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BRONQUIOLITE VIRAL 14 de fevereiro – Maria C Tosatto T4a O que é bronquiolite? Uma infecção aguda, de origem viral que acomete as vias aéreas de pequeno calibre através de um processo inflamatório levando a um quadro obstrutivo com graus variados de intensidade. É a principal causa de internação em lactentes com menos de 1 ano de idade sem doença prévia Qual a sazonalidade da bronquiolite? Começa em fevereiro indo até junho/julho Qual etiologia? O vírus sincicial respiratório é o principal causador (80% dos casos), vírus influenza (10 a 20%), parainfluenza (10 a 30% - temos 3 variedades desse vírus e causa faringite), adenovírus - bronquiolite obliterante, que deixa crônico com sibilos pelo resto da vida (5 a 10%) e metapneumovírus (10%) Qual a consequência da bronquiolite? Broncodisplasia, que é uma alteração crônica que é causada devido a um pulmão prematuro ou pressão positiva após uso de oxigênio Como fazemos o diagnóstico de bronquiolite? Quadro de febre, cansaço e secreção. O primeiro episódio de desconforto respiratório em lactentes associado à infecção viral é um marco, por isso o primeiro quadro precisa ser observado, pois se repetir e permanecer após toda infecção a criança é um “bebê chiador”/asmático. Analisar, então, sempre o PRIMEIRO episódio de sibilância. Analisar os meses que correspondem aos das estações do vírus sincicial respiratório Quais são os exames subsidiários e por que precisamos? Para tentar fazer um diagnóstico diferencial, como de pneumonia bacteriana insuficiência cardíaca, crise de sibilânca, pneumonia intersticial (causado pela chlamydia trachomatis), miocardite viral e coqueluche (vacina na gestante após a 20ª semana) Como diferenciar bronquite de miocardite? Ausculta (um sibila -bronquiolite- e o outro não - miocardite-), edema, miocardite deixa a criança taquicárdica (com mais de 200bpm) Como vem a radiografia de tórax? Vem hiperinsuflada (pois o ar entra, faz mecanismo de válvula e fica acumulado) em que as costelas aparecem mais horizontalizadas, atelectasias, condensações Quais outros exames? Hemograma (leucocitose com linfocitose ou normal, vem sem neutrofilia), hemocultura e pesquisa etiológica. Infecção bacteriana aumenta neutrófilos e virais aumentam linfíctos e monócitos Qual o diagnóstico etiológico e como agir? Utilizar palivizumabe, uma imunoglobulina, como prevenção ao contágio pelo vírus sincicial, Diagnóstico pode ser feito através do RT PCR, imunofluorescência direta, cultura de vírus Qual a fisiopatologia? Vírus entra pelas vias respiratórias, começa sua replicação no epitélio respiratório e cai nas vias respiratórias inferiores, levando à necrose e proliferação de epitélio bronquiolar. Causa destruição de células epiteliais ciliadas, gera infiltrado linfocitário e de macrófagos, gera edema, produção excessiva de muco, migração de células inflamatórias. Como consequência a criança terá obstrução de bronquíolos e alvéolos pulmonares Qual o quadro clínico? Sinais e sintomas de rinofaringite viral e após 2-3 dias evolui com sintomas de desconforto respiratório que evolui com piora progressiva em 3-4 dias. Quadro de febre, coriza, recusa alimentar, irritabilidade, tosse. Após uns dias, a criança apresenta dispneia e taquipneia, apneia recusa alimentar/risco de aspiração/desidratação, sibilos e estertores E qual o prognóstico da doença? Costuma apresentar um bom prognóstico, com uma janela autolimitada com duração de sintomas de 7 a 14 dias, a mortalidade é menor que 1% nas crianças que necessitam de internação, risco para doença grave apresenta uma mortalidade de 3 a 5%. Bebês com mais risco são: prematuros, baixo peso ao nascer, menos de 12 semanas, cardiopatas, DPOC, imunodeprimidos, neuropatias e alteração anatômicas ou congênitas Qual o tratamento para bronquiolite? Em quadros leves tratamos em casa, com a higiene das mãos, evitar tabagismo, mantes alimentação normal, lavagem nasal com solução salina, reavaliação se necessário e orientar sintomas e sinais de “alerta” Quando hospitalizar? Episódios de apneia, piora do estado geral/toxemiada, desconforto respiratório (gemência), sinais de desidratação, recusa alimentar, redução acentuada da diurese, comorbidades, prematuridade e condição social ruim Qual tratamento hospitalar? Hidratação, nutrição, aspiração de vias aéreas superiores, fisioterapia respiratória, suporte ventilatório, oxigenoterapia Quando usar oxigenoterapia? Quando a saturometria estiver abaixo de 92% Quais as complicações? Apneia, insuficiência respiratória aguda, atelectasia, otite média aguda, infecção bacteriana secundária, pneumotórax e pneumomediastino e bronquite obliterante Quando dar palivizumab?
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