JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL

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JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL
· A lei 9099/95 é um instrumento normativo que disciplina o funcionamento dos Juizados Cíveis e Criminais na esfera Estadual.
· Possuem a finalidade de processar e julgar questões de menor complexidade.
COMPETÊNCIA
· Os juizados cíveis têm competência para conciliar, processar e julgar as causas cíveis de menor complexidade. O seu valor econômico não pode ultrapassar 40 salários mínimos.
· Se excluem as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas.
PARTES
· Não poderão ser partes no processo:
1- Preso;
2- Incapaz;
3- Pessoas jurídicas de Direito Público;
4- Empresas públicas da União;
5- Massa falida;
6- Insolvente civil.
· Somente poderão ser partes:
1- Pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas;
2- Microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte;
3- Pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
4- As sociedades de crédito ao microempreendedor.
AUDIÊNCIAS NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
· Audiência de conciliação, que poderá ser dirigida pelo Juiz Togado, leigo ou conciliador;
· Não obtida a conciliação, as partes poderão optar pelo juízo arbitral;
· Sem que haja solução, haverá a audiência de instrução e julgamento e em seguida será proferida a sentença.
AUDIÊNCIAS NO JUIZADO CRIMINAL
· Audiência preliminar em que ocorre a tentativa de conciliação, onde é realizada uma proposta de composição dos danos;
· Não havendo, o MP poderá propor a aplicação restritiva de direito;
· Não havendo a possibilidade de composição dos danos e a transação penal, será designada audiência de instrução e julgamento e por fim a sentença.
 RECURSOS 
· São interpostos para a turma recursal que funciona como segunda instância;
· Diante de uma decisão da turma recursal, é possível que seja interposto REx no STF, se a questão for além dos interesses privados das partes.
RECURSOS NOS JUIZADOS CRIMINAIS
· Apelação: Da sentença e da decisão que rejeita a denúncia ou a queixa;
· Embargos de declaração: Quando ocorrer obscuridade ou omissão na sentença.
 
 RECURSOS NOS JUIZADOS CÍVEIS
· Recurso inominado: Da sentença prolatada;
· Embargos de declaração: Da sentença ou do acórdão.
SÚMULA 376: COMPETE À TURMA RECURSAL PROCESSAR E JULGAR O MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO DE JUIZADO ESPECIAL.
PRAZOS DO JUIZADO CÍVEL
· São contados apenas em dias úteis.
 
 PRAZOS DO JUIZADO CRIMINAL
· A contagem deve ser feita de forma corrida, podendo ser em horário noturno ou qualquer dia da semana.
 
 MEIOS TECNOLÓGICOS EM AUDIÊNCIA
· Possibilidade de se realizar audiências por meio de dispositivos tecnológicos que sejam capazes de transmitir imagem e voz em tempo integral. Incluída pela lei 13.994/20.
 
 DESPESAS
· Não necessita arcar com custas processuais iniciais.
· Somente em caso de interposição de recursos é que se deverá arcar com o preparo recursal, caso o interessado não esteja acobertado com a Justiça Gratuita.
 
 PEDIDO CONTRAPOSTO
· Ao apresentar a contestação pode formular pedidos contra o autor da demanda sem que haja a necessidade de protocolar uma ação autônoma.
· Não se admitirá a reconvenção.
· Não cabe fatos novos, deve se valer dos mesmos fatos narrados na inicial.
 SUPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
· Objetivo de evitar a fixação de pena privativa de liberdade, desde que o crime imputado preveja pena mínima de um ano;
· Deve cumprir requisitos do art.89.
PRESENÇA DE ADVOGADO NO JUIZADO CÍVEL
· Nas causas de até 20 salários mínimos a parte pode comparecer sozinha ao Juizado.
 PRESENÇA DE ADVOGADO NO JUIZADO CRIMINAL
· Ambas as partes devem estar acompanhadas de advogados.