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RESUMO ESTOMATO - Condições e lesões mais comuns de mucosa oral

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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
Condições e lesões mais comuns 
de mucosa oral 
Essas são as lesões que são mais 
recorrentes na população. 
• Língua geográfica/glossite migratória 
Etiopatogenia 
desconhecida, foi sugerida 
a ocorrência em indivíduos 
atópicos. Sendo mais 
comum em mulheres 2:1 
(fator hormonal); 
manifesta-se nos 2/3 
anteriores do dorso da língua, podendo concentrar-
se na ponta ou bordas laterais. Os pacientes podem 
expressar uma sintomatologia dolorosa, ao ingerir 
comidas com muito tempero, alimentos e frutas 
acidas, mas no geral é assintomática. 
OBS.: devido as características histológicas semelhantes pode ser 
chamada de psoríase da boca ou mucosite psoriasiforme, 
OBS.: devido a presença de HL A-Cw6 comum aos pacientes com 
psoríase e língua geográfica, os primeiros parecem ser mais 
suscetíveis ao eritema migratório. 
OBS.: por uma queda de imunidade temporária, o paciente pode 
expressar uma candidíase oral, de maneira sobreposta à língua 
geográfica, nesses casos pode haver sensação de ardência ou 
prurido. 
• Língua fissurada 
É classificada 
com um defeito do 
desenvolvimento da 
região oral, é 
relativamente comum 
e de etiologia incerta, 
porém a 
hereditariedade parece ser importante, tendo um 
caráter poligênico ou autossômico dominante com 
penetrância incompleta. 
As fissuras aparecem principalmente nas 
áreas dorsais, sua prevalência é de 2 a 5% em 
adultos e crianças, tendo predileção por homens. 
Pode estar associada a síndrome de Melkersson-
Rosenthal (edema e paralisia orofacial, língua 
fissurada). Não há necessidade de tratamento. 
OBS.: a orientação do paciente para higienização da língua é 
fundamental, para evitar o acumulo de comida. 
• Língua saburrosa 
Condição observada 
em pacientes que não 
escovam a língua; pois os 
restos de alimentos somado 
ao produto de degradação 
das bactérias, se depositam 
nas papilas filiforme. A 
coloração depende da 
quantidade de saburra 
acumulada. A indicação é a escovação diária da 
língua. 
• Língua pilosa (língua pilosa negra) 
É caracterizada 
pelo acumulo 
acentuado de ceratina 
nas papilas filiformes 
no dorso da língua, 
possui prevalência de 
0,5% em adultos, 
sendo comum a fumantes inveterados. Possui 
etiologia incerta, e pode estar associada a 
antibioticoterapia, higiene oral deficiente, 
radioterapia, debilidade geral, bochechos com 
antiácidos ou oxidantes, proliferação de bactérias e 
fungos. 
É mais comum na linha média, anterior às 
papilas circunvaladas e espalham-se para as 
bordas laterais e anteriores. As papilas são 
acastanhadas, amareladas ou negras, resultante do 
pigmento do tabaco ou do alimento. 
• Glossite romboidal mediana (GRM) ou 
atrofia papilar central da língua. 
É uma área 
romboide, despapilada, 
na área central do 
dorso da língua 
imediatamente anterior 
ao sulco terminal. É 
raro, acomete ambos 
os sexos em qualquer 
idade, sendo o fator 
etiológico a Candida; as hifas infiltram as camadas 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
superficiais do epitélio paraceratótico, causando 
hiperplasia pseudo-epiteliomatosa, deixando a área 
completamente despapilada. O tabagismo e uso de 
próteses pode predispor o aparecimento, e o 
tratamento é feito com antifúngicos (normalmente 
sistêmico – fluconazol 700mg), atrelado a higiene 
da língua. 
OBS.: não é patogênico; embora em casos de queda de imunidade, 
ele pode se tornar patogênico. 
• Papilite lingual 
As papilas 
foliadas, que são 
encontradas na 
margem da região 
póstero-lateral da 
lingua e na junção 
dos 2/3 a anteriores e 
no 1/3 posterior, têm tamanho e forma variadas e 
ocasionalmente aumentam de volume se irritadas 
mecanicamente ou por infecção local, e quando 
isso acontece, chama-se de papilite foliada. 
OBS.: não confundir com CEC (carcinoma extracelular de língua) 
pela localização de predileção dos carcinomas linguais. 
• Varicosidades linguais 
São inúmeras 
pápulas, que 
sobrepõem as veias 
profundas da língua, 
comum em idosos 
de ambos os sexos, 
e nas mulheres a partir de 45 anos, acometendo o 
ventre da língua, mas pode acometer também o 
assoalho de boca. 
• Macroglossia 
É uma condição pouco 
frequente; sendo comum em 
crianças que ainda estão se 
desenvolvendo, podendo ser 
chamada de 
pseudomacroglossia. 
Quando a macroglossia 
persiste ao crescimento da 
criança, temos a borda da língua denteada, visto 
que os dentes marcam essa borda. 
• Microglossia 
Não é uma lesão 
comum, e pode estar 
associada a condição 
de microcefalia; além 
da microgolissia, pode 
haver a anquiloglossia. 
O tratamento preconizado é a frenectomia, para 
que a lingua, mesmo pequena, possa desempenhar 
as suas funções. 
• Anquiloglossia 
É uma 
anomalia do 
desenvolvimento, que 
é caracterizada pelo 
freio lingual curto, o 
qual resulta na 
diminuição dos 
movimentos da língua. 
Pode ser observada em 1,7 – 4,4% dos recém-
nascidos, sendo ainda mais comum em meninos. A 
liberação do freio é recomendada, visto que a 
manutenção do freio curto afeta a nutrição e o 
desenvolvimento orofacial. 
• Leucoedema 
É uma 
condição comum a 
mucosa oral, sua 
etiologia é 
desconhecida; 
possui maior 
prevalência em 
indivíduos negros, ainda levando em consideração 
a predisposição genética. É relatado em 70% nos 
adultos negros e em 50% em crianças negras, essa 
preferência pode ser explicada pela pigmentação 
da mucosa, que torna mais visível a alteração 
edematosa. 
Tem uma aparência difusa, opalescente e 
branco-acinzentada cremosa da mucosa. A 
superfície apresenta-se frequentemente 
pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas 
ou rugosidades, quando essa região é distendida, 
as linhas “desaparecem”. As lesões não são 
destacáveis. Em geral, acomete a mucosa jugal 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
bilateralmente e pode estender-se até a mucosa 
labial. Em raras ocasiões, pode haver envolvimento 
do soalho bucal e dos tecidos palato-faringeanos. 
Não sendo necessário tratamentos, por ser uma 
condição benigna. 
• Linha alba 
É uma linha 
branca de ceratina, 
associada a pressão, 
irritação por fricção ou 
trauma de sucção da 
superfície vestibular, é 
comum na mucosa jugal, justamente na região da 
oclusão dos dentes. Aparece bilateralmente, a 
proeminência é variável em áreas desdentadas, e é 
pronunciada em dentes posteriores. Não há 
necessidade de tratamento e a regressão 
espontânea pode acontecer. 
• Impressões palatinas 
São 
semelhantes as 
impressões digitais, 
pois diferem de um 
individuo para o outro, 
aparecem na região 
palatina, próxima aos 
incisivos caninos e pré-molares da maxila. 
• Candidíase eritematosa/estomatite por 
dentadura 
Comum em 
pacientes desdentados 
que fazem uso de 
próteses totais ou 
parciais removíveis, 
que possuem uma 
resina que entram em 
contato com o palato do paciente. Por deficiência de 
higiene da prótese, a cândida provoca a mudança 
de cor no palato; o tratamento é a indicação da 
higiene do palato e da prótese de maneira correta; 
quando não há regressão da lesão, indica-se o gel 
de miconazol, que se orienta ao paciente passar na 
prótese e no palato quando for fazer o uso da 
prótese. Ou então bochechos, que mantenham o 
contato nessa região por 1’. 
• Torus palatino 
É uma 
exostose comum, 
que ocorre na linha 
média do palato duro, 
cujo sua patogênese 
é desconhecida, 
embora questiona-se 
a origem genética ou as contribuições ambientais. 
Apresenta-se como uma massa dura de osso que 
surge nalinha média. 
Em pacientes edêntulos, a remoção cirúrgica 
pode ser necessária para acomodar a prótese. A 
cirurgia também pode ser indicada para os tórus 
palatinos que apresentem ulceração recorrente ou 
que interfiram na função oral. 
• Torus mandibular 
É semelhante ao 
torus palatino. Apresenta-
se como uma 
protuberância óssea ao 
longo da superfície lingual 
da mandíbula acima da 
linha milohioidea, na região de pré-molares, tem-se 
envolvimento bilatereal. 
• Gengivite descamativa 
Condição 
comum em 
pacientes que 
possuem uma boa 
higiene oral, é uma 
área de inflamação 
linear, que pode 
acometer tanto maxila como mandíbula. É uma 
área com sensibilidade, e geralmente essa 
manifestação está associada a alguma doença 
sistêmica, ou, principalmente doenças autoimunes 
que aparecem na boca e na pele. É importante o 
acompanhamento do paciente, pois essa gengivite 
é um sinal que poderá haver instalação de outra 
patogenia. 
 
 
 
Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Estomatologia – 2021.1 
Referências: 
NEVILLE, B. W.; ALLEN, C. M.; DAMM, D. D.; et al. 
Patologia: Oral & Maxilofacial. 4ª Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016. 
Imagens do Google Imagens.

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