940) 
Com o redescobrimento dos trabalhos de Mendel e com 
o aprofundamento do conceito de gene, foi possível 
determinar os responsáveispela variabilidade nos seres 
vivos: as mutações e a recombinação gênica. 
Os novos genes produzidos determinam características 
fenotípicas que poderão ou não ser úteis aos seres que 
as possuem. Caso sejam úteis e passadas à 
descendência, serão perpetuadas. 
A recombinação gênica também contribui para a 
variabilidade. A reprodução sexuada, a segregação 
independente de dois ou mais pares de genes e o 
crossing-over são os fenômenos que permitem novos 
arranjos de genes que chegarão aos gametas, 
consequentemente, aumentando a probabilidade de 
ocorrência de genótipos diferentes. 
A mutação cria novos genes, e a recombinação os 
mistura com os genes já existentes, originando os 
indivíduos geneticamente variados de uma população. A 
seleção natural, por sua vez, favorece os portadores de 
determinados conjuntos gênicos adaptativos, que 
tendem a sobreviver e se reproduzir em maior escala 
que os outros.

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