Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Esqueleto Apendicular MEMBROS TORÁCICOS CINTURÃO ESCAPULAR Nos animais domésticos o cinturão escapular compreende a clavícula e a escápula, porém a clavícula não existe ou é muito reduzida, sendo mais evidente nos gatos. Esse cinturão é responsável por unir o membro torácico ao tronco. ESCÁPULA A face lateral da escápula é composta de uma espinha da escápula (com a tuberosidade da espinha da escápula) que divide o osso em uma fossa supraespinal cranial e uma fossa infraespinal caudal e maior que a anterior. Escápula esquerda de equino (face lateral). 1: cartilagem da escápula; 2: espinha da escápula; 3: fossa supra-espinhosa; 4: fossa infra-espinhosa; 5: margem caudal; 6: margem cranial; 7: tubérculo supraglenoidal; 8: cavidade glenoide; 9: colo; 10: margem dorsal; 11: tuberosidade da espinha da escápula; 12: forame para a artéria nutrícia; 13: incisura escapular A margem dorsal se prolonga por meio da cartilagem escapular. A espinha da escápula termina em um processo hamato (ou acrômio) em carnívoros e ruminantes. O ângulo ventral possui a cavidade glenoide, a qual realiza a articulação do ombro com o úmero. Superior à cavidade glenoide temos o tubérculo supraglenoide. Na face medial e desse tubérculo podemos observar o processo coracoide. Escápula esquerda do cão (face lateral). 1: cartilagem escapular; 2: espinha da escápula; 3: fossa supraespinal; 4: fossa infraespinal; 5: tubérculo supraglenoide; 6: acrômio A face medial da escápula é composta pela fossa subescapular e por uma face serrátil para fixação do músculo serrátil ventral. Escápula esquerda de equino (vista medial). 1: cartilagem da escápula; 2: face serrátil; 3: fossa subescapular; 4: incisura escapular; 5: processo coracoide; 6: cavidade glenoide 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 ÚMERO O úmero pode ser dividido em três segmentos: extremidade proximal, corpo e extremidade distal. Na face caudal da região proximal temos a cabeça do úmero, a qual se articula com a escápula. Logo abaixo da cabeça temos o colo do úmero. Existem três tubérculos importantes na extremidade proximal: o tubérculo maior (lateral e com porções cranial e caudal), o tubérculo intermédio e o tubérculo menor (medial). Aos lados do tubérculo intermédio correm os sulcos intertuberculares (ou sulcos bicipitais). Úmero esquerdo de equino (vista lateral). 1: parte cranial do tubérculo maior; 1’: parte caudal do tubérculo maior: 2: cabeça do úmero; 3: colo do úmero; 4: tuberosidade deltoide; 5: crista do úmero; 6: sulco radial (ou braquial); 7: côndilo; 8: fossa radial; 9: epicôndilo lateral No corpo do úmero corre o sulco radial (ou sulco braquial). Na sua face lateral se encontra a tuberosidade deltoide, a qual se prolonga como a crista do úmero. Já na face medial do corpo temos a tuberosidade redonda maior. Úmero esquerdo de equino (vista caudal). 1: cabeça do úmero; 2: colo; 3: tuberosidade deltoide; 4: tuberosidade redonda maior; 5: fossa do olécrano; 6: epicôndilo lateral; 7: epicôndilo medial Na extremidade distal do úmero se encontra o côndilo do úmero, o qual se articula com o rádio e ulna e cranial a ele temos a fossa radial. Em ambos os lados dos côndilos temos os epicôndilos lateral e medial, os quais são separados pela fossa do olécrano. Úmero esquerdo de equino (vista cranial). 1: tubérculo intermédio; 2: tubérculo maior; 3: sulcos intertuberculares (ou bicipitais); 4: tuberosidade deltoide; 5: tuberosidade redonda maior; 6: sulco braquial (ou radial); 7: fossa radial; 8: côndilo do úmero 1 1’ 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8 RÁDIO E ULNA O rádio e a ulna fazem parte do esqueleto do antebraço. Assim como o úmero, o rádio também tem uma extremidade proximal, um corpo e uma extremidade distal. Na extremidade proximal observamos a cabeça do rádio cranialmente e dorsalmente temos a fóvea articular do rádio. Rádio e ulna esquerdos de equino (vista craniolateral). 1: cabeça do rádio; 2: tuberosidade do rádio; 3: fóvea articular do rádio; 4: incisura troclear; 5: colo do rádio; 6: espaço interósseo; 7: olecrano; 8: tuberosidade do olecrano; 9: processo ancôneo; 10: incisura radial; 11: processo estiloide lateral; 12: sulcos para passagem de tendões Próximo a cabeça do rádio temos a tuberosidade do rádio. Na face cranial e distal do corpo do rádio temos sulcos para passagem de tendões e na face ventral vemos a tróclea do rádio, a qual tem uma face articular para os ossos do carpo. Ainda na extremidade distal vemos dois processos: os processos estiloides medial e lateral. Há também uma crista transversa caudalmente. Na extremidade proximal da ulna se encontra o olécrano com sua tuberosidade. Cranialmente ao olécrano a ulna apresenta a incisura troclear e o processo ancôneo. E nos lados do processo ancôneo estão os processos coronoides lateral e medial. Entre o rádio e a ulna existe um espaço interósseo, que é bem pequeno nos equinos. Rádio e ulna esquerdos de equino (vista caudal). 1: tuberosidade do olécrano; 2: olécrano; 3: processo coronoide medial; 4: processo coronoide lateral; 5: corpo da ulna; 6: crista transversa; 7: processo estiloide lateral; 8: processo estiloide medial; 9: tróclea radial com face articular para o carpo Vale ressaltar que a ulna sempre se insere lateralmente pelo rádio. OSSOS DO CARPO Os ossos do carpo são dispostos em duas fileiras: uma proximal e outra distal, sendo que a proximal possui nomes e a distal é nomeada com números (seguindo uma sequência mediolateral). Ossos do carpo do equino. R: rádio; r: carpo radial; i: carpo intermédio; u: carpo ulnar; a: carpo acessório; 1+2: 1º e 2º carpianos; 3: 3º carpiano; 4: 4º carpiano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R r i u a 1+ 2 3 4 II III IV Na fileira proximal temos em ordem mediolateral: carpo radial, carpo intermédio e carpo ulnar. Ligado ao carpo ulnar ainda temos o carpo acessório. Destes, o maior é o radial. Na fileira distal do equino, o 1º e 2º carpianos estão fusionados. Depois temos o 3º carpiano e o 4º carpiano (sequência mediolateral). Ossos do carpo direito do equino (vista caudal) OSSOS DO METACARPO Geralmente o metacarpo possui cinco dígitos, mas no equino apenas o III metacarpo é bem desenvolvido, sendo o II e IV reduzidos e o I e V são rudimentares e denominados de castanha e esporão, respectivamente. Vale destacar que o III metacarpiano do equino possui uma tuberosidade medial na face cranial (tuberosidade metacárpica). FALANGES As falanges do equino são reduzidas a um digito, que é o terceiro dedo. Basicamente temos uma falange proximal, uma média e outra distal. Na falange proximal ainda temos os ossos sesamoides proximais e entre a falange média e distal temos o osso sesamoide distal (ou navicular). MEMBROS PÉLVICOS OSSO COXAL O osso coxal começa seu desenvolvimento como três ossos separados (ílio, ísquio e púbis), que se fundem ao nível do acetábulo no animal adulto. O púbis e o ísquio se unem na sínfise pélvica, a qual é dividida em sínfise púbica (cranial) e sínfise isquiática (caudal). ÍLIO O ílio possui uma asa cranial e um corpo caudal. Na porção lateral da asa temos a tuberosidade coxal e mais medialmente temos a tuberosidade sacral (se articula com o sacro). Separando ambas as tuberosidades observamos a crista ilíaca. Cruzando a asa do ílio está a linha glútea. A face ventral da asa do ílio é formada pela face auricular e há também uma linha arqueada por onde passa o tubérculo para inserção do musculo psoas menor. R r i u a 1+2 3 4 II III IV Ossosdo metacarpo esquerdo do equino (vista cranial) 1: tuberosidade metacárpica; 2: II metacarpo 3: III metacarpo 4: IV metacarpo 1 2 3 4 Ossos sesamoides proximais Falange proximal Falange média Osso navicular Falange distal Osso coxal de equino (vista dorsal). 1: asa do ílio; 2: corpo do ílio; 3: tuberosidade coxal; 4: tuberosidade sacral; 5: crista ilíaca; 6: linha glútea; 7: incisura isquiática menor; 8: espinha isquiática; 9: pécten do púbis; 10: tubérculo púbico dorsal; 11: forame obturado; 12: sínfise pélvica; 13: incisura isquiática menor; 14: tuberosidade isquiática; 15: arco isquiático PÚBIS O púbis se encontra entre o ílio e o ísquio. Seu corpo é perfurado pelos forames obturados. Cranialmente ele apresenta o pécten do púbis. Dorsalmente temos o tubérculo púbico dorsal e ventralmente temos o tubérculo púbico ventral e a eminencia íliopúbica. Osso coxal de equino (vista ventral). 1: face auricular; 2: linha arqueada; 3: tubérculo para inserção do músculo psoas menor; 4: eminencia ilíopúbica; 5: sínfise púbica; 6: sínfise isquiática; 7: acetábulo; 8: pécten do púbis; Além disso, ele possui a sínfise púbica (porção cranial da sínfise pélvica). ÍSQUIO No ísquio observamos a espinha isquiática, a qual divide a incisura isquiática maior (cranial) e a incisura isquiática menor (caudal). Na região caudolateral do ísquio se encontra a tuberosidade isquiática, que é dividida de seu antímero pelo arco isquiático. ACETÁBULO O acetábulo é uma cavidade muito importante, pois realiza a articulação coxofemoral com o fêmur. Ele possui uma margem acetabular, uma fossa acetabular, uma face acetabular e uma incisura acetabular. Acetábulo esquerdo de equino (vista lateral). 1: margem acetabular; 2: face semilunar; 3: fossa acetabular; 4: incisura acetabular FÊMUR O fêmur é o maior e mais pesado dos ossos longos. Ele pode ser dividido em uma extremidade proximal, um corpo (diáfise) e uma extremidade distal. A extremidade proximal se caracteriza pela cabeça do fêmur e a fóvea da cabeça do fêmur. Separando a cabeça do corpo temos o colo. Lateralmente à cabeça se encontra o trocanter maior, o qual possui uma porção cranial e outra caudal separadas pela incisura trocantérica. Caudalmente, entre a cabeça do fêmur e o trocanter maior está a fossa trocantérica. Além do trocanter maior, temos também o terceiro trocanter (presente lateralmente no corpo) e o trocanter menor (medialmente no corpo), sendo o terceiro trocanter maior que o trocanter menor. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 Fêmur esquerdo de equino (vista cranial). 1: cabeça do fêmur; 2: fóvea da cabeça; 3: trocanter maior; 4: incisura trocantérica; 5: colo; 6: trocanter menor; 7: terceiro trocanter; 8: corpo do fêmur; 9: fossa suprapatelar; 10: epicôndilo medial; 11: epicôndilo lateral; 12: tróclea do fêmur O corpo do fêmur possui em sua face caudal uma fossa supracondilar e na extremidade distal estão os côndilos lateral e medial do fêmur. Entre os côndilos temos a fossa intercondilar. Além disso, o condilo lateral ainda possui duas fossas em sua lateral: a fossa extensora (mais cranial) e a fossa poplítea (mais caudal). Extremidade distal do fêmur direito do equino (vista distolateral). 1: fossa supracondilar; 2: côndilo lateral; 3: fossa poplítea; 4: fossa extensora Fêmur esquerdo do equino (vista caudal). 1: cabeça do fêmur; 2: trocanter maior; 3: fossa trocantérica; 4: crista intertrocantérica; 5: terceiro trocanter; 6: forame nutrício 7: fossa supracondilar; 8: fossa intercondilar; 9: côndilo medial; 10: côndilo lateral Na extremidade distal também encontramos a tróclea, a qual realiza a articulação femoropatelar com a patela. Acima dela está a fossa suprapatelar. PATELA A patela é o maior osso sesamoide do corpo. Caudalmente está sua face articular e cranialmente sua face livre. Sua base é proximal e seu ápice é distal. Além disso, ela possui um processo medial (processo cartilaginoso). Patela de equino (vista cranial). 1: base; 2: ápice; 3: processo cartilaginoso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 TÍBIA E FÍBULA A extremidade proximal da tíbia possui dois côndilos (lateral e medial) e dorsalmente se encontra a eminência intercondilar. Próximo a essa eminência temos a área intercondilar central e a área intercondilar caudal. O côndilo lateral possui uma face articular fibular e distalmente corre um sulco extensor. Tíbia e fíbula esquerdas do equino (vista cranial). 1: côndilo lateral; 2: côndilo medial; 3: tuberosidade da tíbia; 4: sulco da tuberosidade; 5: sulco extensor; 6: espaço interósseo; 7: maléolo medial; 8: maléolo lateral; 9: cóclea A tuberosidade da tíbia é um processo cranial da tíbia que ainda apresenta um sulco da tuberosidade. Na face caudal do corpo da tíbia correm as linhas poplíteas. Na extremidade distal observamos os maléolos medial e lateral e a cóclea, a qual realiza a articulação com o tarso. A fíbula basicamente é dividida em uma cabeça, um colo e um corpo. Entre ela e a tíbia existe um espaço interósseo. Tíbia e fíbula esquerdas de equino (vista caudal). 1: eminência intercondilar; 2: área intercondilar central; 3: área intercondilar caudal; 4: linhas poplíteas; 5: cabeça da fíbula; 6: colo da fíbula; 7: corpo da fíbula OSSOS DO TARSO Os ossos do tarso são distribuídos em três fileiras: proximal, média e distal. Na fileira proximal estão os ossos tálus e calcâneo. O tálus está em posição medial, tendo a função de se articular com a tíbia. O calcâneo está situado lateralmente, possuindo uma tuberosidade calcânea que forma a ponta do jarrete do equino. Na fileira média temos apenas o osso central, o qual é bem grande. Já a fileira distal é nomeada com números da mesma maneira que os ossos do carpo, portanto, no equino temos em sequência mediolateral: o 1º e 2º fusionados (de forma bem irregular), o 3º (na forma da letra “T”, sendo semelhante ao osso central) e o 4º tarsiano (formato cuboide e altura do 3º e central somados). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 Ossos do tarso do equino (vista cranial). 1: tuberosidade calcânea; T: tálus; C: calcâneo; c: osso central; 1+2: 1º e 2º tarsianos; 3: 3º tarsiano; 4: 4º tarsiano; II: 2º metatarso; III: 3º metatarso; IV: 4º metatarso OSSOS DO METATARSO Assim como no metacarpo, o equino também possui 3 ossos no metatarso. O principal é o 3º metatarsiano e os menores são o 2º e o 4º. O 3º metatarsiano possui uma eminência dorsal e lateral. Além disso, apresenta uma secção transversal circular (o 3º metacarpo apresenta uma secção transversal oval). FALANGES As falanges são muito semelhantes com a do membro torácico, porém seu eixo forma com o plano um ângulo com 5 graus a mais que o do membro torácico. Mas basicamente temos uma falange proximal, uma média e outra distal, além de ossos sesamoides proximais e distais. T C 1 1+2 c 3 4 II III IV
Compartilhar