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Conceito
1. A jurisdição é inerte, cabe ao titular da pretensão resistida invocar a função jurisdicional. 
2. Ação é o poder de exigir o exercício da atividade jurisdicional. 
Condições da ação
1. As condições da ação são duas: interesse de agir e legitimidade ad causam (CPC, art. 17).
2. A possibilidade jurídica do pedido já foi uma condição da ação, entretanto não foi acolhida pelo CPC de 2015. A possibilidade jurídica do pedido consiste na admissibilidade, em tese, do direito afirmado pelo demandante. A impossibilidade jurídica caracteriza-se pela inadmissibilidade deste, também em tese. A possibilidade jurídica do pedido como condição da ação recebeu diversas críticas, dada a dificuldade de ser traçada uma distinção precisa entre a decisão que extingue o processo por ausência desse requisito e a decisão de mérito que julga a demanda improcedente. 
3. Quando, segundo a lei, o pedido já se mostra inadmissível independentemente de qualquer outra consideração jurídica, ou exame de situações fáticas, esse pedido será considerado juridicamente impossível e essa impossibilidade levará juiz a julgar improcedente a demanda do autor, não mais se falando em carência de ação. 
Interesse de agir
1. Interesse, em direito, é utilidade (nesse caso, interesse de agir será utilidade que o provimento jurisdicional terá para o demandante). 
2. Há dois fatores sistemáticos muito úteis para aferição do interesse de agir: a necessidade e a adequação:
· A necessidade da tutela jurisdicional se manifesta quando ocorre a impossibilidade de obter a satisfação do alegado direito sem a intercessão do Estado. 
· Adequação é a relação existente entre a situação lamentada pelo autor ao vir a juízo e o provimento jurisdicional concretamente solicitado. O provimento, evidentemente, deve ser apto a corrigir o mal de que o autor se queixa, sob pena de não ter razão de ser. 
Legitimidade ad causam
1. A legitimidade ad causam consiste na qualidade para estar em juízo, como demandante ou demandado, em relação a determinado conflito trazido ao exame do juiz. 
2. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Carência de ação
1. Quando faltar uma só que seja das condições da ação, diz-se que o autor é carecedor desta. 
2. A consequência da falta de uma das condições da ação é que o juiz, exercendo embora o poder jurisdicional, não chegará a apreciar o mérito, ou seja, o pedido do autor. Em outras palavras, não chegará a declarar a demanda procedente nem improcedente. 
Referências:
DINAMARCO, Cândido Rangel. BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. LOPES, Bruno Vasconcelos Carrilho. Teoria Geral do Processo. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2021.

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