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Álgebra e Teoria Elementar dos Números Sistemas de Numeração e Mudanças de base Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Ms. Alessandra Garcia de Andrade e Silva Revisão Técnica: Prof. Ms. Fabio Douglas Farias Revisão Textual: Profa. Esp.Vera Lídia de Sá Cicarone 5 • Introdução • Sistema de Numeração Egípcia • Sistema de Numeração dos Babilônios No caso de dúvidas, coloque-as no fórum de discussão. Estaremos em contato permanente com você por meio do ambiente de aprendizagem virtual Blackboard. Esperamos que você tenha um ótimo aproveitamento!! Nossa proposta nesta unidade é compreender a evolução dos sistemas de numeração ao longo das civilizações até chegarmos ao atual sistema de numeração decimal. Vamos investigar a história dos números e as origens das descobertas dos mesmos assim como as notações antigas que foram criadas para suprir as necessidades do homem. Trabalharemos também com as diferentes escritas dos números e as operações de adição e subtração em diferentes bases. Sistemas de Numeração e Mudanças de base • Sistema de Numeração Romana • Sistema de Numeração Hindu • Sistema de Numeração Decimal • Base de um Sistema de Numeração 6 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Contextualização A evolução do homem, no sentido numérico, sempre foi na tentativa de construir um sistema de numeração que nos permitisse compreender a utilização dos números na vida e que tornasse mais rápida e eficaz a realização dos cálculos. Nesta unidade, a proposta é esta: o conhecimento e o processo de construção do sistema de numeração decimal. C U IP /U niversity of C hicago 7 Introdução A criação dos números foi se desenvolvendo junto com as civilizações. A necessidade de uma organização para as contagens, as escritas numéricas, as relações monetárias, entre outras, foram os fatores iniciais para a evolução dos sistemas de numeração. » Linha do tempo Segundo Boyer (1996, p. 1), Noções primitivas relacionadas com os conceitos de número, grandeza e forma podem ser encontradas nos primeiros tempos da raça humana, e vislumbre de noções matemáticas se encontra em formas de vida que podem datar de milhões de anos antes da humanidade. Os povos primitivos necessitavam de contagens para atividades diárias e de sobrevivência. Ainda para Boyer (1996, p. 2), “a ideia de número, a princípio expressa na linguagem de sinais, tornou-se ampla e vivida quando surgiu a necessidade de exprimir de alguma forma a propriedade”. Os dedos das mãos e dos pés eram utilizados para expressar coleções de até vinte elementos. Ainda, para Boyer (ibidem): Quando os dedos humanos eram inadequados, podiam ser usados montes de pedras para representar uma correspondência com elementos de um outro conjunto. Quando o homem primitivo usava tal método de representação, ele frequentemente amontoava as pedras em grupos de cinco, pois os quíntuplos lhe eram familiares por observação da mão e pé humanos. 8 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Sistema de Numeração Egípcia A civilização egípcia desenvolveu-se ao longo de uma extensa faixa de terra fértil que margeava o rio Nilo. Em relação aos números, os Egípcios inventaram um sistema de numeração para descrever números baseado em agrupamentos. • 1 era representado por uma marca que se parecia com um bastão | • 2 por duas marcas || E assim por diante: 9 Dessa forma, trocando cada dez marcas iguais por uma nova, eles escreviam todos os números de que necessitavam. Veja os símbolos usados pelos egípcios e o que significava cada marca. Observe como eles escreviam o número 322: Para Ifrah (2001, p. 208), [...] os algarismos hieroglíficos sofreram modificações gráficas. Os detalhes figurados tornaram-se cada vez menos numerosos e os contornos dos seres e objetos representados foram reduzidos ao essencial, passando as novas formas dos algarismos egípcios a apresentar apenas uma vaga semelhança com seus protótipos. 10 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Esse quadro mostra as transformações que o sistema de numeração egípcio sofreu em virtude da rapidez que os escribas dos faraós necessitavam para escrevê-los. Sistema de Numeração dos Babilônios Os babilônios escreviam os símbolos numéricos com caracteres cuneiformes, ou seja, em forma de cunha, gravados em placas de argila que, depois, eram cozidas. Os símbolos que usavam eram os seguintes: Além da escrita cuneiforme, os babilônios também adotaram o sistema numérico de base 60 (sistema numérico sexagesimal). Foram eles que dividiram o dia em 24 horas, a hora em 60 minutos e o minuto em 60 segundos. Os 60 minutos e os 60 segundos são uma prova viva da eficiência do sistema sexagesimal e uma herança dos sumérios e babilônios que persiste até os dias de hoje. Segundo Boyer (1996, p.18), a semelhança na escrita entre egípcios e babilônios ia somente até o número 59. A partir daí, a forma de registro das duas culturas divergia. 11 Talvez fosse a inflexibilidade do material do escriba mesopotâmio, talvez fosse uma centelha de inspiração o que fez com que os babilônios percebessem que os seus dois símbolos para unidades e dezenas bastavam para representar qualquer inteiro, por maior que fosse sem excessiva repetição. Isso se tornou possível pela invenção que fizeram, há cerca de 4.000 anos, da notação posicional – o mesmo princípio que assegura a eficácia de nossa forma numeral. Isto é, os antigos babilônicos viram que seus símbolos podiam ter função dupla, tripla, quádrupla ou em qualquer grau, simplesmente recebendo valores que dependessem de suas posições relativas na representação de um número (BOYER, 1996, p.18). Sistema de Numeração Romana É um sistema posicional e aditivo. A numeração romana utiliza sete letras maiúsculas que correspondem aos seguintes valores: Letras Valores I 1 V 5 X 10 L 50 C 100 D 500 M 1000 Exemplos: XVI = 16; LXVI = 66. Se, à direita de uma cifra romana, se escreve outra de valor igual ou menor, o valor desta se soma ao valor da anterior. VI = 6 XXI = 21 LXVII = 67 A letra “I” colocada diante da “V” ou de “X”, subtrai uma unidade; a letra “X”, precedendo a letra “L” ou a “C”, subtrai-lhes dez unidades; e a letra “C”, diante da “D” ou da “M”, subtrai- lhes cem unidades. IV = 4 IX = 9 XL = 40 XC = 90 CD = 400 CM = 900 Em nenhum número pode-se pôr uma mesma letra mais de três vezes seguidas. XIII = 13 XIV = 14 XXXIII = 33 XXXIV = 34 As letras “V”, “L” e “D” não podem se duplicar, porque outras letras (“X”, “C”, “M”) representam seu valor duplicado. X = 10 C = 100 M = 1.000 12 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Se, entre duas cifras quaisquer, existir outra menor, o valor desta pertencerá à letra seguinte a ela. XIX = 19 LIV = 54 CXXIX = 129 Quando o valor dos números romanos for multiplicado por mil, são colocadas barras horizontais em cima deles. Para Ifrah (2001, p. 185), “os romanos acabaram complicando esse sistema, introduzindo nele a regra segundo a qual todo signo numérico colocado à esquerda de um algarismo de valor superior é abatido”. O desenvolvimento dos povos do mundo antigo trouxe a necessidade de mais e mais contas, mas ainda não havia surgido um sistema que tornasse essas operações mais simples. Os números romanos foram usados em toda a Europa até 1.200 anos depois de Cristo. As dificuldades encontradas ao se representar números muito grandes implicaram em mudanças sofridas pelo sistema numérico romano. Sistema de Numeração Hindu A civilização hindu desenvolveu-se no Vale do rio Indo, que, atualmente, faz parte do Paquistão. Os matemáticos e astrônomos hindus criaram, ao longo do tempo, um Sistema de Numeração que foi se alterando conforme a tabela abaixo: Fonte :http://numeros-g06.blogspot.com.br/ Esses algarismos,atualmente, chamam-se algarismos indo-arábicos, porque foram adotados pelos árabes, que os transmitiram aos europeus. Segundo Ifrah (2001, p. 297), os árabes “a partir do século VIII, adotaram o conjunto do sistema numérico hindu: números, numeração decimal de posição, zero e métodos de calcular”. Logo, os árabes proclamavam que se tratava do sistema mais simples, prático, fácil e resumido de entender e mais cômodo de aprender. 13 Sistema de Numeração Decimal Um sistema de numeração é um conjunto de princípios constituindo o artifício lógico de classificação em grupos e subgrupos das unidades que formam os números. A base de um sistema de numeração é uma certa quantidade de unidades que deve constituir uma unidade de ordem imediatamente superior. Os sistemas de numeração têm seu nome derivado da sua base, ou seja, o sistema binário tem base dois, o sistema septimal tem base sete e o decimal tem base dez, etc. Nesse sistema, os números são representados por um agrupamento de símbolos que chamamos de algarismos ou dígitos. Esse sistema de numeração apresenta algumas características: » utiliza apenas os algarismos indo-arábicos 0-1-2-3-4-5-6-7-8-9 para representar qualquer quantidade. » cada 10 unidades de uma ordem forma uma unidade da ordem seguinte. Observe. · 10 unidades = 1 dezena = 10 · 10 dezenas = 1 centena = 100 · 10 centenas = 1 unidade de milhar = 1000 Outra característica é que ele segue o princípio do valor posicional do algarismo, isto é, cada algarismo tem um valor de acordo com a posição que ele ocupa na representação do numeral. Temos, então, o seguinte quadro posicional (ou de ordens): 4º ordem 3º ordem 2º ordem 1º ordem unidade de milhar centena de unidades dezena de unidades unidades Neste número: 632 · o algarismo 2 representa 2 unidades e vale 2 (1º ordem); · o algarismo 3 representa 3 dezenas, ou seja, 3 grupos de 10 unidades e vale 30 (2º ordem); · o algarismo 6 representa 6 centenas, ou seja, 6 grupos de 100 unidades e vale 600 (3º ordem). Ou seja, 600 + 30 + 2 é igual a 632, que lemos seiscentos e trinta e dois. Neste número: 7.156 · o algarismo 6 representa 6 unidades e vale 6 (1º ordem). · o algarismo 5 representa 5 dezenas e vale 50 (2º ordem). · o algarismo 1 representa 1 centena e vale 100 (3º ordem). · o algarismo 7 representa 7 unidades de milhar e vale 7000 (4º ordem). Ou seja, 7000 + 100 + 50 + 6 é igual a 7.156, que lemos sete mil, cento e cinquenta e seis. 14 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Base de um Sistema de Numeração Base de um sistema de numeração é um conjunto de símbolos ou dígitos necessário para representar qualquer número nesse sistema. No sistema decimal, os dígitos ou algarismos são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Em computação, o sistema é de base dois (binário), cujos dígitos são 1 e 0. Num sistema de base três, os algarismos usados são: 0, 1 e 2, e assim sucessivamente. Num sistema de base “n”, onde a, b, c, d, e, f são alguns de seus dígitos, o número abcdef(n) corresponde a a.n5 + b.n4 + c.n 3 + d.n2 + e.n1 + f.n0. O índice (n) indica qual a base que se está usando. Não há necessidade de indicar a base quando ela é a base dez, pois essa é usada correntemente. Tomando, por exemplo, o número 122122(3), significa que o número está escrito em base 3 (indicação do número 3 entre parênteses no final do número) e, para transformar esse número em base 10, teremos: · 1.35 + 2.34 + 2.33 + 1.32 + 2.31 + 2.30 = 243 + 162 + 54 + 9 + 6 + 2 = 476 · 122122(3) = 476 Mudança de Base Observando o exemplo anterior, em que o número aparece decomposto em potências da base três, podemos ver que a simples resolução das operações indicadas na base desejada irá resultar no número escrito em tal base. A indicação a.n5 + b.n4 + c.n3 + d.n2 + e.n1 + f.n0 define o processo para transformar um número da base dez para outra base. Como pode ser notado, o trabalho consiste em converter o número em uma soma de potências inteiras da base multiplicada pelos dígitos que ela utiliza. Isso se consegue dividindo o número dado pela base. O resto da divisão será o primeiro algarismo da direita do número em tal base. Dividindo o quociente pela base, o resto será o próximo algarismo. O processo deve-se repetir até que o quociente se torne menor que a base. Assim, para transformar 6.152 para base 5, temos: Logo, temos 1.55 + 4.54 + 4.53 + 1.52 + 0.51 + 2.50 = 3.125 + 2.500 + 500 + 25 + 2 = 6.152 15 1) Transformar 1101001(2) para a base 10. Escrevendo na forma de produto de potências, temos 1101001(2) = 1.2 6 + 1.25 + 0.24 + 1.23 + 0.22 + 0.21 + 1.20 = 64 + 32 + 0 + 8 + 0 + 0 + 1 = 105 2) Transformar 2263 para a base 3. Efetuando as divisões por 3, Portanto, 2263 = 10002211(3) . Observe bem a ordem em que são tomados os restos das divisões, do último para o primeiro. Adição em Outras Bases Como já vimos, o que determina a base num sistema de numeração é a forma de agrupamento. No sistema de numeração decimal, cada dez unidades agrupadas determina uma dezena; cada agrupamento com dez dezenas determina uma centena; cada agrupamento com dez centenas determina uma unidade de milhar, e assim sucessivamente. Segundo Coelho (2003, p.56), “nada determina que a base de numeração seja necessariamente dez. Com toda probabilidade, esse é o sistema usado quase que universalmente pelo fato de termos dez dedos disponíveis nas mãos para nos auxiliar nos cálculos. ” Se pensarmos num sistema de numeração de base 3, os algarismos disponíveis seriam 0, 1, 2 e a forma de agrupamento de 3 em 3. Num sistema de base 6, os algarismos disponíveis seriam 0, 1, 2, 3, 4, 5 e a forma de agrupamento de 6 em 6. Na tabela abaixo, um comparativo dos numerais de 0 a 10, em base 10 e nas bases 2, 3, 4, 5, 6 e 8: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Base 2 0 1 10 11 100 101 110 111 1000 1001 1010 Base 3 0 1 2 10 11 12 20 21 22 100 101 Base 4 0 1 2 3 10 11 12 13 20 21 22 Base 5 0 1 2 3 4 10 11 12 13 14 20 16 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Base 6 0 1 2 3 4 5 10 11 12 13 14 Base 8 0 1 2 3 3 5 6 7 10 11 12 Iniciaremos o procedimento referente ao algoritmo da adição em base 10 e em outras bases. Lembre-se de que algoritmo é o procedimento utilizado para realizar o cálculo. No caso da divisão, os números devem ser colocados obedecendo unidades, dezenas, centenas, etc., pois utilizaremos o agrupamento referente à base, ou seja, base 10: agrupamento 10; base 3: agrupamento 3, etc. 1) Vamos escrever 48 e 29 em base 3 e efetuar a adição desses números em base 3 usando o mesmo procedimento aditivo que utilizamos no sistema decimal. 48 = (1210)3 29 = (1002)3 1210 + 1002 (2212)3 = 2.3 3 + 2.32 + 1.31 + 2.30 = 54 + 18 + 3 + 2 = 77 = 48 + 29 Com essa adição, podemos perceber que o algoritmo da adição sempre será o mesmo, independente da base utilizada. Nesse caso, não foi necessário nenhum agrupamento. 2) Somar os números 28 e 17 em base 5 28 = 103(5) 17 = 32(5) Logo, 28 + 17 = 45 = 140(5) = 1.5² + 4.5 1 + 0.50 = 45 17 Nesse caso, foi necessário fazer um agrupamento da unidade, ou seja, 5 unidades em base 5 viraram uma unidade subsequente, que foi acrescentada ao 3, resultando 140(5). Subtração em Outras Bases 1) Efetuar a subtração entre 58 e 20 em base 4. 58 = (322)4 20 = (110)4 322 - 110 (212)4 = 2.4 2 + 1.41 + 2.40 = 32 + 4 + 2 = 38 = 58 – 20 Com essa subtração, podemos perceber que o algoritmo da subtração sempre será o mesmo independente da base utilizada. Nesse caso, não foi necessário nenhum agrupamento. 2) Efetuar a subtração entre 100 e 35 em base 6. 100 = (244)6 35 = (55)6 18 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Temos 4 para tirar 5; não dá. Pegamos emprestado da casa posterior, no caso o 4. Como é base 6, empresta 6, mais 4 = 10 tira 5 = 5. Segunda casa era 4, emprestou, ficou com 3 paratirar 5; não dá; empresta da casa posterior, no caso o 2; empresta 6 mais 3 = 9 tira 5 = 4. Terceira casa, 1 menos 0 = 1, resultado 145(6) 145(6) = 1.6 ² + 4.61 + 5.60 = 36 + 24 + 5 = 65 = 100 – 35 Nesse caso, foi necessário fazer um empréstimo. Como é base 6, cada unidade emprestada “vale 6”, resultando 145(6). 19 Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre os Sistemas de Numeração e sua história, sugerimos os sites e as referências a seguir. • www.m3.ime.unicamp.br - Esse é o portal principal da coleção M³ Matemática Multimídia, que contém recursos educacionais multimídia, em formatos digitais desenvolvidos pela Unicamp com financiamento do FNDE, SED, MCT e MEC, para o Ensino Médio de Matemática no Brasil. 20 Unidade: Sistemas de Numeração e Mudanças de base Referências BOYER, Carl B: História da matemática. Tradução de Elza F. Gomide. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. D’AMBROSIO, Ubiratan: Etnomatemática: arte ou técnica de explicar ou conhecer. 4ª.ed. São Paulo: Ática, 1998. EVES, Howard: Introdução à História da Matemática. Tradução de Hygino H. Domingues. 1ª ed. São Paulo: Atual, 2004. IFRAH, Georges: Os números: história de uma grande invenção, 10ª ed. São Paulo: GLOBO, 2001. MILIES, César Polcino, COELHO, Sonia Pitta: Números, uma introdução à Matemática. São Paulo: EDUSP, 2003. 21 Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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