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saúde do trabalhador

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SAÚDE MENTAL E 
CUIDADO DE 
ENFERMAGEM EM 
PSIQUIATRIA
Marcus Luciano de Oliveira Tavares
Saúde mental e trabalho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever as manifestações e características da síndrome de burnout.
 � Determinar situações que favorecem o surgimento de doenças men-
tais em razão do trabalho.
 � Identificar as ações que podem ser implementadas para reduzir os 
casos de doença mental no trabalho.
Introdução
Nos últimos anos, tem se discutido muito sobre a influência do trabalho 
na saúde mental do indivíduo. Na área da saúde, percebe-se que o tra-
balho apresenta duas vertentes, uma positiva, a qual oferece ao indivíduo 
capacidade de se socializar, desenvolvimento pessoal e retorno financeiro, 
mas, por outro lado, o trabalho pode representar fonte de desgaste físico 
e emocional, além de risco de acidentes e outros agravos. Já está claro que 
trabalhadores com situação de saúde desfavorável podem gerar fortes 
impactos sociais, principalmente na economia, visto que são responsáveis 
por grande parte dos recursos financeiros da máquina pública. O cuidado 
com a saúde mental do trabalhador é capaz de prevenir danos individuais 
e coletivos, por esse motivo é necessário investir e garantir a efetividade 
e o cumprimento de políticas que valorizem os trabalhadores.
Neste capítulo, você vai aprender sobre a influência do trabalho na 
saúde mental do trabalhador, bem como as repercussões negativas, como 
a síndrome de burnout, além de identificar ações que podem reduzir os 
casos de doença mental no trabalho.
Síndrome de burnout: manifestações e 
características
A elevação dos casos de doenças ocupacionais pode estar relacionada à in-
tensificação das exigências na execução das funções exercidas pelo traba-
lhador, no caso de associação com outras comorbidades, a situação pode se 
agravar. A atenção à saúde do trabalhador tem se tornado palco de discussões 
nos últimos anos, pois está consolidado que o estado de saúde mental do 
indivíduo influencia na sua saúde física e social, o que pode comprometer 
seu desempenho no trabalho. Muito comum nos países de língua inglesa, o 
termo burnout começou a ser utilizado na década de 70, pelo psicólogo norte-
-americano Herbert Freudenberger, o qual passou a investigar os efeitos do
trabalho na saúde mental. Em sua essência, burnout significa “combustão”
e, por esse motivo, é utilizado para representar um estado de esgotamento e
estresse excessivo e crônico, além de frustração, provocados pela sobrecarga
ou excesso de trabalho (VIEIRA, 2010).
As mudanças tecnológicas que favoreceram diferentes maneiras de otimizar 
o processo de produção das empresas/instituições também expuseram os
trabalhadores a diferentes cargas no âmbito físico e emocional, as quais têm
repercutido negativamente na sua saúde. A literatura científica aponta que o
trabalho pode representar um misto de sentimentos envolvendo satisfação e
realização, ou insatisfação (CARDOSO et al., 2017, VIEIRA, 2010). Segundo
França et al. (2014), esses sentimentos surgem quando o ambiente de trabalho
passa a ser percebido como uma ameaça ao trabalhador, principalmente quando
as demandas exigidas pelo local de trabalho são maiores do que a pouca ca-
pacidade de enfrentamento destes, o que pode repercutir em sua vida pessoal.
Dentre os fatores que podem desencadear a síndrome de burnout, destacam-se 
a pressão exercida pelos superiores, as condições de trabalho desfavoráveis,
a sobrecarga de atividades, o baixo reconhecimento, as poucas recompensas
emocionais e os conflitos interpessoais (ZANELLI, 2010).
Outra importante questão a ser abordada é que a ocorrência de burnout 
em um indivíduo depende de diferentes fatores individuais, que incluem a 
maneira como ele enxerga o seu trabalho, além de características culturais 
e da organização do trabalho. Isso significa que cada trabalhador tem sua 
individualidade, ou seja, nem todos que são expostos à sobrecarga excessiva 
desenvolverão burnout, pois depende, ainda, de como o trabalhador percebe 
o seu trabalho, principalmente nos casos de empregos causadores de estresse
ou naqueles que envolvem clientes capazes de influenciar na rotina do traba-
Saúde mental e trabalho2
lho, o que também pode gerar estresse (FRANÇA et al., 2014; PALAZZO; 
CARLOTTO; AERTS, 2012).
A literatura científica aponta que a síndrome de burnout tem sido encontrada 
nas mais diferentes áreas, embora algumas profissões sejam mais predispo-
nentes em razão de características individuais. As que apresentam maiores 
riscos são aquelas que exigem um contato mais próximo com o indivíduo, 
principalmente que envolvam emoções. Nesse contexto, destacam-se os pro-
fissionais de saúde, segurança pública, educação, dentre outros (CARDOSO 
et al., 2017). Isso é justificado pelo fato de que, muitas vezes, os trabalhadores 
acabam “absorvendo” a carga emocional negativa que envolve esses trabalhos, 
o que repercute em sua saúde mental.
Maslach, Schaufeli e Leiter (2001) definem a síndrome de burnout como
um processo envolvendo três dimensões, as quais serão descritas a seguir.
 � Exaustão emocional: na exaustão emocional, o trabalhador sente sua
energia, entusiasmo e emoções esgotados em razão do contato frequente
com problemas envolvendo o ambiente de trabalho ou o cliente. Junto 
a isso, é comum a existência de sentimento de frustração e tensão, 
além de se manifestar, também, de maneira física. A exaustão induz o 
trabalhador a sentir que não consegue mais lidar com seus problemas 
em nível afetivo. Além disso, é comum que esses indivíduos mudem, 
inclusive, a forma de lidar com clientes e sua própria família, não con-
seguindo mais despender a mesma atenção e entusiasmo, o que pode 
prejudicar, até mesmo, o cliente. No caso de trabalhadores da área da 
saúde, por exemplo, isso pode comprometer seriamente a assistência 
ofertada aos pacientes (FRANÇA et al., 2014). 
 � Despersonalização: na despersonalização, o indivíduo pode desenvolver 
sentimentos e atitudes negativas em relação às pessoas para as quais o
seu trabalho é direcionado (pacientes, clientes, etc.). Esses sentimentos 
podem abranger insensibilidade emocional, apatia, distanciamento dos 
colegas, desmotivação, egoísmo, dentre outros. Tais manifestações são 
consideradas uma maneira que esse indivíduo usa para se defender ou 
se ajustar à carga emocional advinda do contato com o outro. Fazendo 
isso, ele cria uma barreira para impedir que a influência dos problemas 
alheios afete a sua vida. A presença da despersonalização é um fator 
importante para diferenciar esse sintoma do estresse (RISSARDO; 
GASPARINO, 2013).
3Saúde mental e trabalho
 � Baixa realização pessoal no trabalho: o trabalhador apresenta uma 
tendência a se autoavaliar negativamente, o que gera infelicidade e insa-
tisfação por não conseguir alcançar os seus objetivos ou algo idealizado. 
É despertado, ainda, um sentimento de incompetência, o que acaba 
afetando sua habilidade para a realização do trabalho e sua capacidade de 
interagir com os demais, muitas vezes associado também a sentimentos 
de vergonha e baixa autoestima (RISSARDO; GASPARINO, 2013).
Maslach e Leiter (1999 apud FRANÇA et al., 2014, documento on-line) 
descrevem como ocorre o processo de adoecimento pela síndrome de burnout:
A primeira dimensão a surgir é a da exaustão emocional proveniente das de-
mandas excessivas do trabalho, em seguida ocorre, como resposta defensiva, a 
fase de despersonalização ou desumanização, caracterizada pelo afastamento 
psicológico do profissional de sua clientela e relações sociais. E por fim surge 
a última fase, que é o sentimento de incompetência e inadequação profissional, 
chamada de redução do sentimento de realização profissional.
Nesse sentido, a elaboração de planos de ação por instituições/organizações 
com vistas a criar estratégias para identificação precoce da presença dessas 
características no trabalhador pode ser eficaz no controle dos fatorescapazes 
de causar a síndrome de burnout.
Situações que favorecem o surgimento de 
doenças mentais em razão do trabalho
Desde os anos 50, investigações sobre a relação entre trabalho e saúde mental 
são realizadas por diferentes áreas. Le Guillant e Sivadon, psiquiatras franceses, 
foram pioneiros nesses estudos que buscavam investigar as afecções mentais 
relacionadas ao trabalho (VASCONCELOS; FARIA, 2008). Já nos anos 80, 
outro psiquiatra francês, Christophe Dejours, sugeriu nova teoria sobre essa 
relação. Nessa época, os estudos mostravam que as doenças mentais clássicas 
não apresentavam relação com o trabalho, no entanto, os trabalhadores apre-
sentavam fragilidades capazes de gerar doenças. Além disso, pesquisadores 
Saúde mental e trabalho4
perceberam a presença de comportamentos estranhos, como se fossem estra-
tégias de defesa, além de consumo de bebidas alcoólicas. O desencadeamento 
de transtornos mentais clássicos depende do desenvolvimento pessoal no 
decorrer da vida do indivíduo, sendo assim, para Dejours (1992, p. 122), “[...] 
o defeito crônico de uma vida mental sem saída mantido pela organização 
do trabalho, tem provavelmente um efeito que favorece as descompensações 
psiconeuróticas”. 
Intitulada psicodinâmica do trabalho, essa teoria considera o entendimento 
das dinâmicas do indivíduo no trabalho que poderiam resultar em problemas 
mentais, uma vez que se acredita que trabalhadores possam desenvolver me-
canismos de defesa para lidar com as repercussões causadas pelo trabalho. A 
psicodinâmica considera o trabalhador como um ser humano, incapaz de ser 
separado dessa figura, sendo assim, existe um indivíduo no trabalho e outro 
fora (DEJOURS, 1992; VASCONCELOS; FARIA, 2008). 
Nos últimos anos, as adversidades causadas pelo mundo acelerado e em 
constante transformação modificaram o padrão de morbimortalidade dos traba-
lhadores, com destaque para as lesões por esforços repetitivos e o adoecimento 
mental. Casos de doença mental em trabalhadores têm sido frequentemente 
encontrados em países de baixa e média renda, uma vez que as condições de 
trabalho nesses locais são consideradas precárias (CORDEIRO et al., 2016).
Dados epidemiológicos revelaram que no período de 1997 a 2009, a preva-
lência de transtornos mentais comuns (transtornos de ansiedade, depressão, 
somatoformes e neuroses) no Brasil variou entre 20 e 56% da população 
adulta, acometendo principalmente mulheres e trabalhadores (professores, 
trabalhadores rurais, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, motoristas e 
cobradores) (SANTOS; SIQUEIRA, 2010). Além disso, os transtornos mentais 
e comportamentais no Brasil foram a terceira causa de incapacidade para o 
trabalho no país entre 2012 e 2016, perdendo apenas para lesões, envenena-
mento e outras consequências de causas externas e para doenças do sistema 
osteomuscular e do tecido conjuntivo, correspondendo a 9% da concessão de 
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Estima-se que, no mundo, o 
impacto causado pelos transtornos mentais entre 2011 e 2013 corresponderam 
a aproximadamente US$ 16,3 bilhões (BRASIL, 2017).
5Saúde mental e trabalho
As maiores causadoras dessa elevação na prevalência de transtornos mentais 
em razão do trabalho são as comorbidades associadas como diabetes, doenças 
cardiovasculares, dentre outras. Muitas vezes, o trabalhador pode desenvolver 
algum transtorno mental em razão dessa condição já previamente estabelecida 
somada à sobrecarga causada pelo trabalho, ou pode ocorrer o contrário, o es-
tresse e o desgaste causados pelo trabalho induzem o trabalhador a desenvolver 
hábitos capazes de desencadear essas doenças. Em ambos os casos, isso pode 
levar a uma redução da qualidade de vida e comprometer seu desempenho 
global, o que envolve sua vida familiar, ocupacional, emocional e social.
Dentre os fatores que podem contribuir para o agravamento do adoeci-
mento mental no trabalho, podemos listar, ainda, as situações que banalizam 
a violência no local de trabalho, como: os assédios moral, sexual e psicológico, 
que, muitas vezes, encontram-se enraizados nas instituições, ocorrendo de 
maneira sutil, mas impactando no trabalhador; as relações entre colegas e 
superiores baseadas em relações verticalizadas que abrangem autoritarismo 
e competitividade; a pressão por produtividade, uma vez que isso é o que 
gera lucro para a empresa e, consequentemente, garante o salário no final do 
mês ou as promessas de promoções; associada a isso, a desvalorização das 
subjetividades dos trabalhadores, já que muitas vezes a empresa não reconhece 
que aquele colaborador tem uma família que o espera, um pai, uma mãe ou um 
filho doente, uma carreira, anos de dedicação aos estudos e outras questões 
que são deixadas de lado; e, por fim, a desvalorização das potencialidades 
desse trabalhador. Como fatores capazes de prejudicar a saúde mental dos 
trabalhadores, o Ministério da Fazenda (BRASIL, 2017) orienta atenção aos 
itens listados a seguir.
 � Exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções.
 � Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador 
e falta de controle sobre a forma como executa o trabalho.
 � Má gestão de mudanças organizacionais e insegurança laboral.
 � Comunicação ineficaz e falta de apoio da parte de chefias e colegas.
 � Assédio psicológico ou assédio sexual e violência de terceiros.
Saúde mental e trabalho6
Dentre os diferentes transtornos mentais, alguns podem ser influenciados por de-
terminados fatores ou situações de risco. No Quadro 1 a seguir, você vai ver diversos 
fatores e situações de risco que podem levar a diferentes transtornos mentais (MENDES 
NETO, 2005 apud BAHIA, 2014, documento on-line):
Quadro 1. Fatores e situações de risco que podem levar a transtornos mentais
Tipo de 
transtor-
no mental
Fatores e situações de risco
Alcoolismo 
crônico
Certas características do trabalho podem ser consideradas fatores 
psicossociais de risco para o alcoolismo crônico. Pode corresponder 
a uma necessidade de filiação, de identidade, de integrar-se a um 
grupo, ou como agente facilitador de socialização, pelos seus efeitos: 
calmante, euforizante, estimulante, relaxante e indutor do sono. Há 
relação com ocupações estigmatizadas, que implicam contato com 
cadáveres, lixo ou dejetos em geral, apreensão e sacrifício de animais; 
ou com atividades em que a tensão é constante e elevada, como nas 
situações de trabalho perigoso (transportes coletivos e construção 
civil), de grande densidade de atividade mental (repartições públicas 
e estabelecimentos bancários), de trabalho monótono, que gera 
tédio e que impõe o isolamento do convívio humano (vigias) ou 
o afastamento prolongado do lar (viagens frequentes, plataformas 
marítimas e zonas de mineração). Pode ainda estar relacionado ao 
desemprego e a condições difíceis de trabalho. É uma doença ocu-
pacional (relacionada ao trabalho) para os sommeliers e degustadores 
de bebidas, em fábricas de bebidas, vinícolas e restaurantes, etc.
Episódios 
depres-
sivos e 
depressão
Decepções sucessivas, frustrações, perdas acumuladas ao longo dos 
anos de trabalho, exigências excessivas de desempenho, ameaça 
permanente de perda do lugar que o trabalhador ocupa na hierar-
quia da empresa, perda do posto de trabalho e demissão podem 
determinar quadros depressivos. A situação de desemprego pro-
longado também pode ser uma situação geradora. Podem ainda 
ocorrer por exposição a substâncias químicas, como: brometo de 
metila, chumbo, manganês, mercúrio, sulfeto de carbono, tolueno 
e outros solventes aromáticos, tricloroetileno, tetracloroetileno, 
tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados, além de 
outros solventes orgânicos neurotóxicos. Quadros de depressão 
podem se desenvolver em trabalhadores com LER/DORT, associados 
ao quadro de dor crônica.
(Continua)
7Saúde mental e trabalho
Tipo de 
transtor-
no mental
Fatores e situações de risco
Estado de 
estresse 
pós- 
-trau-
mático
O riscode desenvolvimento do transtorno parece estar relacionado 
a trabalhos perigosos que envolvem responsabilidade com vidas 
humanas, com risco de grandes acidentes, como o trabalho nos 
sistemas de transporte terrestre, ferroviário, metroviário e aéreo, 
trabalho dos bombeiros, etc. Pode surgir em qualquer idade, con-
dicionado por situações desencadeadoras. Presenciar um acidente 
de trabalho com lesão grave ou com óbito de colegas de trabalho 
pode levar a quadro de estresse pós-traumático. Também tem sido 
observado em situações de violência como assaltos, seguidos ou 
não de morte, como ocorrem com bancários, motoristas e cobra-
dores de ônibus, etc.
Neuras-
tenia
Desencadeada por ritmos de trabalho acelerados, sem pausas ou 
com pausas sem as devidas condições para repousar e relaxar; jor-
nadas de trabalho prolongadas (excesso de horas extras, tempo de 
transporte de casa para o trabalho e do trabalho para casa muito 
longo, dupla jornada de trabalho para complementar a renda fa-
miliar) e jornada de trabalho em turnos alternados. Pode ocorrer 
também por exposição a brometo de metila, chumbo, manganês, 
mercúrio, sulfeto de carbono, tolueno e outros solventes aromáticos, 
tricloroetileno, tetracloroetileno, tricloroetano e outros solventes 
orgânicos halogenados e outros solventes orgânicos neurotóxicos.
Trans-
tornos 
neuróticos
Relacionados a circunstâncias socioeconômicas e psicossociais: 
desemprego, mudança de emprego, ameaça de perda de emprego, 
ritmo de trabalho penoso e má adaptação ao trabalho (condições 
difíceis de trabalho).
Transtorno 
do ciclo 
vigília-
-sono
O trabalho em turnos é uma forma de organização do trabalho na 
qual equipes de trabalhadores se revezam para garantir a realização 
de uma mesma atividade num esquema de horários que diferem 
sensivelmente da jornada em turnos fixos e horários administrativos 
(manhã e tarde). No trabalho em turnos, os trabalhadores exercem 
suas atividades em horários de trabalho que variam durante a se-
mana, o mês (turnos alternados) ou que permanecem em horários 
fixos matutinos, vespertinos ou noturnos. Também são considerados 
os esquemas de trabalho em turnos e horários irregulares de entrada 
e saída no trabalho, a cada dia, semana ou mês.
(Continua)
(Continuação)
Saúde mental e trabalho8
Tipo de 
transtor-
no mental
Fatores e situações de risco
Síndrome 
de 
burnout
Tem sido relatada principalmente entre cuidadores, como os tra-
balhadores da educação e da saúde, policiais, assistentes sociais, 
agentes penitenciários, professores, entre outros. Pode ocorrer 
em situações de reestruturação organizacional de uma empresa, 
como dispensas temporárias do trabalho, diminuição da semana 
de trabalho e enxugamento de pessoal. O risco é maior para todos 
aqueles que vivem a ameaça de mudanças compulsórias na jornada 
de trabalho e declínio significativo na situação econômica. Todos 
os fatores de insegurança social e econômica aumentam o risco. 
Os fatores predisponentes mais importantes são: papel conflitante, 
perda de controle ou autonomia e ausência de suporte social.
Quadros 
demen-
ciais
As demências em razão de drogas e toxinas (incluindo a devida ao 
alcoolismo) correspondem de 10% a 20% dos casos de demência em 
geral. Os traumatismos cranianos respondem por 1% a 5% dos casos. 
Podem ocorrer quadros demenciais em trabalhadores expostos a 
substâncias asfixiantes (monóxido de carbono [CO] e sulfeto de 
hidrogênio [H2S]), sulfeto de carbono, metais pesados (manganês, 
mercúrio, chumbo e arsênio) e derivados organometálicos (chumbo 
tetraetila e organoestanhosos).
Delirium Pode ocorrer em trabalhadores expostos a monóxido de carbono 
(CO), dissulfeto de hidrogênio (H2S), sulfeto de carbono, metais 
pesados (manganês, mercúrio, chumbo e arsênio), derivados or-
ganometálicos (chumbo tetraetila e organoestanhosos) e trauma 
cranioencefálico (TCE).
Transtorno 
cognitivo 
leve
Pode ocorrer em trabalhadores expostos a brometo de metila, 
chumbo e seus compostos, manganês e seus compostos, mercúrio 
e seus compostos, sulfeto de carbono, tolueno e outros solventes 
aromáticos neurotóxicos, tricloroetileno, tetracloroetileno, triclo-
roetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos, 
outros solventes orgânicos neurotóxicos e níveis elevados de ruído.
Trans-
torno 
orgânico 
da perso-
nalidade
Pode ocorrer em trabalhadores expostos a brometo de metila, me-
tais pesados (chumbo, manganês e mercúrio), sulfeto de carbono, 
tolueno e outros solventes aromáticos, tricloroetileno, tetracloro-
etileno, tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados e 
outros solventes orgânicos neurotóxicos.
(Continuação)
(Continua)
9Saúde mental e trabalho
Tipo de 
transtor-
no mental
Fatores e situações de risco
Transtorno 
mental 
orgânico
Podem ocorrer por exposição a brometo de metila, chumbo, man-
ganês, mercúrio, sulfeto de carbono, tolueno e outros solventes 
aromáticos, tricloroetileno, tetracloroetileno, tricloroetano e ou-
tros solventes orgânicos halogenados e outros solventes orgânicos 
neurotóxicos.
(Continuação)
Para avaliar situações que favorecem o risco de adoecimento mental no 
trabalho, Robert Karasek (1979) elaborou um instrumento chamado modelo 
demanda-controle (demand-control model ou job strain). Esse instrumento é 
composto por duas grandes dimensões capazes de avaliar a situação de saúde 
mental do indivíduo no trabalho, sendo elas: o grau de controle e decisão (de-
cision latitude) e a demanda psicológica (psychological demand) do trabalho. 
As combinações entre as variações de grau de controle e de demanda levam 
o indivíduo a diferentes experiências ocupacionais (ARAÚJO; GARCIA; 
ARAÚJO, 2003).
 � Controle e decisão: essa dimensão envolve dois aspectos, um referente 
ao uso de habilidades, que se caracteriza em como o trabalho envolve 
a aprendizagem de coisas novas capazes de fazer com que o indivíduo 
desenvolva habilidades especiais, e o outro aspecto envolve a autoridade 
decisória do trabalhador, o que contempla a habilidade que ele apresenta 
para tomar decisões sobre seu trabalho, sua influência sobre o grupo 
de trabalho e na política gerencial (KARASEK, 1979).
 � Demanda psicológica: refere-se às situações e exigências psicológicas 
que recaem sobre o trabalhador ao realizar suas atividades laborais, 
isso envolve “[...] a pressão do tempo (proporção do tempo de trabalho 
realizado sob tal pressão), nível de concentração requerida, interrupção 
das tarefas e necessidade de se esperar pelas atividades realizadas por 
outros trabalhadores” (ARAÚJO; GRACA; ARAÚJO, 2003, p. 993).
Saúde mental e trabalho10
A interação entre essas demandas resulta no risco que esse trabalhador 
apresenta para desenvolver alguma doença mental em razão do trabalho. 
Observe a Figura 1 e acompanhe o seguinte raciocínio: um trabalhador com 
“baixo” controle e decisão no trabalho e uma “alta” demanda psicológica 
apresenta “alto desgaste”, o que representa maior risco de desenvolver uma 
doença mental em razão do desgaste psicológico e do sofrimento físico, re-
presentado pela seta A, a qual indica o risco para a ocorrência de distúrbios 
de ordem psicológica e de doença física. Trabalhadores que apresentam esse 
resultado frequentemente estão fadigados, depressivos e ansiosos, podendo 
ainda apresentar doença física (ARAÚJO; GRACA; ARAÚJO, 2003). 
Modelos como esse, muito utilizados em pesquisas, são capazes de mostrar 
para as empresas o risco de adoecimento mental em seus trabalhadores e, por 
meio dos resultados que são encontrados, podem elaborar estratégias direcio-
nadas ao controle da demanda psicológica e elevar o controle e a decisão do 
funcionário no processo de trabalho.
Figura 1. Modelo demanda-controle.
Fonte: Pereira et al. (2014).
11Saúde mental e trabalho
Ações que podem reduzir casos de doença 
mental no trabalho
Devido à alta prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, instituições 
e empresas tem se atentado para a promoção de um ambiente de trabalho 
adequadocomo forma de prevenir essas doenças. É necessário que colabo-
radores, gestores e patrões se sensibilizem sobre a importância da promoção 
de um ambiente de trabalho saudável, com a menor quantidade de estressores 
possível, pois, além de prevenir doenças, esse cuidado ao trabalhador pode 
reduzir impactos na previdência e na economia das próprias instituições, o 
que influencia no desenvolvimento do país.
Em relação ao Poder Púbico, a atenção à saúde do trabalhador é garantida 
na Constituição Federal de 1988, em seu art. 200, o qual define (BRASIL, 
1988, documento on-line): 
Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos 
da lei: [...] II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem 
como as de saúde do trabalhador; [...] VIII – colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
Nesse sentido, cabe ao Poder Público investigar e apresentar a situação de 
saúde dos trabalhadores no país e, a partir desses dados, desenvolver e garantir 
a implementação de políticas e programas capazes de garantir o direito à saúde 
do trabalhador, uma vez que, conforme já vimos neste capítulo, o adoecimento 
dessa população causa fortes impactos na economia do país.
Para que se crie e propicie um ambiente de trabalho saudável e favorável 
ao bem-estar do trabalhador, é necessário que se desenvolvam estratégias 
e políticas institucionais e governamentais sobre a temática. Um ambiente 
adequado de trabalho só pode ser construído com a colaboração de gestores, 
trabalhadores e todos os envolvidos nesse meio (ONU, 2017). 
Em guia publicado pelo Fórum Econômico Mundial (WORLD ECONO-
MIC FORUM, 2016, documento on-line), são sugeridas três grandes áreas 
de abordagem a serem realizadas pelas instituições/organizações para que se 
garanta a saúde mental dos trabalhadores:
 � Proteção da saúde mental, por meio da redução dos fatores de risco para 
problemas de saúde mental relacionados ao trabalho: essa abordagem 
pode ser realizada com intervenções para proteger a saúde mental, as 
quais abrangem desde políticas organizacionais que reduzem a pressão 
Saúde mental e trabalho12
no local de trabalho, por exemplo, por meio do aumento do controle 
do trabalho para os funcionários, até intervenções individuais com o 
intuito de reduzir o estresse e aumentar a resiliência.
 � Promoção da saúde mental: isso pode ser feito por meio do desen-
volvimento dos aspectos positivos do trabalho, bem como as forças
do trabalhador e suas capacidades positivas, a estimulação de práticas 
positivas no local de trabalho, como assegurar que o trabalho é signifi-
cativo, a implementação de práticas de liderança positivas ou a criação 
de um clima organizacional positivo.
 � Abordagem dos problemas de saúde mental entre os trabalhadores,
independentemente da causa: as instituições e organizações podem
implementar programas que aumentem o conhecimento em saúde mental 
dos funcionários, de modo que aprendam a reconhecer os problemas 
de saúde mental, além de promover a busca por auxílio quando algum 
sinal ou sintoma for identificado.
Walton (1973) propõe que a promoção da saúde mental no trabalho depende 
da qualidade de vida que o trabalhador apresenta. O Modelo de Qualidade de 
Vida no Trabalho proposto por Walton, apresenta oito categorias, as quais, 
quando garantidas ao trabalhador no seu processo de trabalho, tornam-se um 
norte para a elaboração e implementação de ações para melhoria da qualidade 
de vida no trabalho e consequente redução do acometimento por doenças 
mentais (MÔNACO; GUIMARÃES, 2000). Veja a seguir.
 � Compensação justa e adequada: compreende a oferta de remuneração
condizente com as atividades exercidas pelo trabalhador. Os critérios
que compreendem essa categoria incluem a renda adequada ao trabalho, 
a equidade interna e a equipe externa. Ações que podem ser feitas nesse 
âmbito incluem oferecer remuneração digna aos trabalhadores, adequada 
às funções exercidas e à carga horária de trabalho.
 � Condições de trabalho: essa categoria aborda as condições às quais o
trabalhador está submetido. Aqui se inserem ações com a finalidade de
garantir jornada de trabalho compatível com as atividades exercidas, 
além da oferta de condições que favoreçam bem-estar e saúde e reduzam 
o risco de doenças ou acidentes.
 � Uso e desenvolvimento de capacidades: tal categoria se traduz nas
oportunidades que o trabalhador tem para empregar seus conhecimentos
e suas. Pode ser fortalecido por meio da promoção da autonomia do 
13Saúde mental e trabalho
indivíduo, além de oferecer possibilidades para que ele possa usar sua 
capacidade.
 � Oportunidades de crescimento e segurança: são as oportunidades de 
crescimento e desenvolvimento do trabalhador dentro da instituição/
organização. Estratégias que ofereçam oportunidade de crescimento na 
carreira, além da oferta de segurança no trabalho, são algumas ações 
a serem desenvolvidas.
 � Integração social na organização: compreende a promoção do sen-
timento de igualdade entre os trabalhadores, evitando estruturas hie-
rárquicas e discriminações, além de fortalecer o relacionamento e o 
companheirismo entre os trabalhadores.
 � Constitucionalismo: visa a garantir o respeito aos direitos dos traba-
lhadores. O respeito às leis e aos direitos do trabalhador, além da sua
privacidade pessoal e liberdade de expressão, é uma ação que pode 
ser realizada.
 � O trabalho e o espaço total da vida: essa categoria defende a existência
de um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, fator primordial
para garantir a qualidade de vida, uma vez que deve-se considerar que 
o trabalhador tem necessidades de lazer e convivência em família.
 � Relevância social da vida no trabalho: aborda a percepção do traba-
lhador sobre o local onde trabalha, pois uma imagem positiva estimula
o indivíduo a ir todos os dias ao trabalho. A promoção de uma imagem
positiva da empresa é fundamental, no entanto, é necessário que a
empresa se responsabilize socialmente por suas ações, pelos seus em-
pregados, além dos serviços e dos produtos por ela oferecidos.
Alguns outros exemplos de ações que as empresas têm desenvolvido para 
promover a saúde mental no local de trabalho incluem, ainda, parceria com 
instituições e empresas relacionadas a cultura e lazer (academia, clubes re-
creativos, cinemas, dentre outros locais). Gestores das grandes empresas 
já perceberam que o investimento em ações que promovam a qualidade de 
vida resulta em melhorias nas taxas de absenteísmo por adoecimento, o que, 
consequentemente, melhora o desempenho da empresa.
Saúde mental e trabalho14
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