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INTRODUÇÃO Boca é considera um ecossistema Sítios aeróbicos e anaeróbicos Variedade bacteriana Zona de diferentes tensões de O2 Alterações de suporte nutricioanal metabólico para as bactérias Dentes, língua, restaurações, implantes, espaço subgengival, mucosas, tonsilas Microbiana oral x resposta imune do hospedeiro Adaptação ao longo da vida Cárie Infecçoes endododnticas Doenças periodontais Isso tudo ocorre por um desequilibrio dessa microbiota naturalmente de uma predisposição maior desses periodontopatogenicos, que vão favorecer esse desequilíbrio e de uma bisbiose que vai tornar aquele meio bem mais susceptível a instalação e progressão dessas doenças da cavidade oral HISTÓRICO Século XX- -- TEORIA DA IFECÇÃO FOCAL a. Consideravam que as bactérias presentes na cavidade oral eram a causa das doenças sistêmicas TEÓRICA DA INFECÇÃO FOCAL Bactérias, toxinas metabolitos eram capazes de se translocar ao longo do corpo através da circulação e levaria uma lesão que antes era inicial local e muitas vezes assintomática para algum outro local do corpo, sugerindo essa lesão metastática muitas vezes poderia voltar ao ponto de partida naquela lesão local assintomática TEÓRICA DA LESÃO FOCAL X DIVERSAS DOENÇAS Havia extrações de dentes preventivas As pessoas perceberam que após as extrações continuavam a adoecer Acreditam que a doença saída da boca e causaria dano em outro local Acabou-se criando uma geração de indivíduos sem dentes , gerando um desequilíbrio na população, causando complicações digestivas Observaram que mesmo após essa remoção desse tratamento, além dessas complicações digestivas, essas doenças iniciais não tiveram curas para essas doenças Então foi observado que essa teoria não fazia sentido FIM DA ERA DE INFECÇÃO FOCAL (1940-1990) Infecções orais não poderiam explicar porque os indivíduos desenvolviam uma grande variedade de doenças Extrair um dente não necessariamente melhorava a saúde do paciente ou fazia que a doença desaparecesse Pessoas com bocas muito saudáveis e sem nenhuma infecção oral desenvolviam doença sistêmicas Pessoas que não tinham dentes, não apresentavam nenhuma infecção oral aparente ainda desenvolviam doenças sistêmicas AMERICAN HEART ASSOCIATION (1957) Comprovação da relação entre S. mutans e endocardite bacteriana Estudos, metodologias de coleta e comparação, microbiologia Cavidade oral--- reservatório de bactérias doenças em indivíduos susceptíveis O QUE É MEDICINA PERIODONTAL Área da periodontia, desenvolvida a partir do final da década de 1980 Estuda a influência da doença periodontal na saúde geral do indivíduo e vice-versa O biofilme dentário é iniciador da doença periodontal A manifestação da doença e sua progressão depende das defesas do hospedeiro Fatores sistêmicos modificam a periodontite, principalmente por meio de seus efeitos nas defesas imunológicas e inflamatória normais Os microrganismos presentes na placa bacteriana produzem endotoxinas e lipopolissacarídeos que introduzem a produção de citocinas: a. tromboxano A2 b. interleucina 1 BETA c. interleucina – 6 d. fator de necrose tumoral – alfa e. proteína C – reativa TEORIA BIOLÓGICA PLAUSÍVEL Microbioa causando uma inflamação que naturalmente vai aumentar essa carga global de produtos bacteriano que vão influencia diretamente nessa produção de citocinas pro inflamatórias reagindo a esse fator agressor, causando esse nível de inflamação sistêmica Tendo incidência em grau ou progressão dessas outras doenças crônicas Periodontite – impacto doenças sitemicas Modelo invertido Determinando que outras doenças causariam a doenças periodontal e não ao contrario Processo de disbiose vai ter uma alteração no meio microbiano, tendo aumento das bolsas periodontais, ulceração do epitélio interno da bolsa, fazendo com que essa permeabilidade da mucosa fique alterada, tendo maior penetração das bactérias, dos mediadores inflamatórios, caindo na corrente sanguínea e através da corrente sanguínea, chegando nas inflamações sistêmicas Se o paciente for saudável --- vai ter um controle bacteremia Paciente susceptível --- exacerbação da resposta imune DIABETES MELITUS Tipo I: diminuição da produção de insulina pelo pâncreas Tipo II: uso inadequado de insulina disponível Causa um aumento da glicose no sangue Hiperglicemia permanente vai ter danos teciduais em diversos lugares do corpo Relação bidirecional Doença periodontal prevalente e severa na diabetes 6ª complicação mais relevante Periodontite piora o controle glicêmico, porque a inflamação crônica induz o paciente a ter uma resistência à insulina O impacto do tratamento periodontal no controle glicêmico equivale a um medicamento, ou seja, é como se você adicionasse uma medicação ao seu tratamento de diabetes Os pacientes ao serem submetidos ao tratamento periodontal, tem resistência melhorada à insulina e o controle glicêmico é melhorado COMPLICAÇÕES CLÁSSICAS Retinopatia Nefropatia Doenças cardiovasculares Neuropatias Susceptibilidade a infecções Doença periodontal DM COMO FATOR DE RISCO PARA DP ⇡ prevalência ⇡ incidência ⇡ gravidade ⇣ resposta ao tratamento e a cicatrização dos tecidos MANIFESTAÇÕES ORAIS Diminuição do fluxo salivar Queimação de boca ou língua Xerostomia --- predisposição DM DESCOMPENSADO X PERIODONTITE Perda de inserção Sangramento à sondagem Mobilidade dentária RELAÇÃO BACTÉRIA-HOSPEDEIRO Ocorre uma alteração na microbiota, ocorrendo uma função reduzida e defeitos na quimiotaxia dos leucócitos com mair liberação de colagenases Pode-se ainda observar níveis elevador de IL-1, PGE2 e acumulo de AGEs (produtos finais de glicação avançada) Reação de glicosilação Paciente mantido por muito tempo em hiperglicemia, a insulina não está funcionando, precisa que exista glicose dentro das células, porque a glicose é energia, vai virar ATP, quando essa glicose não consegue entrar na célula porque o veículo insulina não está funcionando, vai ter um aumento da glicose no sangue, que vai ser a hiperglicemia prolongada, a glicose sofrerá reações de oxidação, liberando os AGEs (radicais livres, ou seja alteram as células, paredes de vasos) AGES (PRODUTO DE GLICAÇÃO AVANÇADA) Induzem a liberação de macrófagos- monócitos (fenótipo células destrutiva- maior liberação de citocinas) Alteram o metabolismo do colágeno da gengiva e vasos sanguíneos Unem-se a células endoteliais: indução da coagulação – formação de microtrombos Levam a redução nos mecanismos de defesa e suscetibilidade aumentada a infecções Os AGEs são capazes de reduzir os mecanismos de defesa e tornam o paciente mais susceptível a infecções DIABETES X DP A infecção periodontal ode induzir um estado crônico de resistência à insulina, contribuindo para o ciclo de hiperglicemia e formação de AGEs, ampliando as vias de degradação do tecido conjuntivo Relação direta com a doença periodontal Diminuição na produção de saliva, o que leva ao crescimento bacteriano no filme Redução na produção de colágeno, componente fundamental dos tecidos de sustentação de dente Alterações vasculares no periodonto do indivíduo diabético tornam os tecidos periodontais mais vulneráveis a infecções A doença periodontal pode induzir ou manter um estado inflamatório crônico, indicado pela concentração de PCR, IL-6 e fibrogênio, elevando os níveis séricos de IL-6 e TNF-alfa, induzindo ou agravandoa resistência à insulina Não apenas paciente com diabetes não controlada são mais susceptíveis a desenvolver a doença periodontal, mas a presença da doença periodontal ativa pode piorar o controle glicêmico POR QUE A DM AFETA OS TECIDOS PERIODONTAIS Predisposição genética Alterações no metabolismo do colágeno a resposta inflamatória do hospedeiro qualidade da flora subgengival microangiopatia (alterações da microvascularização) DOENÇAS CARDIOVASCULARES Hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, angina, acidentes vasculares, derrame Aterosclerose: formação de placa gordurosa Efeito direto nas placas: P. gengivalis fator de virulência em células endoteliais cardíacas e macrófagos Aumento dos efeitos de mediadores pró- inflamatórios Relação de mão dupla Cicatrização comprometida ⇡ risco de DVC em pacientes com DP, tratamento previne¿ ⇡ mediadores inflamatórios na DVC, mesmo da DP ⇡ pro-coagulação x alterações no metabolismo lipídica ⇡ risco de DVC O tratamento periodontal não influencia o curso normal da doença sistêmica, mas pode melhorar os aspectos que envolvem a disfunção endotelial agravada pela DP, se mantida sob controle COLESTEROL Formação e função de membrana celulares TRIGLICERÍDEOS Controle de energia COLESTEROL TOTAL Menor que 200 --- ótimo 200-239 --- limítrofe Maior que 240 --- alto FOSFOLIPÍDEOS Integridade das membranas celulares LDL (COLESTEROL RUIM) Menor que 100 (ótimo) 100-129 (desejável) 130-159 (limítrofe) Menor que 190 Maior que 190 HDL (COLESTEROL RUIM) Menor que 40 (baixa) Maior que 60 (alto) TRIGLICERÍDEOS Menor que 150 (ótimo) 150-200 (limítrofe) 200-499 (alta) Maior que 500 (Muito alta) Efeitos da viscosidade Infecção sistêmica ou periodontal ⇡ fibrinogênio ⇡ contagem de leucócitos ⇡ fator de von wilebrand ⇡ viscosidade sanguínea Cardiopatia isquêmica Fibrinogênio plasmático Lipoproteínas plasmáticas (LDL e VLDL) Contagem de leucócitos Viscosidade sanguínea Fatores de risco para cardiopatias coronariana (CC) Atescloerose tromboembolismo Estreitamento das oclusão das artérias Artérias coronárias Coronárias ISQUEMIA MIOCÁRDICA Angina, infarto do miocárdio Fatores de risco genético (genes de resposta imune) Resposta hiperinflamatória fenótipo (macrófago) Fatores ambientais, dieta, estresse, estado de diabetes Agressão microbiana Flora patogênica- LPS HIPERTENSÃO ARTERIAL 30% adulto jovens Risco de morte ECV Histórico familiar x fatores externos DP ---- inflamação sistêmica --- citocinas -- - disfunção endotelial --- DVC Resistência vascular e PA Em geral, a resposta do hospedeiro a uma exposição sistêmica a patógenos periodontais, assim como o estado inflamatório os frequentes episódios de bacteremia em pacientes com má higiene bucal, podem contribuir para a ocorrência de efeitos sistêmica pro-anterogênicos DP: fator de risco AVC, DC, DAP, HÁ Sangramento gengival x elevadas PS em adultos jovens Bacteremias-exposição sistêmica e LPS e mediadores do hospedeiro Resposta imune inflamatória do hospedeiro, estimulação monócito-macrofago, liberação de PGE, IL2B e MMP Outro fatores de risco adquiridos, comportamentais ou exposições DOENÇAS PULMONARES Pacientes entubados estão mais suscetíveis a pneumonia, que podem ser adquiridas em hospitais A higiene é feita pelo CD diminui essa possibilidade Pneumonia bacteriana (fumantes, DM, UTI) Aspiração de saliva, aumento de MO Alteração da permeabilidade das mucosas Aumento da adesão dos MO Aumento das citocinas pro-inflamatórias Tenho um paciente com uma baixa IHO, ⇡ o controle periodontite, ⇡ DP, ⇡ MO, evoluindo para uma pneumonia Pacientes com DPC tem maiores índices de PIC Pacientes hospitalizados com controle da DP ⇣ o controle da DPC DP E COVID Uma pesquisa sugere que o vírus é mais grave na presença de inflamação causa pela doença gengival As bactérias nas gengivas percorrem o corpo e espalham a proteína IL-6, uma sustância inflamatória prejudicial Altos níveis de IL-6 são preditores de insuficiência respiratória apresentando um risco 22 vezes maior de complicações respiratórias Covid-19 pode desregular a resposta imune do hospedeiro e aumenta IL-6 As doenças bucais- especialmente a periodontite- podem contribuir para uma resposta inflamatória sistêmica Bactérias orais podem afetar a função dos pulmões, aumentando o risco de pneumonia e complicações pulmonares potencialmente relacionadas a covid-19 As intervenções de higiene bucal, bem como o tratamento periodontal e dentário, podem diminuir a carga de bactérias bucais GESTAÇÃO Elevados níveis de estrógeno e progesterona Gengivite da gravidez ou gengivite gravídica Inflamação gengival iniciada pela boca e exacerbada pela alteração hormonais da gravidez DP é um fator de risco para a ocorrência de partos prematuros e nascimentos de bebes de baixo peso Oscilações hormonais na mulher Resposta inflamatória do periodonto x ação hormonal Receptores de estrógeno e progesterona foram localizados no tecido gengival Presença de hormônios no fluido gengival propicia a proliferação bacteriana relacionada à inflamação gengival Citocinas pro-inflamatórias x concentração uterina Mecanismo multifatorial --- sistema endócrino --- homeostase dos tecidos periodontais Composição da placa subgengival Aumento na proporção anaeróbicos- aerobicos Concentrações elevadas de prevatella intermedia (hormônios gestacionais funcionam como atores de crescimento) Concentrações mais elevadas de bacteroides melaninogenicus Concentrações mais elevadas de Porphytomonas gingivalis Mecanismos biológicos Infecções genito-urinária e a DP Citocinas pro inflamatórias da DP x prematuridade e baixo peso ao nascer Esteroides sexuais x permeabilidade microvascular do tecido gengvial Bacereremia or bactérias gram – x DP Granuloma gravídico ou epulide Apresentação vermelho-brilhante hiperemia e adematosa Frequentemente nas papilas anteriores dos dentes superiores Em geral não excedem 2 cm de diâmetro Melhor adiar sua remoção para o perído pós-parto, quando em geral tamanho regride consideravelmente Obesidade Diferentes graus Agravo de doenças sistêmicas x síndrome metabólica (associa a presença de doenças sistêmicas reunidas em um mesmo individuo) Suscetibilidade do hospedeiro DP em obesos mais incidente e grave Mediadores x resposta inflamatória x patógeno DP Síndrome metabólica-doenças Hipertensão Diabetes Dislipidemia Problemas hepáticos (esteatose) A SM seria a reunião de pelo menos 3 dessas doenças MEDICAMENTOS E XEROSTOMIA Analgésicos Anticonvulsivantes Antihistaminicos Anti-hipertensivos Diuréticos Antidepressivos A alteração da película salivar Faz dos tecidos moles mais susceptíveis a descamação Facilita a colonização por parte da microbiota oportunista Favorece a inflamação da mucosa Presença de ulceras dolorosas infecções locais, sensibilidade, quelite angular, ardor na mucosa e língua Aumento na sensibilidade para os sabores fortes como sal, ácido... Sobre os tecidos duros: diminuição do fluxo salivar favorece o aumento do índice de cáries ANTICONVULSIVANTES Fármacos: fenitoina, valproato de sódio Acúmulo de populações geneticamente distintas de fibroblastos gengivais com redução do catabolismo do colágeno resulta no acúmulo de tecido conjuntivo IMUNOSSUPRESSOR Fármacos: ciclosporina A O metabolismo hidroxiclosporina estimula a proliferação de fibroblastos Redução da destruição do tecido conjuntivo resulta no aumento da matriz extracelular BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO Nifedipina, verapamil Estimula o aumento dos fibroblastos gengivais Aumentam a produção de matriz do tecido conjuntivo CONDIÇÕES HEMATOLÓGICAS Desordens que afetam a produção ou função dos leucócitos podem resultar em destruição periodontal grave As deficiências quantitativas de leucóctiso são tipicamente associadas com uma destruição periodontal mais generalizada - --- afetando todos os dentes LEUCEMIA Manifestações orais e periodontais podem incluir infiltração leucêmica, sangramento, ulcerações orais e infecões Mais comum nas formas agudas e subagudas da leucemia DESORDENS GENÉTICAS Muitas condições sistêmicas associadas ou predisponentes as destruições periodontais incluem distúrbios genéticos SÍNDROME DE PAPILLO- LEFEVRE Destruição gravde do periodonto e em alguns casos, calcificações da lâmina dura O comprometimento periodontal consiste em alterações inflamatórias iniciais que levam a perda óssea e esfoliação de dentes SÍNDROME DE DOWN Destruição periodontal amsi grave-bolsas periodontais profundas associadas á substancial acumulo de placa e gengivite moderada
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