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Geo08 - urbanizacao

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Quando o crescimento da população urbana ocorre em ritmo superior ao crescimento da 
população rural. 
 
 
 
 
 
Urbanização – Histórico 
URBANIZAÇÃO - CONCEITO 
URBANIZAÇÃO é diferente de CRESCIMENTO 
URBANO 
 
 
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Mudanças importantes: 
- Economia - terciarização; 
- Demografia – transição demográfica; 
- Cultura – comportamento; 
- Estruturas urbanas – migrações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urbanização para a 
Geografia é um conceito 
demográfico. 
PAÍSES DESENVOLVIDOS 
PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
HI
ST
ÓR
IC
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(Fuvest 2013) Observe os mapas com as maiores aglomerações urbanas no mundo. 
 
Com base nos mapas e em seus conhecimentos, 
a) identifique um fator natural e um fator histórico que favoreceram a concentração de cidades mais 
populosas na Europa Ocidental, no ano de 1900. Explique. 
b) explique o processo de urbanização mundial considerando o mapa III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Local no qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em 
consideração a questão topográfica, o relevo. 
Brasília – planalto 
Manaus – planície 
Campos do Jordão - montanha 
 
 
Localização da cidade em relação às ocorrências naturais (rio, mar, montanha, etc.) que estão 
a sua volta. A situação urbana influi na origem da cidade e no condicionamento do seu crescimento. 
 
 
Cada cidade tem uma função, determinada pela atividade principal por ela exercida. 
Existem cidades religiosas (Aparecida - SP); industriais (Volta Redonda - RJ); administrativas (Brasília 
- DF); militares (Resende - RJ) e turísticas (Fortaleza - CE). 
 
 
O conjunto articulado ou integrado de cidades que cobrem um determinado espaço geográfico 
e que se relacionam continuamente. 
 É formada pelo sistema de cidades, de um mesmo país ou de países vizinhos, que se interligam 
por meios de transporte e de comunicações, ocorrendo fluxos de pessoas, mercadorias, informações 
e capitais. 
Urbanização – Conceitos – Parte 1 
SÍTIO URBANO 
SITUAÇÃO URBANA 
FUNÇÃO URBANA 
REDE URBANA 
 
 
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 No âmbito da rede urbana, as cidades estão classificadas 
em níveis hierárquicos definidos, basicamente, segundo o 
tamanho populacional, a capacidade de polarização exercida 
sobre o território nacional e a complexidade das atividades 
econômicas que abrigam. 
 
 
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(UFC 2010) 
 
 
 
 
Na nova hierarquia urbana, a articulação entre as cidades está vinculada essencialmente aos 
avanços tecnológicos nos transportes e nas telecomunicações, que aceleram e facilitam as relações 
entre as cidades. A quantidade e a qualidade de objetos (sistemas de transporte e comunicação) nas 
cidades redefinem o seu papel dentro da hierarquia urbana. 
HIERARQUIA URBANA Escala de influência de uma cidade dentro de uma rede urbana, sua 
estrutura (população, serviços, atividades econômicas diversas), sua 
influência e sua polarização. 
 
 
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Em nível hierárquico superior, estão localizadas as metrópoles – “cidades-mães” – que 
ofertam uma intensa gama de serviços às cidades médias e pequenas, funcionando como 
importantíssimo agente de organização do espaço regional, acentuando a complexidade das redes 
urbanas - CENTRALIDADE. 
Uma metrópole tem sua importância estabelecida não somente em sua área ou população, 
mas, principalmente, na sua capacidade de polarização (influência) do espaço geográfico. Cabe 
lembrar que, em nível global, como veremos a seguir, o topo da hierarquia urbana é ocupado pelas 
metrópoles globais. 
Ao conjunto de áreas contíguas e integradas socioeconomicamente a uma cidade principal 
(metrópole), com serviços públicos e infraestrutura comum, denomina-se Região Metropolitana. 
 
 
 
 
 
(Ufrgs 2019) Leia o trecho certos espaços da cidade, considerados centralidades, e que os 
transformam emabaixo. 
(...) empreendimentos que elegem áreas de investimentos públicos e privados (...) culminam na 
valorização imobiliária, implicando a instalação de comércios com mercadorias acessíveis às classes 
sociais mais altas e a impossibilidade de permanência de moradores com menores recursos 
financeiros, que assim são substituídos por moradores com maior poder aquisitivo, o que resulta na 
elitização do local. 
Adaptado de: BIDOU-ZACHARIASEN, Catherine. Introdução. De volta à cidade. São Paulo: Annablume, 2006. p.21-58. 
METRÓPOLE 
CONURBAÇÃO União das zonas urbanas (malha urbana) de municípios diferentes 
devido ao crescimento urbano horizontal. 
GENTRIFICAÇÃO “Enobrecer” 
 
 
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Área superurbanizada, que reúne em torno de si uma articulação, uma integração entre 
metrópoles (duas ou mais, normalmente conurbadas), regiões metropolitanas, pequenas e médias 
cidades. Costuma concentrar uma boa parte da população e dos serviços de um país. 
 
Urbanização – Conceitos – Parte 2 
REDE URBANA HIERARQUIA URBANA METRÓPOLE 
MEGALÓPOLE 
METROPOLIZAÇÃO 
MACROCEFALIA 
CIDADE GLOBAL 
MEGACIDADE ? 
MEGALÓPOLE 
 
 
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(IFSUL 2017) “Aglomeração urbana inchada, fenômeno típico dos países subdesenvolvidos. Não 
oferece adequadas condições de vida aos seus moradores no tocante a serviços básicos e de 
infraestrutura, como saúde, educação, saneamento, iluminação, emprego [...]”. 
TAMDJIAN, James Onnig & MENDES, Ivan Lazzari. Geografia Geral e do Brasil: Estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD, 2004. p. 37. 
Concentra os serviços, atividades econômicas e população em uma determinada cidade ou área 
urbana. 
 
 
As megacidades são aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de habitantes. São 
definidas por critérios quantitativos. 
Diferenciadas pela concentração demográfica, mas nem sempre apresentam importância 
econômica proporcional, situando-se tanto em países do Norte quanto do Sul, a exemplo de Lagos 
e Delhi. 
 
 
MACROCEFALIA URBANA 
MEGACIDADE 
MEGACIDADES - EVOLUÇÃO 
 
 
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CIDADE GLOBAL 
(CEFET-MG 2015) 
 
 
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A cidade global define-se por critérios qualitativos, não coincidem necessariamente com as 
megacidades. As cidades globais, onde estão localizadas as importantes empresas, articulam a 
economia global, ligam as redes informacionais, concentram o poder mundial e apresentam alta 
densidade de objetos técnicos conectando-as aos fluxos globalizados. A maior ou menor densidade 
de objetos técnicos, o maior ou menor nível de conexão com as redes não estão necessariamente 
ligados ao tamanho físico e populacional da cidade. 
O Departamento de Geografia da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, classificou 
as 129 cidades globais existentes conforme o seu grau de desenvolvimento e infraestrutura, entre 
outros fatores. 
Rede de pesquisas GaWC (Globalization and World Cities) 
 
Alfa ++: Londres e Nova York; 
Alfa +: Hong Kong, Paris, Singapura, Xangai, Tóquio, Pequim, Sydney e Dubai; 
Alfa: Chicago, Mumbai, Milão, Moscou, São Paulo, Frankfurt, Toronto, Los Angeles, Madrid, Cidade do 
México, Amsterdã, Kuala Lumpur e Bruxelas; 
Alfa –: Seul, Joanesburgo, Buenos Aires, Viena, São Francisco, Istambul, Jacarta, Zurique, Varsóvia, 
Washington, Melbourne, Nova Déli, Miami, Barcelona, Bangkok, Boston, Dublin, Taipei, Munique, 
Estocolmo, Praga e Atlanta. 
Beta +: Índia, Lisboa, Copenhague, Santiago, Dallas, Filadélfia, Atenas, Berlim, Bogotá, Cairo, 
Düsseldorf, Hamburgo, Houston, Manila, Montreal, Roma, Tel Aviv e Vancouver. 
Beta: Auckland, Beirute, Bucareste, Budapeste, Cidade do Cabo, Caracas, Chennai, Cantão (China), 
Cidade de Ho Chi Minh, Karachi, Kiev, Lima, Luxemburgo, Manchester, Mineápolis, Montevidéu, Oslo, 
Riade e Seattle.10 
 
Beta –: Abu Dhabi, Birmingham, Bratislava, Brisbane, Calcutá, Calgary, Casablanca, Cleveland, Colônia, 
Denver, Detroit, Genebra, Cidade da Guatemala, Helsinque, Lagos, Manama, Monterrey, Nicósia, Osaka, 
Cidade do Panamá, Perth, Port Louis, Rio de Janeiro, San Diego, San Juan (Porto Rico), Shenzhen, 
Sófia, St. Louis e Stuttgart. 
Gama +: Adelaide, Amã, Antuérpia, Baltimore, Belgrado, Bristol, Charlotte, Cincinnati, Doha, Edimburgo, 
Glasgow, Hanoi, Hyderabad, Jidá, Cidade do Kuwait, Lahore, Nairóbi, Portland, Riga, San José (Costa 
Rica), San Jose (EUA), Tunis e Zagreb. 
Gama: Almaty, Columbus, Edmonton, Guadalajara, Indianápolis, Kansas City, Leeds, Lyon, Phoenix, 
Pittsburgh, Quito, Roterdã, San Salvador, Santo Domingo e São Petersburgo. 
Gama –: Acra, Austin, Belfast, Colombo, Curitiba, Durban, George Town, Gotemburgo, Guayaquil, 
Islamabad, Ljubljana, Marselha, Milwaukee, Mascate, Nagoya, Orlando, Ottawa, Porto, Porto Alegre, 
Pune, Richmond, Southampton, Tallinn, Tegucigalpa, Turim e Wellington (Nova Zelândia). 
 
(Cefet MG 2015) Nas figuras a seguir as setas indicam movimento pendular diário: residência / local 
de trabalho / residência. 
 
As imagens I, II, III, IV e V representam, respectivamente, os seguintes elementos da rede urbana: 
a) centro isolado, aglomeração com conurbação, aglomeração sem conurbação, metrópole e 
megalópole. 
b) aglomeração sem conurbação, megalópole, centro isolado, metrópole, aglomeração com 
conurbação. 
c) metrópole, megalópole, aglomeração sem conurbação, aglomeração com conurbação, centro 
isolado. 
d) megalópole, centro isolado, aglomeração com conurbação, metrópole, aglomeração sem 
conturbação. 
 
 
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Quando o crescimento da população urbana ocorre em ritmo superior ao crescimento da 
população rural. 
 
 
 
 
O Brasil, por exemplo, como já dito, utiliza o critério político-administrativo, dando poder ao 
município designar as zonas urbanas e a zona rural. 
 
 
 
Urbanização do Brasil – Parte 1 
URBANIZAÇÃO - CONCEITO 
ZONA RURAL e ZONA URBANA do MUNICÍPIO 
 
 
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ÊXODO RURAL BRASILEIRO 
REPULSÃO DO CAMPO ATRAÇÃO PELA CIDADE 
 - Estrutura fundiária – 
concentração de terras 
- Mecanização agrícola 
– revolução verde 
- Falta de apoio à 
agricultura familiar 
- Baixa remuneração 
 - Industrialização 
 - Emprego e 
melhores salários 
 - Serviços - 
educação e saúde. 
 - Qualidade de vida 
CONSEQUÊNCIAS 
- Crescimento rápido e desordenado das 
cidades – inchaço urbano – favelização. 
- Informalidade – subemprego – 
desemprego. 
- Marginalização. 
- Hipertrofia do setor terciário. 
- Macrocefalia urbana – 
metropolização. 
POPULAÇÃO URBANA - BRASIL 
 
 
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- Plano de Metas, na segunda metade dos anos 1950, no governo de J. Kubitschek com a construção 
de Brasília (1960) e a expansão da malha rodoviária. 
- Criação da Zona Franca de Manaus - 1967 
- Milagre econômico entre 1968 e 1973 
- Expansão da fronteira agrícola – Centro-Oeste e Norte 
 
 
(UCPEL 2017) 
INTERIORIZAÇÃO DA URBANIZAÇÃO 
(Unicamp 2019) 
 
 
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O Estado não conseguiu desenvolver um planejamento urbano eficiente durante o processo caótico 
de urbanização. 
(IFPE 2017) 
 
Segregação Socioespacial: Condições de renda determinam as condições de habitação. 
 
Evolução nas taxas de urbanização nas grandes regiões geográficas (%) 
 
IBGE, Censo demográfico 1940-2010 
 
 
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IBGE divulga estimativa da população dos municípios para 2020 
O IBGE divulga hoje as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, 
com data de referência em 1º de julho de 2020. Nessa data, a população do Brasil chegou a 211,8 
milhões de habitantes, crescendo 0,77% em relação a 2019. 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28668-ibge-divulga-estimativa-da-
populacao-dos-municipios-para-2020 
 
 
Fonte: IBGE 
Urbanização do Brasil – Parte 2 
A região metropolitana de São 
Paulo continua sendo a mais 
populosa do País, com 21,9 milhões 
de habitantes, seguida pelas 
regiões metropolitanas do Rio de 
Janeiro (13,1 milhões). 
 
 
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(Ufrgs 2016) 
 
 
(FGV-SP 2019) Analise a tabela a seguir, que representa as taxas médias de crescimento anual 
(%) das cidades brasileiras, segundo as classes de tamanho da população urbana, entre 2000 e 2012. 
 
Em 28,1% dos municípios do país (ou 1.565 municípios) as taxas de crescimento foram 
negativas, ou seja, houve redução populacional. Pouco mais da metade dos municípios brasileiros 
(52,1%) apresentou crescimento populacional entre zero a 1% e apenas 3,7% deles (205 municípios) 
apresentaram crescimento igual ou superior a 2%. 
O grupo de municípios com até 20 mil habitantes é aquele que, proporcionalmente, apresentou 
maior número de municípios com redução populacional. Por outro lado, o grupo dos municípios entre 
100 mil e um milhão de habitantes é o que proporcionalmente mais possui municípios com 
crescimento superior a 1%. Já os municípios com mais de um milhão de habitantes mostraram 
crescimento entre 0 e 1% ao ano. 
DESMETROPOLIZAÇÃO 
 
 
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Norte e Centro-Oeste tinham as maiores proporções de municípios com crescimento acima 
de 1%. Já na região Sul, 45,6% dos municípios tiveram redução de população. 
 
(IFPE 2017) 
 
Segregação Socioespacial: 
Condições de renda determinam as condições de habitação 
Condomínios fechados 
 O conceito de condomínios fechados (enclaves fortificados – bolhas de segurança) 
contemporâneos surge durante a década de 1970, na cidade de São Paulo. Consiste em 
empreendimentos imobiliários, em áreas ao redor do centro da cidade, com a proposta de afastar 
uma parcela da população com maior poder aquisitivo dos problemas originados e agravados pelo 
crescimento urbano desordenado. 
 
(Uerj 2020) MUITA GENTE SEM CASA, MUITA CASA SEM GENTE 
 
CIDADE INFORMAL CIDADE FORMAL 
 
 
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O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da lei 10.257 de 10 de julho de 2001, que 
regulamenta o capítulo "Política urbana" da Constituição brasileira. 
– Função social da cidade 
– Desenvolvimento sustentável 
– Plano diretor – planejamento urbano. 
– gestão orçamentária participativa 
O princípio fundador do Estatuto da Cidade é o cumprimento das funções sociais da cidade e 
da propriedade urbana e visa criar mecanismos destinados à urbanização e à produção de habitação 
de interesse social para permitir a inclusão urbana da população que se encontra à margem do 
mercado legal de terras. 
O que é função social da propriedade imóvel urbana? 
 A função social, presente na Constituição Federal de 1988, é princípio norteador do direito de 
propriedade no Brasil. De acordo com ele, todo bem, seja móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ter 
um uso condizente com os interesses da sociedade, e não apenas aqueles dos proprietários. No caso 
dos imóveis urbanos, os interesses da sociedade se refletem na ordenação da cidade, definida pelo 
plano diretor. 
 
(Unicamp 2021) O maior problema do Brasil não é a pobreza, mas a desigualdade e a injustiça a ela 
associada. Daí decorre a importância da segregação na análise do espaço urbano de nossas 
metrópoles, pois ela é a mais importante manifestação urbana da desigualdade que impera em nossa 
sociedade. Assim, nenhum aspecto do espaço urbano brasileiro poderá ser jamais explicado ou 
compreendido se não forem consideradas as especificidades da segregação social e econômica que 
caracteriza nossas metrópoles, cidades grandes e médias. 
(Adaptado de Flávio Villaça, “São Paulo: segregação urbana e desigualdade”. Revista Estudos Avançados, V. 25, n. 71, São Paulo, jan./abr. 2011.) 
Com base no texto e em seus conhecimentos, 
a) explique o que é segregação urbana e como o transporte urbano nas grandes cidades pode ser 
segregador; 
 
b) diferencie os conceitos de centro e periferia,no espaço urbano, tendo em vista a segregação. 
 
 
 
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O conjunto articulado ou integrado de cidades que cobrem um determinado espaço geográfico 
e que se relacionam continuamente. 
É formada pelo sistema de cidades, de um mesmo país ou de países vizinhos, que se interligam 
por meios de transporte e de comunicações, ocorrendo fluxos de pessoas, mercadorias, informações 
e capitais. 
 
 
Escala de influência de uma cidade dentro de uma rede urbana, sua estrutura (população, 
serviços, atividades econômicas diversas), sua influência e sua polarização. 
 
 
Hierarquia e Rede Urbana do Brasil 
REDE URBANA 
HIERARQUIA URBANA 
 
 
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O que é 
 A pesquisa Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros 
urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se 
identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da 
influência delas. 
Com a publicação Regiões de influência das cidades 2018, o IBGE atualiza o quadro de 
referência da rede urbana brasileira, com estudo que constitui a quinta versão dessa linha de pesquisa. 
A identificação das maiores aglomerações de população no País tem sido objeto de estudo do 
IBGE desde a década de 1960. A necessidade de fornecer conhecimento atualizado desses recortes 
impõe a identificação de formas urbanas que surgem a partir de cidades de diferentes tamanhos, em 
face da crescente expansão urbana não só nas áreas de economia mais avançada, mas também no 
Brasil como um todo. As mudanças tecnológicas e de comunicações promoveram o surgimento de 
formas complexas de urbanização. Um exemplo é o arranjo populacional, que é o agrupamento de 
dois ou mais municípios, onde há uma forte integração populacional devido aos movimentos 
pendulares para trabalho ou estudo, ou devido à contiguidade entre as manchas urbanizadas. 
(Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.) 
 
 
REGIÕES DE INFLUÊNCIA DAS CIDADES – REGIG (2018) 
 
 
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1. Metrópoles 
 É composto pelos 15 principais centros urbanos do país (em 2007, eram 12). A principal 
característica é a extensão territorial e de sua influência direta. É subdividida em 3 níveis: 
Grande Metrópole Nacional: Composta apenas pelo Arranjo Populacional de São Paulo, como principal 
centro urbano no país; 
Metrópole Nacional: Composta pelos Arranjos Populacionais do Rio de Janeiro e Brasília. Juntamente 
com São Paulo, estas cidades constituem o foco dos deslocamentos para os centros urbanos do país; 
Metrópole: Composta por 12 Arranjos Populacionais: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo 
Horizonte, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Florianópolis, Campinas e Vitória (estes 3 últimos são novos 
em relação ao REGIC de 2007). São caracterizados pelo porte e projeção nacional. 
 
2. Capitais Regionais 
Composto por 97 centros urbanos (eram 70 no REGIC 2007), cuja área de influência é no âmbito 
regional. Estão divididos em três grupos: 
• Capital Regional A: Composta por 9 cidades (eram 11 no REGIC 2007), caracterizadas por serem 
capitais estaduais. A população destas cidades varia entre 800 mil e 1,4 milhão de habitantes, 
e todas se relacionam diretamente com as cidades classificadas como Metrópoles. Neste 
grupo encontram-se a cidade de João Pessoa-PB, Natal-RN e Aracaju-SE; 
 
 
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• Capital Regional B: Composta por 24 cidades (eram 20 no REGIC 2007), com população média 
de 530 mil habitantes e serem centralidades de referência no interior dos Estados (exceto 
Palmas-TO e Porto Velho-RO). Neste grupo encontram-se a cidade de Caruaru-PE, Feira de 
Santana-BA e Uberlândia-MG; 
• Capital Regional C: Composta por 64 cidades (eram 39 no REGIC 2007), com população entre 
200 mil e 360 mil habitantes. Neste grupo, encontram-se as cidades de Campina Grande-PB 
e Mossoró-RN. 
 
3. Centros Sub-Regionais 
É composto por 352 cidades (eram 139 no REGIC 2007), caracterizadas por terem atividades de 
gestão menos complexas (de acordo com a publicação, todas foram classificadas com nível 3 em 
“gestão do território”), e possuírem áreas de influência menos extensas que as das Capitais Regionais. 
Estão divididos em 2 grupos: 
• Centro Sub-Regional A: composto por 96 cidades (eram 85 no REGIC 2007), com população 
média de 120 mil habitantes. Neste grupo encontram-se 2 cidades paraibanas: Cajazeiras e 
Patos; 
• Centro Sub-Regional B: composto por 256 cidades (eram 79 no REGIC 2007), com população 
média de 70 mil habitantes, variando entre 55 mil e 85 mil habitantes. Neste grupo encontram-
se o Arranjo Populacional de Guarabira e a cidade de Sousa, na Paraíba, e a cidade de Caicó-
RN. 
 
4. Centros de Zona 
É constituído por 398 cidades de pequeno porte (eram 556 no REGIC 2007), caracterizadas por 
“menores níveis de atividades de gestão, polarizando um número inferior de Cidades vizinhas em 
virtude da atração direta da população por comércio e serviços baseada nas relações de proximidade” 
(IBGE, 2020, p.13). São divididos em 2 grupos: 
• Centro de Zona A: composto por 147 cidades (eram 192 no REGIC 2007), com população média 
de 40 mil habitantes, cuja gestão do território, foi classificada, majoritariamente, nos níveis 3 
e 4. neste grupo encontram-se 4 núcleos urbanos paraibanos: o Arranjo Populacional de 
Mamanguape-Rio Tinto e as cidades de São Bento, Pombal e Itaporanga; 
• Centro de Zona B: composto por 251 cidades (eram 364 cidades no REGIC 2007) com população 
média inferior a 25 mil habitantes (variando entre 15 mil e 35 mil) e todas classificadas nos 
 
 
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níveis 4 e 5 de gestão territorial. Neste grupo encontram-se 12 cidades paraibanas: Os Arranjos 
Populacionais de Cuité-Nova Floresta, Solânea-Bananeiras e as cidades de Picuí, Santa Luzia, 
Serra Branca, Sumé, Monteiro, Princesa Isabel, Conceição, Piancó, São José de Piranhas e 
Uiraúna. 
 
5. Centros Locais 
São as demais 4.037 cidades (eram 4.473 no REGIC 2007), que representam 82,4% de todos os 
núcleos urbanos do Brasil. A população média é de 12,5 mil habitantes, cuja influência é restrita ao 
próprio limite territorial, ou seja, são cidades que não possuem influência em outras, apenas àquilo 
que estive incluso no limite municipal (núcleo urbano principal, distritos, etc.) 
Além disso, o novo REGIC 2018 também trata das conexões com cidades internacionais. Foram 
estudados 588 municípios classificados como faixas de fronteira, utilizando as mesmas perguntas do 
método da publicação, a partir da atratividades para compras, serviços de saúde, ensino superior, 
atividades culturais, esportivas e uso de aeroportos. 
A publicação está disponível online gratuitamente no sítio eletrônico do IBGE. 
 
 
 
 
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(Upe-ssa 3 2017) 
 
 
 
 
 
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 Em 1973, foram criadas as primeiras regiões metropolitanas do país: Rio de Janeiro, São Paulo, 
Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador e Belém. 
(Unicamp 2018) 
 
As Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas são recortes instituídos por lei 
complementar estadual, de acordo com a determinação da Constituição Federal de 1988, visando 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
 
 
A MEGALÓPOLE BRASILEIRA 
 
 
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EMPLASA - Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACROMETRÓPOLE PAULISTA 
CIDADES PLANEJADAS 
SALVADOR – 1549 TERESINA – 1852 
Núcleo urbano de Salvador em 1551. Mapa urbano de Teresina em 1852. A 
segunda das cidades planejadas. 
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ARACAJU – 1855 
Planta de Aracaju em 1853. 
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BELO HORIZONTE – 1897 
Planta de Belo Horizonte em 1897.Fo
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GOIÂNIA – 1933 
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Plano urbanístico de Goiânia no 
início dos anos 40. 
 
 
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MARINGÁ – 1947 
Planta urbana de Maringá em 1944, sendo uma das cidades 
planejadas no país. 
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BRASÍLIA – 1961 
Juscelino Kubistchek “Plano de Metas”, 
Confiada aos esplêndidos trabalhos do urbanista 
Lúcio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer. 
Em 1987, o Plano Piloto de Brasília foi incluído 
como Patrimônio Mundial da Humanidade pela 
UNESCO. 
Fonte: 44arquitetura 
PALMAS – 1990 
Palmas conta com um eixo central e 
divisões em quadrículas. 
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Déficit habitacional do Brasil cresceu e chegou a 5,876 milhões de moradias em 2019, 
diz estudo 
Déficit engloba dados de domicílios precários, em coabitação e com elevado custo de aluguel. 
Indicador tinha caído em 2018, mas levantamento mostrou alta nos dados de 2019. 
04/03/2021 – G1 
O Brasil registrou em 2019 um déficit habitacional de 5,876 milhões de moradias, apontam 
dados apresentados nesta quinta-feira (4) pela Fundação João Pinheiro. O indicador inclui domicílios 
precários, em coabitação e domicílios com elevado custo de aluguel. 
Segundo a pesquisa, essas quase 6 milhões de moradias representam 8% dos domicílios do 
país. O alto valor do aluguel urbano responde por mais de metade do déficit habitacional total – um 
total de 3.035.739 de moradias. 
O levantamento divulgado nesta quinta divide os 5,8 milhões de domicílios faltantes nas seguintes 
categorias: 
• Habitação precária: 1.482.585 
• Coabitação: 1.358.374 
• Ônus excessivo com aluguel urbano: 3.035.739 
Os dados calculados pela Fundação João Pinheiro do déficit são adotados pelo governo federal 
desde 1995. 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/04/deficit-habitacional-do-brasil-cresceu-e-chegou-a-5876-milhoes-de-moradias-em-2019-diz-
estudo.ghtml 
 
 
A Questão da Moradia no Brasil 
 
 
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Segregação Socioespacial: 
Condições de renda determinam as condições de habitação. 
 
 
 
CIDADE INFORMAL CIDADE FORMAL 
 
(FGV 2019) 
 
 
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A urbanização brasileira foi anômala, desordenada e marcada pela especulação imobiliária e 
profunda desigualdade social. As populações pobres, por vezes, sofrem com a segregação 
socioespacial, uma vez que muitas famílias moram em cortiços, aglomerados subnormais (favelas) e 
até nas ruas, além apresentarem dificuldades de mobilidade devido a precariedade dos transportes 
coletivos. Soma-se também problemas de acesso ao saneamento básico e serviços públicos (saúde, 
educação, creches e segurança pública). O poder público não prioriza soluções como a construção de 
moradias populares e, muitas vezes, investe em obras viárias que atendem aos interesses 
corporativos (construtoras) e das classes média e alta. 
 
 
(FMP 2021) 
A Questão da Moradia 
 
(Unicamp 2019) 
 
 
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POPULAÇÃO URBANA - BRASIL 
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 Locais com um bom sistema de serviços apresentam custo de vida mais elevado, privilegiando 
camadas sociais com maior poder aquisitivo e excluindo grande parte da população. Os bairros mais 
densamente populosos, em suma, são locais em que predominam habitantes com baixo poder de 
compra, e isso se reflete no acesso e nos tipos de serviços prestados, públicos ou privados. 
- Violência e criminalidade. 
- Narcotráfico e milícias. 
- Carência de serviços públicos. 
- Informalidade e desemprego. 
 
Conceito do IBGE para “favelas” 
 Aglomerado Subnormal (favela) é um conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades 
habitacionais (barracos, casas...) carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando 
ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando 
dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. 
 De acordo com dados oficiais do IBGE, coletados durante o CENSO 2010, cerca de 11,4 milhões 
de pessoas (6% da população) vivem em “Aglomerados Subnormais”. 
 
 
 
Dois fatores históricos importantes contribuíram para o surgimento das primeiras favelas no 
Rio de Janeiro: o intenso movimento migratório de ex-escravos que migravam e lotavam a cidade 
após a abolição da escravatura e o grande número de soldados vitoriosos da Guerra de Canudos, que 
desembarcaram no Rio, em 5 de novembro de 1897, sem moradia. 
 
HISTÓRICO DAS FAVELAS 
Quartel general e o Morro da Providência em 1900 
1ª favela do Rio de Janeiro 
 
 
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O Morro da Providência passou a ser chamado de Morro da Favela em referência a um dos 
morros junto aos quais a cidadela de Canudos foi construída, assim batizado em virtude da planta 
Cnidoscolus quercifolius – popularmente chamada de favela – que encobria a região de Canudos. A 
partir da associação do nome "favela" aos soldados, o morro popularmente passou a ser conhecido 
como morro da Favela. 
Com as demolições dos cortiços do centro pelo Prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906, sem 
indenização, seus moradores passaram a ocupar intensamente os morros mais próximos. 
 
 
 
 
Década de 1970 – avanço do narcotráfico e do 
crime organizado nas favelas do Rio de 
Janeiro 
 
Quem são os movimentos sem teto e por que eles fazem da invasão sua principal arma 
Desabamento de edifício no centro de São Paulo chamou atenção para ocupação irregular de 
imóveis por famílias sem teto. Conheça alguns dos principais grupos que lutam por moradia digna 
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) 
Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) 
Movimento Luta por Moradia Digna (LMD) 
Frente de Luta por Moradia 
União Nacional por Moradia Popula r (UNMP) 
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https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/quem-sao-os-movimentos-sem-teto-e-por-que-eles-fazem-da-invasao-sua-principal-
arma-5pdhl2txuw4z19w5cmcjhtynu 
 
 
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O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da lei 10.257 de 10 de julho de 2001, que 
regulamenta o capítulo "Política urbana" da Constituição brasileira. 
– Função social da cidade 
– Desenvolvimento sustentável 
– Plano diretor – planejamento urbano. 
– gestão orçamentária participativa 
O princípio fundador do Estatuto da Cidade é o cumprimento das funções sociais da cidade e 
da propriedade urbana e visa criar mecanismos destinados à urbanização e à produção de habitação 
de interesse social para permitir a inclusão urbana da população que se encontra à margem do 
mercado legal de terras. 
 
O que é função social da propriedade imóvel urbana? 
 A função social, presente na Constituição Federal de 1988, é princípio norteador do direito de 
propriedade no Brasil. De acordo com ele, todo bem, seja móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ter 
um uso condizente com os interesses da sociedade, e não apenas aqueles dos proprietários. No caso 
dos imóveis urbanos, os interesses da sociedade se refletem na ordenação da cidade, definida pelo 
plano diretor. 
Assim, a propriedade urbana cumpre sua função social quando seu uso é compatível com 
infraestrutura, equipamentos e serviços públicos disponíveis, e simultaneamente colabora para a 
segurança, bem-estar e desenvolvimento dos usuários, vizinhos e, por fim, da população como um 
todo. Em suma, para o direito à cidade. 
 
Condomínios fechados 
 O conceito de condomínios fechados (enclaves fortificados – bolhas de segurança) 
contemporâneos surge durante a década de 1970, na cidade de São Paulo. Consiste em 
empreendimentos imobiliários, em áreas ao redor do centro da cidade, com a proposta de afastar 
uma parcela da população com maior poder aquisitivo dos problemas originados e agravados pelo 
crescimento urbano desordenado. 
- Barreiras físicas (muros) e tecnologias de segurança para garantir a privatização de enclavesurbanos. 
 
 
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- Restrições a circulação, a vida comunitária, de caráter restritivo, segregador e seletivo característico 
do teor territorial dos muros fronteiriços. 
- Remetem à primazia do privado, à contenção, à vigilância, ao controle dos acessos e fluxos, a uma 
busca pela segurança. 
- É lócus da autorreclusão, de privação do encontro com o outro, da negação da diversidade, da 
ausência da espontaneidade cotidiana e ocasional. 
 
 
 
 
 
VERTICALIZAÇÃO 
Fonte: G1 
Anotações: 
 
 
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Destino do lixo 
 Embora passados nove anos da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que trazia 
como meta que até agosto de 2014 o País deveria estar livre dos lixões, o setor ainda apresenta alguns 
déficits, principalmente em relação à destinação final dos resíduos coletados, coleta seletiva e 
recuperação de materiais. 
 Dos resíduos coletados, 59,5% receberam uma destinação adequada em aterros sanitários, 
enquanto o restante (40,5%) foi despejado em locais inadequados por mais de 3 mil municípios, 
seguindo para lixões ou aterros controlados, que não contam com medidas necessárias para proteger 
a saúde das pessoas e os danos ao meio ambiente. 
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,producao-de-lixo-no-brasil-cresce-mais-que-capacidade-para-lidar-com-residuos,70003081487 
 
Problemas Urbanos 
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 
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Em relação à coleta de resíduos sólidos urbanos, de acordo com o estudo da ABRELPE (p. 13): 
 (…) em 2018, foram geradas no Brasil 79 milhões de toneladas, um aumento de pouco menos 
de 1% em relação ao ano anterior. Desse montante, 92% (72,7 milhões) foi coletado. Por um lado, 
isso significa uma alta de 1,66% em comparação a 2017: ou seja, a coleta aumentou num ritmo um 
pouco maior que a geração. Por outro, evidencia que 6,3 milhões de toneladas de resíduos não foram 
recolhidas junto aos locais de geração. 
8% (6,3 milhões de toneladas) não foi coletado. Onde estão esses resíduos? 
 
 
 
 
 
Raio X do saneamento no Brasil: 16% não têm água tratada e 47% não têm acesso à 
rede de esgoto 
Índices do setor apontam que a universalização dos serviços ainda está distante. Novo marco legal 
do saneamento básico deve ser votado nesta quarta-feira (24) pelo plenário do Senado. 
Por Clara Velasco, G1 - 24/06/2020 
Quase metade da população do Brasil continua sem acesso a sistemas de esgotamento 
sanitário, o que significa que quase 100 milhões de pessoas, ou 47% dos brasileiros, utilizam medidas 
alternativas para lidar com os dejetos – seja através de uma fossa, seja jogando o esgoto diretamente 
em rios. 
DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU, POR TIPO DE DESTINAÇÃO (toneladas/dia) 
 
 
 
 
 
3 
 
Além disso, mais de 16% da população, ou quase 35 milhões de pessoas, não têm acesso à 
água tratada, e apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados. 
Os números são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados 
neste ano e referentes a 2018, e refletem a atual situação dos serviços básicos de água e esgoto no 
país. 
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/24/raio-x-do-saneamento-no-brasil-16percent-nao-tem-agua-tratada-e-47percent-nao-tem-
acesso-a-rede-de-esgoto.ghtml 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Uel 2019) 
1. Evaporação e evapotranspiração 
2. Condensação 3. Precipitação 5. Infiltração e Percolação 
4. Escoamento superficial 
 
 
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“As enchentes e as inundações não configuram situações de risco quando o homem não ocupou a 
planície de inundação“. 
(White, 1974 apud Proin/Capes &Unesp/IGCE, 1999) 
(Enem 2017) 
MACHADO, P. J. O.; TORRES, F. T. P. Introdução à hidrogeografia. São Paulo: 
Cengage Learning, 2012 (adaptado). 
 
 
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PISCINÃO 
MOVIMENTO DE MASSA 
 Movimento de Massa, também 
denominado como deslizamento, 
escorregamento, ruptura de talude, 
queda de barreiras, entre outros, se 
refere aos movimentos de descida de 
solos e rochas sob o efeito da 
gravidade, geralmente potencializado 
pela ação da água. 
Fonte: Cemaden 
Fonte: Cemaden 
 
 
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Processos naturais 
potencializados pela ação 
antrópica. 
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ILHAS DE CALOR 
Microclima urbano 
 
 
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CAUSAS: 
- Concentração de estruturas urbanas com 
concreto e asfalto, retém mais calor e 
impermeabilizam o solo; 
- Poucas áreas verdes (cobertura vegetal); 
- Verticalização do espaço (muitos edifícios) e 
a interferência na dinâmica dos ventos; 
- Poluição atmosférica; 
- Emissões de calor associadas à queima de 
combustíveis fósseis (ex: veículos) e uso de ar 
condicionado. 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERNATIVAS: 
- Plantio de árvores, manutenção dos parques 
e criação de novas áreas; 
- Mudanças na matriz energética (reduzir a 
participação dos combustíveis fósseis) e 
melhorias na mobilidade favorecendo o 
transporte coletivo ou outros meios 
alternativos; 
- Instalação de telhados verdes – vegetação; 
- O planejamento urbano adequado é a melhor 
estratégia para combater os efeitos das ilhas 
de calor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INVERSÃO TÉRMICA 
Fonte: Cetesb/SP 
INVERSÃO TÉRMICA 
(Upe 2015) 
 
 
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 O fenômeno afeta a vegetação (seres vivos de um modo geral), o solo, os recursos hídricos, 
além da destruição de monumentos históricos e estruturas urbanas feitos de calcário, mármore, 
cimentos, metais e outros materiais. Isso ocorre porque a chuva ácida contém ácido sulfúrico e ácido 
nítrico, que reagem com o carbonato de cálcio (CaCO3) e com o ferro (Fe). 
 
 
 
(Mackenzie 2015) 
Fonte: USGS Fonte: USGS 
 
 
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- Prioridade ao transporte individual – histórico do rodoviarismo. 
- Sucateamento e pouca flexibilidade do transporte coletivo. 
- Falta de integração dos diferentes modais de transporte. 
Alternativas: 
- Ampliar áreas favorecer o uso do transporte coletivo. 
- Diversificar e integrar os diferentes modais de transporte. 
- Criação de ciclofaixas e ciclovias. 
- Incentivar as caronas coletivas. 
 
 
(Unesp 2021) 
O desafio da mobilidade urbana 
 
 
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Poluição visual 
É o excesso de elementos visuais criados pelo homem que são espalhados, geralmente, em 
grandes cidades e que promovem certo desconforto visual e espacial. Esse tipo de poluição pode ser 
causado por anúncios, propagandas, placas, postes, fios elétricos, lixo, torres de telefone, entre outros. 
 
 
Poluição sonora 
 Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora de 50 dB (decibéis) já prejudica 
a comunicação e, a partir de 55 dB, pode causar estresse e outros efeitos negativos. Ao alcançar 75 
dB, a poluição sonora apresenta risco de perda auditiva se o indivíduo for exposto a ela por períodos 
de até oito horas diárias. 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações:

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