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PSICOTERAPIA BREVE Aula 1- 08/02 Apresentação da disciplina + Aula 2 15/02- A Psicoterapia Breve na clínica contemporânea. Todos os pacientes se beneficiam de maneira semelhante com o mesmo tipo de tratamento/terapia? Porquê? Não necessariamente, a boa prática em saúde mental é constituída por uma teoria embasada de acordo com a demanda (sinais e sintomas) e também a consideração da subjetividade do indivíduo para tratamento efetivo. O conteúdo de uma determinada doença (transtorno) apesar de ser semelhante, em sua forma será diferente para cada pessoa, ou seja, a experiência da doença é única. Utilizamos de técnicas e teorias para ter uma base de tratamento, entretanto ele se estrutura conjuntamente com a particularidade do indivíduo. É possível que pacientes com demandas e necessidades diferentes se beneficiem da mesma proposta terapêutica? Depende, pois cada demanda e necessidade definirá um foco de intervenção e tratamento, é preciso haver uma análise fundamentada das necessidades do paciente e também sobre a forma como ele lida particularmente com elas. A partir daí se tem um direcionamento da melhor forma de tratamento. O que é a Psicoterapia Breve? Uma modalidade de psicoterapia estruturada (com começo, meio e fim) que atua a partir de um foco, caracterizada por um determinado enquadre que conta com uma continuidade, uma sequência no tempo e horários combinados e se tem objetivos limitados. Qual a diferença entre uma intervenção breve e uma psicoterapia breve? Uma intervenção breve se caracteriza por um mais encontros não programados, sem uma periodicidade definida.Neste caso, os encontros atendem às necessidades, à medida em que ocorrem os acontecimentos. O que diferencia uma Psicoterapia Breve de uma intervenção breve é a sua estruturação, planejamento e limitação de um foco previamente estabelecido. Qual a diferença entre a Psicoterapia Breve e a Psicoterapia de longa duração? O que diferencia uma Psicoterapia Breve de uma psicoterapia de longa duração não é a sua brevidade, mas é a focalização em torno de uma situação específica. Segundo Hegenberg, como é a Psicoterapia Breve Psicanalítica? Ela segue os princípios gerais da Psicanálise, mas com a particularidade do limite de tempo previamente estabelecido e a presença de um foco, ligado à angústia que leva o paciente a buscar ajuda profissional. É possível que “todas” as questões do paciente sejam esgotadas e abordadas em uma Psicoterapia Breve? Não é possível, devido à limitação do tempo de tratamento nessa modalidade. Segue-se o tempo de 50 minutos para uma sessão de Psicoterapia Breve? Qual o número de sessões ideal? Não, esse tempo pode variar sem que ocorra alterações significativas no tratamento. Ela não é definida pelo número de sessões semanais, pois pode acontecer de existir a necessidade de se fazer mais de uma sessão por semana. O tratamento pode acontecer, por exemplo, em três semanas com cinco sessões semanais, ou então quatro meses com duas sessões semanais. Sobre a Psicoterapia Breve, considere Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( F ) O número de sessões em uma Psicoterapia Breve não é variável. ( V ) Existe um parâmetro convencionalmente estabelecido de que o tempo máximo é de um ano, mas o tratamento pode durar algumas sessões (doze, vinte...) ou meses. Qual o procedimento indicado quanto ao planejamento da Psicoterapia Breve entre Terapeuta-Paciente? O tempo limitado oferece contornos à relação terapeuta-paciente. No contrato inicial, o par analítico pode entrar em acordo quanto à duração do tratamento. Porém, o mais usual é que o terapeuta não preestabeleça o prazo logo no início da terapia, mas sim que aguarde algumas sessões para então definir a previsão de duração do tratamento. Rebéca Busquetti Fogaça Graduanda em Psicologia REFERÊNCIA HEGENBERG, M. Introdução. Psicoterapia Breve: Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013, p. 23-52. Como a psicanálise interpreta a limitação do tempo nas sessões? O limite de tempo institui o princípio da realidade,coloca em jogo a castração pela necessidade de separação.Além disso, o tempo limitado inibe as satisfações regressivas, altera o benefício secundário dos sintomas, bem como a compulsão à repetição. O que o planejamento da Psicoterapia Breve deve considerar? O limite de tempo. A focalização em torno de uma problemática central. E as possibilidades do paciente, terapeuta e da instituição. Qual a diferença nas recomendações entre a Psicoterapia Breve em relação ao tratamento padrão? A recomendação para Psicoterapia Breve é mais restrita em comparação ao tratamento padrão, porque o paciente deve ser capaz de focalizar, reconhecer os limites de tempo e aproveitar a terapia com menor tempo. Quais as considerações da auto análise em Psicoterapia Breve? Em decorrência de um prazo para o término, é preciso preparar o paciente com pelo menos um mês de antecedência. Depois do encerramento da Psicoterapia Breve é interessante agendar um retorno para avaliação. Em geral, seis meses. Porém, nem todos os pacientes necessitarão de um retorno, por isso, na sessão final, o terapeuta avalia a necessidade e estabelece junto com o paciente. A respeito da focalização em Psicoterapia Breve, comente. A escolha do foco varia de acordo com a vertente em PB. Porém, a demanda do paciente deve ser contemplada no foco, assim como a queixa, o sintoma, suas características de personalidade e a crise. A focalização estabelece um plano inicial de trabalho em torno de um motivo principal. Também é um meio do terapeuta informar ao paciente que entendeu o seu problema atual, ou seja, que está ciente dos motivos que o conduziram à psicoterapia. Qual é a função do terapeuta? Identificar o porquê do momento crítico pelo qual passa o cliente e ajudá-lo na tentativa de esclarecimento. Qual a principal busca da Psicoterapia Breve? Não é a eliminação dos sintomas, mas sim a possibilidade de se esclarecer a demanda, favorecer a autorreflexão no paciente, propiciando uma mudança no olhar que o mesmo possui em relação a si e ao seu contexto. O fato da Psicoterapia Breve ter foco, não significa que ela não será profunda. O aprofundamento se dará em torno do foco ressaltado. Quais as quatro tarefas realizadas em uma Psicoterapia Breve? 1ª Tarefa: formular uma intervenção inicial com base na angústia que motivou a procura por ajuda- intervenção verbal, tomando como referência a angústia do paciente. 2ª Tarefa: verificar se o paciente está ou não em crise (ruptura de sentido de vida) - O terapeuta pode fazer perguntas sobre perspectivas de vida, sentido da existência. 3ª Tarefa: distinguir o foco- O foco poderá ser estabelecido com base na angústia, na queixa ou nos sintomas. O foco pode ser a crise ou um aspecto ligado aos tipos de personalidade. 4ª Tarefa: decidir a indicação- Momento de decidir pela continuidade ou não do processo de atendimento. É o momento do contrato de trabalho (PB, psicoterapia longa, psicoterapia de apoio...). O que se espera do paciente ao final do tratamento com Psicoterapia Breve? Que ele tenha melhor noção do que se passa com ele. Que tenha discutido o seu conflito atual. Que tenha consciência se tem demanda ou não para a mudança ou se deseja se manter no padrão anterior e se está em crise ou não. Rebéca Busquetti Fogaça Graduanda em Psicologia REFERÊNCIA HEGENBERG, M. Introdução. Psicoterapia Breve: Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013, p. 23-52.
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