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Hemorragia: Causas e Tratamentos

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Hemorragia 
Introdução 
Hemorragia é o distúrbio da circulação caracterizado 
pela saída de sangue do compartimento vascular ou 
camarás cardíacas para o meio externo, interstício 
ou cavidades pré – formadas. 
Coagulação 
Ruptura - > liberação de mediadores químicos -> 
atrai plaquetas que irão liberam liberar outros 
mediadores químicos -> atraíram outras plaquetas -
> as plaquetas se uniram impedindo a saída de 
sangue 
Terminologia 
A extensão do sangramento na superfície corpórea 
ou na intimidade do órgão define a terminologia. 
Hemorragias clinicas (visíveis): 
 Petéquias ou hemorragias puntiformes: são 
diminuídas áreas hemorrágicas (até 3mm de 
diâmetro) geralmente múltiplas, resultam de 
defeitos de plaquetas. (Dengue) – grave 
 Purpura superficial: um pouco maior que as 
petequias, geralmente na pele, múltiplas, 
pode atingir até 1 cm de diâmetro, 
relacionado as plaquetas. – grave 
 
 Equimose: aparece como manchas azulada 
ou arroxeadas mais extensa do que a 
purpura, pode provocar aumento discreto 
de volume local, frequentes em 
traumatismos. 
 
 Hematoma consiste em acúmulos de 
sangue, formando uma tumoração, 
frequente em traumatismo. 
 
Em cavidades pré formadas: 
 Hemarto ou hemartrose: hemorragia na 
cavidade articular 
 Hemopericárdio: hemorragia no pericárdio 
 Hemotórax: hemorragia no tórax 
 Hemoperitônio: hemorragia no peritônio 
Hemorragia por exteriorização: 
 Hemossalpinge: hemorragia na tuba uterina 
 Hematometrio: hemorragia na cavidade 
uterina 
 Hematocolpo: hemorragia na cavidade 
vaginal 
 Hemobilia: hemorragia no interior da vesícula 
biliar e/ou dos ductos biliares 
 Epistaxe: eliminação do sangue pelas narinas 
 Hemoptise: eliminação de sangue 
proveniente do sistema respiratório baixo 
geralmente com tosse ou expectoração. 
 Hematêmese: eliminação de sangue não 
digerido proveniente do sistema digestório, 
caracterizada por vomito sanguinolento. 
 Melena: eliminação de sangue digerido pelo 
ânus, caracterizado por fezes escurecidas. 
 Hematoquezia: eliminação de sangue não 
digerido pelo ânus. 
 Otorragia: sangramento pelo meato acústico 
externo, geralmente indicativo de lesão de 
base de crânio. 
 Hematúria: eliminação/ presença de sangue 
na urina. 
 Hiposfagma: hemorragia ocular 
subconjuntival. 
 
 Hifema: hemorragia da câmara anterior do 
olho. 
 
 Metorragia: perda de sangue de sangue 
originado do útero fora do período menstrual 
 Menorragia ou hipermenorreia: perda 
excessiva de sangue decorrente de 
menstruação. 
 Polimenorreia: refere-se ao aumento da 
frequência e/ou tempo de duração da 
menstruação. 
Hemostasia 
A hemostasia consiste no processo que regula o 
equilíbrio volêmico, mantendo o sangue em seu 
estado líquido nos vasos normais, ou seja, não 
lesados, e permitindo a formação de tampão 
hemostático (trombo) nos locais de lesão vascular, 
com a finalidade de evitar a perda significativa de 
sangue. 
O processo de hemostasia se divide em primário que 
estanca o sangramento e secundário que evita o 
ressangramento. 
Na hemostasia primária consiste na formação do 
tampão hemostático por meio da agregação 
plaquetária. A lesão endotelial expõe a matriz 
extracelular (MEC), favorecendo a aderência e 
ativação plaquetária, resultando da alteração de seu 
formato de discos arredondados para placas planas. 
Na hemostasia secundária o início do tampão 
plaquetário é consolidado. Isso ocorre com a 
exposição do fator tecidual no local da lesão 
endotelial. Esse fator, denominado fator III ou 
tromboplastina, é uma proteína pró-coagulante que 
atua em conjunto com o fator II, que é o principal 
ativador da cascata de coagulação e normalmente 
resulta em trombina. A trombina cliva o fibrinogênio 
circulante em fibrina insolúvel, formando uma rede 
de fibrina e induzindo o recrutamento e ativação de 
mais plaquetas, formando um tampão permanente, 
um trombo sólido. 
Anticoagulantes endógenos: antitrombina III, proteína 
C, proteína S e TFPI. (inibidor do fator VII a). 
Etiopatogênese 
Podem decorrer de quatro fatores: 
 Alteração na integridade da parede vascular 
 Alterações dos mecanismos de coagulação 
sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e 
teciduais 
 Alterações qualitativas ou quantitativas das 
plaquetas 
 Mecanismos complexos e ainda mal definidos. 
Alteração na integridade da parede 
vascular 
A alteração na integridade da parede vascular pode 
acontecer por ruptura ou diapedese. 
Ruptura: 
 A causa mais comum de ruptura da parede 
vascular é o traumatismo. 
 Causas de hemorragia por traumatismo 
mecânico: 
 Defeitos na parede vascular 
 Fragilidade da parede vascular 
 Ruptura de vasos -> micro 
aneurismas cerebrais roto (ação 
mecânica decorrente de HAS + 
fragilidade vascular) 
 Bolo alimentar ou fecal que causa a 
ruptura de veias varicosas no 
esôfago ou hemorroidas 
 Gengivorragia decorrente de 
escovação dentária -> 
trombocitopenia -> diminuição das 
plaquetas 
 Estomatorragia. 
 Causas inflamatórias de hemorragia por lesão 
da parede vascular: 
 Inflamação de vasos -> vasculite -> 
exsudato inflamatório -> destruição 
da parede vascular 
 Ex: tuberculose (inflamação 
granulomatosa) e pancreatite 
(inflamação necro – hemorrágica) 
 Causas ulcerativas de hemorragia por lesão 
da parede vascular: 
 Órgãos ocos cujas mucosas podem 
ter úlceras: úlcera péptica do 
esôfago, estômago ou duodeno, 
ulcerações do sistema urinário por 
cálculos ou inflamações ulcerativas. 
Diapedese: 
 Saída de sangue através de espaços entre 
as células endoteliais. 
 Causas: 
 Alteração nas junções intercelulares 
(diapedese paracelular). 
 Formação de poros nas células 
endoteliais (diapedese transcelular), 
possivelmente em locais com 
citoplasma mais delgado. 
 Manifestação clínica: petéquias 
Alterações dos mecanismos de coagulação 
sanguínea 
Fatores de coagulação: Antitrombina III, proteína C, 
proteína S, e/ou TFPI. 
Doenças congênitas: 
 Hemofilia A: deficiência de fator VIII 
 Hemofilia B ou doença de Christmas: 
deficiência de fator IX 
 Doença de von Willebrand (DVW): deficiência 
do fator von Willebrand, que é a frequente 
entre as hemorragias hereditárias. 
 
 
 
 
 
 
 
Deficiências adquiridas de fatores de coagulação: 
 São mais frequentes que as congênitas; 
 Estão associadas a doenças carências, como: 
 Deficiência de vitamina K 
 Doenças hepáticas (deficiência na 
síntese dos fatores II, VII, IX e X e das 
proteínas C e S) 
 Depleção desses fatores quando há 
ativação sistêmica da coagulação 
(coagulopatia de consumo). 
Alterações qualitativas ou quantitativas 
das plaquetas 
Trombocitopenia: redução do número de plaquetas. 
Trombastenia: alterações funcionais das plaquetas. 
Apresentam como manifestação clínica petéquias ou 
púrpuras. 
Hemorragia por condição quantitativa ou qualitativa 
de plaquetas: 
 Adulto: média de 150.000 – 350.000 
mm3/sangue. 
 Abaixo de 100.000 plaquetas por 
mm3/sangue = tempo de sangramento 
alterado. 
 Abaixo de 20.000 plaquetas por 
mm3/sangue = hemorragias espontâneas. 
 Abaixo de 10.000 plaquetas por mm3/sangue 
= hemorragias graves. 
Trombocitopenia causada por medicamentos: 
 Ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não 
esteroides inibem a ciclo-oxigenase (COX), 
diminuindo a produção de tromboxano, o 
que reduz a agregação e a ativação de 
plaquetas. 
 Uremia 
 Cirrose hepática 
 Pacientes submetidos a circulação 
extracorpórea. 
Mecanismos complexos e mal definidos 
Dengue hemorrágica: pode causar estado de 
hemorragia e choque -> trombocitopenia + 
alterações vasculares, que são induzidas por 
anticorpos e antígenos do vírus, agindo sobre a 
parede do vaso e gerando fuga de plasma e, 
consequentemente, hemorragia. 
Classificação 
Quanto ao mecanismo de formação: 
 Rexe: ruptura/rasgar. Ex.: trauma mecânico. Diabrose: corrosão. Ex.: úlceras, ação 
enzimática, necrose. 
 Diapedese: saída de sangue pelos espaços 
vasculares. Ex.: púrpura e petéquia. 
Quanto a origem: 
 Arterial 
 Venosa 
 Capilar 
 Cardíaca 
Quanto ao momento de ocorrência: 
 Primária: é aquela que ocorre nas primeiras 
24 horas em relação ao fato. 
 Secundária: é aquela que ocorre após 24 
horas em relação ao fato. 
Importância clínica da hemorragia e 
consequências 
Depende de quatro fatores: 
 Volume 
 Local 
 Tempo 
 Causa. 
Aspectos microscópicos da hemorragia 
Presença de hemácias fora dos vasos sanguíneos. 
Processos inflamatórios: hemossiderina + presença 
de macrófagos

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