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Farmacocinética: O que o corpo faz com o fármaco

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Habilidade Terapeuticas | Medicina | Thielly Fernanda
Farmacocinética
A farmacologia é dividida em
farmacocinética e farmacodinâmica
Introdução
A dose “padrão” de um determinado fármaco
é estabelecida a partir de experimentos com
indivíduos saudáveis e com capacidade de
absorção, distribuição e eliminação do
fármaco. A dose pode mudar dependendo
da idade, medicamentos usados pelo
paciente, processos fisiológicos e patológicos,
por exemplo.
Conceitos
Farmacocinética - O que o corpo faz com o
fármaco; movimento do fármaco dentro do
corpo
Fármaco/Droga - Substância de estrutura
física conhecida que quando administrada
em um organismo vivo produz algum efeito
Medicamento - Associação de 1 ou mais
fármacos com outras substâncias usado para
tratar ou prevenir uma doença
Remédio - Qualquer dispositivo usado para
aliviar sintomas ou curar uma doença
Compartimentos do corpo
- Água - 50-70% do peso corporal
(Intracelular - 30-40%; extracelular –
intersticial - 16%, intravascular - 5%,
transcelular - 2,5% e linfa (1,2% ) )
- porcentagem de água nos homens é
maior do que nas mulheres
Meia Vida
É o tempo que o fármaco leva para que sua
concentração plasmática seja reduzida em
50%.
Acúmulo de Fármaco
Cada medicamento tem um determinado
tempo para que seja eliminado do organismo,
caso seja realizado a administração de um
fármaco em um período de tempo em que
outro ainda esteja ativo no organismo
podemos ter inibição ou atenuação do efeito,
por exemplo.
Biodisponibilidade
É a quantidade e velocidade com a qual o
fármaco atinge a corrente sistêmica
- É total na administração
intravascular
- Pode sofrer efeito da primeira
passagem hepática, o que ocorre com
medicamentos administrados por via
oral
Extensão da absorção
O fármaco tem sua absorção diminuída,
quando é muito hidrofílico, o que faz com que
não consiga passar a bicamada lipídica, ou
muito lipofílico, o que resulta na dificuldade
em atravessar a água que está adjacente à
célula.
Eliminação de primeira passagem
Habilidade Terapeuticas | Medicina | Thielly Fernanda
Após a absorção pelo intestino, o fármaco
entra na veia porta e chega ao fígado, antes
de entrar na circulação sistêmica. Desse
modo, o fígado pode liberar parte do
fármaco na bile ou fazer a biotransformação
dele em metabólitos.
Razão de extração e efeito da primeira
passagem
A administração de um fármaco por via oral
pode necessitar de doses maiores para que
seja atingido um patamar terapêutico. Porém,
como se sabe, os fármacos orais, com exceção
do sublingual, tem o efeito de primeira
passagem e, desse modo, temos uma
quantidade maior de metabólitos deste
fármaco quando compara a administração
por via parenteral.
- Exemplos de fármacos que tem
alta extração pelo fígado - Morfina,
antidepressivos tricíclicos e
propranolol.
- Pouca extração - Diazepam,
Varfarina, entre outros.
Vias alternativas de administração e
efeitos de primeira passagem
Vias de administração que evitam esse efeito
- Via sublingual, parenteral e , em algumas
situações, supositórios retais.
Absorção, Distribuição,
Metabolização e eliminação
Absorção
Vias de administração
É determinada pelas propriedades do
fármaco (acidez, ionização, solubilidade) e
pelos objetivos terapêuticos (ínicio rápido,
solubilização em um local específico)
Vias enterais
Via oral
- Uso interno, administrado pela boca
e deglutido.
- O baixo ph do estômago pode
inativar alguns fármacos.
- Os fármacos administrados por essa
via necessitam de revestimento para
que eles não sejam absorvidos em
locais incorretos e também para que
eles sejam protegidos do ácido
gástrico.
- Liberação prolongada - Controle da
liberação do fármaco, fazendo com
que eles sejam absorvidos mais
lentamente e tenham a ação
prolongada.
Via sublingual - Administrado pela boca sem
ser deglutido. Essa via permite que o fármaco
seja difundido na rede capilar e entre na
circulação sanguínea. - Capacidade de evitar
o efeito de primeira passagem.
Via retal
- Diminui a biotransformação dos
fármacos pelo fígado
- Evita destruição do fármaco
promovida pelo estômago
- Comumente usado para
administração de antieméticos
- A maioria das vezes o fármaco não é
absorvido completamente por essa
via
- Geralmente não passa pelo efeito de
primeira passagem
Vias parenterais
É perfurado as barreiras impostas pela pele e
pelas mucosas para administrar o fármaco.
Via utilizada também em paciente sem
possibilidade de ingerir o comprimido ou
quando é necessário um efeito mais rápido.
- Maior controle da quantidade real de
medicamento administrada no
paciente
Intravenosa
- útil para fármacos não absorvidos
por via oral
- Pode causar infecção no local da
injeção
- Pode precipitar constituintes do
sangue, causar hemólise, se for
injetado muito rápido o fármaco
Intramuscular
- Fármaco se dissolve lentamente
Subcutânea
- Absorção por difusão simples
- Mais lenta do que a via intravascular
- Não deve ser usada por fármacos
que provocam irritação tissular
Outras - Intra óssea, Intra arterial, epidural
(extradural, peridural), subaracnóidea
(intratecal), intra articular, intra-ocular)
Habilidade Terapeuticas | Medicina | Thielly Fernanda
Outras
inalatória - Oral e nasal
- Efeito rápido
- Eficaz para pacientes com problemas
respiratórios
superfícies epiteliais (pele(cutânea,
transdérmica), mucosa nasal, córnea, vagina)
O que é?
Nessa etapa, há o objetivo de fazer com que
o fármaco chegue à corrente sanguínea. E,
para isso, ele precisa ultrapassar as células
epiteliais. Desse modo, há vários métodos que
ajudam nesse processo: Difusão passiva,
difusão facilitada e o transporte ativo.
Para que o fármaco passe pela bicamada
lipídica ele precisa ser lipofílico e ter um
mínimo de afinidade com a água para que
ele não sofra repulsão pelas células que
banham a bicamada lipídica.
pKa e pH dos fármacos
A maioria dos fármacos estão presentes na
forma de ácido fraco (doadores de prótons)
ou base fraca(receptores de prótons). Esses
podem ser encontrados na forma ionizado ou
não ionizado. Quanto aos fármacos ionizados,
a passagem deles pela camada lipídica é
perturbada, visto que eles podem sofrer
repulsão pela face positiva ou negativa,
dependendo de sua carga. Em relação ao
fármaco não ionizado, a sua absorção é
favorecida.
- Pka - Acidez da substância
- Ph - Acidez da solução aquosa do
meio que ele vai diluir (neutro = 7;
Básico > 7 e ácido < 7)
A forma dissociada em verde (HA e B) é
lipossolúvel e encontram mais facilidade em
serem absorvidas.
O Ph do meio em que ele está dissolvido vai
definir se o composto irá ficar na forma
protonada. Os ácidos e bases fracos ficam
uma parte protonada e outra dissociada. Se o
ácido for para o estômago, que também é um
meio ácido, ele fica na forma associada e
quando ele passa para a corrente sanguínea,
ele passa para a forma dissociada (Sequestro
iônico → aprisionamento iônico). Se fosse um
composto básico nessa ocasião, ele ficaria na
forma protonada e, consequentemente, não
seria bem absorvido nesse local.
Distribuição
Capacidade do fármaco de se distribuir no
meio intersticial e intracelular. Influenciada
pelo fluxo sanguíneo regional,
permeabilidade capilar e volume tecidual.
Fármaco e proteínas plasmáticas
A maioria dos fármacos encontram-se ligados
a proteínas plasmáticas presentes no sangue,
sendo a albumina (ex. Fenitoína) que tende a
se ligar aos ácidos, a principal. Entretanto,
outras proteínas, como a α1-glicoproteína
ácida, para os fármacos básicos e as
globulinas, para certos hormônios, são
também importantes.
A ligação de fármacos e proteínas podem ser
alteradas por processos patológicos. Exemplo:
Hipoalbuminemia decorrente de doença
hepática grave provoca o aumento da fração
livre do fármaco.
A fração livre do fármaco é a que vai passar
do intravascular para intersticial.
Principais fatores que determinam a
porcentagem ligada - Concentração
plasmática do fármaco na forma livre,
afinidade do fármaco pelos sítios de ligação
das proteínas na forma livre, afinidade do
fármaco pelos sítios de ligação das proteínas
e concentraçãoplasmática dessas proteínas
Habilidade Terapeuticas | Medicina | Thielly Fernanda
Fases da distribuição
- 1° fase - Momento em que o fármaco
é exposto aos órgãos mais bem
irrigados, como o fígado, cérebro e os
rins
- 2° fase - exposição do fármaco pelas
outras áreas do corpo, mais
demorada
Acúmulos teciduais- Pode prolongar os
efeitos sistêmicos no organismo
Volume de distribuição
Volume em que o fármaco tem para se
distribuir no corpo
- Ele é a medida da quantidade de
fármaco no corpo pela concentração
do fármaco no sangue ou no plasma
O volume de distribuição muda de acordo
com a lipossolubilidade e ligação às
proteínas. As drogas lipossolúveis vão ter um
elevado volume aparente de distribuição e as
ligadas às proteínas terão um baixo volume
aparente.
Fatores que vão alterar volume de
distribuição
- Peso - Tamanho corporal influencia
no tempo que o fármaco é distribuído
- Hemodinâmica - Fluxo sanguíneo
diferente nos tecidos
- Proteínas - concentrações proteicas
menores apresentarão frações livres
maiores
- Idade - A quantidade de água
diminui com a idade
- Doenças
- Genéticas
Metabolização (Biotransformação)
A mesma facilidade que é a lipossolubilidade
leva o fármaco a atravessar a membrana
plasmática é a dificuldade que o fármaco
possui de ser excretado. Desse modo, os
fármacos precisam sofrer uma metabolização
para conseguirem ser excretados.
A metabolização pode gerar metabólitos
ativos que são capazes de gerar efeitos no
organismo, como a toxicidade.
Reações de Fase 1 - Oxidação, Redução e
Hidrólise
São reações que modificam a estrutura
química de um fármaco. Possui foco no
citocromo p450 (pigmento entre lilás e azul)
que catalisa a oxidação de muitos fármacos.
Sendo alguns fármacos administrados na
forma inativa, chamados de pró fármacos,
que vão ser ativados por meio de reação de
oxidação/redução no fígado.
Reações de Fase 2 - Glicuronidação,
sulfatação, acetilação
São reações que ocorrem quase
exclusivamente no fígado. Nessa reação, o
fármaco, que já sofreu alterações, têm
adicionado à sua estrutura grupos apolares
com o objetivo de facilitar a excreção.
Funções
- transformar compostos apolares em
polares
- transformar compostos ativos em
inativos ou o oposto que é o caso dos
pró fármacos.
Na fase intermediária o fármaco pode se
encontrar na forma ativa ou inativa.
Indutores e inibidores da p450
Os fármacos indutores (aumento da
quantidade do fármaco) e fármacos
inibidores do citocromo p450 (diminuição
da quantidade do fármaco)
Habilidade Terapeuticas | Medicina | Thielly Fernanda
OBSERVAÇÃO - A maioria dos fármacos são
metabolizados no fígado, porém isso pode
acontecer no intestino, rins e pulmão também.
Eliminação
Medida da capacidade do corpo eliminar o
fármaco. A depuração, também chamada de
clearance, corresponde à velocidade de
eliminação sobre a concentração do fármaco.
ILUSTRAÇÃO DA CLEARENCE
- Principais locais de eliminação de
fármacos - Fígado -
Biotransformação do fármaco em
metabólitos ou/e excreção do
fármaco na bile- e rins
- Depuração (Clearance) - eficacia do
organismo a eliminar substancias em
geral
- Urina (rim)
- Bile (fígado) → fezes (O problema
ocorre quando o fármaco fica sendo
reabsorvido pelo intestino, o que
ocasiona um loop dificultando a
eliminação)
- Intestino → fezes
- Pulmão - fármacos gases ou voláteis
- Leite
- Suor, saliva e lágrimas - Não são tãos
significativas
- Meia vida de eliminação - tempo
necessário para eliminar metade do
fármaco do organismo

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