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Aula 1 - Formalidades da escrituração contábil no sistema informatizado

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DESCRIÇÃO
Explicação das formalidades da escrituração contábil em um sistema informatizado, e o registro
das informações geradas.
PROPÓSITO
Compreender que a escrituração contábil é essencial para todas as entidades e que, na
atualidade, os sistemas informatizados são as ferramentas necessárias para atender a
contabilidade.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as formalidades da escrituração contábil
MÓDULO 2
Identificar os elementos necessários para a realização do lançamento contábil e elaboração do
Plano de Contas
MÓDULO 3
Reconhecer os livros contábeis obrigatórios e os seus registros
INTRODUÇÃO
A Tecnologia da Informação (TI) é essencial em todos os segmentos da sociedade. A
contabilidade, por sua vez, é um segmento que não vive sem ajuda dos computadores.
Atualmente, já não se admite a utilização dos métodos de escrituração feitos à mão, seja na
área contábil, fiscal ou de pessoal. Por isso, percebemos um investimento crescente por parte
das empresas em sistemas ligados à área contábil.
MÓDULO 1
 Reconhecer as formalidades da escrituração contábil
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
OBRIGATORIEDADE DE ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL
A função do setor contábil é realizar a classificação e a escrituração de todos os fatos
administrativos realizados pelas empresas, entre eles as operações realizadas pelo setor de
pessoal e pelo setor fiscal.
POR MEIO DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS É QUE
SÃO ELABORADAS AS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS, CONSIDERADAS DE SUMA
IMPORTÂNCIA NÃO SÓ PELA EXIGÊNCIA LEGAL, MAS
PRINCIPALMENTE PARA A TOMADA DE DECISÕES.
De acordo com o Código Civil, em seu artigo 1.179, o empresário e a sociedade empresária
são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na
escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a
levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Também de acordo como o artigo 1º do Decreto-Lei 486 de 1969, que dispõe sobre
escrituração e livros mercantis, a pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de
escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados.
QUAIS ENTIDADES ESTÃO OBRIGADAS A
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL?
RESPOSTA
javascript:void(0)
A escrituração contábil é obrigatória para todas as entidades, inclusive para micro e pequenas
empresas.
Os profissionais de contabilidade estão obrigados a aplicar a ITG 2000 (R1), aprovada pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
 ATENÇÃO
A sigla ITG significa Interpretação Técnica Geral - A letra R mais o número que identifica sua
alteração (R1, R2, R3, ...) foram adicionados à sigla da interpretação para identificarem o
número da consolidação e facilitarem a pesquisa no site do CFC.
Essa interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para
a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a
guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do
profissional da contabilidade.
O item 2 da referida interpretação determina que ela deve ser adotada por todas as entidades,
independentemente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil,
observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.
A Legislação Federal também prevê a escrituração contábil como obrigatória, conforme
transcrito a seguir:
 
Imagem: Shutterstock.com
LEI COMPLEMENTAR 123/2006, ART. 27
As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão,
opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações
realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.
 
Imagem: Shutterstock.com
RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR DO
SIMPLES NACIONAL, ART. 71.
A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional poderá, opcionalmente, adotar contabilidade
simplificada para os registros e controles das operações realizadas, observadas as disposições
previstas no Código Civil e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho
Federal de Contabilidade.
De acordo com a legislação vigente, a manutenção da escrituração contábil regular é
obrigatória a todas as entidades, independentemente do tipo de tributação.
Considera-se exceção a essa regra apenas o microempreendedor individual (MEI), conforme
legislação a seguir:
RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR SIMPLES
DO NACIONAL, ART. 71. PARÁGRAFO ÚNICO
Aplica-se a dispensa prevista no § 2º do art. 1.179 do Código Civil ao empresário individual
definido de acordo com a Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 68 (microempreendedor
individual).
RESOLUÇÃO 140/2018 DO COMITÊ GESTOR DO
SIMPLES NACIONAL, ART. 106. § 1º
MEI – Microempreendedor Individual fica dispensado: I – da escrituração dos livros fiscais e
contábeis.
 ATENÇÃO
O MEI está dispensado de escrituração contábil. Porém, apesar de não ser obrigatório, é
recomendável que o MEI mantenha os registros e seja acompanhado por um profissional
contábil. Orientação e planejamento financeiro, patrimonial e tributário podem ser alguns dos
benefícios na contratação, pois o contador é o profissional capaz de fornecer informações
valiosas para a tomada de decisões nas empresas, sejas elas de qualquer tamanho.
A IMPORTÂNCIA DA ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL
Neste vídeo, a especialista Carolina Ridolfi falará sobre a importância da escrituração contábil
independente do tipo de tributação da entidade.
Dada a necessidade das empresas em obterem informações relevantes e em tempo hábil, em
que a qualidade dessas informações irá influenciar na tomada de decisões, já não se admite a
utilização dos métodos de escrituração feitos à mão. Daí a importância de utilização de um
sistema informatizado de contabilidade.
 
Foto: Shutterstock.com
SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTABILIDADE
Por meio de um sistema informatizado, o contador pode se beneficiar da grande quantidade de
informações centralizadas na contabilidade e elaborar relatórios nos vários aspectos
gerenciais, colocando à disposição da administração, em tempo hábil, dados que proporcionam
a tomada de decisões.
Com o passar dos anos, a contabilidade tem sofrido mudanças significativas, não só quanto
aos aspectos legais, mas também em suas práticas. Essa evolução advém da própria
necessidade do mercado em receber informações cada vez mais íntegras e tempestivas para a
tomada de decisões.
As empresas, cada vez mais, lançam mão da tecnologia para auxiliar seus gestores no
processo decisório e na elaboração de planos estratégicos. Entre várias alterações, vimos
claramente a necessidade de utilização dos sistemas informatizados de contabilidade.
 
Imagem: Shutterstock.com
Além disso, basicamente todas as obrigações acessórias das entidades passam ser cumpridas
por meio de programas de processamento de dados que tratam as informações e as remetem
ao órgão competente.
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) já é uma realidade e começa a ocorrer em
grande escala, levando à substituição gradual do papel pela informação eletrônica, com a
Escrituração Contábil Digital (ECD), a Escrituração Fiscal Digital (EFD), e a Escrituração
Contábil Fiscal (ECF), com a inclusão do e-LALUR, por exemplo.
SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL
(SPED)
O governo, com o intuito de desburocratizar a relação entre o fisco e os contribuintes, criou em
2007 o SPED, visando à simplificação das declarações acessórias e até a extinção de
algumas.
O SPED foi instituído pelo Decreto 6.022/2007 sendo definido como um instrumento que
unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e
documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das pessoas
jurídicas, inclusive imunes e isentas, mediante fluxo único, por meio de informações digitais.
 
Imagem: Wellinton Figueiredo.
Todos os livros e documentos abrangidos pelo SPED serão assinados digitalmente pelo
contribuinte (representante legal) e em algunscasos também pelo contador, de acordo com as
normas da infraestrutura de chaves públicas (ICP-Brasil) – sistema nacional de certificação
digital.
 
Foto: Shutterstock.com
 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL / SPED CONTÁBIL (ECD)
A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a
substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja,
corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os seguintes livros:
Livro Diário;
Livro Razão;
Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos
assentamentos neles transcritos.
OBRIGATORIEDADE
PRAZO DE ENTREGA
OBRIGATORIEDADE
Deverão apresentar a ECD as pessoas jurídicas e equiparadas obrigadas a manter
escrituração contábil nos termos da legislação comercial, inclusive entidades imunes e isentas.
PRAZO DE ENTREGA
A ECD será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o
último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração.
 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL (ECF)
A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória que conecta os dados
contábeis e fiscais da apuração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
A ECF substitui a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a
partir do ano-calendário 2014, a ser transmitida no ambiente do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED). Portanto, a DIPJ foi extinta a partir do ano-calendário 2014.
NA ECF, HAVERÁ O PREENCHIMENTO E CONTROLE,
POR MEIO DE VALIDAÇÕES, DAS PARTES A E B DO
LIVRO ELETRÔNICO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
(E-LALUR) E DO LIVRO ELETRÔNICO DE APURAÇÃO
DA BASE DE CÁLCULO DA CSLL (E-LACS).
OBRIGATORIEDADE
PRAZO DE ENTREGA
OBRIGATORIEDADE
São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e
isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido.
PRAZO DE ENTREGA
A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o
último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira.
O SPED tem como objetivos, entre outros:
 
Imagem: Allan Gadelha.
PROMOVER A INTEGRAÇÃO DOS FISCOS
Mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas
as restrições legais.
 
Imagem: Allan Gadelha.
RACIONALIZAR E UNIFORMIZAR AS OBRIGAÇÕES
ACESSÓRIAS PARA OS CONTRIBUINTES
Com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes
órgãos fiscalizadores.
 
Imagem: Allan Gadelha.
TORNAR MAIS RÁPIDA A IDENTIFICAÇÃO DE ILÍCITOS
TRIBUTÁRIOS
Com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a
fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A TOMADA DE DECISÃO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS,
GERALMENTE, DISPENSA AS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS, SEJA POR
DESCONHECIMENTO DO OBJETIVO DA CONTABILIDADE OU PELO SEU
USO LIMITADO, BUSCANDO ATENDER APENAS AS NORMAS FISCAIS,
SENDO BASEADA SOMENTE NA INTUIÇÃO DOS SEUS GESTORES.
QUANTO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS PODEMOS DIZER QUE:
A) a legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais, da apresentação e manutenção
da escrita contábil, por isso as micro e pequenas empresas não devem se preocupar em
manter escrituração contábil regular.
B) o Código Civil estabelece a dispensa da apresentação e manutenção da escrita contábil
para as micro e pequenas empresas.
C) os contadores devem incentivar seus clientes a não realizarem a referida escrituração
contábil regular, por conveniência e redução do custo dos serviços prestados.
D) a priori, a legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais, da apresentação e
manutenção da escrita contábil. No entanto, por tratar-se de Decreto fiscal, não pode contrariar
ou dispensar uma obrigação prevista em uma Lei, como o Código Civil Brasileiro.
E) de acordo com o Código Civil, apenas as Sociedades Anônimas de capital aberto estão
obrigadas a seguir um sistema de contabilidade mecanizado, por isso as pequenas e médias
empresas estariam dispensadas de manter escrituração contábil regular.
2. DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE, A MANUTENÇÃO DA
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL REGULAR É OBRIGATÓRIA A TODAS AS
ENTIDADES, INDEPENDENTEMENTE DO TIPO DE TRIBUTAÇÃO, COM
EXCEÇÃO APENAS DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL. EM
RELAÇÃO À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL PELO MEI PODEMOS AFIRMAR
QUE: 
 
I - O MEI ESTÁ DISPENSADO DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL. PORÉM,
APESAR DE NÃO SER OBRIGATÓRIO, É RECOMENDÁVEL QUE O MEI
MANTENHA OS REGISTROS E SEJA ACOMPANHADO POR UM
PROFISSIONAL CONTÁBIL. 
 
II - A ORIENTAÇÃO E O PLANEJAMENTO FINANCEIRO, PATRIMONIAL E
TRIBUTÁRIO PODEM SER ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DA MANUTENÇÃO
DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL PELO MEI. 
 
III - CASO O MEI OPTE PELA REALIZAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL REGULAR, NÃO SERÁ NECESSÁRIA A CONTRATAÇÃO DE
UM CONTADOR, PODENDO ELE MESMO ELABORAR SUAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E ASSINÁ-LAS. 
 
ESTÃO CORRETAS AS SEGUINTES AFIRMATIVAS
A) apenas I.
B) apenas II e III.
C) apenas I e II.
D) apenas I e III.
E) Todas.
GABARITO
1. A tomada de decisão para as micro e pequenas empresas, geralmente, dispensa as
informações contábeis, seja por desconhecimento do objetivo da contabilidade ou pelo
seu uso limitado, buscando atender apenas as normas fiscais, sendo baseada somente
na intuição dos seus gestores. Quanto à escrituração contábil das micro e pequenas
empresas podemos dizer que:
A alternativa "D " está correta.
 
A obrigatoriedade de escrituração contábil está prevista no Código Civil art. 1.179: “o
empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade,
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência
com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de
resultado econômico.”
2. De acordo com a legislação vigente, a manutenção da escrituração contábil regular é
obrigatória a todas as entidades, independentemente do tipo de tributação, com exceção
apenas do microempreendedor individual. Em relação à escrituração contábil pelo MEI
podemos afirmar que: 
 
I - O MEI está dispensado de escrituração contábil. Porém, apesar de não ser obrigatório,
é recomendável que o MEI mantenha os registros e seja acompanhado por um
profissional contábil. 
 
II - A orientação e o planejamento financeiro, patrimonial e tributário podem ser alguns
dos benefícios da manutenção da escrituração contábil pelo MEI. 
 
III - Caso o MEI opte pela realização da escrituração contábil regular, não será necessária
a contratação de um contador, podendo ele mesmo elaborar suas demonstrações
contábeis e assiná-las. 
 
Estão corretas as seguintes afirmativas
A alternativa "C " está correta.
 
A Interpretação Técnica Geral (ITG 2000) destaca que na elaboração da escrituração, as
normas brasileiras de contabilidade deverão ser adotadas por todas as entidades,
independentemente da natureza e do porte, de maneira que a elaboração das demonstrações
contábeis seguirá as formalidades de escrituração e registro, mesmo quando feita de forma
facultativa pela entidade. (Resolução CGSN nº 140/2018, artigo 71). Com isso, ressaltamos
que a escrituração contábil, deverá ser realizada exclusivamente por profissional contábil, de
acordo com os mesmos padrões editados pelo CFC e Código Civil, inclusive com exigência de
autenticação dos livros.
MÓDULO 2
 Identificar os elementos necessários para a realização do lançamento contábil e
elaboração do Plano de Contas
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E PLANO DE
CONTAS
CONTAS
Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (bem, direito, obrigação e
PL) ou um componente de resultado (receita, custo ou despesa).
TODOS OS ACONTECIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO
DIAA DIA DA EMPRESA (COMPRAS, VENDAS,
PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS) SÃO
REGISTRADOS PELA CONTABILIDADE POR MEIO DE
CONTAS.
LANÇAMENTO
É o meio pelo qual se processa a escrituração contábil, mediante documentos que comprovem
a legitimidade da operação (notas fiscais, contratos etc.).
Os elementos essenciais são:
Local e data da ocorrência de fato;
Conta a ser debitada;
Conta a ser creditada;
Histórico;
Valor.
Por meio da escrituração manual, temos o seguinte exemplo de lançamento:
 
Imagem: Elaborado por Wellinton Barros Figueiredo.
MAS COMO SERIA ESSE MESMO LANÇAMENTO EM
UM SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTABILIDADE?
No sistema informatizado de contabilidade o lançamento se daria do seguinte modo:
 
Imagem: Captura de tela do Sistema Fortes Contábil - Fortes Tecnologia em Sistemas Ltda,
elaborada por Wellinton Barros Figueiredo.
Perceba que os cinco elementos essenciais estão presentes no lançamento, assim como na
escrituração manual. Contudo, em relação à conta devedora e à conta credora utilizamos um
código numérico no lugar da descrição da conta.
Esse código numérico faz parte do que chamamos de Plano de Contas. O ponto de partida da
escrituração contábil de uma empresa é o Plano de Contas, sendo uma importante ferramenta
para elaboração das demonstrações contábeis.
Plano de Contas 
Podemos definir o Plano de Contas como o conjunto de contas, diretrizes e normas que
disciplinam as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros
contábeis. As contas devem ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei
6.404/1976 e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
 
Foto: shutterstock.com
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
As contas contábeis se dividem em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais (Ativo, Passivo
e PL), que atenderão a estrutura do Balanço Patrimonial e as Contas de Resultado, que
atenderão a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício.
As contas de Resultado são divididas em três grupos principais:
RECEITAS
CUSTOS
DESPESAS
Agora vamos ver detalhadamente os grupos que compõem as contas Patrimoniais.
 CONTAS ATIVAS E PASSIVAS
As contas do Ativo são divididas em dois grupos principais:
Ativo Circulante;
Ativo Não Circulante.
As contas do Passivo são divididas em três grupos principais:
Passivo Circulante;
Passivo Não Circulante;
Patrimônio Líquido.
O quadro a seguir mostra como são discriminadas as contas ativas e passivas no balanço
patrimonial:
Balanço Patrimonial
1. Ativo 2. Passivo
1.01 Ativo Circulante 2.01 Passivo Circulante
1.02 Ativo Não Circulante 2.02 Passivo Não Circulante
2.03 Patrimônio Líquido
Elaborado por Wellinton Figueiredo.
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 PLANO DE CONTAS - CÓDIGO DA CONTA
O código da conta é o conjunto de algarismos utilizados para identificar cada uma das contas
que compõem o Plano de Contas.
1.01.01.01 CAIXA
De acordo com a resolução do CFC 1.418/12 que aprova a ITG1000, o Plano de Contas,
mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando-se as especificidades e a natureza
das operações realizadas, bem como deve contemplar as necessidades de controle de
informações no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais, em no mínimo quatro (quatro)
níveis:
 1º Dígito – Grupo do sistema Patrimonial ou de Resultado
 2º Dígito – Grupo do sistema a que pertence
 3º Dígito – Subgrupo
 4º Dígito – Conta Principal
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Assim teríamos, por exemplo:
1. Ativo --------------------------------- Nível 1 – Conta Sintética
1.01 Ativo Circulante ------------- Nível 2 – Conta Sintética
1.01.01 Disponibilidades ------- Nível 3 – Conta Sintética
1.01.01.01 Caixa ------------------- Nível 4 – Conta Analítica
1.01.01.02 Banco A --------------- Nível 4 – Conta Analítica
 ATENÇÃO
Contas Analíticas: São contas de último nível no Plano e Contas e utilizadas em lançamentos
contábeis. Recebem os lançamentos contábeis.
Contas Sintéticas: São contas totalizadoras de determinado grupo de contas analíticas. Não
recebem lançamentos contábeis e representam o somatório das contas analíticas.
A seguir, observe um exemplo bem simples de uma estrutura de Plano de Contas em quatro
níveis:
ATIVO
1.01 ATIVOCIRCULANTE
1.01.01 DISPONIBILIDADES
1.01.01.01 CAIXA
1.01.01.02 BANCO – A
1.01.02 CLIENTES
1.01.02.01 DUPLICATAS ARECEBER
1.01.03 IMPOSTOS ARECUPERAR/COMPENSAR
1.01.03.01 ICMS A RECUPERAR
1.01.03.02 PIS A RECUPERAR
1.01.03.03 COFINS A RECUPERAR
1.01.03.04 CSLL A RECUPERAR
1.01.04 ESTOQUES
1.01.04.01 MERCADORIAS P/ REVENDA
1.02 ATIVO NÃOCIRCULANTE
1.02.01 REALIZÁVEL ALONGO PRAZO
1.02.01.01 CLIENTES
1.02.02 INVESTIMENTOS
1.02.02.01 PARTICIPAÇÃO EMOUTRAS EMPRESAS
1.02.03 IMOBILIZADO
1.02.03.01 MÁQUINAS EEQUIPAMENTOS
1.02.03.02 (-) DEPRECIAÇÃOACUMULADA
1.02.04 INTANGÍVEL
1.02.04.01 MARCAS
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PASSIVO
2.01 PASSIVOCIRCULANTE
2.01.01 EMPRÉSTIMOSBANCÁRIOS
2.01.01.01 EMPRÉSTIMOS BANCO- A
2.01.02 FORNECEDORES
2.01.02.01 FORNECEDOR - A
2.01.03 OBRIGAÇÕESFISCAIS
2.01.03.01 ICMS A RECOLHER
2.01.03.02 PIS A RECOLHER
2.01.03.03 COFINS A RECOLHER
2.01.03.04 IRPJ A PAGAR
2.01.03.05 CSLL A PAGAR
2.01.03.06 ISS A RECOLHER
2.01.04 OBRIGAÇÕESSOCIAIS E TRABALHISTAS
2.01.04.01 SALÁRIOS A PAGAR
2.01.04.02 INSS A RECOLHER
2.01.04.03 FGTS A RECOLHER
2.01.04.04 IRRF S/ TRABALHOASSALARIADO
2.01.04.05 CONTRIBUIÇÃOSINDICAL A RECOLHER
2.01.05 CONTAS A PAGAR
2.01.05.01 LUZ A PAGAR
2.01.05.02 TELEFONE A PAGAR
2.01.05.03 ALUGUÉIS A PAGAR
2.02 PASSIVO NÃOCIRCULANTE
2.02.01 EMPRÉSTIMOSBANCÁRIOS
2.02.01.01 EMPRÉSTIMOS BANCO- A
2.03 PATRIMÔNIOLÍQUIDO
2.03.01 CAPITAL SOCIAL
2.03.01.01 CAPITAL SUBSCRITO
2.03.01.02 (-) CAPITAL AINTEGRALIZAR
2.03.02 RESERVAS DECAPITAL
2.03.02.01 ÁGIO NA EMISSÃODE AÇÕES
2.03.03 RESERVA DE LUCROS
2.03.03.01 RESERVA LEGAL
2.03.04 LUCROS OU(PREJUÍZOS) ACUMULADOS
2.03.04.01 LUCROS ACUMULADOS
2.03.04.02 (-) PREJUÍZOSACUMULADOS
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RECEITA
3.01 RECEITA BRUTA
3.01.01 RECEITAS DEVENDAS
3.01.01.01 VENDA DEMERCADORIAS
3.01.02 RECEITAS DESERVIÇOS
3.01.02.01 SERVIÇOSPRESTADOS
3.02 (-) DEDUÇÕESDA RECEITA BRUTA
3.02.01 (-) DEDUÇÕES S/ VENDAS
3.02.01.01 DEVOLUÇÃO DEVENDAS
3.02.01.02 ABATIMENTO S/ VENDAS
3.02.02 (-) IMPOSTOSINCIDENTES S/ RECEITA BRUTA
3.02.02.01 ICMS
3.02.02.02 PIS
3.02.02.03 COFINS
3.02.02.04 ISS
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
CUSTOS
4.01 CUSTOS DE MERCADORIAS
4.01.01 CUSTO DASMERCADORAIS VENDIDAS
4.01.01.01 CMV
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
DESPESAS
5.01 DESPESASGERAIS E ADMINISTRATIVAS
5.01.01 DESPESAS C/ PESSOAL
5.01.01.01 SALÁRIOS
5.01.01.02 INSS
5.01.01.03 FGTS
5.01.0104 VALE-TRANSPORTE
5.01.02 DESPESAS C/ OCUPAÇÃOE INSTALAÇÕES
5.01.02.01 ALUGUÉIS
5.01.02.99 DEPRECIAÇÃO EAMORTIZAÇÃO
5.01.03 UTILIDADES ESERVIÇOS
5.01.03.01 ENERGIA ELÉTRICA
5.01.03.02 TELEFONE
5.01.04 DESPESAS GERAIS
5.01.04.01 MATERIAL DEESCRITÓRIO
5.01.05 IMPOSTOS E TAXAS
5.01.05.01 IPTU
5.02 RESULTADOSFINANCEIROS LÍQUIDOS
5.02.01 (-) DESPESASFINANCEIRAS
5.02.01.01 DESPESASBANCÁRIAS
5.02.01.02 JUROS S/ EMPRÉSTIMOS
5.02.01.03 DESCONTOSCONCEDIDOS
5.02.02 RECEITASFINANCEIRAS
5.02.02.01 RENDIMENTOS DEAPLICAÇÕES FINANCEIRAS
5.02.02.02 DESCONTOSOBITIDOS
5.03 IMPOSTO DERENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
5.03.01 CONTRIBUIÇÃOSOCIAL
5.03.01.01 CSLL
5.03.02 IMPOSTO DE RENDA
5.03.02.01 IRPJ
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Cada empresa deverá elaborar seu próprio Plano de Contas, de acordo com o seu porte, ramo
de atividade e suas particularidades.
Perceba, por exemplo, que na elaboração do Plano de Contas de uma empresa comercial,
teremos apenas o estoque demercadorias para revenda, enquanto em uma empresa
industrial, o Plano de Contas deverá apresentar: estoques de matéria-prima, produtos em
elaboração e produtos acabados.
POR MAIS QUE EXISTA UMA PADRONIZAÇÃO
ESTRUTURAL DOS PLANOS DE CONTAS DENTRO DE
GRUPOS DE EMPRESAS DA MESMA ATIVIDADE,
TEREMOS PLANOS DE CONTAS DISTINTOS EM CADA
UMA DELAS.
As indústrias, por exemplo, podem ter seus planos de contas com alguma semelhança
estrutural, contudo, ao serem comparados, poderemos verificar que são diferentes entre si em
muitos aspectos particulares.
Basicamente, o que determinará a maior ou menor quantidade de informações contidas em um
Plano de Contas é a necessidade de informação de seus usuários.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS
Neste vídeo a especialista Carolina Ridolfi falará sobre os conceitos básicos para elaboração
de um plano de contas.
PLANO DE CONTAS REFERENCIAL
Vimos que cada empresa irá adotar o seu Plano de Contas de acordo com as suas
necessidades. Com a finalidade de padronizar os vários planos de contas utilizados pelas
empresas no Brasil em apenas um único modelo, a Receita Federal criou, por meio do SPED,
um Plano de Contas padrão, o Plano de Contas Referencial. Assim, ao receber as
informações prestadas pelas empresas por meio da Escrituração Contábil Digital (ECD) e da
Escrituração Contábil Fiscal (ECF), a Receita Federal poderá ter acesso às informações
contábeis e fiscais dentro de um mesmo padrão.
O PLANO DE CONTAS REFERENCIAL TEM POR
FINALIDADE ESTABELECER UMA RELAÇÃO (UM “DE-
PARA”) ENTRE AS CONTAS ANALÍTICAS DO PLANO
DE CONTAS DA EMPRESA E UM MODELO PADRÃO.
Na verdade, a Receita Federal estabeleceu Planos de Contas Referenciais segregados de
acordo com o tipo de entidade (PJ em geral, instituições financeiras ou entidades
imunes/isentas) e com o regime de tributação.
Para facilitar o entendimento, tomemos como exemplo os relacionamentos de contas a seguir:
1- Relacionamento entre uma conta do Plano de Contas da empresa e uma conta do Plano
Referencial:
Plano de Contas da empresa Plano de Contas Referencial (RFB)
1.01.01.01 – Caixa 1.01.01.01.01 – Caixa Matriz
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Perceba que, nesse caso, temos o exemplo mais simples, em que há apenas uma conta da
empresa, relacionada com uma conta da Receita Federal.
2- Relacionamento entre várias contas do Plano de Contas da empresa e uma conta do Plano
Referencial:
Plano de Contas da Empresa Plano de Contas Referencial (RFB)
1.01.01.02 – Banco A
1.01.01.02.01 – Bancos Conta 
Movimento – no país
1.01.01.03 – Banco B
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Nesse caso, temos mais de uma conta do plano empresarial relacionada com apenas uma
conta do plano referencial. Essa situação também é bastante comum, uma vez que o Plano De
Contas referencial da RFB apresenta um menor detalhamento de contas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O LANÇAMENTO É O MEIO PELO QUAL SE PROCESSA A
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, MEDIANTE DOCUMENTOS QUE
COMPROVEM A LEGITIMIDADE DA OPERAÇÃO. SÃO ELEMENTOS
ESSENCIAIS PARA REALIZAÇÃO DO LANÇAMENTO CONTÁBIL
A) data, conta devedora, conta credora, histórico e valor.
B) apenas a data, conta devedora e conta credora.
C) data, conta devedora, conta credora, histórico, valor em moeda nacional e valor em moeda
estrangeira.
D) data, conta devedora, conta credora, valor em moeda nacional e valor em moeda
estrangeira.
E) apenas conta devedora, conta credora e valor.
2. TODOS OS ACONTECIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO DIA A DIA DA
EMPRESA SÃO REGISTRADOS PELA CONTABILIDADE POR MEIO DE
CONTAS. OBSERVE O TRECHO DA ESTRUTURA DE UM PLANO DE
CONTAS, COM CINCO NÍVEIS, E RESPONDA: 
 
1 ATIVO 
 
1.01 ATIVO CIRCULANTE 
 
1.01.01 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 
 
1.01.01.01 CAIXA GERAL 
 
1.01.01.01.01 CAIXA 
 
SÃO CONTAS SINTÉTICAS E, PORTANTO, NÃO RECEBEM
LANÇAMENTOS:
A) Ativo / ativo circulante / caixa e equivalentes de caixa / caixa.
B) Ativo / ativo circulante / caixa e equivalentes de caixa / caixa geral.
C) Ativo circulante / caixa e equivalentes de caixa / caixa geral / caixa.
D) Caixa e equivalentes de caixa / caixa geral / caixa.
E) Caixa geral / caixa.
GABARITO
1. O Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração contábil, mediante
documentos que comprovem a legitimidade da operação. São elementos essenciais para
realização do lançamento contábil
A alternativa "A " está correta.
 
Para que um lançamento contábil seja realizado, são necessários cinco elementos essenciais:
data, conta devedora, conta credora, histórico e valor. A ausência de algum deles inviabiliza o
lançamento.
2. Todos os acontecimentos que fazem parte do dia a dia da empresa são registrados
pela contabilidade por meio de contas. Observe o trecho da estrutura de um Plano de
Contas, com cinco níveis, e responda: 
 
1 Ativo 
 
1.01 Ativo Circulante 
 
1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 
 
1.01.01.01 Caixa Geral 
 
1.01.01.01.01 Caixa 
 
São contas sintéticas e, portanto, não recebem lançamentos:
A alternativa "B " está correta.
 
Contas analíticas são contas de último nível nos planos de contas e são utilizadas em
lançamentos contábeis. Contas sintéticas são contas totalizadoras de determinado grupo de
contas analíticas.
MÓDULO 3
 Reconhecer os livros contábeis obrigatórios e os seus registros
LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS
De maneira geral, a escrituração envolve os registros de todos os acontecimentos relacionados
com a gestão da entidade, inclusive aqueles não relacionados com as modificações qualitativas
e quantitativas do patrimônio. De forma específica, a escrituração tem caráter puramente
contábil, isto é, está voltada aos registros de todos os fatos contábeis.
Com a finalidade de estabelecer critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade
para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem
como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a
responsabilidade do profissional da contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
editou norma técnica intitulada: ITG 2000 (R1) – Escrituração Contábil.
 
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ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A Interpretação Técnica Geral - ITG 2000 (R1) deve ser adotada por todas as entidades,
independentemente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil,
observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.
A seguir, reproduzimos os principais pontos abordados nessa norma:
Formalidades da escrituração contábil:
1
A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos princípios de contabilidade.
O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de
informação de seus usuários. Nesse sentido, essa Interpretação não estabelece o nível de
detalhe ou mesmo sugere um Plano de Contas a ser observado. O detalhamento dos registros
contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos
requisitos de informação a ela aplicáveis e, exceto nos casos em que uma autoridade
reguladora assim o requeira, não devem necessariamente observar um padrão predefinido.
2
3
A escrituração contábil deve ser executada:
Em idioma e em moeda corrente nacionais.
Em forma contábil.
Em ordem cronológica de dia, mês e ano.
Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas.
Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos
que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
A escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo:
Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu.
Conta devedora.
Conta credora.
Histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico
padronizado, neste caso, baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio.
Valor do registro contábil.
Informação que permita identificar, de formaunívoca, todos os registros que integram um
mesmo lançamento contábil.
4
5
O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial
relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, a
elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no
Livro Diário.
6
7
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e
demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da
contabilidade legalmente habilitado.
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as
assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade
legalmente habilitado.
8
Documentação contábil:
1
2
3
1
Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na
escrituração da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras
peças, de origem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.
2
A documentação contábil é hábil quando revestida das características intrínsecas ou
extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e
costumes”.
3
Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde
que assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado, devendo ser submetidos ao registro público competente.
Nas pequenas e médias empresas, é comum os sócios pagarem pequenas despesas
(refeições, combustíveis, entre outras) e entenderem que o simples comprovante da transação
emitido é suficiente para suportar esse gasto.
No entanto, para ser considerada documentação hábil, deverá ser suportada pela emissão de
notas fiscais, cupons, recibos, contratos etc. Os documentos comprobatórios são fundamentais
e indispensáveis nos registros que apoiam ou compõem a escrituração contábil.
 EXEMPLO
O comprovante de pagamento via PIX, DOC ou TED, referente à contratação de um serviço
autônomo, não pode ser considerado uma documentação hábil para fins de realização da
escrituração contábil, por não conter as características necessárias para realização do
lançamento. Nesse caso, esse documento é simplesmente uma comprovação de que a
entidade pagou uma despesa ou fez uma transação bancária. O documento hábil nessa
situação é o recibo de pagamento a autônomo (RPA), que conterá todas as informações
necessárias para a realização da escrituração, como data do pagamento, valor bruto do
serviço, retenções etc.
LIVROS CONTÁBEIS
Os principais livros utilizados pela contabilidade são o Livro Diário e o Livro Razão.
A contabilidade utiliza ainda livros auxiliares que podem servir de suporte para escrituração do
Diário e do Razão, como Livro Caixa, Livro de Contas a Receber, Livro de Contas a Pagar,
Livro de Registro de Duplicatas.
Vamos ver a seguir alguns livros obrigatórios:
EXIGIDO PELA LEGISLAÇÃO CIVIL
Livro Diário
EXIGIDO PELA LEGISLAÇÃO COMERCIAL
Livro de Registro de Duplicatas
EXIGIDOS POR LEIS TRIBUTÁRIAS
Federal: Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), Livro Razão, Livro Caixa (ME e EPP),
Registro de apuração do IPI.
Estadual: Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Apuração do ICMS, Registro
de Inventário, Registro de Controle da Produção e do Estoque.
Municipal: Livro de Registro de Notas Fiscais de Serviços.
EXIGIDOS POR LEIS SOCIETÁRIAS
Livro de Registro de Ações Nominativas, Livro de Atas das Assembleias.
EXIGIDOS POR LEIS TRABALHISTAS
Livro de Registro de Empregados, Livro de Inspeção do Trabalho.
 LIVRO DIÁRIO
Por destinar-se ao registro de todos os eventos que ocorrem no dia a dia das empresas, é o
livro mais importante, do ponto de vista legal.
No Diário são lançadas, com individuação, clareza e indicação do documento comprobatório,
dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e
que provocam modificações no patrimônio (fatos administrativos), bem como aqueles que
possam vir a modificar futuramente o patrimônio (atos administrativos).
De acordo com Ferrari (2013), o Livro Diário é:
OBRIGATÓRIO
Pois é exigido por lei (Novo Código Civil).
PRINCIPAL
Pois registra todos os fatos contábeis.
CRONOLÓGICO
Pois os fatos contábeis são escriturados em ordem cronológica (dia, mês e ano).
 LIVRO RAZÃO
O Livro Razão tem a finalidade de demonstrar a movimentação analítica de todas as contas
escrituradas no Diário e constantes do balanço patrimonial.
De acordo com Ferrari (2013), o Livro Razão é:
FACULTATIVO
Pela legislação comercial (Código Comercial).
OBRIGATÓRIO
Pela legislação fiscal (RIR), principalmente para as entidades optantes pela forma de tributação
pelo lucro real. Pela regulamentação contábil (CFC).
PRINCIPAL
Pois, tal como o Livro Diário, registra todos os fatos contábeis.
SISTEMÁTICO
Pois os fatos são registrados por espécie (tipo de conta), e não em ordem cronológica.
Em outras palavras, o Livro Razão é um conjunto de tabelas ou fichas, em que cada uma
representa uma conta. Assim, por exemplo, se uma empresa compra mercadorias a prazo, no
Diário, tal fato será representado em ordem cronológica. No Razão, será localizado na conta de
mercadorias, com o lançamento a débito, e na conta de fornecedores, com o lançamento a
crédito. Cabe ressaltar que dentro da “ficha” de cada conta no Livro Razão, existe uma ordem
cronológica de débitos e créditos.
DAÍ, PODE-SE DIZER QUE O LIVRO RAZÃO É
PRIMORDIALMENTE SISTEMÁTICO E
SECUNDARIAMENTE CRONOLÓGICO, ENQUANTO O
LIVRO DIÁRIO É EXCLUSIVAMENTE CRONOLÓGICO.
FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO E LIVRO
RAZÃO
De acordo com a ITG 2000 (R1) os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o
Livro Razão, devem revestir-se de formalidades extrínsecas e intrínsecas:
FORMALIDADES EXTRÍNSECAS
FORMALIDADES INTRÍNSECAS
FORMALIDADES EXTRÍNSECAS
Referem-se a formalidades relacionadas à apresentação ou aparência dos livros, como:
Livros em forma não digital:
a) Serem encadernados.
b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente.
c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal
da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional
de Contabilidade.
Livros em forma digital:
a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade
regularmente habilitado.
b) Quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou
entidade competente.
FORMALIDADES INTRÍNSECAS
São aquelas que se referem ao próprio conteúdo da escrituração:
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza
e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros
fatos que provoquem variações patrimoniais.
Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou
folhas soltas, deve ser adotado o registro Balancetes Diários e Balanços.
No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração
contábil, os formulários de folhas soltas devem ser numerados mecânica ou
tipograficamente e encadernados em forma de livro.
 
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REGISTRO E AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS
CONTÁBEIS
O Livro Diário deverá ser autenticado no órgão competente do Registro do Comércio – junta
comercial do Estado, e quando se tratar de Sociedade Simples ou entidades sem fins
lucrativos, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas – RCPJ do local de sua sede.
O registro do Livro Diário está regulamentado pela Interpretação ITG 2000 (R1) – Escrituração
Contábil, editada pelo CFC; pela IN nº 82/2021 do Departamento de Registro Empresarial e
Integração (DREI); e pelo Decretonº 8.683/2016.
De acordo com o item 10, alínea (b), da ITG 2000 (R1), os livros contábeis obrigatórios, entre
eles o Livro Diário e o Livro Razão, quando exigível por legislação específica, devem ser
autenticados no registro público ou na entidade competente. Atualmente, não há exigência por
legislação específica para a autenticação do Livro Razão.
Embora não exista uma lei específica que revogue a obrigatoriedade da autenticação dos livros
contábeis, o Decreto nº 8.683, de 25 de Fevereiro de 2016 passou a permitir a dispensa de
autenticação dos livros contábeis no Registro do Comércio para as pessoas jurídicas que
apresentem a Escrituração Contábil digital (ECD), por meio do Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED). A comprovação da autenticação dos livros contábeis digitais se dará pelo
recibo de entrega da ECD emitido pelo SPED, dispensada qualquer outra forma de
autenticação.
O Decreto nº 9.555, de 2018, trata da autenticação de livros contábeis de pessoas jurídicas
não sujeitas ao Registro do Comércio. Esse ato complementa os avanços introduzidos pelo
Decreto nº 8.683, de 25 de fevereiro de 2016, que passou a permitir a dispensa de
autenticação dos livros contábeis no Registro do Comércio para as pessoas jurídicas que
apresentem a escrituração contábil digital (ECD) por meio do Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED). 
 
A partir de então, todas as pessoas jurídicas, incluindo associações, fundações e demais
entidades, empresariais ou não, estão alcançadas pela norma. Esse benefício abrange
também as empresas optantes pelo Simples Nacional. 
 
De qualquer forma, quando obrigada, para fins tributários ou civis, a empresa optante pelo
Simples Nacional (inclusive o MEI) poderá enviar a ECD pelo SPED, dispensando-se a
autenticação dos livros contábeis por qualquer outro meio.
 INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI/SGD/ME Nº 82, DE 19 DE FEVEREIRO
DE 2021
A IN do DREI tem o objetivo de simplificar, uniformizar, modernizar e automatizar os
procedimentos relativos à autenticação dos termos de abertura e de encerramento dos
instrumentos de escrituração contábil, dos livros sociais e dos livros dos agentes auxiliares do
comércio.
Considerando o desenvolvimento tecnológico que permite o registro e o lançamento de atos e
fatos das empresas de forma eletrônica e garantindo a segurança, a inviolabilidade e a
autenticidade dos instrumentos submetidos à autenticação.
A seguir, destacamos os principais pontos observados em relação à referida IN:
1
2
3
4
1
Serão submetidos à autenticação da junta comercial os termos de abertura e de encerramento
de qualquer instrumento de escrituração que o interessado julgue conveniente adotar, segundo
a natureza e o volume de seus negócios, inclusive, livros não obrigatórios.
A autenticação da Escrituração Contábil Digital (ECD), por meio do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED), desobriga qualquer outra autenticação.
Os termos de abertura e de encerramento deverão estar devidamente assinados, com
certificado digital emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou por qualquer outro meio de comprovação da autoria e
integridade de documentos em forma eletrônica, pelo respectivo interessado ou
procurador e por contabilista legalmente habilitado, quando for o caso, com indicação do
número de sua inscrição no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).
2
Os livros deverão ser exclusivamente digitais, podendo ser produzidos ou lançados em
plataformas eletrônicas, armazenadas ou não nos servidores das Juntas Comerciais.
3
Os livros contábeis ou não conterão termos de abertura e de encerramento, que indicarão:
I - Termo de abertura
A finalidade a que se destina o livro (nome do livro);
O número de ordem;
O nome empresarial;
O cadastro nacional da pessoa jurídica (CNPJ);
O município da sede ou filial;
O número e a data do arquivamento dos atos constitutivos na junta comercial;
A data e as assinaturas.
II - Termo de encerramento
A finalidade a que destinou o livro (nome do livro);
O número de ordem;
O nome empresarial;
O período a que se refere a escrituração;
A data e as assinaturas.
4
A autenticação dos instrumentos de escrituração consiste na verificação das formalidades
extrínsecas dos dados contidos nos termos de abertura e encerramento.
O contabilista legalmente habilitado e o interessado são responsáveis pelo conteúdo do
documento digital entregue.
A comprovação da autenticação será realizada, por meio eletrônico, mediante recibo
emitido pelo sistema público disponibilizado pela junta comercial.
PRINCIPAIS FORMALIDADES DOS LIVROS
CONTÁBEIS
Neste vídeo a especialista Carolina Ridolfi falará sobre as principais formalidades exigidas para
os Livros Diário e Razão.
AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS COMERCIAIS
DIGITAIS
É importante salientar que os Livros Digitais são os livros que anteriormente eram protocolados
fisicamente e agora são apresentados para autenticação às juntas comerciais em forma digital
(PDF).
 
Imagem: shutterstock.com
É diferente da Escrituração Contábil Digital (ECD), apresentada por meio do Sistema Público
de Escrituração Digital (SPED), cuja autenticação se dará pelo recibo de entrega da ECD
emitido pelo SPED, dispensada qualquer outra forma de autenticação.
PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DA
AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS NAS JUNTAS
COMERCIAIS
Apresentamos, a seguir, o procedimento padrão para realização da autenticação dos Livros
Digitais pela junta comercial. Esses procedimentos podem variar de acordo com a junta
comercial de cada estado.
1
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10
1
Acessar o portal na internet da junta comercial do estado.
2
Acessar o Protocolo WEB.
3
Acessar a opção Instrumento de Escrituração Mercantil.
4
Preencher os dados de identificação da empresa (NIRE / CNPJ / nome empresarial).
5
Preencher os dados do contador.
6
Preencher os dados do Livro:
Forma de escrituração (tipo): Diário Geral.
Nº de ordem: Ao selecionar o tipo de livro, o sistema consultará a base de dados para
recuperar o último livro autenticado do mesmo tipo e sugerirá o novo número de ordem,
porém, habilitará o campo para edição e prevalecerá a informação indicada pelo usuário.
Data inicial: Assim como o campo número de ordem, o sistema consultará a existência
de livro anterior com mesmo tipo para sugerir a data inicial do livro, porém, também
permitirá a edição do campo.
Data final: O campo data final ficará sempre livre para informação sem sugestão de valor
pelo sistema. Importante lembrar que existem tipos de livro (sociais) que permitem o
campo data final em branco e até mesmo que ultrapassem o exercício social. O sistema
avaliará cada caso e exibirá as críticas, quando for necessário.
Encerramento do exercício social: A maioria das empresas possui o encerramento do
exercício social em 31/12, porém, cada empresa poderá informar o seu, lembrando que
deverá ser informado o dia e mês apenas DD/MM.
Data de constituição: A data de constituição será recuperada do sistema e deverá ser
avaliada pelo usuário, pois questões de conversão e transformação deverão ser
consideradas para definir o valor do campo.
Escolher arquivo: O livro deve estar em conformidade com o padrão PDF/A. Deve ter no
máximo até 10MB. Deve ter numeração começando em 2 (dois).
Impressão – páginas: O sistema exibirá a mensagem para alertar sobre a necessidade
de indicar o total correto de páginas, pois além das páginas ou folhas que compõem o
livro, será preciso considerar mais duas páginas, uma para o termo de abertura e outra
para o termo de encerramento. O sistema limitará à quantidade máxima de mil páginas;
se existir a necessidade de ultrapassar os limites informados acima, o usuário deverá
dividir o livro em quantos livros forem necessários, sendo cada livro dentro dos limites de
páginas/folhas.
Adicionar boleto: Antes de criar o protocolo, o usuário deverá gerar o boleto necessário
para autenticação de livros e adicionar o númerono preenchimento.
7
Ao confirmar, o sistema iniciará a validação dos arquivos PDF/A informados e iniciará o envio
para os servidores da junta. Se tudo der certo, o sistema permitirá o prosseguimento, se algo
der errado, o sistema apresentará o ícone de erro, indicando o tipo de problema.
Vale lembrar que informar a quantidade incorreta de páginas ou folhas do livro invalidará o
upload do arquivo, pois o sistema entenderá que existe inconsistência nas informações. Com
isso, deve-se considerar sempre o termo de abertura como página 1 (um) e o termo de
encerramento como a última página, definindo o total de páginas do livro.
Para o protocolo de livro digital (PDF), obrigatoriamente, os termos de abertura e encerramento
serão os gerados pelo sistema, com isso, ao gerar o PDF com os dados do livro, não inclua os
termos, iniciando o documento pela página 2.
8
Após clicar na opção salvar, o sistema exibirá tela com o resumo dos pedidos, sendo possível
visualizar o requerimento, o livro e cada termo de abertura e encerramento.
9
Após analisar o requerimento e os termos gerados pelo sistema, o usuário clicará na opção
confirmar, o sistema exibirá a tela de confirmação com a possibilidade de exibir cada
documento, que será assinado pelo usuário que está preenchendo o protocolo.
10
Após inserir a assinatura digital, ao clicar em finalizar, o sistema finalmente exibirá os
protocolos gerados, com a possibilidade de visualizar e baixar todos os documentos.
Importante destacar que o protocolo terá sido assinado inicialmente pela pessoa responsável
pelo requerimento, faltando a assinatura dos demais responsáveis indicados para que os
protocolos sejam disponibilizados para análise.
É importante considerar que os livros serão assinados digitalmente, com isso, não existe a
necessidade da impressão para coletar as assinaturas com caneta, para posterior digitalização.
O formato digital é ainda mais seguro do que o formato tradicional, porém, os procedimentos
são os mesmos, ou seja, os responsáveis pela assinatura permanecem os mesmos e somente
após todos assinarem digitalmente o livro, ele será analisado pela junta comercial.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) EDITOU A NORMA
TÉCNICA INTITULADA: ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, COM
A FINALIDADE DE ESTABELECER CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS A
SEREM ADOTADOS PELA ENTIDADE PARA A ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL DE SEUS FATOS PATRIMONIAIS. QUANTO ÀS
FORMALIDADES ESTABELECIDAS PELA NORMA TÉCNICA, PODEMOS
AFIRMAR QUE:
A) em se tratando de empresa subsidiária, estabelecida no país e com sede no exterior, a
escrituração poderá ser realizada em moeda estrangeira, tendo como base o dólar.
B) a escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e
demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da
contabilidade legalmente habilitado.
C) quanto à documentação de suporte para a realização da escrituração, o simples
comprovante da transação de pagamento emitido é suficiente para suportar o gasto.
D) a escrituração contábil poderá ser executada em ordem atemporal, ou seja, a ordem
cronológica de apresentação dos lançamentos não precisa ser observada, desde que eles
estejam dentro do período de elaboração das demonstrações contábeis.
E) a escrituração em forma contábil deve conter, no mínimo, a conta devedora, a conta credora
e o valor do registro contábil.
2. DE ACORDO COM A ITG 2000 (R1), OS LIVROS CONTÁBEIS
OBRIGATÓRIOS, ENTRE ELES O LIVRO DIÁRIO E O LIVRO RAZÃO,
DEVEM REVESTIR-SE DE FORMALIDADES EXTRÍNSECAS, QUE SE
REFEREM A FORMALIDADES A SEREM OBSERVADAS ANTES DO LIVRO
SER ESCRITURADO E FORMALIDADES INTRÍNSECAS, OU SEJA,
AQUELAS QUE SE REFEREM AO PRÓPRIO CONTEÚDO DA
ESCRITURAÇÃO. QUANTO ÀS FORMALIDADES DOS LIVROS DIÁRIO E
RAZÃO PODEMOS AFIRMAR QUE:
A) em relação à autenticação dos livros, podemos considerar como obrigatória a autenticação
do Livro Razão e facultativa a do Livro Diário.
B) as pessoas jurídicas que apresentem a Escrituração Contábil digital (ECD), por meio do
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), também deverão submeter os livros digitais
para autenticação na junta comercial do estado.
C) a escrituração deverá ser completa, em idioma e moeda corrente de preferência da
empresa, sem linhas em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou folhas em
branco.
D) os livros em forma digital devem serem assinados manualmente pela entidade e pelo
profissional da contabilidade regularmente habilitado.
E) em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e
encadernação em forma de livro.
GABARITO
1. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou a norma técnica intitulada: ITG
2000 (R1) – Escrituração Contábil, com a finalidade de estabelecer critérios e
procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus
fatos patrimoniais. Quanto às formalidades estabelecidas pela norma técnica, podemos
afirmar que:
A alternativa "B " está correta.
 
É importante salientarmos que a escrituração contábil e a emissão dos livros e dos relatórios
são atribuição e responsabilidade exclusiva do profissional de contabilidade, que deve ser
legalmente habilitado e registrado no conselho regional de contabilidade.
2. De acordo com a ITG 2000 (R1), os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro
Diário e o Livro Razão, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, que se referem a
formalidades a serem observadas antes do livro ser escriturado e formalidades
intrínsecas, ou seja, aquelas que se referem ao próprio conteúdo da escrituração.
Quanto às formalidades dos livros Diário e Razão podemos afirmar que:
A alternativa "E " está correta.
 
Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e
encadernação em forma de livro, porém, o arquivo magnético autenticado pelo registro público
competente deve ser mantido pela entidade.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, compreendemos que a escrituração contábil é essencial para todas as
entidades e que, na atualidade, os sistemas informatizados são as ferramentas necessárias
para atender a contabilidade.
Também foi possível identificar os elementos necessários para a elaboração do lançamento
contábil, bem como para a elaboração de um Plano de Contas.
Por fim, pudemos conhecer os livros contábeis obrigatórios e as formalidades para sua
elaboração e registro.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-Lei nº 486, de 03 de março de 1969. Dispõe sobre escrituração e livros
mercantis e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 1969.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Diário Oficial
da União, 2002.
BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 Institui o Estatuto Nacional
da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Brasília: Diário Oficial da União, 2006.
BRASIL. Decreto nº 8683, de 25 de fevereiro de 2016. Altera o Decreto nº 1.800, de 30 de
janeiro de 1996, que regulamenta a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e dá outras
providências. Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
Brasília: Diário Oficial da União, 2016.
BRASIL. Resolução CGSN Nº 140, de 22 de maio de 2018. Dispõe sobre o Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). Brasília: Diário Oficial da União, 2018.
BRASIL. Decreto nº 955, de 07 de novembro de 2018. Dispõe sobre a autenticação de livros
contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio. Brasília: Diário Oficial da
União, 2018.
BRASIL. Instrução Normativa DREI/SGD/ME nº 82, de 19 de fevereiro de 2021. Institui os
procedimentos para autenticação dos livros contábeis ou não dos empresários individuais, das
empresas individuais de responsabilidade limitada - Eireli, dassociedades, bem como dos
livros dos agentes auxiliares do comércio. Brasília: Diário Oficial da União, 2021.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE-CFC. Interpretação Técnica ITG 2000 (R1), de
12 de dezembro de 2014. Brasília: Diário Oficial da União, 2014.
FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro: Impetus, 2013.
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CONTEUDISTA
Wellinton Barros Figueiredo

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