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Fisiologia - Aula 1 - Prof Adriana - Ketlyn L A Bueno 1 Bioeletrogênese Medicamentos -Xylestesin: Cloridrato de lidocaína com epinefrina. Usado como um tipo de anestésico local. Tem como alvo os canais de sódio dependente, com efeito de diminuir a sensibilidade geral, com ordem de dor, temperatura, toque, pressão profunda e fun- ção motora. - Morfina: Injetável, de efeito mais potente, sendo sistêmica, com duração maior, além de ser um opioide. Usado para alívio da dor. Efeitos sobre o SNC e órgãos de musculatura lisa. Age como agonista, interagindo com sítios receptores estereoespecíficos e ligações saturadas no cérebro, medula espinal e outros tecidos alterando processos que afetam tanto a percepção da dor, como a res- posta emocional a ela. Por meio da hiperpolarização das células, utilizando os canais de potássio. *a grande maioria dos fármacos agem abrindo ou fe- chando esses canais, assim produzindo o efeito desejado. Potencial de Repouso - Neurônio é composto de sódio (Na+) e potássio (K+), dentro e fora dela, mas o sódio existe em maior concen- tração no exterior e potássio em maior no interior. - Célula e repouso: tendência do sódio entrar e o potás- sio sair, resultado de seus gradientes de concentração. - Quando apenas o potássio sai, ele possui uma maior per- meabilidade (canal aberto), a célula se mantém negativa, já que as cargas negativas não conseguem sair. Ou seja, a condutância de potássio significa quem o potássio está saindo da célula. * o sódio não possui canais abertos para a permeabilidade. - Bomba de sódio e potássio: joga o sódio para fora e o potássio para dentro, contra a tendência deles, com gasto de energia. Na proporção de 3 sódios e 2 potássios, ge- rando uma negatividade na célula. Mas contribui menos de 20% da negatividade em repouso, sendo o principal fator a perdabilidade do potássio no repouso. - O ddp de repouso é -70 mV. - Quando a célula vai perdendo muito potássio, ficando mais negativa, essa negatividade vai segurando o potássio (o gradiente elétrico segura). - O sódio e potássio entram em equilíbrio quando o gra- diente químico e o elétrico são iguais, sendo chamado de potencial de equilíbrio do íon. Há o potencial de equilíbrio do sódio e potássio, o de potássio é de -90 mV (Equação de Nernst) e o do sódio é 60 mV, sendo o do potássio próximo ao de repouso, mostrando que a célula em re- pouso é permeável ao K+ e não permeável ao Na+. - O valor de potencial de repouso da membrana é gerado pela interação entre gradientes iônicos (média ponderada dos potenciais de equilíbrio de todos os íons a que a membrana é permeável, multiplicado por sua condutân- cia). Equação da condutância da corda: * quanto maior for a condutância da membrana a um de- terminado íon, maior será a capacidade desse íon deslocar o potencial de membrana em direção a seu potencial de equilíbrio. Potencial de Ação da Membrana Celular - Quando a célula sai do repouso: Quando ela recebe um estímulo, que pode ser mecâ- nico, térmico, químico. Podendo seguir dois caminhos, para mais próximo ou mais distante da estabilidade. Quando esse estímulo dos íons resulta na entrada de íons positivo na célula, tem-se um aumento do seu potencial de membrana e se torna mais excitável. Ao contrário, quando a abertura de canais iônicos per- mite a entrada de íons negativos ou saída de íons po- sitivos, há a diminuição do potencial de membrana e se torna menos excitável. Então os estímulos podem ser excitatórios (entra íons positivos ou segura eles dentro da célula - despolarização) ou inibitório (sai íons positivos ou entrada de íons negativos - hiperpo- larização). Então um estímulo leva necessariamente a alterações no potencial de repouso, mas o sentido dessa altera- ção depende de quais íons vão entrar ou sair dessa célula. - Potenciais graduados: Potenciais diferentes de quando a célula sai do re- pouso. Conduzido com decréscimo, vai caindo ao longo do percurso, até se igualar novamente ao potencial de repouso. Fisiologia - Aula 1 - Prof Adriana - Ketlyn L A Bueno 2 Despolarização: abertura dos canais iônicos, geral- mente entram íons de Na+ (que está mais concen- trado no meio extracelular). A membrana é despolari- zada de modo devagar, propagado para ambos os la- dos, a medida que vai criando uma diferença de po- tencial, criando-se uma corrente de despolarização. - Quanto maior a distância do local onde o estímulo foi aplicado menor será o potencial, já que ele vai se perdendo ao longo da membrana. Ou seja, quanto maior o estímulo, a despolarização terá efeito em uma maior distância. - Também pode ser uma hiperpolarização, que é o au- mento do ddp da membrana, que ficará menos exci- tável. * é potencial de repouso até chegar ao potencial limiar, que só abre canais de vazamento de íons, mas quando ultrapassa esse limite chega ao potencial de ação que abre os canais de voltagem dependente (abre canais de Na). O potencial de ação sempre volta ao potencial de repouso, chamando de repolarização (fase descendente). - Potenciais de ação: É contínuo, sua intensidade não varia enquanto é pro- pagado. Resultado de um súbito aumento da permeabilidade da membrana ao Na+, capaz de promover uma rápida despolarização na qual a polaridade da membrana chega a se inverter. A despolarização é deflagrada na região do cone axô- nico, onde há a maior quantidade de canais de sódio voltagem dependentes. A célula recebe um estímulo inicial (potencial gradu- ado) que promove a entrada de Na+, através de ca- nais que são dependentes de voltagem, elevando o potencial até atingir o potencial limiar, então mais ca- nais de sódio abriram (canais voltagem dependentes), com mais Na+ na célula, elevou-se o potencial de membrana até o máximo, não se elevou mais porque o canais se abrem e fecham rapidamente. Então a comporta de inativação fecha o canal de sódio, ao mesmo tempo, o canal de potássio abre, saindo o K+ da célula, diminuindo o potencial para baixo do nível inicial, porque os canais de potássio se abrem e fe- cham lentamente, fazendo uma hiperpolarização (po- tencial menor que o de repouso). Depois, que ambos os canais se fecham, a célula volta ao seu potencial de repouso, em que é o momento que a célula pode ser novamente estimulada, para o estímulo funcionar são necessários os canais, sendo auto-regenerável. No ponto 6, o canal de sódio, por já estar fechado, pode ser estimulado/despolarizado novamente, mas deverá ser um estímulo mais forte que o inicial, por ser um canal voltagem dependente e a célula estar hiperpolarizada. Mas, antes disso, a cé- lula não pode ser despolarizada. O período de abertura e fechamento dos canais é cha- mado de período refratário. - Absoluto: ente o pico do potencial, com os canais de sódio abertos. Mesmo com estímulo a célula não responderá. - Relativo: entre o ponto 6 e 7, ainda não está nas condições ideias, mas pode ser estimulado por algo mais forte e duradouro. Fisiologia - Aula 1 - Prof Adriana - Ketlyn L A Bueno 3 * ocorre a hiperpolarização porque os canais de potássio se mantêm aberto, enquanto que os canais de sódio estão fechados. O neurônio possui hiperpolarização, já os mús- culos estriados e lisos não. * a bomba de sódio e potássio continuam atuando nesse potencial de ação. Os níveis de despolarização vão se propagando para as próximas regiões de apenas um lado, já que do ou- tro o K+ entra bloqueando a despolarização (período refratário). Isso justifica a direção única dos potenciais de ação, mesmo que o fluxo de corrente e a despola- rização ocorra para ambos os sentidos. * TTX (peixe baiacu) e STX (algas da maré vermelha) são toxinas que bloqueiam os canais de sódio voltagemde- pendentes, impedindo o PA e o impulso nervoso. E TEA (produzido em laboratório) é uma outra toxina que blo- queia os canais de potássio voltagem dependentes. - Velocidade de condução: Efeito do diâmetro da fibra: quanto maior o diâme- tro do axônio menor a resistência ao fluxo da corrente e maior velocidade. Efeito da mielinização: ela possui um efeito isolante e entre elas há os nódulos de Ranvier, que possui ca- nais de sódio, mas na mielina não, então o estímulo passa muito rapidamente nessa região (como se sal- tasse), aumentando a velocidade. - Diferentes formas de potencial de ação:
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