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AD2-2021 2-Currículo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ / Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
AD2 – 2021-2
Disciplina: Currículo
Coordenadora(o): Rita de Cássia Frangella
Aluno(a): 
Matrícula: 
Polo: 
Proposta de trabalho:
Estudamos políticas curriculares e o estudo dessas políticas pelos professores é importante para o desenvolvimento de currículos democráticos e autorais.
Hoje temos como documento normativo a Base Nacional Comum Curricular (2017). Sua produção é controversa e mobilizou muitas discussões no campo.
Assim, a proposta é pesquisar textos / lives / discussões que tratem da BNCC e aí apresente argumentos contra e a favor e depois das leituras faça um comentário crítico com suas ideias a partir das suas leituras. 
Atenção: Máximo de 2 laudas
IMPORTANTE: INDICAR AS LEITURAS FEITAS, FONTE DOS ARGUMENTOS APRESENTADOS. CASO SEJAM VÍDEOS, LIVES, COLOCAR NAS REFERÊNCIAS TAMBÉM COM ENDEREÇO ELETRÔNICO.
A ATUAÇAO DO PROFESSOR E A NOVA BNCC
Em 2017, quando o texto final da BNCC estava prestes a ser aprovado, o Canal Futura realizou o debate “BNCC e Formação de Professores”, já que muitas entidades representantes dos profissionais da educação estavam se opondo ao novo texto ao considerar que seria muito difícil implementá-lo em sala de aula. Em contraponto, representantes do governo defendiam que o problema não estava na nova BNCC, e sim na formação que os professores recebem que não os prepara para atuar corretamente em sala de aula. Escolhi esse vídeo porque concordo com a necessidade que os professores recebam uma boa formação, mas não acho justa a cobrança feita, visto que mesmo o melhor professor não vai conseguir desempenhar um bom trabalho se não tiver suporte para tal, o que é comum na maioria das escolas brasileiras. 
O debate conta com a participação de 6 convidados, sendo duas principais: a representante do INEP e integrante do Comitê Gestor da BNCC Maria Inês Fini e Lucília Augusta Lino (ANFOPE). Durante a conversa, ambas concordaram que a formação dos professores é inadequada, pois muitos dos que estão em sala de aula não tem sequer ensino superior (só tem o antigo magistério), e, quando possuem, o bacharelado de pouco adianta, pois não atuam na área da sua formação, mostrando a urgente necessidade de adequar a formação do professor com a atuação que ele vai ter. Mas quando o assunto é se a nova BNCC vai funcionar ou não, elas discordam. 
Para Maria Inês, a nova BNCC “será positiva até na politica de formação de professores, além de garantir equidade já que todos devem ter acesso ao mínimo de conhecimento e qualidade de ensino, e os professores devem se adaptar e aprender a fazer gestão de ensino em sala de aula e dominar os conhecimentos que os alunos têm direito de aprender”. 
Enquanto isso, Lucília afirma que os profissionais da educação não foram de fato ouvidos durante a elaboração do novo documento, e que a nova BNCC não garante direito nenhum, uma vez que “na pratica é preciso também infraestrutura, apoio familiar, investimento governamental etc. No RJ, por exemplo, crianças moradoras de comunidades perdem aulas em dias de confronto. Não são garantidas condições mínimas de acesso à escola – segurança, alimentação, ambiente escolar – nem condições de trabalho para professores, pois na maioria das escolas públicas as salas de aula estão lotadas e sem suporte acadêmico ou estrutural para o ensino”. Ademais, afirma que a BNCC “deixa o currículo padrão e homogêneo, não leva em consideração a diversidade do país e pode prejudicar a situação educacional de certas regiões, pois vai ser imposto um currículo que não atende a sua realidade”. 
Toda essa discussão me fez relembrar que desde o inicio da minha graduação escuto sou orientada a sempre pensar meus planos de aula e atuação em sala de aula sabendo que teria poucos recursos e que minha metodologia e didática devem levar em conta a diversidade e bagagem cultural dos meus alunos, ao mesmo tempo em que atendo as demandas da BNCC. Esse documento apresenta uma série de diretrizes e exigências com os conteúdos curriculares que – na teoria – dependem apenas da didática do professor para ter êxito, mas infelizmente na pratica isso não funciona. Como um professor vai, por exemplo, usar a contextualização, falar sobre a realidade local e a inclusão, se não recebe investimento e apoio – seja do governo ou gestão escolar - para realizar tal trabalho? Como incluir um aluno em uma sala de aula lotada?
Ao ver esse debate, entendo que a ideia da BNCC é boa, mas só mostra o que os alunos devem aprender, não mostra nem orienta como deve ser o trabalho do professor, por isso que o impedimento para o sucesso da mesma não é apenas a formação do professor e a sua atuação em sala de aula. O professor precisa sim ter uma boa formação pratica e metodológica, mas também precisa de investimento e espaço para aplicar o que é exigido em sala de aula. Por isso existe tanta resistência por parte dos professores de uma maneira geral, pois mais uma vez estão nos responsabilizando por uma situação que não depende apenas de nós. 
REFERÊNCIAS:
BNCC e formação de professores – Debate | Canal Futura. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LyMJLxFu4ic – Acesso em 27/10/2021

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