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Fernanda F. Ferreira - TXI INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS · Elevada incidência · Causa de óbito em < 5 anos · SEM ESTRIDOR E SEM TAQUIPNEIA = IVAS · COM ESTRIDOR, FR VARIÁVEL = DOENÇAS PERIGLÓTICAS · COM TAQUIPNEIA E SEM ESTRIDOR = PNEUMONIAS Resfriado comum: · Infecção viral: mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe · 6-8x/ano · Rinovírus – coronavírus, influenza, parainfluenza, VSR · Coriza, obstrução nasal, espirros, roncos (indica obstrução de VAS pelas secreções) · Dor de garganta, hiperemia de mucosas · Tosse – noturna – gotejamento pós nasal causando a tosse · Febre · Trat.: antipiréticos (influenza ou varicela + AAS = risco de Sd. De Reye – encefalopatia + disfunção hepática grave) + desobstrução nasal (com SF) Complicações: · OMA – infecção bacterina que causa infl. Da orelha média, pois ela se comunica com a nasofaringe pela trompa de eustáquio acúmulo de secreção na orelha média e as bactérias se proliferam · Disfunção tubária · Acúmulo de secreção · Proliferação bacteriana · S. pneumoniase · H. influenzae (não tipável) · Moraxella catarrhalis · Irritabilidade, choro · Otalgia · Otorreia · Otoscopia: opaca, hiperemiada e abaulada · Indicação atb: · <6m.: todos · 6m.- 2a.: graves (febre alta >39/39,5°C, dor intensa e sinais de toxemia) – otorreia – bilaterais · 2a.: graves e otorreia · Amoxicilina 40-50 mg/kg/dia por 10 dias – hemófilo e moraxela boa parte produzem beta-lactamase e pneumo tem menor afinidade PBP · Amoxacilina-clavulanato em caso de falha terapêutica ou OMA + conjuntivite (pois nesse caso é por hemófilos) ou se fez uso recente de atb · Complicação – colesteatoma – consumo dos ossículos da orelha média · Otite média serosa: efusão sem infl. observação por 3m. e após: aval. tubo de timpanostomia · Mastoidite aguda - infl. Do periósteo com sinais de infl. Retroauricular como hiperemia dor, hiperemia e edema levando ao desaparecimento do sulco retroauricular, deslocamento do pavilhão auditivo internar e atb parenteral · Sinusite bacteriana aguda – disfunção de drenagem dos seios paranasais (não estão todos presentes e vão se estabelecendo aos longo dos primeiros anos de vida – etmoidal e maxilar freq. já tem esses aos 5 anos acúmulo de secreção proliferação bacteriana Clínica: · Resfriado arrastado (10dias) ou · Coriza abundante · Tosse intensa, diurna e noturna · Quadro grave (3 dias): febre alta e coriza mucopurulenta ou · Quadro que piora (bifásico) · Agente = OMA – S. pneumoniae, H. não tipável, Moraxella · Atb: amoxacilina – por volta de 7d. e manter por 7 dias após melhora – evitar uso de anti histamínicos para não ressecar a secreção e impedir ainda o fluxo · Complicação: celulite (peri)orbitária – proptose, diminuição da acuidade visual e etc – ultrapassa as céls. Etmoidais pela lâmina papirácea e chega a órbita – tc para diferenciar · PARECE SINUSITE...MAS É UNILATERAL = CORPO ESTRANHO NASAL FARINGITE AGUDA Faringite bacteriana · Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (pyogenes) – tempo de incubação de 2-5 dias, mais curto que de vírus · Principalmente 5-15 anos · Febre e manifestação inespecíficas (vômito e dor abdominal) · Dor de garganta · Exsudato amigdaliano · Petéquias no palato · Adenopatia cervical · NÃO TEM TOSSE · Diag.: testes rápidos – alta especificidade (não tem falso positivo), cultura de orofaringe (mais sensível) · Trat.: analgésico, antipirético mais atb para erradicar as cepas de streptococcus e assim prevenir febre reumática – penicilina benzatina (DU), amoxacilina (10d.) · Complicações: abcesso periamigdaliano – amigdalite, disfagia/sialorreia, desvio úvula; abcesso retrofaringeo (<5 anos tem gânglios nesse espaço e aí pode ter adenite), IVAS recente, febre alta e odinofagia, disfagia e sialorreia, dor a mobilização do pescoço, GNDA (GNPE) Faringite viral: tem tosse, pródromos catarrais - Febre faringoconjutival · Adenovírus · Faringite + conjuntivite + adenomegalia pré-auricular - Herpangina – coxsackie A – febre alta, muita dor de garganta e úlceras na cav. oral em sua parte posterior com hiperemia ao redor - Mononucleose infecciosa – Epstein-Barr – semelhante a faringite por streptococcus, linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, linfocitose com atipia e exantema (rash) pós amoxacilina DOENÇAS PERIGLÓTICAS CURSAM COM ESTRIDOR – indica obstrução em grande via, como na laringe, e por isso costuma ser escutado na inspiração! As paredes da laringe se aproximam ao inspirarmos o ar e quando há um proc. Infl., por elas estarem mais edemaciadas elas se aproximam mais ainda causando com o turbilhonamento do ar pela dificuldade que o mesmo passa a ter por ali, causando o ruído agudo estridor! Epiglotite aguda – haemophilus influenza B – veja vacinação · Início agudo e evol. Rápida · Febre alta e toxemia · Dor de garganta, disfagia e sialorreia · Dificuldade resp. e estridor · Posição em tripé · Trat.: estabelecimento de vias aéreas imediatamente – oferecer oxigênio e não tente visualizar a orofaringe · RX – edema de epiglote – sinal do polegar · Suporte + atb Laringotraqueíte viral aguda – vírus parainfluenza (não para de descer) – acometimento infraglótico inclusive das cordas vocais, por isso rouquidão · Pródromos catarrais · Tosse metálica (de cachorro) · Afonia e rouquidão CRUPE · Estridor · Rx: estreitamento da região infraglótica – sinal da torre – mucosa laríngea edemaciada · Trat.: · Com estridor em repouso: adrenalina (nebulização), corticoide (VO ou IM) já que a adrenalina tem efeito temporário e observar se permanece sem estridor por 2h e depois liberar · Estridor leve: vaporização · Complicação: TRAQUEÍTE BACTERIANA : S. aureus e não melhora com adrenalina Diag. diferencial: - Difteria: imunização incompleto – estridor, febre baixa (desproporcional a gravidade) e toxemia – muita dificuldade para respirar pescoço largo, de touro – membranas branco-acizentadas aderidas. Trat. Azitro - Crupe espasmótico INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS INFERIORES – freq. resp. maior = pneumonia Taquipneia: · <2m.: 60 irpm · 2-12m.: 50 · 1-5a.: 40 Pneumonia bacteriana – S. pneumoniase, s. aureus Pneumonia atípica – Mycoplasma, Chlamydia Pneumonia viral – em <2 anos de idade infecção das vias aéreas inferiores = bronquiolite viral aguda – VSR ( mais < 5 anos) Pneumonia bacteriana: · <1-2m.: S. agalactiae (grupo B), gram negativos entéricos · >1-2m.: S. pneumoniae (pneumonia redonda) , S. aureus (graves + complicações-derrame pleural + porta de entrada cutânea) · Pródromos catarrais · Febre e tosse · Sinais clássicos: estertores (inspiração), aumento do frêmito toraco vocal e macicez, broncofonia e pectorilóquia afônica · TAQUIPNEIA · Tiragem subcostal, gemência · Alvéolos ocupados por secreção capacidade residual funcional diminuída já que tem menos espaço para o ar gemência · RX – aerobroncogra ( ar na árvore brônquica), consolidação pulmonar como na imagem · Complicações: derrame por pneumo é mais comum, por mais que quem cause mais é a s. aureus; pneumatocele (cavitação com parede fina) (s.aureus); abcesso (s. aureus e anaeróbios principalmente se ligado a maior risco de aspiração) · Indicações de hospitalização: · Idade <2m. · Comprometimento resp.: tiragem subcostal, BAN, gemência, hipoxemia · Comprometimento estado geral: <1 ano FR >70 irpm p. ex. · Doença de base · Complicações radiológicas · Ambulatorial: · >2m.: AMOXICILINA – reaval. Em 48h · Hospitalar: · <2m: ampicilina e gentamicina · >2m.: penicilina cristalina IV · Pneumonia muito grave: oxacilina + ceftriaxona Complicações Derrame pleural: principal causa de falha terapêutica 1. Repetir RX (USG) – ortostase >1cm de derrame 2. Toracocentese 3. Drenagem (se empiema) ou mudança de atb 4. Se drenagem não resolver: mudança de atb - Exsudato infl. X Empiema toracocentese Empiema: · Purulento · Ph <7,2 · Glicose <40mg/dl · Bactérias · Se tiver qualquer uma dessas = drenagem e manter trat. Pneumonia atípica · Quadro insidioso +7/10d. · Escolares e adolescentes · Manifestações extrapulmonares· Não melhoram com penicilina · Formas clínicas: · Mycoplasma (>5 anos) – miringite bolhosa, maior potencial de contaminação · Chlamydophila pneumoniae · Pneumonia afebril do lactente · CHLAMYDIA TRACHOMATIS · Parto vaginal: colonização conjuntiva e nasofaringe conjuntivite neonatal (final 1ª semana); pneumonia aos 1-3m. (quadro arrastado, afebril, tosse, taquipneia, eosinofilia, infiltrado intersticial) · Trat.: macrolídeos – azi/eritromicina · Eosinofilia, Rx inespecífico Bronquiolite viral aguda · Vírus sincicial respiratório (VSR) · 1° episódio de sibilância · < 2 anos · Pródromos catarrais · Febre e tosse · Trat.: aval. necessidade de internação · Trat. Hospitalar: oxigenioterapia (se SpO2 <90%) – CNAF; HV se necessário: sol. Isotônico · Ava. NBZ com sol. Hipertônica (?)- red. Tempo de internação – pois possuem mais risco de desenvolverem hiponatremia por perderem horm. Antidiurético · Não indicar: beta-2-agonistas (pois a sibilância não é por broncoespasmo), corticoides e fisioterapia resp. · Prevenção: Palivizumabe – imuno passiva: receber durante um período do ano por 5 meses consecutivos antes do tempo de maior circ. Do vírus sincicial resp. · <1 ano: PMT <29sem (até 28s e 6d) · <2 anos: cardiopatia congênita ou doença pulmonar da prematuridade · <6m.: PMT entre 29 e <32s pela SBP 7:21 aula bronquio Coqueluche · Bordetella pertussis · Clínica: Fase catarral, paroxística (é a fase mais característica: acessos de tosse + guincho) e de convalescência · Nos menores de 3m.: APNEIA E CIANOSE · LEUCOCITOSE COM LINFOCITOSE – pela toxina da bordetella · Rx: coração felpudo – infiltrado perihilar · Trat.: azitro 5
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