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TCC - Segurança do trabalho

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Prévia do material em texto

Bacharelado em Engenharia Civil 
 
 
 
 
TAISE ÁLIA SANTOS OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO: 
a importância dos programas e equipamentos de segurança em 
obras na zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco 
(SE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2021 
TAISE ÁLIA SANTOS OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO: 
a importância dos programas e equipamentos de segurança em 
obras na zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco 
(SE) 
 
 
 
 
Monografia apresentada no curso de graduação do 
Centro Universitário AGES como um dos pré-
requisitos para a obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Me. Raphael Sapucaia dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oliveira, Taise Ália Santos, 1996 
 SEGURANÇA DO TRABALHO: a importância dos programas e 
equipamentos de segurança em obras na zona urbana da Cidade de Canindé 
de São Francisco (SE)/ Taise Ália Santos Oliveira. - Paripiranga, 2021. 
 69 f.: il. 
 
 Orientador (a): Prof. Me. Raphael Sapucaia dos Santos. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – 
UniAGES, Paripiranga, 2021. 
 
 1. A importância dos programas e equipamentos de segurança em 
canteiros de obras.. 2. Segurança do Trabalho. I. Título. II. UniAGES 
 
 
 
TAISE ÁLIA SANTOS OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO: 
a importância dos programas e equipamentos de segurança em obras na 
zona urbana da Cidade de Canindé de São Francisco (SE) 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência parcial para 
obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil à 
Comissão Julgadora designada pela Coordenação de 
Trabalhos de Conclusão de Curso do Centro 
Universitário AGES. 
 
Paripiranga, 13 de julho de 2021__. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Raphael Sapucaia dos Santos 
Ages 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Alberto Brigeel Noronha de Menezes 
Ages 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, por ter me dado forças, perseverança e saúde nessa longa caminhada. 
Ao meu padrinho, Antônio José, que não está mais entre nós, por sempre acreditar em mim e 
me dar todo apoio. 
A minha mãe, Maria Cleudice, por ter batalhado para realizar meu sonho, me apoiar e 
incentivar nos momentos mais difíceis. 
Ao meu filho, Ricardo Miguel, por ter sido o meu impulso para continuar todos os dias. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, por ter me dado forças, saúde, coragem e perseverança durante esses 5 anos de 
curso e concepção deste trabalho. 
A minha mãe, Maria Cleudice dos Santos, por ter sido meu alicerce, minha maior 
incentivadora, por ter batalhado para realizar meu sonho e me apoiado em todos os momentos, 
principalmente nos mais difíceis, sem ela nada seria possível. 
Ao meu filho, Ricardo Miguel, por ser o grande motivo que me fez continuar todos os 
dias e meu apoio nos dias difíceis. 
Aos meus irmãos, Bárbara e Rai Júnior, que me ajudaram a chegar até aqui, por não me 
deixarem ceder nos momentos difíceis, por abdicarem de muitos momentos em suas vidas para 
que eu pudesse concluir esta caminhada. 
A José Henrique, por ter estado ao meu lado na construção desse trabalho, por todas as 
palavras de incentivo, por acreditar no meu potencial, mesmo quando eu mesma duvidei, e 
aguentando, fortemente, esse período tão conturbado ao meu lado. 
Ao Centro Universitário Ages, por ter me proporcionado uma intensa experiência 
acadêmica, por me possibilitar conhecer pessoas incríveis, as quais levarei para toda a vida, por 
todo o conhecimento adquirido e a oportunidade de ter alcançado a tão almejada graduação em 
Engenharia Civil. 
Ao meu orientador, Me. Raphael Sapucaia dos Santos, por compartilhar o seu 
conhecimento, por toda a sua dedicação e paciência, por todos os ensinamentos passados, 
disponibilidade, responsabilidade e competência na orientação deste trabalho. 
Ao coordenador, Me. Bruno Almeida Souza, por toda a sua dedicação, empatia e 
contribuição para a minha formação. 
Aos professores, Ma. Taísa Andrade Barbosa, Ma. Vanessa Silva Chaves, Me. Elso 
Moisinho e Me. Leonardo Andrade Bispo Silva, por terem contribuído de forma significativa, 
empática e competente para a minha formação acadêmica, por todo o conhecimento partilhado 
e dedicação singular ao seu trabalho como docente. 
As minhas comadres, Marília Oliveira, Luana Cordeiro e Vanilza da Conceição, por 
todo o apoio neste projeto e em toda a minha trajetória acadêmica, por todo o companheirismo, 
madrugadas, alegrias e angústias compartilhadas, por todo o incentivo e ajuda nos momentos 
mais difíceis. 
Ao meu compadre, Etevaldo Almeida, ao meu amigo José Antônio e as minhas amigas 
Jeane Ribeiro e Rosana de Farias, por terem, diretamente, me ajudado a chegar até aqui, com 
apoio e incentivo, além de acreditarem em mim em todos os momentos. 
A minha prima Tatiane Oliveira, por todas as palavras de apoio nas madrugadas de 
desespero. 
A minha amiga Amanda Mayletti, por me ajudar diretamente neste trabalho e por 
dedicar parte do seu tempo a torná-lo possível, pelas palavras de incentivo, apoio e por acreditar 
em mim. 
Aos meus companheiros de república, Natália Borges, Lucas Menezes, Ediane 
Peixinho, Renisson Silva e Luana Marinho, por todas a experiências compartilhadas, todos os 
momentos de alegria, tristezas e dificuldades vividas juntos, por uma vida construída e o apoio 
que encontramos uns nos outros. 
Aos meus amigos de curso, Ítalo Dantas, Tamires Dantas, Fabrícia Lima, Fábio 
Henrique e Charles Andrade, por todos os momentos compartilhados, as madrugadas de estudo 
e conhecimento, por terem prestados os melhores incentivos e apoio, por todos os momentos 
de dificuldade e alegria partilhados. 
Aos meus amigos, Gabriel Tiago e Liliana Alves, por indiretamente terem sido 
responsáveis pela consolidação desse trabalho, me apoiando, incentivando e partilhando 
comigo as madrugadas de sua construção, por tornarem leves os momentos difíceis e me 
ajudado a acreditar em mim mesma em todos os momentos finais da minha formação. 
A todos os funcionários da construção civil, que diretamente se disponibilizaram a 
responder meus questionamentos e foram extremamente solícitos ao me ajudarem a construir 
esse estudo. 
Por fim, e não menos importante, gostaria de agradecer a mim mesma, por ter sido tão 
forte e batalhar para a conquista desse sonho, que mesmo nos momentos mais difíceis encontrou 
coragem e forças para continuar, não fraquejou mediante aos problemas e provou para muitos 
que duvidaram a sua capacidade e persistência. 
 
 
RESUMO 
 
 
A construção civil é o setor industrial com os maiores índices de acidentes de trabalho, sendo 
estes uma consequência da realidade que os colaboradores da área enfrentam no canteiro de 
obras. Um agente agravante está no fato de a sua mão de obra ser, quase que exclusivamente, 
artesanal, requerendo atenção especial para a segurança e saúde do trabalho. Partindo deste 
pressuposto, este trabalho tem como objetivo analisar a importância de programas e 
equipamentos de segurança na zona urbana de Canindé de São Francisco (SE). Os 
equipamentos e programas de segurança possuem a finalidade de proteger e conservar a saúde 
física e mental dos colaboradores, de forma individual e coletiva, contudo, a reclamação 
constante do desconforto é considerada uma das causas pela negligência ao uso dos 
equipamentos de segurança individual, sendo que cabe ao contratante disponibilizar e fiscalizar 
o seu uso. Apesar de existirem inúmeros riscos relacionados ao canteiro de obras, a falta de 
equipamentos de segurança, treinamento e programas adequados continuam sendo os principais 
causadores de acidentes e doenças ocupacionaisno setor. Sendo assim, é importante buscar e 
estabelecer os aspectos que conduzem os funcionários da construção civil a negligenciarem a 
própria segurança durante a execução de seu trabalho. Para se chegar, então, a resultados 
satisfatórios foi feita uma pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, manuais e 
dissertações renomadas, além da aplicação de um questionário presencial que teve como intuito 
um aprofundamento prático no tema, conhecendo de forma eficaz a população estudada, 
podendo construir informações quanto às causas e às consequências da falta de uso de 
equipamentos, falta de informação e um ambiente de trabalho instável. Assim, foi constatado 
que na zona urbana de Canindé de São Francisco em todas as obras visitadas existia pouca ou 
nenhuma presença de equipamentos de segurança, a falta de responsável técnico necessário e 
de programas, além da completa falta de fiscalização que possibilitou o não cumprimento das 
normas legislativas vigentes e a negligencia por parte dos empregadores. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Segurança do trabalho. Construção civil. Normas regulamentadoras. 
EPI’s. EPC’s. Acidentes de trabalho. Doenças ocupacionais. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Civil construction is the industrial sector with the highest rates of work accidents, which are a 
consequence of the reality that employees in the area face at the construction site. An 
aggravating agent is the fact that their workforce is almost exclusively handcrafted, requiring 
special attention to safety and health at work. Based on this assumption, this work aims to 
analyze the importance of security programs and equipment in the urban area of Canindé de 
São Francisco (SE). The safety equipment and programs are intended to protect and preserve 
the physical and mental health of employees, individually and collectively, however, the 
constant complaint of discomfort is considered one of the causes of negligence in the use of 
individual safety equipment, being it is up to the contractor to make available and supervise its 
use. Although there are numerous risks related to the construction site, the lack of safety 
equipment, training and adequate programs continue to be the main causes of accidents and 
occupational diseases in the sector. Therefore, it is important to seek and establish the aspects 
that lead civil construction employees to neglect their own safety while performing their work. 
In order to reach satisfactory results, a bibliographical research was carried out through 
renowned books, articles, manuals and dissertations, in addition to the application of a face-to-
face questionnaire aimed at a practical deepening of the subject, effectively getting to know the 
studied population, being able to build information about the causes and consequences of the 
lack of use of equipment, lack of information and an unstable work environment. Thus, it was 
found that in the urban area of Canindé de São Francisco, in all of the works visited, there was 
little or no presence of safety equipment, the lack of the necessary technical manager and 
programs, in addition to the complete lack of inspection that allowed the non-compliance with 
the current legislative norms and negligence on the part of employers. 
 
KEYWORDS: Work safety. Construction. Regulatory standards. PPE's. EPC's. Work 
accidents. Occupational diseases. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
1: Tipos mais comuns de equipamentos de segurança individual utilizados na construção civil
 .................................................................................................................................................. 37 
2: Exemplos de equipamentos de segurança coletiva utilizados na construção civil ............... 39 
3: Colaborador sem uso de equipamento de segurança individual ........................................... 46 
4: Funcionário em local de trabalho sem uso de EPI’s ............................................................ 46 
5: Canteiro de obra sem equipamentos de segurança coletiva ................................................. 47 
6: Canteiro de obra sem a presença de EPC’s e EPI’s.............................................................. 49 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
1: Faixa etária de idade dos colaboradores ............................................................................... 43 
2: Função no canteiro de obras ................................................................................................. 44 
3: Tempo de função no canteiro de obras ................................................................................. 45 
4: Uso de equipamentos de segurança individual ..................................................................... 44 
5: Equipamentos de proteção coletiva ...................................................................................... 47 
6: Disponibilidade de Equipamentos de Segurança Coletiva ................................................... 48 
7: EPI’s citados como incômodos ............................................................................................ 49 
8: Índice de acidentes de trabalho ............................................................................................ 50 
9: Tipos de acidentes de trabalho ............................................................................................. 51 
10: Índices de doenças ocupacionais ........................................................................................ 51 
11: Importância da utilização de equipamentos de segurança .................................................. 52 
12: Presença de instrução quanto à saúde e à segurança do trabalho ....................................... 53 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
1: Grau de escolaridade dos entrevistados ............................................................................... 44 
2: Distribuição dos tipos de EPI’s utilizados ............................................................................ 46 
3: EPI’s e tipo de desconforto para cada um citado ................................................................. 50 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
AEAT Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
DDS Diálogo Diário de Segurança 
EPC’s Equipamentos de Proteção Coletiva 
EPI’s Equipamentos de Proteção Individual 
MS Ministério da Saúde 
MPS Ministério de Previdência Social 
MTE Ministério de Trabalho e Emprego 
NRs Normas Regulamentares 
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 20 
2.1 Segurança de Trabalho ................................................................................................... 20 
2.1.1 Legislação da segurança do trabalho ................................................................... 21 
2.1.2 A segurança do trabalho na construção civil ....................................................... 22 
2.1.3 Legislação da segurança do trabalhado na construção civil ................................ 24 
2.2 Acidentes X Doenças Ocupacionais .............................................................................. 26 
2.2.1 Acidentes de trabalho .......................................................................................... 26 
2.2.2 Doenças ocupacionais .......................................................................................... 28 
2.2.3 Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais .................................................28 
2.3 Métodos para Proteção ................................................................................................... 30 
2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção 
- PCMAT ............................................................................................................... 30 
2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO ....................... 31 
2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA ...................................... 31 
2.3.4 Consolidação das Leis do Trabalho - CLT .......................................................... 32 
2.3.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ......................................... 32 
2.3.6 Equipamentos de segurança ................................................................................. 33 
2.3.6.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s ............................................... 34 
2.3.6.2 Tipos e funções dos EPI’s .............................................................................. 35 
2.3.6.3 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s................................................. 37 
2.3.6.4 Tipos e funções dos EPC’s ............................................................................. 38 
2.7 Diálogo Diário de Segurança - DDS .............................................................................. 40 
 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 41 
3.1 Local de Pesquisa e Coleta de Dados ............................................................................ 42 
3.1.1 Questionário ......................................................................................................... 42 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 43 
4.1 Apresentação de dados coletados .................................................................................. 43 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 54 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 59 
 
APÊNDICES ........................................................................................................................... 63 
 
ANEXOS ................................................................................................................................. 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Independente da modernidade tecnológica, do avanço da globalização e dos recursos 
que atualmente se dispõem em todas as áreas de mercado, a construção civil se mantém, quase 
que, totalmente dentro de uma premissa artesanal, ou seja, se difere das demais, pois ainda 
possui grande dependência de mão de obra humana. Sendo assim, historicamente, representa o 
setor industrial que mais emprega. Este fato se atribui à abrangência de oferta de trabalho, às 
facilidades empregatícias e às poucas exigências para o recrutamento de colaboradores 
(DRUCK et al., 2017). 
Em paralelo, tem-se que a construção civil é responsável por grande parcela do cenário 
econômico do país. Logo, estes fatos teriam de ser contribuintes para uma qualidade de trabalho 
adequada, uma maior segurança e uma melhor gestão do ambiente de trabalho, porém é 
estatisticamente comprovado que a indústria da construção possui os maiores índices de 
acidentes e doenças de trabalho (DRUCK et al., 2017). 
Druck (2017) apresenta dados de que a concepção de edifícios de grande porte trata-se 
da atividade que acarreta na maior quantidade de acidentes fatais e de invalidez no Brasil. 
Conquanto, mesmo tendo grandes índices como alerta, esses dados ainda não são 
completamente a realidade, uma vez que a quantidade de casos é muito maior do que a 
quantidade que realmente é registrada. Logo, tornando ainda mais preocupante a situação e a 
negligência que o setor apresenta para com os seus funcionários. 
São os mais diversos fatores que podem ser contribuintes diretos e indiretos para a 
condição atual deste setor, além da grande exposição aos agentes de risco e à falta de prevenção, 
a falta de informação quanto à importância da segurança no ambiente de trabalho torna-se um 
grande agravante para esta realidade. Além destes, a mão de obra sem qualificação adequada, 
o descaso quanto às normas de segurança, instalações de caráter temporário e mais são 
particularidades que fazem com que a construção civil lidere nos índices dentro da premissa de 
segurança e saúde do trabalho (MACHADO, 2015). 
As ocorrências de trabalho podem se dar tanto no local, de forma súbita, sendo de 
pequena gravidade ou até levar a óbito o funcionário, sendo ainda de trajeto, as quais ocorrem 
durante o percurso de sua residência ao trabalho ou vice-versa, e tendo as doenças ocupacionais, 
que são decorrentes de atividades repetitivas e características próprias da mesma. Sendo assim, 
a falta de capacitação para determinada atividade, desconhecimento ou omissão para com os 
 
 
 
15 
 
riscos presentes, a falta de conhecimento quanto às normas de trabalho, a falta de equipamento 
de segurança e inexistência de amparo adequado por parte dos empregadores tratam-se de atos 
inseguros que facilitam a grande quantidade de acidentes (FERREIRA, 2012). 
Para que seja implantada a segurança de trabalho, de forma adequada e efetiva, é 
necessário um estudo global das causas presentes. Dentro desse contexto, compreende-se a 
importância do investimento na segurança, tendo resultados indiscutivelmente vantajosos para 
o próprio empregador. Desse modo, precisa-se compor adequações dentro das atividades e das 
funções de cada colaborador, com o intuito de se fazer a análise adequada de riscos e das 
técnicas que maior se adequem àquela realidade, podendo a partir de então se fazer o 
treinamento adequado e a implantação de métodos de segurança. O canteiro de obras, sendo um 
grande agente de risco à saúde de seus trabalhadores, por ter presente riscos físicos, biológicos, 
químicos e ergonômicos, pode ser considerado um ambiente perfeito para se colocar em prática 
tais procedimentos (MACHADO, 2015). 
Os esforços dos empregadores em melhorar a produtividade, reduzir custos e cumprir 
prazos fazem com que os mesmos não priorizem a segurança do trabalho, sendo este um erro, 
tanto econômico quanto administrativo. A qualificação e informação da mão de obra trazem 
economias significativas para a empresa, além da melhor reputação perante o mercado e 
preservação da saúde física e mental dos funcionários. Segundo Oliveira (2003), para atingir 
seus objetivos as empresas da construção civil implantam grandes números de atividades, sem 
nenhum tipo de planejamento prévio e preparação adequada, fazendo com que os trabalhadores 
se encontrem em situação precária e expostos a riscos eminentes a sua saúde, sendo ainda pior 
para os terceirizados e trabalhadores informais. 
Assim, é importante que as empresas do setor compreendam que a informação e a 
qualificação adequada contribuem para a produtividade e qualidade do trabalho exercido. Desse 
modo, a proteção do funcionário é determinada por um conjunto de exigências que o mesmo se 
encontra submetido no dia a dia de seu trabalho, sendo que esta proteção é de responsabilidade 
legislativa do empregador. É determinado pela Constituição Federal que por lei todos e 
quaisquer colaboradores tenham o direito à saúde e à segurança em seu ambiente de trabalho, 
sendo assegurada a sua saúde física e mental, além de ter disponibilizado um ambiente 
adequado de trabalho que contribua não só para a sua segurança, mas para uma qualidade de 
vida adequada e de condições de trabalho humanas (BARBOSA, 2011). 
O descaso com ostrabalhadores tem gerado índices cada vez maiores de acidentes e 
doenças de trabalho, as situações precárias dos canteiros de obra no Brasil tornam-se agravantes 
para esta situação. A falta de fiscalização eficiente no setor possibilita que os empregadores 
 
 
 
16 
 
continuem suas atividades de forma a inibir os direitos mínimos de seus funcionários e 
negligenciar a sua segurança. Haja visto que a maior parte de doenças ocupacionais e acidentes 
de trabalho poderia ser evitada facilmente através da aplicação das normas vigentes, as quais 
são responsáveis por atribuir programas eficazes, e da educação e treinamento de seus 
operários, quanto à importância da segurança do trabalho (VIEIRA, 2002). 
Levando em consideração o contexto trabalhista em que a construção civil se apresenta, 
compreende-se que os impactos na saúde e na segurança do trabalhador deste setor encontram-
se em completo descaso. As atividades oriundas deste âmbito são as grandes responsáveis por 
inúmeros acidentes, por estar diretamente ligadas aos intempéries de altos riscos, tais como 
altura, agentes químicos, eletricidade, calor excessivo, ferramentas cortantes e pesadas, 
maquinário de grande porte, esforços repetitivos, além de todo o contexto característico que 
envolta os canteiros de obras, as circunstâncias precárias, falta de equipamentos e métodos de 
segurança, o que aumentam ainda mais os índices de acidentes (SANTOS, 2012). 
Mesmo que atualmente no Brasil se disponha de uma vasta gama de legislações, as quais 
são responsáveis por regulamentar a segurança do trabalho como um todo, tendo ainda leis e 
normas que são responsáveis pela construção civil, especificamente, o não cumprimento de suas 
atribuições torna-se um empecilho ao se tratar de diminuir os casos que crescem cada vez mais 
com o passar dos anos, embora estejam cientes que os principais objetivos destas normas são a 
proteção física, mental e a saúde do colaborador (CISZ, 2015). 
Conquanto, atualmente, as empresas, visando cada vez mais o lucro, tendem a 
maximizar o treinamento profissional, a fim de aumentar a produtividade, muitas vezes, 
negligenciando as informações de segurança, investimento em equipamentos e a capacitação 
adequada, mesmo sendo de suma importância (CISZ, 2015). 
Dentro dessa premissa, compreende-se que a implantação de métodos de segurança é de 
extrema importância para a empresa e para o empregador. Há diversos tipos de programas 
existentes, os quais irão auxiliar na manutenção da segurança e da saúde do trabalhador, 
trazendo a esse a conscientização necessária de se seguir as normas e os programas 
disponibilizados. Em consonância tem-se o uso de equipamentos de segurança individual e 
coletiva, os quais estão diretamente associados com a segurança e a saúde do trabalhador, os 
quais devem ser utilizados de forma adequada e de acordo com a atividade que está sendo 
executada. Para isso o empregador precisa estar engajado neste movimento, investir nos 
equipamentos e programas, além de fazer a fiscalização necessária, assegurando que os 
empregados estejam cumprindo e fazendo o uso das ferramentas de forma correta (MARQUINI 
et al., 2018). 
 
 
 
17 
 
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) tratam-se dos mais utilizados 
atualmente, sendo que são de mais fácil acesso e de custo mais baixo, em alguns casos, os 
próprios funcionários compram os seus. Porém, mesmo sabendo da grande importância de seu 
uso, muitas vezes, há uma grande resistência, embora saibam que para a prevenção de acidentes 
eles são a melhor maneira de lidar com o problema (CUNHA, 2006). 
Assim, é importante a criação de métodos e procedimentos que visem estimular a prática 
de utilização dos EPI’s, demonstrando-se vantajosa em diversos cenários, inclusive financeiro, 
além de o principal, que se trata de garantir a saúde e a segurança dos colaboradores, de forma 
a proteger a integridade do mesmo (CUNHA, 2006). 
Cabe aos empregadores e aos responsáveis técnicos, que por obrigatoriedade devem ser 
contratados, informar e conscientizar quanto ao uso dos EPI’s. Estes são dos mais diversos 
seguimentos e protegem individualmente cada parte do corpo, sendo para a cabeça, tais como, 
os capacetes, para os olhos e protetores faciais, óculos e máscaras em geral, protetores para os 
ouvidos, cintos de segurança, luvas, botas e vestimentas adequadas que cubram os membros 
(BELTRAMI; STUMM, 2012). 
Toda empresa tem a responsabilidade legal de fornecer todos os equipamentos de 
segurança de forma gratuita a seus funcionários, além disso é necessário que se instale 
programas adequados com o auxílio de uma equipe adequada, composta por profissionais da 
área de segurança, sendo técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, além de enfermeiros 
e médicos do trabalho, esses irão instruir os funcionários, além de lhes apresentar as 
consequências oriundas do não uso dos EPI’s (FERREIRA, 2012). 
Os equipamentos de segurança individual são de extrema importância, conquanto, os 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) devem ser considerados como a primeira linha de 
segurança, pois os mesmos tendem por objetivo assegurar a proteção de forma geral e dos 
empregados como um todo, além do ambiente que circunda o canteiro de obras. Para que se 
estabeleça uma organização administrativa com o intuito de se instalar as medidas de controle 
coletivas contra os acidentes e doenças de trabalho, dentro desta concepção, os EPC’s são 
responsáveis por todo tipo de atividade da indústria da construção civil, estando dentro desta a 
concepção de construção, demolição, limpeza e manutenção em geral (BELTRAMI; STUMM, 
2012). 
No canteiro de obras, o uso correto de cada equipamento de proteção coletiva torna-se 
um grande aliado ao que se refere à diminuição dos altos índices de riscos de acidentes, 
garantindo a segurança e a saúde dos empregados. Outro fator relevante trata-se de que a 
presença de EPC’s e o treinamento adequado proporcionam um ambiente de trabalho adequado 
 
 
 
18 
 
e consequentemente com maior produtividade e aumento nos lucros, funcionários mais 
satisfeitos com seus empregadores e atividades, reduzindo perdas, não só de material, mas 
também de tempo, uma vez que, com a diminuição de acidentes, haverá menos funcionários 
afastados de seus serviços e além de disporem de suas necessidades básicas de saúde e 
segurança adequadamente atendidas (SAMPAIO, 1998). 
Segundo Oliva (2008), estudos e pesquisas na área ainda são muito necessários, a fim 
de determinar de forma mais convicta as causas principais que levam os altos índices de 
acidentes no setor, além de encontrar formas mais eficazes de incentivo para as empresas 
investirem nesta causa, posto que as mesmas cumprem, quando sim, o mínimo possível das 
normas legais. Desta forma, apresentando o custo-benefício e todas as vantagens que envolvem 
todo o processo, pode-se trazer resultados mais eficazes. 
Partindo desse pressuposto, declara-se que o principal objetivo deste trabalho foi 
analisar a importância dos programas e equipamentos de segurança em obras na zona urbana 
da cidade de Canindé de São Francisco (SE). Com o intuito de desenvolvê-lo, gerou-se os 
seguintes objetivos específicos: observar o uso de equipamentos de segurança individual e 
coletivo nas obras visitadas; conhecer a importância de seu uso; determinar quais os principais 
impedimentos para a sua utilização; conhecer as principais consequências da negligência de 
segurança no canteiro de obras; conhecer os principais tipos de EPI’s e EPC’s; e, por fim, 
conhecer os principais acidentes e doenças de trabalho ocasionados pela falta do uso dos 
equipamentos supracitados. 
Levando em consideração o atual cenário mundial, o uso de EPI’s, tais como as 
máscaras faciais, torna-se ainda mais necessário. A presença de agentes patológicos tornou o 
canteiro de obras ainda mais de risco à saúde dos seus colaboradores. O contato humanoindispensável determinou que as medidas de segurança devem ser ainda mais rigorosas e com 
fiscalização regular. 
Assim, justifica-se a realização desse projeto como uma fonte de informação acerca de 
um tema de extrema importância para o setor da construção civil, tanto para as empresas quanto 
para os empregados. Tendo orientação de quão é necessário a aplicação de métodos adequados 
de segurança, a importância do treinamento e da aplicação das normas de segurança do trabalho, 
para que se possa conscientizar os trabalhadores, melhorando a qualidade de vida no ambiente 
de trabalho e garantindo a proteção da integridade física e mental dos mesmos e 
consequentemente ter seus diretos garantidos, sendo, portanto, vantajoso para ambas as partes, 
empregado e empregador. 
 
 
 
19 
 
Para tanto, este projeto é composto por cinco capítulos distintos, sendo: o primeiro 
capítulo é a introdução, responsável por apresentar o tema e a problemática abordada; no 
segundo capítulo o referencial teórico, onde foi discutido sobre os conceitos importantes que 
circundam a segurança do trabalho, além dos programas e normas legislativas que 
regulamentam o tema e os equipamentos de segurança necessários para evitar acidentes e 
doenças ocupacionais. No capítulo três apresentou-se a metodologia, onde se descreveu as 
ferramentas utilizadas para se chegar aos resultados e ao ambiente objeto de estudo. No quarto 
capítulo foram apresentados todos os resultados e discussões obtidas através da aplicação do 
questionário de pesquisa e o confronto destas respostas com a bibliografia proposta. No quinto 
e último capítulo foi discorrido as considerações finais acerca do projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 Segurança do Trabalho 
 
 
É através da segurança do trabalho que se analisa e estuda os índices e as causas dos 
acidentes e doenças ocupacionais, oriundas das atividades empregatícias, tendo como principal 
funcionalidade a prevenção de tais acontecimentos e/ou fatalidades. Compreende-se que os 
índices de acidentes, doenças e até óbitos são cada vez mais exorbitantes, assim, considera-se 
que é de extrema necessidade manter um ambiente saudável e seguro para os indivíduos que 
usufruem do mesmo, isto é, o empregado e o empregador, assegurando a saúde física e mental 
para ambos, além da segurança financeira (BARBOSA, 2018). 
Tem-se registros de civilizações antigas, em que artigos de meados de 1800 a.C. 
trouxeram provas convictas de punições assertivas de consequências trazidas por acidentes em 
campos de trabalho. Contudo, estas estavam relacionadas apenas acerca dos indivíduos 
considerados livres, mesmo sendo de conhecimento científico que a principal mão de obra se 
tratava por escravos (BARBOSA, 2018). 
Junto com a Revolução Industrial surgiram diversos problemas relacionados à saúde e 
à segurança do trabalhador. O contato direto com o maquinário pesado, com os agentes 
químicos e físicos tornou agravante a sua realidade, que, além da negligência de seus 
empregadores, sofria com circunstâncias precárias no ambiente de trabalho (BARBOSA, 2018). 
Por terem suas necessidades básicas negadas, os empregados trabalhavam de forma 
descomunal com o intuito de suprir a produção em grande escala. Tal qual tomara o lugar da 
até então atividade que era artesanal, assim, acidentes tornavam-se cada vez mais recorrentes, 
além de problemas psicossociais, como fadiga e estresse (BARBOSA, 2018). 
As novas indústrias encontravam-se em locais impróprios e as condições de trabalho 
chegavam a ser desumanas. A mão de obra escrava e até infantil era recorrente, tornando assim 
o fato da existência de adultos portadores de doenças ocupacionais rotineiras, por ser barato, 
mostrando o quão se priorizava apenas o lucro. A consequência desta realidade era os altíssimos 
índices de doenças, acidentes de trabalho e até mortes presentes na época (BARBOSA, 2018). 
Conquanto, atualmente, para se alcançar o objetivo almejado, os profissionais da área 
atuam por meio de estudo e da execução de técnicas e normas específicas, que visam analisar 
 
 
 
21 
 
as prováveis causas que levam a acidentes de trabalho e a doenças ocupacionais, podendo assim, 
prevenir que venham a ocorrer no ambiente de trabalho, afetando a produtividade, a qualidade 
de vida, a saúde e a segurança dos funcionários de uma empresa em geral. Sendo essa um campo 
de extrema importância, contudo, em sua maioria, negligenciada, mesmo sendo responsável 
pela manutenção da vida, ambiente seguro e até redução de custos, pois os danos causados aos 
colaboradores afetam diretamente ao empregador (RIBEIRO FILHO, 1974). 
 
 
2.1.1 Legislação da segurança do trabalho 
 
 
Dentro dos preceitos intermitentes da saúde e da segurança do trabalhador com o 
trabalho, tem-se à frente órgãos de responsabilidade, aos quais são cabíveis a estipulação das 
atribuições do Ministério da Previdência Social – MPS, Ministério da Saúde – MS e Ministério 
do Trabalho e Emprego – MTE, que são responsáveis pela fiscalização, regulamentação e 
atualização de toda a legislação de segurança e saúde do trabalho, além da responsabilidade de 
inspeção de empresas públicas e privadas ao efetivo cumprimento de todas as normas, a fim de 
proteger o colaborador e o empregador (SANTOS, 2012). 
Encontra-se na Constituição Federal estabelecido o direito obrigatório do empregador 
determinar a manutenção e a segurança de seu colaborador durante a realização do seu serviço, 
além do amparo a sua vida, saúde de seu físico, mental e moral. Cabe à empresa assegurar este 
direito e aos órgãos competentes a fiscalização do cumprimento de forma veemente da 
legislação que o regulamenta, estabelecendo a melhoria da qualidade de vida e o trabalho do 
indivíduo (SANTOS, 2012). 
Junto com a Constituição Federal de 1988 foram estabelecidas normas e leis mais 
rigorosas, as quais asseguram os direitos aos colaboradores. Essas, até então, não entravam em 
vigor e/ou não eram respeitadas por seus empregadores que visavam apenas o lucro, sem haver 
o discernimento de preocupação com a segurança e a saúde no ambiente de trabalho. Embora, 
o maior objetivo é estabelecer um ambiente saudável e seguro, tanto para o empregador quanto 
o empregado (BARBOSA, 2018). 
A legislação que é responsável pela regulamentação da segurança do trabalho encontra-
se dividida em três âmbitos: federal, estadual e municipal. No Federal, tem-se à disposição 
portarias, leis, decretos e mais, destacando-se a Portaria 3.214, de 1978, que foi responsável 
pela incisão de 36 normas regulamentadoras – NRs. As quais são responsáveis por estabelecer 
 
 
 
22 
 
as diretrizes de saúde, segurança e medicina do trabalho, sendo o principal dispositivo de 
consulta ao profissional da Segurança do Trabalho (BRASIL - MINISTÉRIO DO 
TRABALHO, 1978). 
No Estadual, é caracterizado por todas as normas, leis, decretos e mais, que serão 
responsáveis por determinar a regulamentação da saúde e a segurança do trabalho, contudo, 
essa não pode mostrar-se contrária à legislação federal. Na Municipal, tem-se os mesmos 
fundamentos da legislação estadual, contudo, que não deve contrariar a federal e a estadual. 
Partindo desse pressuposto, para que seja assegurado os direitos dos colaboradores, mostra-se 
necessário o conhecimento aprofundado de destes três âmbitos (BARBOSA, 2018). 
 
 
2.1.2 A segurança do trabalho na construção civil 
 
 
A construção civil trata-se de um dos setores mais antigos da humanidade. Existem 
registros de construções desde a época das cavernas, passando por grandes civilizações e eras 
importantes da história do homem, sendo pilar de sociedades antigas com grande influência na 
atualidade. Conquanto, ela sempre apresentou riscos aos trabalhadores da área (RODRIGUES, 
2002). 
A construção civil trata-se da área econômica que mais dispõe de mão de obra noBrasil, 
e, em contrapartida, trata-se do ramo em que se encontra os maiores índices de acidentes e 
incidentes de trabalho. Além das doenças ocupacionais, as principais causas para este problema 
encontram-se nos grandes descasos com a saúde, a segurança e a vida do colaborador. A falta 
de treinamento adequado e uma grande escassez de fiscalização que é responsável por manter 
assegurada os direitos dos trabalhadores dentro do ambiente de trabalho proporcionam ainda 
mais essa realidade (TAKAHASHI et al., 2012). 
Mediante Figueira et al. (2015), no Brasil, a construção civil sempre esteve nos maiores 
índices de acidentes de trabalho, visto que em todo o seu contexto histórico sempre apresentou 
condições preocupantes e extremamente precárias, ainda no período ditatorial, liderou os 
indicadores mundiais de acidentes de trabalho. Declara ainda que este setor conseguiu destaque 
pelas altas taxas de mortalidade. Mesmo com o avanço tecnológico e a modernidade, o país não 
tem conseguido reverter este quadro, sendo que a fiscalização é completamente negligente e 
quando executada é predominantemente superficial, considerando, em sua maioria, poucos 
 
 
 
23 
 
aspectos realmente normativos, havendo registros de grandes irregularidades nas empresas da 
construção civil. 
Ademais, além de o empregador conseguir se abster das consequências pela falta de 
cumprimento da lei, encontra-se ainda infrações que em conjunto com os grandes agentes de 
riscos são responsáveis pela grande quantidade de acidentes, doenças e mortes neste setor no 
país (FIGUEIRA et al. 2015). 
Os mais recentes dados estáticos encontrados tratam-se de 2017, no qual o AEAT – 
Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho – apresentou que ocorreram nesse ano 549.405 
acidentes de trabalho no Brasil. Deste índice, a construção civil representa 5,46% que 
equivalem a 30.025 casos dos quais tiveram teor mais grave, contendo afastamento do emprego 
por 15 ou mais dias, foram registrados 11.894 casos (BRASIL - MINISTÉRIO DA 
PREVIDENCIA SOCIAL, 1978). 
Nos últimos anos, a dinâmica de acidentes de trabalho e a de doenças ocupacionais 
mostraram-se constantes, quando relacionadas às causas, à quantidade e aos principais tipos, 
apresentando assim a falta de ações para minimizar esta realidade ou a ineficácia das mesmas. 
Sendo assim, os acidentes que mais ocorreram no Brasil nos últimos anos, podendo causar 
lesões leves, graves ou até o óbito, foram as quedas, pela presença de edificações altas, 
andaimes, plataformas, elevadores e telhados, nos quais os colaboradores possuem contato 
direto e os quais possuem grandes destaques nas normas regulamentadoras (FIGUEIRA et al., 
2015). 
Em específico, a NR-18 possui 6 itens diretamente relacionados ao risco deste tipo de 
acidente, mostrando que grande parte das causas de acidentes no setor pode ser previsto e 
evitado, através de medidas cotidianas regulamentadas por normas presentes na legislação 
brasileira, as quais são rotineiramente ignoradas. Em paralelo a isso, está a seguinte 
problemática: o setor empregador não demonstra nenhum interesse em melhorar ou engajar-se 
na causa de prevenção de acidentes, visando apenas a produtividade e lucratividade 
(FIGUEIRA et al., 2015). 
Devido ao fato de uma quantidade exorbitante de vagas de trabalho na área da 
construção civil, sem grandes restrições de recrutamento e nível alto de escolaridade, o descaso 
para com essa mão de obra é de um grau exorbitante, tornando-a um dos ramos econômicos 
mais perigosos. Com isto, a falta de eficiência na fiscalização torna-se um agravante ao se tratar 
de inibir e diminuir as estatísticas de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais. Esta 
realidade poderia ser minimizada através de atitudes de empregadores, além de fornecer os 
equipamentos de segurança adequada, mas também a implementação de programas de 
 
 
 
24 
 
segurança e saúde do trabalho e o treinamento adequado, atitudes rotineiras que trariam maiores 
seguranças ao trabalhador e ao empregador (TAKAHASHI et al., 2012). 
As circunstâncias de trabalho na construção civil tratam-se de um agravante a esta 
realidade, uma vez que é mostrado um grande percentual de trabalhadores informais, ou seja, 
que não possuem suas carteiras de trabalho regularizadas, tampouco possuem seus direitos 
mínimos estabelecidos assegurados por leis. Posto que, em sua maioria, não se tem assegurado 
o direito à previdência social em caso de acidente de trabalho, além da falta de presença dos 
órgãos competentes, a fim de fiscalizar os empregadores, os quais agem de negligência, quanto 
às medidas protetivas à saúde e à segurança do trabalho dos colaboradores, sendo que estes se 
encontram de forma irregular em seus empregos (IRIART; COL, 2008). 
 
 
2.1.3 Legislação da segurança do trabalho na construção civil 
 
 
Existe, atualmente, uma legislação específica para regularizar a segurança do trabalho 
na construção civil. Em âmbito federal tem-se a NR-18, a qual compreende como principal 
objetivo determinar as principais diretrizes que são responsáveis por regulamentar todos os 
parâmetros administrativos, sociais, organizacionais e de planejamento, a fim de implantar os 
principais sistemas para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, ou seja, que 
regimenta a segurança no meio ambiente de trabalho na construção civil (BRASIL - 
MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2020). 
A segurança do trabalho na construção civil trata-se de um compilado de atitudes de 
extrema necessidade. Dessa maneira, o investimento nessa área é a forma mais eficaz de 
assegurar para o colaborador, mantendo a integridade física e mental do mesmo em seu 
ambiente de trabalho, tornando, assim, a prevenção a maior forma de lidar com os acidentes de 
trabalho, em que nesse ramo econômico as taxas de acidentes graves e as mortalidades são 
extremamente altas (BRITO, 1997). 
Em consonância, a manutenção da vida e da saúde dos colaboradores, mesmo sendo a 
mais importante, não se trata da única vantagem. Compreende-se que para o empregador é de 
suma importância, pois além de conceder condições dignas de trabalho aos seus operários, 
mantém a organização, a limpeza, a produtividade, a qualidade de serviço e outros no ambiente 
de trabalho (BRITO, 1997). 
 
 
 
25 
 
O treinamento, a informação, a fiscalização adequada, a disponibilização de consultas 
médicas periódicas, bem como o mantimento de equipes capacitadas de segurança e saúde de 
trabalho são prescrições conforme a NR-18, a qual estipula infraestruturas adequadas no 
canteiro de obras, nas áreas de convivência, nos sanitários, nos alojamentos, nos refeitórios e 
nos equipamentos de segurança. Pela qual também são estipuladas as medidas de quantidade 
de aquisição de EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual – além do tipo, da execução e 
instalação dos EPC’s – Equipamentos de Proteção Coletiva – placas de sinalização, informação 
e a fiscalização adequada para se manter a segurança e a saúde de trabalho no meio ambiente 
da construção civil (BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2020). 
A instalação adequada do canteiro de obras significa um outro fator agravante, fazer o 
planejamento e a execução adequadamente, pois são de extrema necessidade. Uma vez que 
seguindo este parâmetro auxilia a manutenção da segurança do trabalho, as instalações 
adequadas dos equipamentos, a disposição de maquinário e dos materiais, tratando-se de uma 
forma de evitar acidentes e incidentes no local de trabalho, além de medidas simples e rotineiras 
que fazem toda a diferença no cotidiano do ambiente, aumentando a qualidade no trabalho do 
colaborador (RODRIGUES, 2002). 
Seguindo estes parâmetros, pode-se obter excelentes resultados, onde quem lucra nesta 
perspectiva é tanto o empregador quanto o empregado, a partir de uma premissa de manter a 
dignidade física e mental, da contenção de acidentes e de doenças ocupacionais. De maneira 
que se faznecessário o investimento em equipamentos de segurança, a manutenção da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA –, a distribuição de informativa, entre 
outras são medidas eficientes que trazem resultados a curto e longo prazo, contribuindo para o 
bom andamento no canteiro de obras (RODRIGUES, 2002). 
Outro ponto de vista a se considerar trata-se de que trazer a segurança do trabalho como 
pauta para o cotidiano trará ao empregador vantagens, posto que a sua falta trará grandes 
desvantagens, sendo que este fator terá influência no campo financeiro e na imagem da empresa, 
o que consequentemente poderá alavancá-la ou não. Mostrando um investimento na qualidade 
de vida do trabalhador, de modo consequente, haverá melhorias na produtividade e na forma da 
empresa se apresentar perante o mercado de trabalho. Levando em consideração que, para haver 
treinamento adequado de EPI’s e EPC’s, de equipe qualificada e de manutenção médica 
periódica, é necessário o investimento financeiro, contudo, o retorno positivo irá agregar em 
outros pontos além do financeiro para a empresa (RODRIGUES, 2002). 
A NR-18 traz que o treinamento dos colaboradores deve ser constante, a informação e 
a fiscalização ser diária, a manutenção de EPC’s e a substituição de EPI’s danificados e/ou 
 
 
 
26 
 
desgastados ser periódica. Sobre isto, diversas empresas apresentam grandes resistências em 
manter todas as condições adequadas e necessárias, contudo, sabe-se que é de extrema 
necessidade para que se haja a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além de que é 
necessário levar em consideração o custo-benefício que a empresa terá, além da representação 
no mercado econômico, fazendo com que mais clientes se interessem por se mostrar engajada 
com a causa de seus colaboradores (RODRIGUES, 2002). 
 
 
2.2 Acidentes X Doenças Ocupacionais 
 
 
2.2.1 Acidentes de trabalho 
 
 
Trata-se de acidentes de trabalho todo evento que ocorra em ambiente de trabalho, que 
cause lesões, leves e graves, corporais ou até mesmo a morte ao/do colaborador, fazendo com 
que esse necessite se afastar temporário ou permanentemente de suas funções profissionais. Os 
incidentes de trabalho são caracterizados por aqueles que não chegam a causar nenhum tipo de 
dano à saúde do colaborador ou do empregador (BARBOSA, 2018). 
Na área da construção civil é possível identificar os mais variados tipos de acidentes e 
incidentes, dentre estes podem ser dos mais cotidianos e/ou dos mais graves, além dos acidentes 
de trajeto. Cabe à empresa a responsabilidade da segurança física e mental de seus funcionários, 
além de arcar com as responsabilidades de eventuais acidentes, sendo assegurado por lei 
(COLOMBO, 2009). 
É conhecido que o maior índice de segurança no ambiente de trabalho vem 
acompanhado da negligencia humana, ou seja, que poderia ser evitado através dos 
procedimentos necessários de segurança. A falta de informação, de treinamento e do 
conhecimento da importância do uso de equipamentos de segurança trata-se de um agravante 
para os grandes índices de acidentes na construção civil, sabendo que as consequências de tais 
acontecimentos afetam diretamente aos colaboradores e às empresas, e indiretamente à 
sociedade como um todo. Partindo desse pressuposto, compreende-se que a prevenção se trata 
da melhor maneira de lidar com os acidentes de trabalho (PRATES et al., 2016). 
A forma mais eficaz de se prevenir os acidentes trata-se de estimular a consciência dos 
colaboradores, quanto à importância e à necessidade de se seguir à risca todas normas de 
 
 
 
27 
 
segurança, levando em consideração a participação assídua dos empregadores, apresentando 
que os riscos de acidentes são extremamente altos, podendo levar a óbito. A implantação de 
programas de segurança, programas informativos, motivação e instrução adequada, tornando a 
participação ativa dos funcionários, é a forma mais adequada de conscientizá-los do perigo 
constante no canteiro de obra (RIBEIRO FILHO, 1974). 
Junto com a grande quantidade de acidentes de trabalho, encontra-se a resistência de se 
encontrar os fatores de riscos e os agentes causadores, tendo maior dificuldade em reparar, 
judicialmente, os danos causados à integridade física do colaborador, fazendo com que 
houvessem transformações significativas, no que tange a responsabilidade civil dos danos 
causados no ambiente de trabalho, havendo flexibilização nos casos de casualidade. Desta 
forma, a responsabilidade será analisada conforme às leis vigentes, as quais tendem a atribuir a 
responsabilidade a todos que se beneficiem diretamente com a atividade que possua ligação 
com o acidente causado, reafirmando que a obrigação de oferecer e manter um ambiente de 
trabalho seguro e saudável é do empregador, porém estabelece que esta responsabilidade se 
estende a todos os que se beneficiam e possuem qualquer nível de comando no canteiro de obras 
(FIGUEIRA et al., 2015). 
A empresa é responsável pela integridade física e mental dos seus empregados, logo, 
possui toda a responsabilidade financeira e social de acidentes ocorridos em execução de 
atividades para a mesma. Uma vez que tem por obrigatoriedade legislativa fornecer condições 
adequadas e favoráveis para que estas atividades de trabalho sejam desenvolvidas de forma 
segura. Partindo desta condição, fica explícito que o não cumprimento das normas de saúde e 
segurança pode levar grandes consequências judiciais e inúmeros prejuízos financeiros 
(COLOMBO, 2009). 
Os acidentes de trabalho trazem grandes prejuízos econômicos para o empregador e para 
o funcionário, fazendo com que muitos se afastem por um longo período de tempo ou até 
definitivamente do trabalho. Assim, avaliando do ponto de vista técnico, é muito mais eficaz e 
econômico investir na segurança do que lidar com os danos que a mesma causa, sendo 
necessário que ambos cumpram a legislação de forma árdua e restrita (DALCUL, 2001). 
 
 
2.2.2 Doenças ocupacionais 
 
 
 
 
 
28 
 
Além destes, tem-se as doenças ocupacionais, as quais são conceituadas como 
enfermidades desencadeadas através da repetição de uma determinada atividade particular, ou 
através de circunstâncias especiais que circundam determinado serviço, em que de forma 
efetiva a lesão adquirida tenha ligação direta com o tempo de exercício deste trabalho. Dentre 
outra perspectiva, os acidentes de deslocamento são aqueles que venham a ocorrer no percurso 
que o colaborador faz de sua casa para o local de trabalho ou vice-versa (BARBOSA, 2018). 
Foi ainda no século XVI que foram perceptíveis as relações de doenças e trabalho, 
porém foi apenas, posteriormente, que as doenças ocupacionais se tornaram pauta. Com a 
revolução industrial diversas outras doenças oriundas de ocupação profissional tornaram-se 
cada vez mais comuns e a falta de participação assídua de empregadores para com a saúde de 
seus funcionários (BARBOSA, 2018). 
Um ambiente saudável e equilibrado é de extrema necessidade para se preservar a saúde 
mental e física dos colaboradores, fazendo assim a prevenção das doenças ocupacionais. Na 
área da construção civil, estas podem se manifestar das mais diversas formas, tais como: 
cegueira, falta de sensibilidade nos membros inferiores e superiores, sociais, problemas 
respiratórios, cardíacos e mais (BARBOSA, 2018). 
Além dos problemas físicos, as doenças ocupacionais podem ter caráter psicológicos, 
como o estresse, a ansiedade, a sobrecarga, a fadiga, a insegurança, além de depressão, o que 
são distúrbios que podem ser atribuídos ao local de trabalho e às atividades de cunho repetitivo, 
inclusive cada vez mais vem aumentando os casos deste tipo de problema, sendo associado à 
função profissional, devendo receber, portanto, o mesmo grau de importância das doenças 
ocupacionais físicas. O que é preciso como base a necessidade de um estudo mais aprofundado 
nesta problemática, para poder chegar asua causa e fazer com que seja possível a aplicação de 
programas de prevenção eficazes para prevenir que elas apareçam (RAMAZZINI, 2016). 
 
 
2.2.3 Prevenção de acidentes e doenças ocupacionais 
 
 
A prevenção trata-se da forma mais eficaz de se combater os acidentes e as doenças 
ocupacionais no ambiente de trabalho. Para isto, é necessário fazer um compilado de medidas, 
a fim de serem implantadas com o intuito de inibir as causas e não as consequências, trazendo 
informativos, considerações e mostrando a importância para os colaboradores. Além disso, a 
falta de preparação adequada para executar tal atividade, a falta de informação e um ambiente 
 
 
 
29 
 
de trabalho inadequado são considerados agravantes. A partir desse pressuposto tem-se como 
base que um dos instrumentos mais eficazes na prevenção de acidentes trata-se da utilização de 
equipamentos de segurança, sejam esses de proteção individual ou coletiva (FERREIRA, 
2012). 
O empregado é protegido pela legislação quando se encontra adequadamente legalizado 
dentro da empresa. A prevenção de acidentes torna-se a maneira mais eficaz de se investir na 
saúde e na segurança dos funcionários, além de diminuir impactos financeiros e encontrar-se 
cientes de que estes parâmetros são de responsabilidades do empregador, os quais devem 
despertar em seus funcionários a consciência de sua responsabilidade para com a própria saúde. 
Assim, tomando as medidas adequadas, através do treinamento, das informações e do uso de 
equipamentos de segurança, fornecidos pelos empregadores. Logo, mostrar os riscos presentes 
no canteiro de obras é indispensável, sabendo esses que tais riscos vão além de lesões físicas, 
podendo até levar a óbito (TORREIRA, 1999). 
A conscientização dos colaboradores é a forma mais eficaz de se prevenir os acidentes 
e as doenças de trabalho. A informação é a necessária para haver controle nos índices altíssimos 
que circundam o setor da construção civil ao longo dos anos. Os programas de treinamentos 
são meios eficientes de se chegar a este objetivo, de modo que este treinamento deve ser feito 
de forma especificamente ligado à cada atividade exercida pelo indivíduo. Desta forma, será 
aproveitado melhor e aplicado da forma correta no ambiente de trabalho, mediante também às 
tecnologias que dispõem cada atividade e às técnicas específicas (ZOCCHIO, 1980). 
O empregador deve colocar em pauta que a prevenção dos acidentes e das doenças 
ocupacionais deve ser o principal objetivo no campo da segurança e saúde do trabalho. Eliminar 
e/ou minimizar os agentes de riscos nesta área deve ser prioridade, de modo a se tornar cotidiano 
em todas as áreas da empresa. Pois, em sua maioria, as práticas inseguras podem ser evitadas, 
uma vez que os próprios colaboradores, muitas vezes, desinformados, agem sem priorizar a 
própria segurança, ou sendo o oposto, encorajados pela empresa, visam sempre o serviço, 
porém é importante tornar as práticas de segurança um hábito no local de trabalho (ZOCCHIO, 
1980). 
A indústria da construção civil dispõe das mais diversas ferramentas para manter a 
integridade física, mental e social dos seus colaboradores, sendo considerada a mais negligente 
no campo da segurança e saúde do trabalho. Em todos os campos, desde o administrativo ao 
operacional, deve-se ser aplicado princípios de segurança ao funcionário, para que este 
compreenda que o mais interessado em sua saúde e segurança é o próprio funcionário. Seguir 
 
 
 
30 
 
as leis e todas as suas especificações, fiscalização adequada, conscientização, treinamento, 
programas adequados e mais trata-se de algumas dessas ferramentas (RIBEIRO FILHO, 1974). 
 
 
2.3 Métodos para Proteção 
 
 
Sabendo que a prevenção é a forma mais eficaz para a proteção dos colaboradores, é 
possível descrever as mais diversas formas para se alcançar esse objetivo. Desse modo, tem-se 
os equipamentos de segurança, os programas de implementos internos, os comitês que serão 
responsáveis por implementar e fiscalizar a segurança dentro da empresa, além de disseminar 
informações e conscientizar o trabalhador (ALMEIDA; JACKSON FILHO, 2007). 
 
 
2.3.1 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da 
construção - PCMAT 
 
 
O PCMAT pode ser determinado como um conjunto de atividades e ações que tem como 
objetivo a prevenção da saúde e da segurança dos colaboradores da construção civil. Dentro 
deste programa podem ser inclusos terceiros, que venham a ter contato com o canteiro de obra 
(PIZA, 1997). 
Existem parâmetros mínimos para a obrigatoriedade da implantação do PCMAT, sendo 
que: deve-se conter vinte ou mais funcionários, ser elaborado e executado por um profissional 
habilitado da área de segurança do trabalho, além de seguir as exigências da NR-18 e NR-9. 
Além disso, deve estar no PCMAT todos os critérios de responsabilidade e hierarquia, quanto 
às atividades que circundam a segurança do trabalho na empresa (PIZA, 1997). 
Um canteiro de obra devidamente regularizado contém imprescindivelmente a 
implantação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho. Haja visto que, dentro 
deste será feita a prevenção de riscos, o treinamento de trabalhadores, a redução das 
consequências dos acidentes, tanto para a empresa quanto para o empregado, e o levantamento 
de dados, que é muito importante, tais como os índices de acidentes e doenças de trabalho, os 
impactos que as ações contra esses estão causando no ambiente de trabalho e a fiscalização da 
integração da segurança com os funcionários no local de trabalho (SAMPAIO, 1998). 
 
 
 
31 
 
Em um determinado artigo da NR-18, é possível encontrar quais são as diretrizes que 
devem ser seguidas à risca, para a elaboração e a execução do PCMAT. Já na NR-9, encontram-
se as exigências para com a saúde física e mental do funcionário, através de um ambiente 
controlado e adaptado para a necessidade de cada atividade (SAMPAIO, 1998). 
 
 
2.3.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 
 
 
A NR-7 é responsável por regulamentar o PCMSO, determina as diretrizes para a sua 
elaboração e para a execução desse programa, que tem como principal função acompanhar cada 
funcionário como indivíduo que se encontre com a sua saúde exposta, ou seja, os trabalhadores 
que em seu ambiente de trabalho estão expostos a agentes químicos, físicos e biológicos. 
Mesmo sendo extremamente necessário e trazendo diversos benefícios para o empregador e 
colaborador, este programa trata-se de um integrante geral de todo o sistema de saúde e de 
segurança de uma determinada empresa, isto é, deve vir atrelado aos demais outros métodos de 
prevenção (RAMAZZINI, 2016). 
O PCMSO é responsável pela análise e execução da relação saúde e trabalho. Este 
programa tem como principal objetivo trazer a saúde do trabalhador como prioridade na 
prevenção, mapeando diagnósticos preventivos, reduzir as consequências das doenças 
ocupacionais e o seu rastreamento (RAMAZZINI, 2016). 
 
 
2.3.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA 
 
 
O PPRA trata-se de um programa regulamentado pela NR-9, e tem como principal 
função a preservação da saúde mental e física dos funcionários através da análise e antecipação 
da ocorrência de riscos ambientais no local de trabalho, levando em consideração a proteção do 
trabalhador como indivíduo, o meio ambiente e os recursos naturais que circundam o local de 
trabalho (RAMAZZINI, 2016). 
A norma responsável traz as diretrizes para a concepção do programa. Dentro deste vale 
citar que o mesmo é anual, deve conter as metas, o cronograma e a estratégia de execução do 
plano de prevenção de riscos ambientais e da coleta de dados de progressão de sua aplicação. 
 
 
 
32 
 
Além de tudo já citado, tem-se as etapas que se deve seguir, sendo a antecipação, o 
estabelecimento de prioridades, a avaliação de riscos, a execução do plano e, por fim, o 
monitoramento.Os riscos que são encontrados no ambiente de trabalho são oriundos de agentes 
físicos, químicos e biológicos, os quais são causadores de danos à saúde do trabalhador e ao 
ambiente natural, através da repetição, tempo e intensidade de uma atividade profissional 
(BRASIL - MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2020). 
 
 
2.3.4 Consolidação das Leis do Trabalho – CLT 
 
 
A CLT é o conjunto de normas que regulamenta as disposições trabalhistas, tais como 
a responsabilidade, tendo como principal objetivo proteger o trabalhador, regulamentar os 
vínculos de trabalho, além de elaborar o direito processual do trabalho (BRASIL, 2017). 
É de obrigação do empregado ficar ciente das normas e obrigatoriedade no âmbito da 
segurança e saúde do trabalho. Tais como a utilização de equipamentos de segurança, individual 
ou coletivo, inclusive, caso o mesmo recuse-se a cumprir suas responsabilidades, evitar 
acidentes e seguir o regulamento imposto pela lei e/ou empresa, esta adquire o direito de 
dispensá-lo por justa causa. Em consonância, a empresa tem por atribuição fornecer 
treinamento, equipamentos e informações de forma totalmente gratuita a seus funcionários 
(BRASIL, 2017). 
 
 
2.3.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é regulamentada pela NR – 5, contudo, 
a sua obrigatoriedade é constituída através da CLT, tendo por objetivo vistoriar, relatar e fazer 
o controle das solicitações de medidas para prevenir os riscos de acidentes, além de discutir os 
já ocorridos, orientar os colaboradores e distribuir as informações necessárias, convocar 
reuniões, elaborar mapas de riscos para liquidar e/ou minimizar as consequências de acidentes 
e incidentes no ambiente de trabalho (BRASIL, 2017). 
São necessários setenta funcionários por canteiro de obras para a exigência da 
implantação da CIPA, ademais, devem atuar na implementação e no manejo da qualidade e 
 
 
 
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eficácia das medidas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Além da análise e do 
levantamento de dados do progresso das medidas no ambiente de trabalho, fiscalização 
periódicas de cada ambiente de trabalho, verificando as situações que poderão ameaçar a 
integridade dos trabalhadores e mais (ZOCCHIO, 1980). 
 
 
2.3.6 Equipamentos de segurança 
 
 
O mínimo que o empregador deve tomar para a segurança de seus colaboradores trata-
se do investimento em EPI’s e EPC’s. A utilização destes instrumentos é normatizada por lei, 
sendo cabível a punição legal (BAÚ, 2013). 
Compreende-se que a importância e a necessidade do uso de tais equipamentos é 
indispensável, pois a falta destes trata-se da principal causa de acidentes no trabalho na 
construção civil. Por se tratar de uma área de trabalho pesado, a falta de uso de dispositivos de 
segurança pode levar o colaborador a óbito (BAÚ, 2013). 
Assim, levando em consideração o ambiente de trabalho da construção civil, sabe-se 
que os equipamentos de proteção individual e coletivo devem ser utilizados de acordo com a 
atividade em atuação, garantindo assim a total proteção do indivíduo. Além disso, é necessário 
o treinamento do funcionário de forma adequada, para que ele possa utilizar da forma mais 
correta garantindo a total eficácia do aparelho, além da fiscalização regular, onde se tem 
tecnologias e instrumentos que atualmente facilitam o empregador de fazer esta inspeção (BAÚ, 
2013). 
Visto que, mesmo havendo um grande investimento nestes equipamentos, é inerente o 
baixo índice de funcionários que fazem o seu uso, mesmo que haja informações periódicas dos 
riscos que a não utilização pode trazer para o próprio colaborador que tem como ambiente de 
trabalho os canteiros de obras, que por si só tendem a manifestar acidentes de grandes riscos 
físicos e mentais (BAÚ, 2013). 
Partindo deste pressuposto, é necessário fazer uma análise para que se possa encontrar 
a causa que induz o funcionário a não querer utilizar os equipamentos de segurança, 
principalmente os EPI’s, que possuem contato direto com eles, na execução das atividades de 
trabalho, ainda que essas sejam de grande risco a sua integridade física. Ademais, por ser 
regulamentada por norma, tal qual deve ser seguida rigorosamente para que as funções 
 
 
 
34 
 
profissionais sejam executadas da melhor forma possível por empregados e empregadores 
(AYRES, 2001). 
 Sendo que, deve-se ter a prática de segurança em todas as etapas da obra, onde o risco 
de acidentes encontra-se eminente aos impactos de objetos, à exposição de produtos químicos 
e biológicos, aos ruídos, às quedas, aos acidentes com maquinários e à ergonomia. Mostrando, 
portanto, que o uso dos equipamentos é não só importante, mas essenciais para se evitar tanto 
os incidentes e acidentes de trabalho, mas também as doenças ocupacionais, sendo responsável 
pela manutenção da integridade, física, social e psicológica do individual, além da preservação 
de sua vida (AYRES, 2001). 
 
 
2.3.6.1 Equipamentos de proteção individual – EPI’S 
 
 
São definidos como EPI’s todos e quaisquer dispositivos que possuem como objetivo a 
proteção física e a preservação do colaborador, sendo um equipamento de uso, como o nome já 
informa, individual. Estes são previstos e normatizados na NR-6, e a sua principal função trata-
se de evitar lesões causadas por acidentes de trabalho, além da manifestação de doenças 
ocupacionais (CUNHA, 2006). 
Ademais, estes são necessários principalmente em casos de emergências, ou seja, em 
situações em que as medidas de proteção coletiva se tornem irrealizáveis. Contudo, no ambiente 
de trabalho, encontra-se uma realidade adversa da prevista em legislação, em que se tem os 
EPI’s como principais métodos de proteção, deixando a segundo plano a análise do canteiro, de 
forma a economizar no investimento da segurança e na saúde dos funcionários (CUNHA, 
2006). 
Segundo a NR- 6, Portaria de número 3.214, de 1978, é de obrigação do empregador 
fornecer todos os EPI’s necessários, de forma a manter a integridade física e mental do seu 
funcionário, de modo totalmente gratuito, além de ser responsável por todo treinamento e 
informação que careça a utilização adequada do mesmo, além de fiscalizar a qualidade e a 
conservação do equipamento, substituindo sempre que necessário. A norma diz ainda em quais 
circunstância os equipamentos de proteção individuais devem ser utilizados, tais como 
emergência, a eminente implementação ou falta de proteção completa dos EPC’s e ainda 
quaisquer eventuais mudanças no andamento da obra, tal qual apresente riscos de acidentes ou 
doenças ocupacionais. 
 
 
 
35 
 
Além da listagem de equipamentos e de suas funções, determina-se que os equipamentos 
só podem estar disponíveis para venda e utilização a partir da certificação por órgãos 
competentes, segundo as especificações do Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 
1978). 
Atualmente, encontra-se grande resistência na utilização dos EPI’s, principalmente na 
área da construção civil. Este fato acontece devido, em sua maioria, ser completamente 
desconfortável, além disso a falta de orientação, de informação e treinamento, faz com que os 
operários mostrem ainda menos interesse na proteção. Com isto, é importante salientar o quão 
é necessário a intervenção do empregador quando se refere à segurança e à saúde dos seus 
colaboradores (RESENDE, 2019). 
A falta de fiscalização trata-se de um outro agravante. Uma vez que, há companhias que 
tendem a ignorar o fato da não utilização de equipamentos, alegando que os mesmos diminuem 
o desempenho do funcionário, embora seja comprovado a importância de sua utilização, 
visando, desse modo, apenas o lucro, deixando de lado o risco eminente de acidentes e doenças 
ocupacionais. As empresas possuem ainda uma cultura direcionada a manter seus empregados 
na desinformação, tornando escassa a conscientização para com a própria saúde e segurança, 
desconhecendoos altos índices de lesões médias a graves na construção civil e até a mortalidade 
(RESENDE, 2019). 
 
 
2.3.6.2 Tipos e funções dos EPI’s 
 
 
Existem duas classificações para EPI’s, a saber: conjugados ou simples. A NR-6 
determina que o equipamento de proteção conjugado é todo aquele que engloba dois ou mais 
dispositivos, tendo como principal função a proteção de lesões múltiplas, ou seja, o mesmo 
tende a preservar o indivíduo de acidentes diversos ao mesmo tempo em que exista o risco. Os 
equipamentos de proteção simples tratam-se daqueles que possuem apenas uma finalidade de 
proteção, sendo utilizado para um tipo de região específica, protegendo somente aquele local 
(BELTRAMI; STUMM, 2013). 
Segundo Beltrami e Stumm (2013), cada equipamento de segurança possui a sua 
finalidade, e cabe no treinamento instruir ao colaborador a forma correta de se utilizar. Assim, 
compreende-se que na construção civil tem-se uma infinidade de EPI’s, com funções 
 
 
 
36 
 
específicas. Logo, há como listagem básica de dispositivos de segurança usados na construção 
civil, com finalidade e zona corporal, que devem ser utilizados, a saber: 
a) Capacete: utilizado como proteção para a cabeça. Este tende a proteger de 
quedas, impacto de objetos, exposição ao sol e à chuva e aos choques elétricos. Deve seguir 
todo o padrão estipulado por norma, além de passar por todas as avaliações necessárias, para 
que desempenhe a sua função corretamente. 
b) Óculos de proteção e Protetor facial: destinados à proteção dos olhos e da face, 
evita que agentes externos, como materiais de construção, produtos químicos e biológicos, 
atinjam, principalmente, os olhos do colaborador, além de evitar perfurações por maquinários 
agressivos e proteger dos raios do sol, quando usados adequadamente, que podem ameaçar a 
visão. 
c) Abafadores de ruídos: protegem os ouvidos. Necessários em ambientes com 
extrema presença de ruídos, tais quais são utilizados para evitar as doenças ocupacionais, 
principalmente a perda auditiva, sendo que no canteiro de obras trata-se de um EPI, 
completamente, indispensável, principalmente, ao se manusear ferramentas, como furadeiras, 
serras, betoneiras e mais. 
d) Cinto de segurança: envolto no dorso do indivíduo, tem como principal função 
a proteção contra quedas, utilizados para trabalhos em grandes alturas. Deve ser colocado da 
forma correta para evitar que o próprio EPI cause um acidente, além de verificar as condições 
em que o mesmo se encontra, sendo necessário estar completamente travado no momento de 
sua utilização. 
e) Trajes adequados: é necessário que o trabalhador utilize roupas adequadas, como 
camisas de mangas longas e golas e calça comprida. De preferência devem ser feitas de material 
adequado e de maior resistência, para que assim possam proteger a pele da exposição direta aos 
matérias cortantes, corrosivos, químicos e biológicos, além de proteger contra o sol ou a chuva. 
f) Luvas: proteção para as mãos, podem ser fabricadas dos mais diversos materiais, 
como couro e plástico. Para cada função tem-se uma luva adequada, previnem doenças 
ergonômicas, irritação e lesões na pele, além de proteger da exposição do sol e dos matérias 
químicos, cortantes e corrosivos. 
g) Máscaras: protege o sistema respiratório contra gases, poeira, vapores, inalação 
de produtos químicos e mais, evitando doenças respiratórias. As máscaras podem ser das mais 
diversas, dependendo do tipo de atividade executada na construção civil, ato de serrar materiais, 
como madeira, mármore, blocos, revestimentos e mais, que gera resíduos que podem ser 
inalados, causando problemas sérios à saúde do funcionário. 
 
 
 
37 
 
h) Sapatos fechados: proteção para os pés, podem ser botas ou sapatos, tendo as 
mais diversas matérias-primas, tais como plástico ou couro, dependendo do tipo de atividade 
que será realizado pelo indivíduo que está utilizando. Protege principalmente da exposição dos 
pés aos produtos químicos, aos materiais perfurantes e/ou cortantes, ao impacto de objetos, aos 
choques elétricos, à umidade e aos agentes biológicos. 
Assim, a Figura 1, mostra exemplos de equipamentos segurança individual, utilizados 
na construção civil, e em que local, do corpo, o colaborador deve fazer o uso do mesmo para 
que faça a proteção de acidentes e doenças ocupacionais. 
 
 
Figura 1: Tipos mais comuns de equipamentos de segurança individual utilizados na Construção civil. 
Fonte: Frank e Sustentabilidade (2012)1. 
 
 
2.3.6.3 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s 
 
 
São definidos como equipamentos de proteção coletiva todo dispositivo que tem como 
função a preservação da integridade física, saúde e psicológica dos funcionários como um todo, 
 
1 FRANK E SUSTENTABILIDADE. EPI na construção civil. in.: Vários assuntos ligados a sustentabilidade, 
reciclagem, educação ambiental, coleta seletiva, cidadania, engenharia, cultura. 12 de julho de 2012. [blogger]. 
Disponível em: <https://www.frankesustentabilidade.com.br/2012/06/epi-na-construcao-civil.html?spref=pi>. 
 
 
 
38 
 
tendo como principal objetivo manter a segurança dos mesmos contra acidentes e doenças 
ocupacionais. Os EPC’s são a segurança primária, ou seja, devem ser optados antes dos EPI’s, 
por apresentarem maior eficiência e, ainda por não estar em contato direto com o trabalhador, 
não causam desconfortos, tendo esta vantagem em relação aos equipamentos de proteção 
individual (BELTRAMI; STUMM, 2012). 
Segundo Vieira (2005), os dispositivos de proteção coletiva agem diretamente no 
provável causador de acidentes/incidentes e doenças ocupacionais, se tornando de extrema 
necessidade, sendo ainda uma prioridade dentro do ambiente de trabalho, inclusive na área de 
construção civil, onde possui diversos agentes causadores de agressões físicas e psicológicas 
para seus operários. 
A produtividade do trabalhador não é afetada pelo uso dos EPC’s, porém é necessário 
que os mesmos sejam instalados de forma correta e de acordo com a atividade a ser executada. 
Assim, devem: ser independente da função individual para que proteja de forma eficaz; ser de 
boa qualidade, a fim de possuir grande resistência aos agentes agressores; e não apresentar 
nenhum tipo de risco para a execução do trabalho do funcionário (PIZA, 1997). 
 
 
2.3.6.4 Tipos e funções dos EPC’s 
 
 
Segundo Sampaio (1998), existe uma diversidade abrangente de EPC’s na construção 
civil, que deve fazer a proteção no maquinário, na edificação, no equipamento e no ambiente 
de trabalho como um todo. Assim, tem-se como principais e mais usados os listados a seguir: 
a) Sistema de sinalização: tem a função de sinalizar, demarcar ou interditar todo 
tipo de informação que seja necessária do canteiro de obras. São dispositivos simples, de baixo 
custo e de grande abrangência no mercado. Alguns exemplos desse tipo de equipamentos são 
as fitas sinalizadoras, os cones e as placas sinalizadores, contendo textos e imagens. A 
sinalização apresenta grande importância para a segurança dos colaboradores, pois um canteiro 
de obras apresenta um compilado enorme de risco à segurança, como área com alta voltagem 
elétrica, buracos em piso ou cobertura, altas temperaturas e mais. Assim, esse tipo de 
equipamento deve possuir alta durabilidade e resistência, sendo usado em ambientes externos 
e internos (MOURA, 2017). 
b) Telas de proteção: normalmente esse tipo de proteção vem como complemento 
de outros tipos de dispositivos, tais como as plataformas de segurança. Podem ser de diversos 
 
 
 
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tipos, tais como de tapume, leve e de fachadeiro, sendo que cada uma possui uma finalidade e 
característica específica. As telas são utilizadas para cercar canteiros de obras, locais de riscos 
expostos, prédios com aberturas laterais, protegem principalmente das quedas, porém evitam o 
lançamento de materiais e objetos,

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