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QUESTÃO DE PROVA - MACROECONOMIA I

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QUESTÃO DE PROVA – MACROECONOMIA I
Imagine que existam dois países hipotéticos (A e B), sendo A mais pobre do que B. Entre as variáveis X1, X2, X3, X4, X5, X6, X7, X8 E X9, escolha duas características para o País. Façam isso, sem combinar com qualquer colega porque eu quero encontrar respostas diferentes.
	Indicadores
	Valores fictícios
	Propensão marginal a consumir (c1) = X1
	0,60; 0,65; 0,75; 0,80; 0,85
	Consumo autônomo (c0) = X2
	45; 55; 60; 65;70
	Alíquota de Impostos (t) = X3
	0,25; 0,27; 0,30; 0,37 0,35
	Propensão marginal a importar (b0) = X4
	0,10; 0,15; 0,20; 0,25
	Valor das Exportações em Moedas Conversíveis (MC) = X5
	200, 250; 300; 350; 400
	Taxas de Inflação dos países = X6
	ΠA= ΠB = 8% a.a.
	Taxa de Cambio (Regime cambial Fixo) = X7
	2UM=1MC
	PIB em Unidades Monetárias Nacionais (UM)=X8
	$1500; $1600; $1700, $1800
	Gastos públicos no período inicial em Unidades Monetárias (UM) = X9
	$800; $850; $900; $1000
	Elasticidade renda da demanda por moeda em ambos os países
	0,55
	Elasticidade juros da demanda por moedas em ambos os países
	0,45
	Oferta de moeda autônoma definida pelo BACEN em ambos os Países
	50% do PIB
	Não se preocupe com as possíveis variações dos preços DECORRENTE DOS AJUSTAMENTOS
A – Escreva os Modelos Macroeconômicos Genéricos desses Países. Depois coloque os parâmetros com base nos valores que você escolheu e com os que eu coloquei como gerais 
para todos vocês. As constantes que eu não especifiquei, considere como nulas (por hipótese), mas eles precisam aparecer, na forma literal (para vocês mostrarem conhecimento) nas equações que identificam teoricamente os modelos macroeconômicos. Ou seja, escreva as equações na forma em que definem a situação real de uma economia complexa.
DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS X1 A X9
	PAÍS A (POBRE)
	X1
	X2
	X3
	X4
	X5
	X6
	X7
	X8
	X9
	0,85
	55
	0,27
	0,10
	250
	8% a.a
	2
	1500
	850
	PAÍS B (RICO)
	X1
	X2
	X3
	X4
	X5
	X6
	X7
	X8
	X9
	0,65
	65
	0,30
	0,20
	400
	8% a.a
	2
	1800
	900
	Modelo geral
	País A
	País B
	YD = C + I + G + BP
C = C0 + C1YD + C2i
YD = Y – T
T = tY 0 < t < 1
I = x0 + x1i
G = 
BP = NX + BK
NX = EX – IM
EX = EX (Ɛ)
IM = f (Y+; Ɛ-)
BK = BK (i)
YD = YS = Y
L = kY + hi; h < 0; k >0
(M/P)S = m1H
m1 = m1 = (d, r, pp,)
(M/P)S = (M/P)D = L
	YD= C + I + 850 + BP
C = 55 + 0,85*1095 + C2i
YD = 1500 – 405 = 1095
T = 0,27*1500 = 405 0 < t < 1
I = x0 + X1i
G = 85
BP = NX + BK
NX = 250 – IM
EX = 250 (2)
IM = f (1500+; 2-)
BK = BK (i)
YD = YS = Y
L = 0,55*1500 + 0,45i; h < 0; k >0
0,5*1500 = 750
m1 = m1 = (d, r, pp,)
(M/P)S = (M/P)D = L
	YD = C + I + 900 + BP
C = 65+ 0,65*1095 + C2i
YD = 1800 – 540 = 1260
T = 0,30*1800 = 540 0 < t < 1
I = x0 + X1i
G = 900
BP = NX + BK
NX = 400 – IM
EX = 400 (2)
IM = f (1800+; 2-)
BK = BK (i)
YD = YS = Y
L = 0,55*1800 + 0,45i; h < 0; k >0
0,5*1800= 900
m1 = m1 = (d, r, pp,)
(M/P)S = (M/P)D = L
B – Diga, na sua escolha, por que o País A é mais pobre do que o País B.
Nesse caso hipotético, podemos nos embasar nos valores definidos para as variáveis macroeconômicas para entendermos o porquê de o país A ser mais pobre que o país B. 
A variável que corresponde a propensão marginal a consumir (c1) nos indica o quanto da renda será comprometida com o consumo de bens e serviços, quanto maior seu valor, maior a parcela da renda que será destinada ao consumo, e menor será a parcela destinada a outras atividades, como investimentos, por exemplo. Esta pode ser utilizada como indicador de pobreza de determinada região ou país. No modelo acima, o país A possui c1 = 0,85 e o país B, possui c1 = 0,65, portanto, os residentes do país A precisam comprometer, em média, 85% da renda para o consumo de bens ditos essenciais, ao passo que os residentes do país B, comprometem apenas 65%, portanto, dizemos que o país A é menos abastado que o país B. 
O Produto Interno Bruto (PIB) consiste na soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou região no período de 1 ano. Desse modo, temos que países mais ricos possuem PIB maior que os países mais pobres. Como podemos observar, o país A possui PIB = $1500, enquanto o país B possui PIB = $1800. 
Ademais, um PIB mais elevado é indicativo de renda mais elevada, e como as importações agem em função da renda e da taxa de câmbio, e o país B possui renda maior que o país A, este possuirá propensão marginal a importar mais elevada (País A = 0,10 e país B = 0,20).
C – Escrever as Equações da IS em termos genéricos e mostre como ficam em cada país.
A demanda agregada de um país que possui economia aberta é expressa da seguinte forma:
C é o consumo das famílias:
Onde é o consumo autônomo; é a propensão a consumir bens duráveis; é a propensão marginal a consumir dada a taxa de juros; é a renda disponível, onde é a alíquota de imposto; e 𝑖 é a taxa de juros da economia.
I é a demanda por investimento dada por:
, 
G representa os gastos do governo.
BP é a balança de pagamentos, dada por:
, onde 
EX é a exportação, IM é a importação, 𝐸 a taxa de câmbio, 𝑎 > 0, pois a exportação está diretamente relacionada com a taxa de câmbio, , devido a importação estar relacionada diretamente com a renda, e , devido a importação estar inversamente relacionada com a taxa de câmbio; e é a balança de capitais, onde 𝑖 dá a taxa de juros e 𝜃 > 0, pois o saldo na balança de capitais está diretamente relacionado com a taxa de juros.
Em equilíbrio, a demanda e a oferta agregada devem ser iguais: , desenvolvendo teremos:
NO PAÍS A
NO PAÍS B
D – Calcule NUMERICAMENTE os multiplicadores dos Gastos públicos. Interprete esse número. Compare as magnitudes desses multiplicadores e explique os motivos das diferenças entre eles, caso existam.
Multiplicador de gastos públicos: > 1
PAÍS A
PAÍS B
O multiplicador dos gastos públicos consiste em um caminho que o Governo pode percorrer para estimular a elevação da demanda agregada. Isso pode ser feito por políticas fiscais expansionistas que impactam na elevação da renda. Essa elevação na renda estimula o consumo, inclusive o de bens importados, elevando o teor de importação desse país, o que provocará redução e talvez déficit na balança de pagamentos, através da balança comercial. Esse aquecimento econômico implica em outras modificações, tais como redução do desemprego, aumento dos salários, elevação dos preços dos bens e inflação.
Nesse caso, o multiplicador de gastos públicos no país A retornou valor de 2,08, portanto, para cada R$ 1,00 gasto pelo governo, o produto agregado crescerá R$ 2,08. Já no país B, o cálculo do multiplicador retornou valor de 1,34, portanto, para cada R$ 1,00 gasto pelo governo, o produto agregado crescerá R$ 1,34.
Esse crescimento mais elevado no país A ocorre porque a propensão marginal a consumir nos países mais pobres tende a ser mais elevada que nos países mais ricos, enquanto a propensão marginal a importar tende a ser mais elevada nos países mais ricos que nos países mais pobres. 
E – Caso o governo aumente os seus gastos de 20%, como ficarão os orçamentos do país depois dos ajustamentos?
PAÍS A
Gastos iniciais do governo = 850 unidades monetárias nacionais;
Renda inicial do país = 1500 unidades monetárias nacionais;
Aumento de 20% nos gastos do governo = 0,2*850 = 170 unidades monetárias nacionais;
Gasto atual do governo = soma dos gastos anteriores com os valores acrescidos = 850 + 170 = 1.020 unidades monetárias nacionais;
Multiplicador de gastos do governo calculado no item anterior = 2,08;
Aumento na renda será = 2,08 *170 = 353,6 unidades monetárias nacionais;
Portanto, a nova renda do país sofre aumento e consistirá na soma da renda anterior com o valor gerado após o aumento nos gastos = 1500 + 353,6 = 1.853,6. 
PAÍS B
Gastos iniciais do governo = 900 unidades monetárias nacionais;
Renda inicial do país = 1800 unidades monetárias nacionais;
Aumento de 20% nos gastos do governo = 0,2*900 = 180 unidades monetárias nacionais;
Gasto atual do governo = soma dos gastos anteriores com o valor acrescidos = 900 + 180 = 1.080 unidades monetárias nacionais;Multiplicador de gastos do governo calculado no item anterior = 1,34;
Aumento na renda será = 1,34 *170 = 241,2 unidades monetárias nacionais;
Portanto, a nova renda do país sofre aumento e consistirá na soma da renda anterior com o valor gerado após o aumento nos gastos = 1800 + 2.041,2 = 1.853,6. 
F - Como ficarão os saldos na balança comercial dos países antes e depois da ocorrência dos gastos do governo?
Antes dos gastos, em um regime cambial fixo, a balança comercial dos dois países estava representada da seguinte forma: 
PAÍS A
 = 
PAÍS B
Como os países possuem política de regime cambial fixo, mesmo após a ocorrência de gastos do governo, a taxa de câmbio permanece inalterada, desse modo, as exportações permanecem estáticas, no entanto, como há aumento da renda, há estímulo a importação, que se eleva.
Agora, a balança comercial ficará representada da seguinte forma:
PAÍS A
 = 
PAÍS B
 = 
 Portanto, há diminuição na balança comercial nos dois países. No país A, pode ou não ter acontecido déficit. Já no país B, os valores parciais já indicam a ocorrência de déficit. 
G – Depois dos ajustamentos provocados pela elevação dos gastos públicos, o que deverá acontecer com a oferta interna de moedas para que a taxa de juros permaneça constante?
Nos dois países deverá acontecer elevação da oferta de moeda, para que a taxa de juros permaneça inalterada. 
PAÍS A
Devido ao aumento nos gastos, houve elevação de 353,6 unidades monetárias no PIB do país, esse valor representa aumento de 23,57% no PIB. Como a elasticidade renda desse país é 0,55, a oferta de moeda deverá crescer em 0,55*23,57= 12,96%, desse modo, a taxa de juros permanecerá a mesma.
PAÍS B
Devido ao aumento nos gastos, houve elevação de 241,2 unidades monetárias no PIB do país, esse valor representa aumento de 13,4% no PIB. Como a elasticidade renda desse país é 0,55, a oferta de moeda deverá crescer em 0,55*13,4= 7,37%, assim, a taxa de juros permanecerá a mesma.
H – O que provavelmente acontecerá com as taxas de inflação dos dois países
Para que haja pleno entendimento acerca das alterações ocorridas nas taxas de inflação dos dois países, é importante explicar o impacto dessa política de elevação dos gastos realizada pelos dois países nas demais variáveis macroeconômicas, tendo em vista que a alteração em uma variável pode desencadear alteração em outras variáveis. 
Quando os dois governos decidem praticar uma política fiscal expansionista elevando seus gastos (G), diretamente provoca uma elevação da renda disponível, com isso, a população tende a elevar o consumo (C), que também impacta diretamente na elevação da demanda agregada (Yd = C + I +G).
Devido a isso a oferta agregada (Ys) se ajusta para atender a nova demanda agregada, buscando o equilíbrio. Isso fará com que a renda nacional se eleve. 
Com mais renda, a demanda por moeda aumenta. Dada a oferta de moeda fixa em L;(M/P)0S, a taxa de juros (i) se eleva. Com a pressão de demanda sob a oferta, os salários nominais (serve como estímulo para o trabalhador e compensa o aumento no preço dos bens) e preços se elevam e isso provocará CRESCIMENTO DA INFLAÇÃO e consequente redução do desemprego. 
Ademais, esse aumento na renda impulsiona o nível de importações, causando uma redução no saldo da balança de pagamentos, via balança comercial. No entanto, como a balança de capitais é positivamente modificada pela taxa de juros, essa se eleva. Desse modo, pode acontecer de o déficit na balança de pagamentos causado pelo aumento das importações seja compensado pelo aumento na balança de capitais. Todavia, como a balança de capitais tende a ser bastante volátil, não é interessante que a compensação (ou o aumento) da balança de pagamentos se dê por esse meio.
Resultado final do ajustamento Mais renda, juros mais altos, mais nível de atividade, mais emprego (menos desemprego), mais inflação, déficit (ou não) na balança comercial.
O gráfico a seguir demonstra toda a reação em cadeia ocasionada pela política fiscal expansionista de elevação dos gastos públicos:

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