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HORMÔNIO GONADOTROFINA CORIÔNICA (HCG)
· O HCG é um hormônio composto por duas grandes moléculas, chamadas de subunidade alfa (ou fração alfa) e subunidade beta (ou fração beta)
· A fração alfa do HCG é estruturalmente semelhante a vários outros hormônios, como o hormônio folículo-estimulante (FSH) ou o hormônio luteinizante (LH), enquanto a fração beta do HCG é única, não existindo em mais nenhum outro hormônio
· Para diminuir o risco de reação cruzada com outros hormônios e, consequentemente, a ocorrência de falso positivos, os laboratórios fazem a pesquisa apenas da fração beta.
· O HCG é um hormônio glicoproteico secretado normalmente pelas células trofoblásticas da placenta
· A subunidade alfa é produzida pelo citotrofoblasto
· A subunidade beta é produzida pelo sinciciotrofoblasto
· Produção: o hormônio gonadotrofina coriônica humana começa a ser produzido quando o óvulo fertilizado por um espermatozoide se implanta no útero, ocorrendo cerca de seis dias após o encontro do espermatozoide com o óvulo
· Conforme a gravidez avança, mais HCG é produzido pelo feto - nas primeiras semanas de gestação, os níveis de HCG dobram a cada 2 ou 3 dias
· O hormônio é responsável por nutrir o óvulo após ele ser fertilizado e ficar ligado à parede uterina.
· O HCG circulante no sangue é filtrado nos rins e acaba sendo eliminado em parte na urina
· Responsável por manter o corpo lúteo produzindo estrógeno e progesterona durante o primeiro período gestacional, a fim de manter a gravidez
· Função de manter a gravidez do HCG é substituída pela placenta
· Responsável por provocar os enjoos e vómitos nas primeiras semanas
No início da gestação, a HCG atua na manutenção morfológica e funcional do corpo lúteo (função luteotrófica semelhante ao LH hipofisário). As células luteinizadas do corpo lúteo contêm receptores com alta afinidade para a HCG; o estímulo para a síntese de progesterona pelo corpo lúteo se faz pelo sistema monofosfato de adenosina cíclico (AMP cíclico). Alguns autores defendem que a HCG protege o embrião da rejeição imunológica também.
TESTE QUALITATIO DO BETA HCG
1. Quando a urina é absorvida pela tira, começa uma reação química. O teste é composto de anticorpos que ficam solúveis ao entrar em contato com o xixi
2. Os anticorpos começam a procurar o HCG (gonadotrofina coriônica humana - hormônio que surge quando o óvulo é fecundado) na amostra de urina que foi absorvida pela tira
3. Se o HCG for encontrado, os anticorpos grudam no hormônio. Juntos, eles se movem na tira até as linhas T (teste) e C (controle), onde ocorre outra reação química. 
Alfa HCG e LH – são muito parecidas e, portanto, podem ser confundidas em um teste anti-LH.
Descrever a cinética de evolução da gonadotrofina coriônica humana ao longo das primeiras semanas da gestação.
A sigla Beta hCG, ou BhCG, refere-se ao hormônio gonadotrofina coriônica humana. Sua dosagem sanguínea é amplamente utilizada como teste de gravidez, pois esse é um hormônio produzido pelas células do embrião. O Beta hCG até pode ser produzido por outras células do organismo, mas isso só ocorre em situações excepcionais. Em 99% dos casos, se a mulher apresenta níveis elevados de gonadotrofina coriônica humana no sangue, isso significa que ela está grávida. O exame do Beta hCG sanguíneo é o método diagnóstico de gravidez com acurácia mais elevada. Quando colhido na época certa e interpretado corretamente, ele apresenta uma taxa de acerto próxima de 100%. O beta Hcg também pode ser dosado na urina, motivo pelo qual nos últimos anos tem sido cada vez maior a oferta de testes de gravidez de farmácia que podem ser feitos em casa. A dosagem na urina, porém, não é tão confiável quanto a do sangue, sendo possível haver casos de falso negativo, caso o teste seja feito muito no início da gestação. 
A gonadotrofina coriônica humana é essencial para a manutenção e desenvolvimento da gestação, pois estimula o corpo lúteo no ovário a continuar a produção de estrogênios e progesterona para manter a gravidez. Ela é produzida pelo trofoblasto, grupo de células do embrião que dá origem à placenta. Cerca de seis dias após a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, o embrião em formação chega à parede do útero e se aloja nela. A partir desse momento, o hormônio hCG produzido pelo trofoblasto, consegue alcançar a corrente sanguínea da mãe, o que possibilita sua detecção por exames laboratoriais ultrassensíveis. Conforme o embrião e a placenta se desenvolvem, mais hCG é produzido e lançado na circulação materna. Nas primeiras semanas de gestação, os níveis de hCG dobram a cada 2 ou 3 dias. Se nos primeiros 30 dias de gravidez o ritmo de elevação da gonadotrofina coriônica humana estiver inesperadamente pouco elevado, é possível que haja algo de errado na gestação, como inviabilidade fetal ou gravidez ectópica.
Valores do HCG durante a gravidez:
Mulheres não grávidas ou com menos de 3 semanas de gravidez: menor que 5 mIU/ml.
· 3 semanas de gravidez: entre 5 e 50 mIU/ml.
· 4 semanas de gravidez: entre 5 e 426 mIU/ml.
· 5 semanas de gravidez: entre 18 e 7.340 mIU/ml.
· 6 semanas de gravidez: entre 1.080 e 56.500 mIU/ml.
· 7 a 8 semanas de gravidez: entre 7.650 e 229.000 mIU/ml.
· 9 a 12 semanas de gravidez: entre 25.700 e 288.000 mIU/ml.
· 13 a 16 semanas de gravidez: entre 13.300 e 254.000 mIU/ml.
· 17 a 24 semanas de gravidez: entre 4.060 e 165.400 mIU/ml.
· 25 a 40 semanas de gravidez: entre 3.640 e 117.000 mIU/ml.
Atenção, os valores acima são apenas para orientação. Eles não são uma regra e outras referências podem apresentar valores distintos. O mais importante é a velocidade de crescimento do hormônio nas primeiras semanas. Os valores do HCG para gravidez gemelar, sejam gêmeos ou trigêmeos, costumam ser maiores, pois, se há mais embriões, há também mais fontes de produção de gonadotrofina coriônica. Habitualmente, o pico do BHCG ocorre ao redor da 10ª semana de gravidez. Os níveis, então, começam a cair até a 20ª semana, período em que se estabilizam, mantendo-se mais ou menos constantes até o dia do parto.
Dosagem de Beta HCG nos testes de gravidez:
 Existem basicamente duas formas de se avaliar a presença da gonadotrofina coriônica humana: BhCG qualitativo e o BhCG quantitativo. O BhCG qualitativo não fornece valores, apenas revela se há ou não gonadotrofina coriônica humana em valores relevantes circulando no sangue na mãe. Essa forma é muito usada nos testes de gravidez de farmácia que usam a urina como fonte de pesquisa. Esses testes possuem uma fita que reage à presença da gonadotrofina coriônica humana. A fita não quantifica o hormônio, apenas aponta se o hormônio está presente ou não (teste é positivo ou negativo). Já o BhCG quantitativo é a forma usada na maioria dos exames de sangue. Nessa forma de teste, o resultado é fornecido em valores, geralmente em mili unidades internacionais por mililitro (mUI/ml). A maioria dos laboratórios considera haver gravidez em curso quando os valores estão acima de 25 mUI/ml.
Interpretação dos valores de Beta HCG:
A maior parte dos laboratórios utiliza os seguintes valores de referência:
· BhCG abaixo de 5 mIU/ml: resultado negativo, não há gravidez em curso.
· BhCG entre 5 e 25 mIU/ml: resultado indefinido, geralmente indica inexistência de gravidez em curso, mas pode ser o caso de gestação muito recente, quando ainda não houve tempo do hCG ser produzido em quantidades suficientes para ser detectado no sangue. Nesses casos, deve-se repetir o teste após três dias.
· BhCG acima de 25 mIU/ml: resultado positivo, indica gravidez em curso.
3. Relacionar a concentração de progesterona com a manutenção da gestação.
 A progesterona é um hormônio feminino, produzido pelos ovários, responsável por regular o ciclo menstrual da mulher e preparar o útero para receber e manter uma eventual gestação. Nesse sentido, ela é liberada a partir da ovulação, perto do 14º dia do ciclo menstrual, após a ação do hormônio luteinizante (LH). Dessa forma, os níveis de progesterona aumentam após a ovulação e mantêm-se altos caso existauma gravidez. No entanto, se a fecundação não ocorrer, os ovários deixam de produzir progesterona e o revestimento do útero (endométrio) é destruído e eliminado naturalmente através da menstruação. A presença equilibrada de progesterona no corpo assegura a capacidade reprodutiva da mulher em idade fértil. Já a diminuição dos níveis normais deste hormônio pode resultar em problemas de fertilidade, gravidez ectópica ou abortos de repetição.
Função da progesterona:
 A progesterona tem a função de interagir com o útero, a vagina, o colo do útero, as mamas, bem como o cérebro, os vasos sanguíneos e os ossos. Dessa forma, associada à gravidez, a progesterona prepara o endométrio para a gestação e aciona este revestimento a ficar mais espesso para receber o óvulo fertilizado. Além disso, ela inibe as contrações musculares do útero, evitando a expulsão do embrião através de um aborto. Nesse sentido, a progesterona é fundamental para que o embrião sobreviva. Assim, nas mulheres gestantes, ela também ajuda as glândulas mamárias a se desenvolverem colaborando para a lactação.
 Contudo, entre outras funções, a progesterona também auxilia o corpo feminino a utilizar a gordura como fonte energética. Além disso, ela ajuda na ação dos hormônios relacionados à tireoide, renova a libido, regula o sono, ajuda a manter a densidade óssea e diminui o risco de câncer de endométrio.
 Durante a gestação, a produção de progesterona ocorre inicialmente no corpo lúteo, uma estrutura que surge assim que o óvulo é liberado no ovário e que também tem a função de manter a placenta no seu período inicial. Além disso, a progesterona ajuda ainda a manter a gravidez, causa o relaxamento da musculatura do útero e por fim, auxilia no desenvolvimento das glândulas mamárias, necessárias para a amamentação. Entretanto, quando ocorre a deficiência da progesterona, pode acontecer falhas no processo de implantação do embrião. Dessa forma, pode haver prejuízo da fase inicial da gravidez, levando muitas vezes a abortos de repetição.

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