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BACTÉRIA Organismos relativamente simples e unicelulares. São chamados de procariotos, pois seu material genético se encontra disperso no citoplasma, não sendo envolto por uma membrana nuclear. ARQUEIAS Células procarióticas, encontradas em ambientes extremos. Podem apresentar parede celular, quando isso ocorre elas carecem de peptideoglicano. PROCARIONTE X EUCARIONTE Os dois tipos possuem ácidos nucleícos, proteínas, lipídios e carboidratos, se diferenciam na estrutura da parede celular e membrana e na ausência de algumas organelas. ESTRUTURA BACTERIANA A bactéria é ima célula simples, considerando sua estrutura, mas em relação a fisiologia e metabolismo pode ser considerada como uma célula complexa, pois consegue realizar todas as funções vitais mesmo com ausência de organelas. MORFOLOGIA BACTERIANA As bactérias podem ser: Redondas ou esféricas: geralmente não estão interligadas, mas no processo de divisão algumas podem não se separar, gerando variações. Diplococos: permanecem em pares após a divisão. Estreptococos: permanecem ligados em forma de cadeia. Tétrades: dividem-se em dois planos e agrupam-se em quatro. Sarcinas: dividem-se em quatro planos. Estafilococos: dividem-se em vários planos e formam um aglomerado em formato de cacho de uva. Cilíndricas ou bastão: compreende os bacilos. Essa classificação é caracterizada pela divisão apenas ao longo do eixo mais curto, o que possibilita menos variações do que o formato redondo/esférico. Diplobacilos: apresentam-se em pares. Estreptobacilos: aparecem em cadeias. Cocobacilos: possui extremidade mais arredondada, assemelham-se com os cocos. Espirais: possuem uma ou mais curvas. Espirilas: possuem forma helicodal, como um saca-rolhas, corpo bem rígido e incompleto. Espiroquetas: possuem forma helicodal e flexível. Vibrios: possui aspecto curvo, semelhante a uma vírgula. ESTRUTURAS INTERNAS CITOPLASMA ÁREA CITOPLASMÁTICA Composta por água, ácidos nucleicos, proteínas, enzimas, carboidratos, lipídios e íons. Ribossomos: do tipo 70S, responsáveis pela síntese proteica. Podem estar livres no citoplasma ou associados a superfície da membrana plasmática. Esses ribossomos são diferentes dos presentes na célula eucarionte, que são do tipo 80S. A diferença se dá no tamanho, tipo de proteína e número. Quando um antimicrobiano atua no organismo, busca um alvo especifico, os ribossomos do tipo 70S, para impedir a sua síntese proteica. Como esses são diferentes dos da célula eucarionte, o antimicrobiano não atua na mesma. ÁREA NUCLEAR Núcleo não individualizado. Nucleóide: cromossomo único, circular e não envolto por membrana nuclear. Plasmídeos: pequena molécula de DNA de fita dupla que carreia informações importantes. Não dependem do DNA cromossômico para se multiplicar. Os plasmídeos podem carrear informações para bactérias receptoras, possibilitando variações genéticas. INCLUSÕES – GRÂNULOS Substâncias químicas que se acumulam no citoplasma e funcionam como reserva de energia. Podem ser dos tipos: Grânulos de volutina ou metacromático. Grânulos de polissacarídeos ou enxofre. PHB e grânulos de glicogênio. MEMBRANA PLASMÁTICA Possui dupla camada fosfolipídica associada com proteínas (integrais e periféricas). Não possui colesterol, diferente da célula eucariota. Apenas as microplasmas possuem. O colesterol dá rigidez a membrana, então sua ausência torna a membrana mais maleável. Possui permeabilidade seletiva, ou seja, nem todas as moléculas conseguem atravessar a membrana. Delimita a célula bacteriana. A TRANSLOCAÇÃO DE GRUPO A molécula de glicose, manose ou frutose é fosforilada quando passa por esse sistema. Quando ocorre a fosforilação da glicose, a mesma se transforma em glicose-6-fosfato, isso impede que a mesma saia da célula, permitindo sua acumulação no interior. Acontece com gasto de energia. As moléculas sofrem alterações químicas. Sistema fototransferase. PAREDE CELULAR Presente em quase todas as bactérias, com exceção das micoplasmas e algumas arqueas. Possui estrutura rígida que confere forma à célula. Previne contra expansão e rompimento. Importante para o crescimento e divisão celular. ATENÇÃO Forma ≠ Gênero Bacilo ≠ Bacillus Estafilococos ≠ Staphylococcus Estreptococos ≠ Streptococcus Envolve a membrana plasmática. Ponto de ancoragem para o flagelo. COMPOSIÇÃO NAG (N-acetilglicosamina) e NAM (ácido N- acetilmurâmico) ligação glicosídica. Cadeias laterais de tretapeptídeo (4 aminoácidos) ligação peptídica. Confere rigidez. GLICOCÁLICE Revestimento de açúcar. Pode ser: Capsula: estrutura organizada e aderida a parede celular. Polissacarídeo ou peptídeo que dificulta o processo de fagocitose. Quando há deficiência de energia o organismo pode fazer uso dos polissacarídeos presentes. Camada limosa: estrutura desorganizada e fracamente aderida a parede celular. Funções: Proteção e adesão. Ligação das células ao hospedeiro. Dificultar a fagocitose. Fonte de nutrientes. FLAGELOS Longo filamento helicoidal. Possui a função de locomoção. Proteína globular flagelina. Classificação: Peritríquios: distribuídos ao longo de toda a célula. Polares: presentes em uma ou ambas extremidades. Monotríquios: possui um único flagelo em um polo. Lofotríquios: tufo de flagelos em um polo. Anfitríquios: flagelos nos dois polos. FILAMENTOS AXIAIS Exclusivo das espiroquetas. Treponema pallidum Borrelia burgdorferi Leptospira Feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células. Estrutura semelhante ao flagelo. Movimento de saca-rolhas, que permite o movimento efetivo nos fluidos corporais. Fazem espiral em torno da célula. APÊNDICES FÍMBRIAS Estrutura filamentosa, semelhante aos pelos. Natureza proteica: fimbrilina e adesinas. Relacionadas com a adesão do trato respiratório e trato intestinal (nos epitélios). Previne que as células bacterianas sejam retiradas do local pelo muco ou fluidos corporais. Possuem diferentes antígenos. PILI Conjugação bacteriana. Proteína pilina. Envolvidos na motilidade celular e transferência de DNA. ESPOROS Formas latentes para a sobrevivência em condições desfavoráveis: dessecamento, calor, falta de nutrientes. Presentes nos gêneros Clostridium e Bacillus. É resistente à fervura por horas. Resistente ao calor. Possui ácido dipicolínico (DPA). BACTÉRIAS GRAM+ E GRAM- O método gram é um método de coloração de bactérias (parede celular). As diferenças na composição da parede celular dos dois tipos de bactérias permitem que se corem de cores diferentes: Bactéria Gram+: cora de roxo. Bactéria Gram-: cora de vermelho. GRAM NEGATIVA Parede celular com fina camada de peptideoglicano. Membrana externa localizada acima da camada de peptideoglicano. Funciona como uma segunda camada lipídica, age como barreira contra antimicrobianos e possuem enzimas digestivas associadas a degradação. Algumas moléculas podem conseguir atravessar essa camada, mas não a membrana plasmática. Periplasma: espaço entre a membrana externa e a membrana plasmática. Nesse espaço são encontradas enzimas importantes para a célula, como as de degradação e transporte. LPS: molécula complexa formada por 3 regiões: Lipídio A: embebido na parte superior da membrana externa. Responsável pelos sintomas de infecção e choque térmico. Quando a bactéria morre pode liberá-lo em forma de toxina. Cerne de polissacarídeos: ligado ao lipídio A. São açúcares incomuns que são estabilidade a molécula. Polissacarídeo O (ou antígeno O): antígeno específicos que identificam diferentes sorotipos. Parede celular com ligação direta: grupo amino do DAP com grupo carboxi D-ala terminal. GRAM POSITIVA Parede celular com várias camadas de peptideoglicanos, sendo mais espessa e mais rígida. Ácidos tecóicos (glicerol ou ribitol e fosfato): fornecem energia e possibilitam a passagem de cátions (devido a carga negativa do fosfato). Especificidade antigênica. Ácidos lipotecóicos: atravessam a parede e tocam a membrana plasmática. Estrutura com ligação indireta: ponte interpeptídica. COLORAÇÃO GRAM 1. Cristal violeta: corante primário. Penetra no citoplasma da célula corando as gram+ e gram- de purpura. 2. Iodo: forma cristais com o corante, que são grandes para escapar da parede celular. 3. Álcool: nas células gram+, o álcool desidrata o peptideoglicano para torná-las mais impermeáveis ao crital violeta-iodo, permitindo que continuem com a coloração roxa. Nas células gram- o álcool dissolve a membrna externa, deixando pequenos buracos na camada de peptideoglicano, por onde os cristais violeta-iodo se difundem e tornam as bactérias incolores. 4. Safranina: cora as gram- de rosa.
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