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Aula 7 - Síndromes cerebrais - causas congênitas

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Síndromes cerebrais – causas congênitas 
ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA 
Substância cinzenta (grisea) 
 Externa do encéfalo (chama-se córtex); 
interna na medula (H medular) 
 Corpos de neurônios, células 
da glia e prolongamentos 
(amielínicos) 
Substância branca (alba) 
 Interna no encéfalo, externa 
na medula 
 Células da glia e prolongamentos de 
neurônios mielinizados 
 Não há corpos de neurônios 
 
LISENCEFALIA 
 Característica 
▪ Giros reduzidos ou ausentes 
▪ Córtex espessado e histologicamente 
desorganizado 
 
 Causa: distúrbio raro atribuído à migração 
neuronal anormal no córtex cerebral durante 
o desenvolvimento 
 Distribuição: telencéfalo 
 Perfil: cães (rara em gatos) 
▪ Lhasa Apso (mais frequente) 
▪ Descrito em Fox Terrier, Setter 
(hipoplasia e displasia cerebelar 
concomitantes) e gato Korat 
 
 Manifestações clínicas: telencefálicas 
▪ Crises convulsivas 
▪ Dificuldade de aprendizado 
 
Diagnóstico 
 Antemortem (presuntivo) 
▪ Identificação (idade, raça) 
▪ Histórico (dificuldade de aprendizado) 
▪ Ressonância (ausência de giros e 
sulcos) 
 
 Postmortem (definitivo) 
▪ Redução de giros que caracteriza a 
doença 
 
 
 
Tratamento 
 Não há 
 Controlar crises convulsivas 
 
Prognóstico 
 Doença não é progressiva nem fatal 
 Pacientes podem ser animais de estimação 
aceitáveis, com ambiente adequado 
 
MENINGES 
 Fazem a proteção mecânica do SNC 
 Espaço epidural: entre o osso e a duramáter 
 Espaço subdural: entre a duramáter e a 
aracnóide 
 Espaço subaracnóideo: espaço entre a 
aracnóide e a piamáter onde está localizado 
o líquor/LCR) 
 Duramáter (mais superficial, mais espessa e 
mais resistente, ricamente vascularizada, 
ricamente enervada por dois folhetos – 
externo e interno) 
 Aracnóide (intermediária, áreas cavitárias e 
prolongamentos formam espaço 
subaracnóide – meninge em pata de aranha 
que se apoiam na piamáter – é onde está o 
LCR) 
 Piamáter (mais interna, intimamente aderida 
ao encéfalo e à medula 
 
LÍQUOR 
 
 LCR é produzido por um ultrafiltrado do sangue 
 Proteção mecânica e química do SNC 
 Ventrículos laterais 
 Terceiro ventrículo 
 Aqueduto mesencefálico 
 Quarto ventrículo 
 
 
HIDROCEFALIA 
 Característica: acúmulo excessivo de LCR no 
sistema ventricular, simétrico ou não 
 
Causas 
 Hemorragias intraventriculares (distocias) 
 Infecções virais (parainfluenza em cães e 
coronavírus em gatos) 
 Exposição a teratógenos 
 Deficiências nutricionais (Vitamina A) 
 Teoria do Bulk flow: obstrução do fluxo 
(estenose do aqueduto mesencefálico) e 
absorção insuficiente (vilosidades 
aracnóideas) 
 Teoria hidrodinâmica: complacência reduzida 
de tecido encefálico reduz reabsorção de 
líquido pelos capilares 
 
Distribuição: vários tipos de lesão em torno das 
câmaras 
 Ventrículos laterais (telencéfalo), terceiro 
ventrículo (diencéfalo) aqueduto e o quarto 
ventrículo (tronco e o cerebelo) 
 Por compressão e estiramento do parênquima 
encefálico 
 Por isquemia 
 Por edema intersticia 
 Perfil: cães e gatos até 6 meses de idade 
(Chihuahua, YorkShire, Poodle toy, Pequinês, 
Pinscher) 
 
Manifestações clínicas 
 Critérios de hidrocefalia: ventriculomegalia, 
manifestações clínicas, sem processo 
patológico ativo 
 Casos assintomáticos são ventriculomegalia 
 Mais frequente em tálamo-cortical (ventrículos 
laterais) (mais alteração de comportamento 
do que convulsões) 
 Pode ter sinal vestibular e cerebelar (raro) 
 Relação inconsistente entre grau de dilatação 
e sinais 
 Aumento da calota craniana, estrabismo 
divergente (por má formação da órbita / não 
vestibular) 
 Animais costumam ser menores 
 
 
 
Diagnóstico 
 Identificação (idade, raça) 
 Exame físico 
 Ressonância (demonstração de 
ventriculomegalia sem outras alterações) 
 US (pela fontanela aberta ou defeitos na 
calota craniana) 
 LCR (descartar outras doenças) 
 
Tratamento clínico 
 Manitol: 1 a 2 g/kg em 15 minutos, repetindo 
por 2 a 4 vezes nas próximas 24 horas 
 Acetazolamida: 5 a 10 mg/kg a cada 6 a 8 
horas por VO 
 Furosemida: 0,5 a 4,4 mg/kg a cada 12 a 24 
horas (VO, IV, IM) 
 Prednisona: 0,25 a 0,5 mg/kg a cada 12h (VO) 
 Omeprazol: 1 mg/kg a cada 24 horas (VO) 
Tratamento cirúrgico 
 Derivação ventriculoperitoneal (desvio do 
ventrículo para dentro do peritônio da 
cavidade abdominal) nos refratários 
(complicações: obstrução, deslocamento, 
dano mecânico e infecção) 
 
Prognóstico 
 Reservado a bom (depende da intensidade 
das manifestações clínicas) 
 Taxa de sucesso cirúrgica de 50% a 90% 
 
Caso clínico 
Canino, macho, SRD, 3 anos 
 Queixa: andar em círculo para esquerda 
 Aparecimento: crônico (desde filhote) 
 Duração: 3 anos 
 Evolução: estável (sem nenhuma progressão) 
 Outros sistemas: responsável nega alteração 
 Manejo: protocolo vacinal apenas no primeiro 
ano de vida, sem reforço anual; contactante 
(mãe) assintomática 
 Além de andar em círculos, o animal 
apresentava déficit visual (bolinha de 
algodão) e de ameaça no olho direito, déficit 
proprioceptivo nos quatro membros sendo 
que eram piores nos membros direitos

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