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Diagnóstico em equipes terceirizadas e reforço de procedimentos nas redes de distribuição de energia elétrica_cultura de segurança

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Diagnóstico da maturidade em equipes contratadas e reforço de procedimentos como medida de bloqueio
de acidentes nas redes de distribuição de energia elétrica
Palavras-chave
Diagnóstico
Acidente do Trabalho
Risco
Equipe de Manutenção
Segurança do Trabalho
Procedimentos
Resumo
Após a ocorrência de acidentes do trabalho com equipes contratadas de manutenção de uma
concessionária de distribuição de energia elétrica em determinado estado do Brasil, no ano de 2017,
inclusive com ocorrência de acidentes graves, foi realizada análise criteriosa nos registros dos
acidentes ocorridos, com avaliação das causas que originaram a ocorrência desses. A partir desta
análise foi constatado que os acidentes foram gerados por motivos variados, fator que evidencia a
inserção das equipes em diferentes níveis da cultura de segurança. Dessa forma, decidiu-se pela
realização de diagnóstico apurado dos níveis de segurança das equipes contratadas, a fim de adotar
medidas, ao longo do tempo, para bloqueio da ocorrência de acidentes do trabalho ou ainda, da
redução da gravidade quando da ocorrência dos mesmos.
O diagnóstico das equipes foi realizado através da análise de diversos itens, entre eles a análise do
estado e da quantidade mínima dos equipamentos utilizados pelas equipes contratadas,
conhecimentos dos integrantes das equipes contratadas sobre procedimentos para realização de
atividades, como conhecimento de normas e padrões mais importantes para execução destas,
capacidade para avaliação dos riscos presentes e preenchimento efetivo da análise preliminar de
risco (APR), capacitação e experiência dos integrantes da equipe e níveis de cobrança das
empreiteiras sobre os integrantes das equipes, relacionadas principalmente a produtividade.
Após a realização do diagnóstico foi atribuída uma nota geral para classificar o nível de segurança
em que a equipe está inserida, e de acordo com esse nível foram adotadas medidas para redução ou
bloqueio da ocorrência de acidentes.
1. Introdução
O setor de manutenção de redes de distribuição dessa concessionária, registrou no ano de 2017, quatro
acidentes do trabalho, sendo que a totalidade ocorreu com eletricistas contratados. Após análise dos
mesmos, constatou-se que todos apresentaram consequências graves e geraram afastamento dos
trabalhadores de suas funções.
Com o intuito de reduzir a ocorrência desses acidentes, será apresentada uma proposta para que através
de procedimentos pré-existentes na empresa, seja realizado diagnóstico em cada equipe contratada, a fim
de se definir qual a melhor ação para bloqueio da ocorrência de acidentes com cada uma delas, de acordo
com o grau de maturidade.
2. Desenvolvimento
2.1. Metodologia Utilizada
Para realização do estudo foram analisadas as seis equipes contratadas que prestam serviços nesse setor
de manutenção, essas equipes possuem jornada de trabalho de oito horas diárias e 44 horas semanais, e
além disso, permanecem de sobreaviso durante cerca de 10 dias por mês, sendo que nos dias que estão de
sobreaviso podem vir a trabalhar em qualquer momento do dia, mesmo fora do horário da jornada de
trabalho de oito horas, ou seja, permanecem a disposição durante 24 horas. No decorrer do ano de 2017
foram analisados todos os acidentes ocorridos com essas equipes contratadas e a partir dessa análise
foram delimitadas ações que serão apresentadas no trabalho.
Muitas linhas de estudo apontam que a cultura de segurança do trabalho dentro de uma empresa passa por
três estágios, sendo que no primeiro estágio o empregado segue as regras de segurança do trabalho
apenas obediência, ou seja, nesse estágio o empregado enxerga o gerente e o técnico de segurança como
responsáveis pela segurança do trabalho e que os obrigam a cumprir as regras da segurança do trabalho.
No segundo estágio a segurança do trabalho passa a ser um objetivo para a empresa e dessa forma são
criadas normas e procedimentos, fazendo com que o trabalhador perceba uma maior organização da
empresa nesse aspecto e assim ele passa a valorizar esse assunto, porém ainda acredita que a segurança
do trabalho deve ser seguida devido à vigilância do técnico de segurança e da gerência. Somente no
terceiro estágio é que o empregado tem a visão de que a segurança é algo que deve ser melhorado
continuamente, e que todos devem participar desse processo. Para que se atinja esse estágio é necessário
que os trabalhadores de empresas contratadas também participem do processo.
Após análise criteriosa dos acidentes ocorridos, conclui-se que grande parte das causas possui ligação
direta com erros de avaliação de atividade, falhas de procedimento, não utilização de equipamentos ou
ainda por falhas que podem estar ligadas a fatores comportamentais do trabalhador, ou seja, percebe-se
que as causas da ocorrência de acidentes são variadas, e isso se deve ao fato de que o setor de
manutenção estudado possui equipes inseridas em diferentes estágios da cultura de segurança do trabalho.
Diante disso, foi elaborado um procedimento para diagnóstico das principais deficiências das equipes
relacionadas à segurança do trabalho, com a intenção de que após o diagnóstico, seja possível atuar
diretamente no aspecto mais deficiente da equipe e com isso conduzi-la para um nível mais avançado da
cultura de segurança do trabalho.
O método para diagnóstico da equipe contratada consiste na análise de cinco etapas, a cada etapa será
atribuída uma nota intermediária, que gerará uma nota final, denominada PRA (Percentual do Risco de
Acidentes). O PRA de cada equipe irá inseri-la em um ranking, e através desse será possível definir ações
para melhoria da equipe nas questões relacionadas à segurança do trabalho.
As cinco etapas do diagnóstico da equipe são divididas da seguinte forma:
1. Serão realizadas duas inspeções, durante dois meses consecutivos, dos equipamentos,
ferramentas, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC's) das equipes. Essas inspeções definirão uma nota para as equipes, essa variará com
valores de 0 a 20 pontos, sendo que o valor 0 é quando a equipe possui falhas graves de falta de
equipamentos, ferramentas, EPI's e EPC's e 20 quando não possui falha.
É importante frisar que as inspeções de materiais para as equipes já são realizadas trimestralmente.
2. Através de questionário pré-definido, realizar avaliação dos procedimentos utilizados pelas equipes
na execução de atividades, essa etapa será realizada através de perguntas relacionadas aos
padrões para padronização de tarefas, principalmente para as atividades mais críticas como,
utilização de conjunto de segurança para trabalhos em altura, substituição de postes com
guindauto, emenda de condutor e corte poda de árvores. Da mesma forma que no item um, a nota
para esse item terá variação de 0 a 20 pontos.
É importante dizer que o conhecimento desses padrões deve ser inerente a todos os integrantes da equipe,
visto que são procedimentos da empresa.
3. Através de questionário pré-definido, simular a realização de uma atividade e fazer com que a
equipe realize a análise preliminar de risco (APR) para essa atividade, com o objetivo de avaliar a
qualidade da APR executada pela equipe, atribuir um valor de 0 a 20 pontos para esse item.
4. Através de questionário pré-definido, realizar a análise da formação e nível de estudo dos
integrantes da equipe, eletricistas e encarregado e também do tempo de experiência destes na
função e na atividade de manutenção de redes de distribuição. Conforme escala pré-definida atribuir
nota com valor variando de 0 a 20.
5. Através de questionário pré-definido, avaliar qual a cobrança da empreiteira com relação à
produtividade, se existe parcela variável no salário do empregado com relação à produtividade da
equipe. Verificar também a quantidade de horas extras realizadas pela equipe no mês anterior a
entrevista, e verificar a quantidade de dias de sobreaviso que a equipe permaneceu durante o mêsanterior a entrevista. Conforme escala pré-definida atribuir nota com valor variando de 0 a 20.
A soma aritmética das notas individuais de cada item gerará uma nota, ou seja, o PRA da equipe, essa nota
será comparada com uma tabela pré-definida que ranqueará a equipe em três níveis, sendo eles, risco
elevado da ocorrência de acidentes, risco moderado da ocorrência de acidentes e risco baixo da ocorrência
de acidentes, conforme demonstrado na Tabela 1.
Tabela 1-Níveis de Risco da Ocorrência de Acidentes
Após realização do diagnóstico e apuração de que nível de segurança a equipe se encontra, definir as
medidas de ação para cada equipe, caso esta se encontre no nível risco baixo da ocorrência de acidentes,
não será necessário tomar nenhuma ação equipe. Caso a equipe encontre-se no nível moderado de
ocorrência de acidente deve-se escolher o item, entre os cinco itens iniciais de diagnóstico, que a equipe
apresentou pior desempenho, e nesse item adotar as medidas de controle de acidente. Caso a equipe
encontre-se no nível elevado da ocorrência de acidentes, devem ser escolhidos dois itens entre os cinco
itens iniciais de diagnóstico e adotar medidas de controle de acidente para ambos.
Em caso de dois ou mais itens com notas baixas, mas iguais, então devem ser trabalhados todos os itens
que apresentarem a menor nota.
O intuito nesse item é trabalhar com o diagrama de Pareto, em que o enunciado diz que 80% das
consequências são geradas por 20% das causas.
As medidas de controle de acidentes para cada item são:
1. Equipes com baixo desempenho no item um da etapa de diagnóstico deverão passar por inspeções
mensais em seus equipamentos, ferramentais, EPI’s e EPC’s, pelo prazo de seis meses, além
disso, a reposição dos materiais em falta deverá ser realizada de maneira imediata pelas
empreiteiras sob pena de paralisar as atividades da equipe imediatamente até regularização das
divergências encontradas.
2. Equipes com baixo desempenho no item dois da etapa de diagnóstico deverão passar por um
treinamento com a revisão das principais dos padrões para padronização de tarefaa, principalmente
para as atividades mais críticas como, Utilização de conjunto de segurança para trabalhos em
altura, substituição de postes com guindauto, emenda de condutor e corte poda de árvores. O
treinamento terá carga horária de três horas, a revisão dos padrões deverá ser de forma ilustrativa a
fim de facilitar o entendimento por parte das equipes.
3. Equipes com baixo desempenho no item três da etapa de diagnóstico deverão passar por
treinamento de três horas, com situações práticas, a fim de aumentar a percepção da equipe em
situações reais, a fim de que seja capaz de realizar uma APR efetiva. O treinamento deverá conter
situações ilustrativas a fim de facilitar o entendimento por parte das equipes.
4. Equipes com baixo desempenho no item quatro da etapa de diagnóstico deverão receber as
medidas de controle apresentadas nos itens dois e três simultaneamente, nesse caso, deve-se
mudar a abordagem e a forma de apresentação dos conteúdos para uma forma mais didática e
simples para verificar se a equipe assimilou os assuntos repassados nos treinamentos.
5. Equipes com baixo desempenho no item cinco da etapa de diagnóstico deverão ser contempladas
com revisão na escala de sobreaviso, controle do volume de trabalho repassado à equipe, controle
para que a mesma não execute uma quantidade elevada de horas extras e de horas de sobreaviso.
Além disso, existe a necessidade de realizar entrevista com a equipe e repassar a importância dos
cuidados com o excesso de trabalho e sobre a importância do descanso.
2.2. Resultados Esperados
No âmbito do setor de manutenção, diagnosticar a partir do parâmetro PRA, qual é o nível de segurança
que as equipes contratadas estão inseridas e a partir desse, realizar ações e treinamentos ao longo do
tempo, a fim implantar ou aumentar a cultura de segurança junto as equipes contratadas, e com isso reduzir
a ocorrência de acidentes, ou ainda, reduzir a gravidade dos acidentes, quando estes ocorrerem.
2.3. Aplicação da Metodologia
Para cada equipe contratada do setor de manutenção foi realizada uma inspeção mensal no período de dois
meses. Nessa inspeção foram verificadas as condições dos equipamentos e ferramentas para realização de
atividades, além dos EPIs e EPC's das equipes. A inspeção consistiu na verificação de diversos itens, e
para cada item verificado foi atribuído um valor, a somatória dos itens parciais gerou uma nota final. Os
resultados e itens verificados encontram-se apresentados na Tabela 2.
Tabela 2-Notas Individuais para Inspeção de Materiais
Ainda, para cada uma dessas equipes foi realizada entrevista e preenchimento de questionário com
perguntas relacionadas a questões de procedimentos realizados na execução de atividades.
O questionário apresentava trinta questões divididas entre, padrões para execução de atividades,
capacidade da equipe na verificação do risco e preenchimento efetivo de APR em situações simuladas de
Risco, Formação e Tempo de experiência dos integrantes da equipe, exigência da empreiteira por
produtividade e elevada quantidade de horas extras. Da mesma forma que no item relacionado à inspeção
de materiais, para cada item verificado foi atribuído um valor, a somatória dos itens parciais gerou uma nota
final. A nota final de cada equipe para todos os módulos, incluindo o módulo de verificação das condições
dos equipamentos e ferramentas para realização de atividades, encontra-se demonstrada na Tabela 3.
Tabela 3-Notas Finais para Cada Equipe - PRA
A soma aritmética das notas dos dois itens, inspeção de materiais e verificação de conhecimentos das
equipes, gerou a nota final das equipes, que nesse trabalho foi chamada de PRA e encontra-se apresentada
no Gráfico 1.
Gráfico 1-Gráfico com Notas Equipes - PRA
De acordo com os parâmetros adotados para esse trabalho conforme demonstrado na Tabela 1, constata-se
que duas equipes estão inseridas no parâmetro risco elevado da ocorrência de acidentes, ou seja, PRA
inferior a 60 pontos, 4 equipes encontram-se inseridas no risco moderado da ocorrência de acidentes, com
PRA variando entre 60 e 80 pontos, e uma equipe encontra-se inserida no risco baixo da ocorrência de
acidentes, com PRA superior a 80 pontos, conforme demonstrado no Gráfico 2.
Gráfico 2-PRA equipes
2.4. Ações após o Diagnóstico
Após realização do diagnóstico, uma parte importante a ser realizada, como parte complementar do
trabalho, é aquela que contempla as ações posteriores à avaliação do nível de segurança das equipes do
setor de manutenção.
Essas ações têm o objetivo de proporcionar às equipes uma condição para execução do serviço de maneira
segura, além de trazer aumento do grau de conhecimento técnico dessas equipes, e reduzir a exposição
destas a jornadas exaustivas, fatores que podem ser causadores de acidentes.
Para o caso das equipes do setor de manutenção serão aplicadas as ações conforme demonstrado na
Tabela 4.
Tabela 4-Pós Diagnóstico
3. Conclusões
A partir dos resultados encontrados através do diagnóstico das equipes contratadas é possível afirmar que
esses estão alinhados com os objetivos esperados para esse trabalho.
Foi possível perceber a existência de diferentes níveis da cultura de segurança do trabalho para as equipes
estudadas, diferença que até então era observada, mas não comprovada.
Essa comprovação da existência de diferentes níveis da cultura de segurança do trabalho entre as equipes
contratadas é extremamente importante, visto que, demonstra que as ações para bloqueio da ocorrência de
acidentes devem ter maior foco nas equipes inseridas nos níveis mais baixos em relação a segurança do
trabalho, principalmente devido ao maior potencial que estas apresentam para se envolverem na ocorrência
de acidentes.
O diagnóstico realizado com as equipes contratadas apontou pontos de deficiência que algumas possuem e
que necessitam ser trabalhados, a fimde que estes não se transformem em causas para acidentes.
Alguns fatores verificados, como vícios dos eletricistas na realização de atividades e desconhecimento de
normas importantes, são fatores técnicos que trazem elevado risco para a ocorrência de acidentes, mas que
são bloqueados com a realização de treinamentos.
Já aqueles fatores pessoais, como baixo grau de escolaridade, que traz dificuldade para interpretação de
normas e manuais, alta rotatividade de funcionários nas empreiteiras, que não permite ao eletricista adquirir
experiência na realização das atividades e a cobrança das empreiteiras para que a equipe tenha alta
produtividade, são fatores que também expõem os eletricistas a riscos de acidentes do trabalho, mas que
não são eliminados com a realização de treinamentos. Para esses itens sugere-se uma possível alteração
nos procedimento para contratação das equipes terceirizadas, com maior exigência para requisitos que hoje
não são exigidos, como grau de escolaridade ou experiência, ou ainda na necessidade de ações por parte
da empresa contratante que forcem as empreiteiras a se preocupar primeiramente com segurança e em
segundo plano com a produtividade.
Não é possível atingir o resultado de eliminação da ocorrência de acidentes, ou ainda da redução da
ocorrência desses, quando os empregados terceirizados se preocupam primeiramente em produção a
qualquer custo mesmo que em detrimento da segurança.
É importante ressaltar a complexidade para realização desse diagnóstico, visto que nem todos os fatores
causadores de acidentes estão expostos para análise. Outra dificuldade encontrada diz respeito a
veracidade das informações fornecidas pelos eletricistas a respeito das empreiteiras, visto que mesmo após
afirmar para os eletricistas que os formulários preenchidos seriam impessoais, e que as equipes não seriam
identificadas, ainda sim, muitos ficaram melindrados ao realizar o preenchimento dos formulários, fato que
demonstra a possibilidade de que algumas informações fornecidas por esses funcionários não estejam
totalmente corretas.
Mesmo com as dificuldades encontradas para realização do diagnóstico, entende-se que as ações
propostas trarão melhoria na percepção das equipes sobre a importância da redução da ocorrência de
acidentes do trabalho e consequentemente elevação da cultura de segurança do trabalho da empresa, fator
que justifica a implantação das ações no período posterior ao diagnóstico.
4. Referências bibliográficas
Video Dublê de Eletricista - Um documentário sobre a terceirização no setor elétrico brasileiro.
Acesso em 06/02/2018, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PuCoggk8_l8

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