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Pediatria aula 1

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1 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
PEDIATRIA 
PUERICULTURA 
 
Recém-nascido 0-28 dias de vida 
Lactente 29 dias a 2 anos de idade 
Pré-escolar 2 a 6 anos de idade 
Escolar 6 a 10 anos de idade 
Adolescente 10 aos 19 anos incompletos 
• Frequência de consultas 
Nos primeiros dois anos de vida as consultas são 
mais frequentes devido ao processo de 
crescimento e desenvolvimento serem mais 
intensos. No 1º ano de vida é recomendado um 
mínimo de 7 consultas de rotina: 1ª semana, 
1º/2º/4º/6º/9º/12º mês e no 2º ano deve ser um 
mínimo de 2 consultas de rotina, no 18º e no 24º 
mês. 
A partir dos 2 anos de idade, as consultas podem 
se tornar anuais. 
• Consulta completa 
Antecedentes pessoais da criança, 
desenvolvimento neuropsicomotor, antecedentes 
vacinais, história de formação da família, 
habitação, hábitos atuais da criança. 
• Exame físico 
1. Peso: deve ser analisado em relação ao peso 
ideal ao nascer (baixo peso ao nascer <2500g; 
macrossomia >4000g), sendo considerado normal 
uma perda de até 10% ao nascer e recuperação 
até o 15º dia de vida. 
2. Crânio: a fontanela anterior mede de 1-4cm, 
tem forma losangular e fecha-se do 9º ao 18º mês 
e não deve estar fechada no momento do 
nascimento. A fontanela posterior é triangular, 
mede cerca de 0,5cm e fecha-se até o segundo 
mês. 
3. Olhos: estrabismo e nistagmo lateral são 
normais nos RN, pois a visão binocular só fica bem 
desenvolvida entre 3-7 meses. 
4. Abdome: a respiração é basicamente 
abdominal, deve-se realizar a contagem dos 
movimentos respiratórios abdominais que variam 
de 40-60 mrm. A presença de hernia inguinal 
indica cirurgia imediata pelo risco de 
encarceramento. No caso da hérnia umbilical, 
deve-se aguardar a regressão espontânea até os 
12 meses. 
• Dados antropométricos 
- Perímetro cefálico até os 2 anos 
- Peso x idade ( 0 a 10 anos) 
- Comprimento/ altura x idade (0 a 10 anos) 
- IMC x idade (0 a 10 anos) 
Ao analisar essas crianças deve-se fazer a idade 
corrigida, usando o valor de 40 semanas. 
➔ Índice peso/idade 
Z score entre -2 e -3: baixo peso para idade 
Z escore abaixo de -3: muito baixo peso para 
idade 
Z escore entre -2 e +2: adequado peso 
Z escore >2: peso elevado para idade 
➔ Índice Estatura/idade 
Z escore entre -2 e -3: baixa estatura para idade 
Z escore abaixo de -3 muito baixa estatura para 
idade 
Z escore -2 ao +3: estatura adequada 
Z escore >+3 não tem classificação 
➔ IMC para meninos até 5 anos 
Z escore entre -2 ao +1: normalidade 
Z escore entre -2 e -3: magreza 
Z escore menor que -3: magreza acentuada 
>1 e 2: risco de sobrepeso 
2-3: sobrepeso e >3: obesidade 
➔ IMC para meninos a partir dos 5 anos 
Z escore >3: obesidade grave 
Z escore entre 3 e 2: obesidade 
Z escore +2 e +1: sobrepeso 
Z escore +1 -2: eutrofia 
Z escore entre -2 -3: magreza 
O peso pode ser aferido por meio da balança 
pediátrica que deve ser utilizada para crianças 
de até 25kg ou 2 anos. A medida do 
comprimento é realizada com régua 
antropométrica, com haste fixa e que deve ficar 
na cabeça e a haste móvel é colocada logo 
abaixo do pé da criança. Em crianças a partir 
dos 2 anos é possível medir a altura da criança 
com o estadiômetro. 
O perímetro cefálico deve ser medido em todas 
as consultas até os 2 anos de vida. Se o z escore 
estiver menor que -2 fala-se que o PC está abaixo 
do esperado e se >+2 está acima do esperado 
para a idade. 
 
A microcefalia deve ser diagnosticada dentro 
das primeiras 24 horas até o 1ª semana de vida se 
a medida do PC estiver no escore z<-2, em casos 
de medidas <-3 no escore z, fala-se em 
 2 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
microcefalia grave. Para RN a termo, pode-se 
usar os gráficos de idadexPC. 
No 1º trimestre de vida, o PC costuma crescer 
2cm/mês, no 2º trimestre cresce 1cm/mês e no 
terceiro trimestre cresce 0,5cm/mês. 
• Rastreamento para displasia evolutiva de 
quadril 
Os principais fatores de risco são: sexo feminino, 
história familiar de displasia congênita do quadril 
e parto com apresentação pélvica. 
Duas manobras devem ser realizadas nas 
primeiras consultas até os 2 meses: Ortolani e 
Barlow. Quando Ortolani é positiva faz-se o 
diagnóstico de displasia do desenvolvimento do 
quadril, indicando a avaliação com cirurgião 
ortopédico especialista, que avalie a melhor 
abordagem. 
Barlow 
Ortolani 
• Ausculta cardíaca 
 
• Aferição da PA arterial 
O recomendado é que a PA seja aferida em 
crianças numa primeira medida aos 3 anos de 
idade e segunda medida aos 6 anos, no entanto, 
outras referências não fazem menção a idades 
específicas para medida. 
A PA normal é inferior ao percentil 90, pré-
hipertensão entre percentil 90-95 e hipertensão é 
definida por valores superiores ao percentil 95. 
• Rastreamento para criptorquidia 
Caso os testículos não sejam palpáveis ou sejam 
retráteis na 1ª consulta da puericultura o 
rastreamento deve ser realizado nas próximas 
consultas de rotina. Se aos 6 meses não houver 
testículos palpáveis, a criança deve ser 
encaminhada a cirurgia pediátrica. 
Se forem retráteis, deve ser monitorado a cada 6-
12 meses entre os 4-10 anos de idade, pois pode 
ocorrer da criança crescer mais rápido do que o 
cordão espermático e haver saída dos testículos 
da bolsa escrotal. 
CRESCIMENTO E AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
• Crescimento 
Ao nascer, o menino mede cerca de 50cm e a 
menina 49cm, com variação de mais ou menos 
2cm. O peso é em média 3.300g, quando menor 
que 2500g são denominados de baixo peso. 
O pico da velocidade de crescimento em 
comprimento no período intrauterino ocorre no 2º 
trimestre de gravidez e do peso no último 
trimestre. 
O crescimento pode ser dividido em 3 fases: 
1. Uma fase de crescimento rápido porém com 
velocidade de crescimento progressivamente 
menor dos 2,5 anos até os 3 anos. 
2. Uma fase de crescimento mais estável com 
desaceleração lenta até o início da puberdade. 
3. A fase puberal com o estirão de crescimento 
rápido, que em algumas crianças, há um estirão 
entre 7 e 8 anos. 
A menina e o menino crescem de forma bem 
semelhante durante a infância, mas na 
puberdade as meninas apresentam o estirão em 
média 2 anos antes que os meninos e param de 
crescer mais cedo. O pico de velocidade das 
meninas é de 8,5cm/ano e dos meninos de 
9,5cm/ano. 
• Puberdade 
Devem ser avaliadas as mamas e pelos púbicos 
nas meninas e os genitais e os pelos púbicos nos 
meninos. O tamanho dos testículos pode ser 
avaliado pelo orquidômetro de Prader, até 3cm 
considera-se que o menino ainda tem 
características infantis, a puberdade começa 
com 4,5cm e o estirão tem início com 8cm. 
Na menina, a puberdade começa com o 
aparecimento do broto mamário, que ocorre 
junto com o aumento da velocidade de 
crescimento e a menarca normalmente ocorre 
quando a velocidade já ultrapassou o pico. 
 Estadiamento de Tanner- MAMAS 
Estágio 1: pré-adolescente, apenas elevação do 
mamilo 
Estágio 2: estágio do botão mamário, elevação 
da mama e do mamilo, como um pequeno 
monte. 
Estágio 3: tanto a mama quanto a aréola estão 
maiores e mais elevadas que no estágio 2, mas 
sem distinção. 
 3 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Estágio 4: a aréola e a papila formam um 
contorno secundário, destacando-se do resto da 
mama. 
Estágio 5: Estágio maduro, apenas o mamilo se 
projetando, com a aréola seguindo o contorno 
da mama. 
 ESTADIAMENTO GENITAL MASCULINO 
Estágio 1:pré-adolescente, testículos, escroto e 
pênis de tamanho e forma infantis. 
Estágio 2: escroto apresenta-se levemente 
aumentado, com pele mais escura e mudança 
de textura. Pênis sem aumento ou pouco 
aumentado. 
Estágio 3: pênis apresenta aumento, 
principalmente em comprimento. Escroto maior 
que no estágio anterior. 
Estágio 4: pênis aumentadoem comprimento e 
largura, desenvolvimento da glande. Escroto 
maior que no estágio 3, pele do escroto mais 
escura e enrugada que nos estágios anteriores. 
Estágio 5: genitália adulta em tamanho e forma. 
 ESTADIAMENTO DOS PELOS PUBIANOS 
Estágio 1: pré-adolescente, sem pelos púbicos 
Estágio 2: pelos finos, longos, lisos ou curvos, com 
maior concentração próximo à base do pênis ou 
ao longo dos grandes lábios. 
Estágio 3: mais escuros, espessos e curvos, os 
pelos espalham-se pelo púbis. 
Estágio 4: pelos do tipo adulto, mais distribuídos e 
em pouca quantidade. 
Estágio 5: pelos do tipo adulto mais distribuídos na 
região pubiana e raiz da coxa. 
• Fatores que influenciam e controlam o 
crescimento 
O primeiro fator a ser considerado é a influência 
genética. Estatura alvo em cm: 
- Meninos: (altura do pai + altura da mãe +13)/2 
-Meninas: (altura do pai + altura da mãe -13)/2 
Nutrição, doenças e condições sociais 
influenciam o crescimento. Os principais 
hormônios que controlam o crescimento são GH, 
hormônio tireoidiano e os hormônios sexuais. 
• Estado nutricional e Crescimento no RN 
Perde 10% na primeira semana de vida e 
recupera o peso do nascimento com 10 dias. 
O comprimento ao nascer geralmente é de 
50cm nos meninos e 49cm nas meninas. 
O acompanhamento mensal deve ser de peso, 
comprimento e perímetro cefálico. 
O ganho ponderal esperado para cada idade é 
de: 
1º trimestre 700g/mês 
2º trimestre 600g/mês 
3º trimestre 500g/mês 
4º trimestre 400g/mês 
Pré-escolar 2kg/ano 
Escolar 3-3,5kg/ano 
• Avaliação da desnutrição 
Classificação de Waterlow: utiliza a porcentagem 
da mediana para estatura/idade e peso/idade. 
 
Classificação de Gómez: utiliza a porcentagem 
da mediana para peso/idade 
 
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 
Fatores de risco: ausência de pré-natal/gestação 
não desejada, intercorrências durante a 
gestação, intercorrências durante o parto e 
neonatais, baixo peso ao nascer e 
prematuridade. 
Recém-nascido: tônus flexor nos membros, 
hipotonia de musculatura paravertebral, 
movimentos reflexos e reflexos primitivos. 
1. Reflexo da marcha: de 0 a 2 meses de vida. 
2. Reflexo de colocação das pernas(Placing): de 
0 aos 2 meses de vida. 
3. Reflexo tônico cervical assimétrico (esgrimista): 
presente até os 4 meses de vida. Rotaciona a 90º 
a cabeça do RN, ele irá fazer extensão de 
membro superior ipsilateral e flexão no membro 
contralateral. 
4. Reflexo da sucção: desaparece aos 2 meses. 
5. Reflexo da busca: 2 meses de vida. Estímulo nas 
comissuras labiais. 
6. Reflexo de Moro: dura até os 6 meses de vida. 
Abdução dos membros superiores e adução dos 
membros superiores. 
7. Preensão palmar: dura até os 3 a 4 meses de 
vida. 
8. Preensão plantar: dura até os 10 a 11 meses de 
vida. 
O recém nascido é capaz apenas de focalizar 
um objeto a poucos centímetros e tem 
preferência por rostos humanos. Em relação a 
audição, o bebê já escuta desde o 5º mês de 
gestação, inclusive ao nascer já existe 
familiaridade com vozes materna e familiares. 
 4 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Marcos do desenvolvimento 
2 meses: Segue um objeto por 180 graus; sorri no 
contato social; presta atenção a vozes; quando 
colocada de bruços consegue levantar a 
cabeça por poucos segundos. 
4 meses: sorri espontaneamente; ri alto; balbuciar 
mais estruturado; consegue equilibrar bem a 
cabeça quando de bruços; consegue rolar; 
consegue pegar objetos e elevar a linha média. 
4-6 meses: volta a cabeça em direção ao 
estímulo sonoro. 
6 meses: consegue transferir um objeto de uma 
mão para outro; apreensão palmar; repete sons 
estruturados; consegue rolar; senta-se com apoio. 
9 meses: bater palmas; faz movimentos de pinça; 
apontar; medo de estranhos. 
9-12 meses: engatinha ou anda com apoio 
1 ano: caminha apoiado; consegue dar um 
objeto; chora quando os pais se afastam. 
18 meses: consegue comer sozinha, consegue 
colocar sapato, consegue identificar partes do 
corpo e brincadeiras de faz de conta. 
¤ Anemia ferropriva 
Suplementação profilática: 
1. Criança em AM exclusivo: 1mg/kg/dia a partir 
dos 3 meses até os 2 anos. Caso tenha fator de 
risco para anemia, deve-se iniciar logo no 3ºmês. 
2. RN termo, de peso adequado para IG em uso 
de menos de 500mL de fórmula infantil por dia: 
1mg/kg/dia a partir do 3º mês até os 2 anos. 
3. RN termo com peso inferior a 2500g: 
2mg/kg/dia a partir dos 30 dias e mantém 
durante 1 ano. Após esse período a dose é de 
1mg/kg/dia até o 2º ano. 
4.RN pré-termo com peso entre 1500 e 1000g: 
3mg/kg/dia a partir dos 30 dias durante 1 ano. 
Após esse período 1mg/kg/dia por mais um ano. 
5. Prematuros com peso <1000g:4mg/kg/dia a 
partir do 28º dia de vida até o primeiro ano de 
vida e posteriormente deixa 1mg/kg/dia até 2 
anos de idade. 
O tratamento propriamente dito deve ser feito 
com 4-6mg/kg de ferro por no mínimo 8 semanas, 
com monitorização a cada 4 semanas. 
O sulfato ferroso possui 25mg/mL de ferro 
elementar e cada mL possui 20 gotas. 
 
IMUNIZAÇÕES 
 
✓ Ao nascer 
BCG+ Hepatite B 
✓ 2 meses 
Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, 
meningite e hepatite B) + VIP + Rotavírus + 
Pneumocócica 
✓ 3 meses 
Meningocócica 
✓ 4 meses 
Pentavalente + VIP+ Rotavírus+ Pneumocócica 
✓ 5 meses 
Meningocócica 
✓ 6 meses 
Pentavalente + VIP 
✓ 9 meses 
Febre amarela 
✓ 12 meses 
Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) + 
Pneumocócica+ Meningocócica 
✓ 15 meses 
Reforço da DTP + VOP+ Tetraviral (tríplice + 
varicela) + Hepatite A 
✓ 4 anos 
DTP+ VOP+ varicela+ febre amarela 
✓ Anualmente 
Influenza 
• Composição vacinal 
Agentes atenuados: BCG, rotavírus, VOP(Sabin), 
varicela, febre amarela, tríplice viral. 
 ->Contraindicações absolutas: 
imunodeficiência primária ou adquirida, 
neoplasia malignas, uso de corticoides sistêmico 
em doses elevadas (2mg/kg/dia) por >2 semanas 
ou em uso de imunossupressores, grávidas. 
Agentes inativados: VIP(salk), coqueluche, 
influenza, hepatite A, HPV. 
Partes de agentes etiológicos: Hepatite B, 
pneumocócica 10v, meningocócica, hemófilos, 
pneumo23V. 
Produtos modificados do metabolismo: difteria, 
tétano. 
**Cuidado na aplicação de vacinas 
intramusculares se : distúrbios de coagulação, uso 
prévio de fatores de coagulação, aplicação via 
subcutânea. 
➢ BCG 
Previne contra as formas graves da tuberculose : 
miliar e meningoencefálica. Dose única no braço 
direito. Única que é feita intradérmica. 
 5 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Única indicação de revacinação: comunicantes 
domiciliares de hanseníase. Crianças com menos 
de 1 ano vacinados: não faz dose adicional. 
Crianças com mais de um ano vacinados: se tiver 
comprovação vacinal, faz uma nova dose de 
BCG com intervalo mínimo de 6 meses e caso 
não tenha comprovação vacinal, deve-se fazer 1 
dose de BCG. 
Contraindicações relativas: peso relativo <2000g, 
lesão de pele no local da vacinação, até 3 
meses após tratamento com imunossupressores 
ou corticoides. 
Evolução normal da lesão vacinal: Na 1-2ª 
semana ocorre uma mácula avermelhada com 
enduração de 5-15mm, na 3º-4º semana surge 
uma pústula pelo amolecimento central e 
formação de crosta, em torno da 4-5º semana 
aparecimento de úlcera com 4-10mm, a 
cicatrização inicia-se em torno a 6-12º semana. 
Não precisa revacinar caso não apareça a 
pústula. A linfadenopatia à direita é normal. 
Quando as reações adversas envolvem úlcera de 
diâmetro >1cm e abscesso subcutâneo frio, é 
necessário o uso da isoniazida até a regressão da 
lesão. Caso o abscesso seja subcutâneo quente, 
é indicado o uso de antibiótico. A queloide só é 
necessária observação. 
➢ Rotavírus 
São as principais causas de gastroenterites 
graves, protegendo contra o grupo A. 
Adiar vacina se: quadros febris, diarreia e 
vômitos. 
Não é necessáriorevacinar se a criança 
regurgitar. 
Contraindicações : doenças gastrointestinais 
crônicas, mal-formação congênita de TGI, 
invaginação intestinal. 
• Reações adversas da vacinação 
Sempre notificar, investigar e tratar. 
✓ Reações locais 
Ocorrem mais em vacinas intramusculares, 
gerando edema, hiperemia, calor, dor local. 
Pode ocorrer abscesso: se for frio é devido a má 
técnica e se for quente é devido a uma infecção 
bacteriana secundária. 
✓ Reações sistêmicas 
Febre dura até 24 horas, caso persista é 
necessário descartar outras infecções. A principal 
causadora é a DTP. Apenas uso de antitérmicos. 
Outros sintomas são sonolência, irritabilidade, 
anorexia/vômitos, diarreia (rotavírus), púrpura 
trombocitopênica (hepatite B e tríplice viral). 
➢ DTP 
Componente pertusis em células inteiras, é 
altamente reatogênico o que confere uma maior 
imunidade. 
Só deve ser feito em crianças até 7 anos de 
idade, após isso só pode ser feito dT ou dTPa. 
Eventos adversos: febre nas primeiras 24 horas, 
irritabilidade, choro persistente e inconsolável por 
mais de 3 horas. 
Episódio hipotônico-hiporresponsivo: tríade 
alterações da cor da pele, hiporresponsividade, 
hipotonia. Outro caso que necessita a vacina 
com DTPa é a convulsão febril. 
Em casos de anafilaxia, como é impossível saber 
qual das 3 causou a queixa, então suspende 
todas as outras doses. 
➢ VOP (sabin) 
Vacina do Zé Gotinha 
Bivalente (poliovírus 1 e 3) 
Imunidade duradoura 
Uma reação grave é a neurovirulência que irá 
desencadear febre, paralisia flácida seguida de 
atrofia. 
O diagnóstico é dado através do isolamento viral. 
➢ VIP (salk) 
Vacina intramuscular 
Agente inativado 
Trivalente (poliovírus 1,2 e 3) 
Três primeiras doses 
Reduzir o risco de paralisia associada a VOP 
➢ Febre amarela 
Anafilaxia devido ao uso do ovo 
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS 
SINUSITE 
Processo inflamatório que acomete a mucosa 
que reveste as cavidades dos seios paranasais. 
Ao nascimento a criança já possui o seio 
etmoidal e o maxilar, aos 5 anos inicia a aeração 
do seio esfenoidal e aos 16 anos possui o seio 
frontal. 
• Agentes etiológicos 
90% dos casos das sinusites bacterianas inicia se 
forma viral. 
A forma bacteriana propriamente dita tende a 
acontecer em crianças entre 4-7 anos, 
frequentadoras de creche, em períodos de 
outono e inverno, sujeitas ao tabagismo passivo. 
Streptococcus pneumoniae, Moraxella 
catarrhalis, Haemophillus influenzae não tipável, 
complicações por S.aureus, em 
imunocomprometidos é comum aspergillus. 
 6 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Patogênese 
Obstrução do óstio do seio paranasal, disfunção 
ciliar, predispõe o espessamento do muco, 
proliferação bacteriana. 
• Quadro clínico 
Febre, obstrução nasal, coriza nasal, tosse 
produtiva. 
Como diferenciar de um resfriado comum? 
Deve-se atentar nos sinais de alerta: 
-Sintomas persistentes >10 dias 
- Piora da evolução 
-Sintomas graves: febre>39ºC com coriza nasal 
purulenta amarelo-esverdeado por >3 dias 
consecutivos. 
• Diagnóstico 
É clínico, não devendo ser realizado RX de seios 
da face de rotina. 
TC de seios da face em casos de suspeita de 
complicação, infecção persistente ou recorrente 
sem melhora com antibiótico. 
• Tratamento 
O antibiótico deve ser prescrito logo quando a 
criança está muito mal logo no início do quadro 
ou quando há piora dos sintomas, além disso as 
portadoras de doenças crônicas já devem 
receber o suporte de antibiótico logo de cara. 
Amoxicilina / Amoxicilina + clavulanato / axetil-
cefuroxima DURANTE 10 DIAS 
Medidas adjuvantes: corticoide nasal, lavagem 
nasal com soro fisiológico. 
O uso de descongestionantes nasais é 
contraindicados para crianças menores de 5 
anos, além disso não está indicado o uso de 
mucolíticos e anti-histamínicos. 
• Complicações 
 
Adolescentes do sexo masculino, hígidos e com 
sinusite frontal são mais propensos ao 
desenvolvimento de complicações. 
→Celulite periorbitária: mais comum em crianças 
<5 anos de idade, associada a sinusite etmoidal, 
devido ao comprometimento da drenagem 
venosa, cursando com edema e eritema peri-
orbitário súbito. Pode evoluir para intraorbitária. 
Conduta: internação para antibiótico EV por 10 
dias; amoxicilina- clavulonato 90mg/kg/dia 12/12 
horas. 
→Celulite intraorbitária: grave devido ao 
acometimento da órbita. Suspeitar clínica: 
borramento da visão, redução da acuidade 
visual, diplopia, oftalmoplegia, alteração dos 
reflexos pupilares, proptose, edema conjuntival. 
Para fazer a diferenciação entre os 2 tipos de 
celulite orbitária é necessária a realização de 
uma TC de crânio e orbitária. 
FARINGITE 
Inflamação da mucosa da faringe e tonsila 
palantina. 
• Agentes etiológicos 
Vírus: autolimitada, rinovírus, coronavírus, 
parainfluenza, enterovírus. 
Bactérias: Streptococcus pyogenes, Haemophilus 
influenzae, Mycoplasma pneumoniae, 
Corynebacterium diphtheriae. 
• Quadro clínico 
Sintomas inespecíficos: febre, dor de garganta, 
exsudatos. 
Sugestivo de vírus: tosse, rinorréia/conjuntivite, 
rouquidão, diarreia, vesículas em orofaringe. 
Sugestivos de bactéria: vômitos, petéquias em 
palato, exsudato faríngeo, rash escarlatiniforme, 
linfonodos cervicais dolorosos. 
• Faringoamigdalite estreptocócica 
Exsudato faríngeo, petéquias em palato 
(manchas de Forchheimer). 
Pode evoluir com complicações: 
1. Abscesso peritonsilar: infecção do tecido entre 
a cápsula da tonsila palatina e os músculos 
faríngeos. Sintomas prolongados e progressivos, 
apresentando dor de garganta, febre, disfagia, 
sialorreia e trismo. É unilateral e com desvio da 
úvula. 
2. Abscesso retrofaríngeo: infecção profunda de 
pescoço no espaço retrofaríngeo. Febre, dor no 
pescoço, odinofagia, meningismo, massa 
cervical, disfonia, trismo e até estridor. Solicitar TC 
cervical. 
3. Febre reumática 
• Faringite aguda viral 
1. Coxsackie A: cursa com a herpangina, 
vesículas, febre, dor de garganta e dor 
abdominal. Síndrome mão-pé-boca: vesículas 
orais, lesões papulovesicualres em mãos e pés. 
2. Adenovírus: febre faringoconjuntival 
3. Epstein-Barr: mononucleose 
• Diagnóstico 
Só a avaliação clínica é insuficiente, o método 
ideal é a cultura de orofaringe na suspeita de 
bactérias. 
 7 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
O strep test é uma forma mais fácil e rápida de 
dar o diagnóstico. 
• Tratamento 
Nos casos virais: anti-inflamatórios 
Casos bacterianos: amoxicilina por 10 dias/ 
benzetacil dose única 
Se a criança tiver a alergia a betalactâmicos, 
então pode fazer uso da clindamicina ou de 
macrolídeos. 
CRUPE 
Obstrução inflamatória das vias aéreas 
superiores, cursando com desconforto 
respiratório, tosse ladrante, estridor respiratório e 
rouquidão. 
➔ Definição 
Laringe→laringite : tosse ladrante e rouquidão 
Laringe e traqueia→laringotraqueíte : estridor 
respiratório e desconforto respiratório. 
• Etiologia 
Laringotraqueíte viral 
Laringite estridulosa 
Traqueíte bacteriana 
 1. Laringotraqueíte viral 
Mais conhecida como crupe viral 
Mais comum no sexo masculino, entre 1 a 6 anos, 
com pico aos 18 meses. Acontece 
principalmente no período de outono/inverno e 
decorre de vírus respiratórios: parainfluenza, 
influenza, vírus sincicial respiratório e rinovírus. 
Quadro clínico: inicia com tosse, coriza e febre 
durante 24-72 horas, ou seja, quadro típico de 
IVAS, subitamente inicia com tosse ladrante, 
rouquidão e estridor que deve durar em torno de 
3 a 7 dias, tendo piora com agitação e choro. 
Raramente cursa com hipoxemia. 
Diagnóstico é clínico 
Rx cervical evidencia sinal da torre de igreja 
Tratamento: de acordo com a gravidade. 
Reduzir a agitação da criança, dexametasona IM 
dose única. Caso seja muito grave, é necessário 
a inalação com adrenalina (5 ampolas em via 
inalatória):constrição das arteríolas locais. A 
oxigenioterapia caso haja cianose e em casos 
extremos pode lançar mão de intubação. 
 2. Laringite estridulosa 
Também conhecida como crupe espasmódica, 
comum em crianças do sexo masculino, entre 1-3 
anos de idade e com histórico de atopia. 
Quadro clínico: Não possui pródromo, ou seja 
inicia subitamente com estridor, desconforto 
respiratório e tosse metálica. Dura alguns minutos 
e tem resolução espontânea, geralmente ocorre 
2-3 noites seguidas. 
Conduta: inalação com soro fisiológico 
 3. Traqueíte bacteriana 
Mais comum no sexo masculino, crianças de até 
6 anos de idade e é devido a infecção 
bacteriana: 
- Staphylococcus aureus 
-Streptococcus pneumoniae 
-Haemophilus influenzae 
-Moraxella catarrhalis 
-Anaeróbios 
Quadro clínico: estridor, rouquidão, desconforto 
respiratório e tosse ladrante, febre e toxemia, ou 
seja há acometimento do estado geral. 
Também é chamado de crupe membranoso, 
justamente pelo achado de exsudato 
mucopurulento com membranas aderentes na 
traqueia durante a laringoscopia. 
Diagnóstico clínico! 
Rx cervical: afunilamento da coluna aérea e 
esfumaçamento da parede da traqueia. 
Conduta: admissão em UTI, intubação precoce, 
uso de antibióticos (oxacilina e ceftriaxone), não 
usa corticoide ou inalação de adrenalina. 
• Outras infecções 
1. Supraglotite 
Não há acometimento de laringe, por isso não 
enquadra-se como crupe. 
Crianças de 2 a 7 anos, decorrente de infecção 
bacteriana: 
-H.influenzae b 
-S.pyogenes 
-S.aureus 
Quadro clínico: início súbito de disfagia, engasgo, 
salivação, febre alta e agitação, tem evolução 
rápida para toxemia e insuficiência respiratória. 
Além disso melhora na posição do tripé. 
Na laringoscopia é visível a epiglote edemaciada 
e hiperemiada. 
RX cervical evidencia epiglote em dedo de luva. 
Conduta: é uma emergência, deve ser intubado 
de imediato, antibiótico (ceftriaxone), colher 
cultura. Não precisa usar corticoide ou 
adrenalina inalatória. 
BRONQUIOLITE 
Primeiro episódio de sibilância em um lactente <2 
anos de vida, desencadeado por uma infecção 
viral do trato respiratório inferior. 
 
 8 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Etiologia 
Vírus sincicial respiratório, rinovírus, influenza 
- VSR: 90% dos lactentes <2 anos será infectado 
por ele ao menos 1 vez na vida, 40% dos casos 
terá clínica de bronquiolite. A transmissão se dá 
por gotículas e não garante imunidade 
duradoura. 
• Quadro clínico 
Pródromo: 2-4 dias 
Começa com sintomas de IVAS: febre baixa, 
obstrução nasal, rinorréia e espirros, é o período 
que ele encontra-se em replicação antes de 
descer para via aérea inferior, onde ele evolui 
para tosse, sibilância, aumento do esforço 
respiratório (atinge o pico no 5º dia), taquipneia, 
gemência, batimento de asa nasal e retrações 
intercostais. 
 
• Fatores de risco de maior gravidade 
Idade <1 ano de vida, sexo masculino, tabagismo 
passivo, prematuridade, cardiopatia congênita 
com repercussão, displasia broncopulmonar, 
imunodeficiência e síndromes genéticas. 
• Complicações 
Atelectasia, otite média aguda* e pneumonia. 
• Diagnóstico 
Clínico 
Só será necessário a realização de exames se a 
criança for hospitalizada. 
RX de tórax: hiperinsuflação pulmonar 
→Indicações de hospitalização: Hipoxemia 
saturação <90%, desconforto respiratório, 
desidratação ou incapacidade de manter a 
hidratação por baixa aceitação oral. 
• Tratamento 
Inalação e lavagem nasal com soro fisiológico 
Oxigênio suplementar se a saturação< 90% 
Não deve ser usado: inalação com B2-curta, 
inalação com adrenalina, antibiótico ou 
corticoide sistêmico. 
Se o paciente estiver internado, pode lançar mão 
de outras medidas como: 
Inalação com NaCl 3%, oxigênio suplementar e 
hidratação SNG ou EV se necessário. Usar solução 
isotônica. 
• Medidas preventivas 
Aleitamento materno exclusivo até 6 meses 
Precauções de contato 
- Palivizumab: anticorpo monoclonal anti-VSR, 
estando indicado apenas em grupos de risco: 
 Prematuros IG<29 semanas no 1º ano de vida 
 Cardiopatia congênita com 
comprometimento hemodinâmico nos primeiros 2 
anos de vida 
 Displasia broncopulmonar em tratamento nos 
primeiros dois anos de vida. 
COQUELUCHE 
Também conhecida como tosse dos 100 dias 
• Etiologia 
Bordetella pertussis que é um cocobacilo gram 
negativo aeróbio 
Transmissão por gotículas e contatos com fômites 
infectados por secreções. 
5 dias após o contágio até 3 semanas após o 
início da tosse paroxística é possível transmissão. 
• Patogênese 
Adesão as células ciliadas do epitélio respiratório, 
ativa a produção de citocinas inflamatórias. 
A toxina pertussis inibe a fagocitose pelas células 
apresentadoras de antígenos, além da obstrução 
dos vasos pulmonares que é responsável pela 
principal complicação : hipertensão pulmonar. 
A produção de bradicinina ativa os nervos 
sensoriais da tosse, o que leva a tosse paroxística. 
• Quadro clínico 
O período de incubação é de 7 a 10 dias 
Crianças não imunizadas a doença apresenta-se 
classicamente em 3 estágios, enquanto que em 
crianças imunizadas, adultos e adolescentes a 
forma de apresentação é mais leve e com 
sintomas inespecíficos. 
- Forma clássica 
Fase catarral: acontece nas primeiras duas 
semanas, apresentando congestão nasal, 
rinorréia, lacrimejamento, mal-estar e tosse leve, é 
incomum o aparecimento de febre. Sendo a 
maior fase de infectividade. 
Fase paroxística: dura de 2 a 6 semanas, tosse 
paroxística com guincho inspiratório. Pletora 
facial ou cianose e êmese pós tosse. Aumento 
progressivo da gravidade e da frequência da 
tosse. 
Fase convalescença: dura de 1 a 12 semanas, 
melhora progressiva da tosse. Caso a criança se 
infeccione conjuntamente há retorno dos 
paroxismos. 
Nos exames complementares da forma clássica: 
leucocitose com linfocitose, rx de tórax com 
coração felpudo. 
 9 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Diagnóstico etiológico 
Cultura ou PCR para B.pertussis, nos primeiros 7-10 
dias dos sintomas, através do swab de 
nasofaringe. 
• Tratamento 
Antibioticoterapia de preferência com 
macrolídeos: 
Azitromicina 10mg/kg/dia por 5 dias 
Claritromicina 15mg/kg/dia 12/12 por 7 a 10 dias 
Eritromicina por 7 a 14 dias, não usa em menores 
de 1 mês de vida. 
Sulfa+ trim se o paciente for intolerante aos 
macrolídeos. 
Se iniciado após 3 semanas de tosse altera 
pouco a duração da tosse mas reduz a 
transmissão da doença. 
Algumas medidas de suporte são: hidratação EV 
e nutrição, oxigenioterapia durante os acessos de 
tosse se cianose. 
• Profilaxia 
Vacinação: DTP com 2,4 e 6 meses com reforço 
aos 15 meses e 4 anos. 
DTPa: menos reatogênica com imunidade menos 
duradoura (3 anos). 
• Fatores de risco de gravidade 
Sexo masculino, idade <3 meses, antecedente 
pessoal de prematuridade, baixo nível 
socioeconômico, febre acima de 37,5º entrada 
no pronto socorro, leucocitose acima de 30 mil. 
OTITE MÉDIA AGUDA 
Infecção aguda da orelha média 
• Patogênese 
Durante um episódio de resfriado comum por 
inflamação viral ocorre edema das cavidades 
nasais e da nasofaringe, que propiciam 
obstrução funcional da tuba de Eustáquio, 
gerando pressão negativa da orelha média, com 
isso haverá acúmulo de secreção na orelha 
média o que favorece a replicação bacteriana. 
• Etiologia 
Bactérias: Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella 
catarrhalis. 
Vírus: 70% dos casos é viral. Pode ser uma co-
infecção bacteriana. 
• Quadro clínico 
Resfriado comum, obstrução nasal, coriza e em 
48 horas evolui para febre, otalgia e irritabilidade. 
Como geralmente a OMA acomete crianças 
entre 6-12 meses de vida, então elas ainda não 
sabem relatar a otalgia, é preciso atentar-se a 
sinais de irritabilidade e ao relatomaterno. 
Na otoscopia é visível efusão em orelha média 
(opacidade e abaulamento de membrana 
timpânica) + sinais flogísticos. 
• Diagnóstico 
É clínico, podendo ser dado quando é 
encontrado ao menos 1 dos seguintes dados: 
- Abaulamento moderado ou grave da 
membrana timpânica. 
-Início recente de otorreia não atribuível à otite 
externa. 
- Abaulamento leve de membrana timpânica 
com início súbito (<48 horas) de otalgia ou 
hiperemia da membrana timpânica. 
• Tratamento 
Pode ser observação ou antibioticoterapia, isso 
vai depender da idade, gravidade dos sintomas 
e lateralidade. 
Consideramos OMA com sintomas graves 
quando: otalgia moderada/grave, otalgia >48 
horas, febre >39ºC. 
 
 
O antibiótico de 1ª escolha é amoxacilina 
(50mg/kg/dia). Se falha terapêutica, 
amoxacilina+ clavulonato ou cefuroxima. 
A duração do antibiótico depende da duração 
dos sintomas e da gravidade: 
- <2 anos ou sintomas graves: 10 dias 
->2 anos com OMA não grave: 5-7 dias 
Se má aceitação do antibiótico por via oral, 
pode lançar mão de ceftriaxone IM 1x ao dia por 
3 dias. 
Tomar mamadeira deitado propicia a entrada de 
leite para o meato auditivo, devido a retificação 
do canal. 
• OMA RECORRENTE 
>3 episódios bem documentados e separados 
nos últimos 6 meses OU 
>4 episódios de OMA no último ano sendo pelo 
menos 1 nos últimos 6 meses. 
 10 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Complicações 
 
1. Mastoidite aguda 
Infecção do mastoide 
Apresenta dor e edema retro-auricular com 
protrusão do pavilhão auricular. 
TC de crânio evidencia erosão óssea com 
destruição das células mastoideas. 
Antibiótico endovenoso: cefuroxima e 
ceftriaxone. 
PNEUMONIA COMUNITÁRIA 
• Etiologia 
Vírus: vírus sincicial respiratório, influenza, 
parainfluenza 1 e 3, adenovírus e rinovírus. 
Em até 50% dos casos há coinfecção vírus e 
bactérias. 
Bactérias típicas em recém nascidos: 
Streptococcus agalactiae, Scherichia coli, 
Staphylococcus aureus, Staphylococcus 
epidermidis, Enterococcus. 
Bactérias típicas em lactentes e pré-escolares: 
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus 
influenzae b, Staphylococcus aureus, 
Streptococcus grupo A. 
Bactérias atípicas nos recém nascidos: 
Chlamydia trachomatis, Ureoplasma urealyticum. 
Bactérias atípicas nos escolares e adolescentes: 
Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila 
pneumoniae. 
• Quadro clínico Pneumonia típica 
Inicia-se com pródromo de coriza nasal, tosse e 
febre. Persistência ou piora da febre após 72 
horas, associado a prostração, tosse produtiva, 
desconforto respiratório e taquipneia. 
 
Ao exame físico: presença de estertores, redução 
do murmúrio vesicular. Avaliação através do 
frêmito toracovocal, sinal de Signorelli (percussão 
da coluna vertebral). 
• Quadro clínico Pneumonia viral 
<2 anos, febre <38,5ºC, tosse seca, sibilância e 
hipoxemia. 
• Quadro clínico Pneumonia atípica 
>5 anos, afebril, tosse persistente, sibilância, 
taquipneia e hipoxemia leve. 
Pneumonia afebril do lactente: <3 meses, nascida 
de parto normal, mãe com histórico de 
corrimento vaginal, afebril, tosse seca persistente, 
histórico ou persistência de conjuntivite. 
• Diagnóstico 
Clínico 
RX de tórax em PA e perfil: confirmação do 
diagnóstico, avaliação da extensão, 
identificação de complicações, não diferencia 
quadros virais de bacterianos. 
 rx normal 
 
Se for tratamento ambulatorial não há 
necessidade de exames complementares. 
Se o paciente for internado há necessidade de 
hemograma completo, PCR, hemocultura. 
• Tratamento 
Antibioticoterapia empírica: 
Se for tratamento ambulatorial: amoxicilina VO 
por 10 dias (pneumococo), se tiver pensando em 
atípica deve-se usar Claritromicina (15mg/kg/dia 
12/12 horas) VO 10 dias. 
Se terapia hospitalar: pneumococo faz penicilina 
cristalina EV, caso esteja pensando em atípico 
então associar ou trocar por claritromicina. 
No caso dos RN atípicos então fazer uso de 
ampicilina + gentamicina. 
Medidas de suporte de internação: 
oxigenioterapia se sat o2<92%, fluidoterapia se 
estiver com desconforto respiratório, decúbito 
elevado, fisioterapia respiratória. 
Não precisa repetir o RX de tórax se a criança 
tiver apresentando melhora. 
 11 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
• Sinais clínicos de gravidade 
- Desconforto respiratório 
-Hipoxemia (Sat O2<92%) 
-Cianose ou palidez 
-Alternância entre sonolência e agitação 
-Prostração 
• Critérios de internação 
Idade <6 meses 
Apneia ou taquipneia >70irpm 
Hipoxemia <92% ou cianose 
Sonolência ou convulsões 
Desconforto respiratório importante 
Má aceitação do medicamento oral 
Falha de tratamento ambulatorial 
Pneumonia complicada 
Doença grave concomitante 
 PNEUMONIA COMPLICADA 
A pneumonia complicada pode ser um derrame 
pleural parapneumônico, abscesso pulmonar, 
pneumatocele ou pneumonia necrosante. 
Em todos os casos de pneumonia complicada o 
paciente deve ser internado. 
• Derrame pleural 
É uma coleção pleural associada a pneumonia 
aguda, sendo o conteúdo de exsudato. O 
acúmulo de líquido fica entre as pleuras. 
O principal agente causador é Streptococcus 
pneumoniae, outros possíveis causadores são: S. 
aureus e o Mycoplasma pneumoniae. 
Quadro clínico: é aquela criança que já recebeu 
o diagnóstico de pneumonia, vem em uso de 
antibioticoterapia, mas não apresenta melhora 
da febre, queda do estado geral, toxemia, piora 
do desconforto respiratório e dor torácica que 
piora a inspiração. 
Exame físico: postura antálgica, atrito pleural, 
redução do murmúrio vesicular, redução da 
broncofonia, macicez a percussão torácica, sinal 
de Signorelli positiva (percussão dos corpos 
vertebrais). 
Em todos os casos se suspeitarem de pneumonia 
complicada, deve ser solicitado um Rx de tórax 
em 3 incidências: PA, perfil e Laurell. 
A USG torácica fica reservada aos casos de 
dúvida diagnóstica, quantificação do derrame 
pleural, investigação de loculações, guiar 
procedimentos invasivos. 
Conduta: é definida de acordo com o tamanho 
do derrame: 
- Opacifica <1/4 do hemitórax, <10mm do 
decúbito lateral-> definido como pequeno e não 
é indicado fazer a toracocentese. 
-Opacifica <1/2 hemitórax, >10mm do decúbito 
lateral -> tamanho moderado e é necessário 
realizar toracocentese diagnóstica para 
diferenciar de empiema. 
- Opacifica >1/2 hemitórax-> tamanho grande, 
sendo necessária toracocentese e drenagem. 
O empiema é pus na cavidade pleural: aspecto 
purulento no líquido, pH<7,2, glicose <40mg/dL, 
bacterioscopia positiva. É indicativo de 
drenagem pleural. 
Tratamento: Nos RN é indicado ampi+ genta, 
penicilina cristalina ou claritromicina. Se falha 
terapêutica: cefotaxima, cefuroxima, ceftriaxone, 
oxacilina ou claritromicina. 
Se evolui com boa resposta clínica não há 
necessidade de repetir o RX. 
• Abscesso pulmonar 
Área de cavitação resultante da necrose e 
supuração do parênquima pulmonar. 
É secundário a: pneumonia, aspiração pulmonar, 
disseminação hematogênica, contiguidade. 
Diagnóstico: RX de tórax( imagem circular com 
nível hidroaéreo). 
Só é necessário TC de tórax se diagnóstico 
diferencial com pneumonia necrosante, 
piopneumotórax e pneumatocele infectada. 
Antibioticoterapia parenteral por 2-3 semanas e 
depois VO por 4-8 semanas. Se não houver 
melhora deve ser feito punção aspirativa 
transtorácica. 
• Pneumatocele 
Cavidade pulmonar cística de paredes finas, 
geralmente é sequela de pneumonia bacteriana, 
sendo mais frequente por S.pneumoniae, porém 
é mais característica do S.aureus. 
 
Tratamento conservador, geralmente ocorre 
resolução espontânea em até 6 meses. 
GASTROENTERITE AGUDA E DESIDRATAÇÃO 
Doença infecciosa aguda, que cursa com 
diarreia aguda que é de início abrupto, com 
aumento do volume e/ou frequência de 
evacuações (pelo menos 3 evacuações 
amolecidas ou líquidasdurante o dia), com 
duração máxima de até 14 dias. 
• Etiologia 
Transmissão fecal-oral, ou seja a principal forma 
de transmissão é a ingestão de alimentos e/ou 
 12 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
água contaminados por toxinas ou micro-
organismos. 
Vírus: principal rotavírus, outros corona vírus, 
adenovírus e norovírus. 
Bactérias: Escherichia coli, Salmonella, Shigella, 
Compylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersínia 
enterocolítica. 
• Fisiopatologia 
Ruptura das barreiras de defesa do hospedeiro 
gerando ação direta do agente etiológico ou da 
toxina, com isso há aumento da secreção 
intestinal de água ou eletrólitos e bloqueio da 
absorção intestinal de água. 
➔ Absorção de água intestinal 
Absorção passiva: acompanha gradiente 
osmótico criado pelo transporte ativo de sódio. 
Co-transportador Na/Cl, co-transportador 
Na/glicose, co-transportador Na/aminoácido. 
1. Diarreia secretora toxigênica: toxinas 
produzidas por bactérias ativam a adenilciclase 
que aumenta o AMP cíclico e com isso há 
inibição do co-transportador Na/Cl e ativa a 
secreção ativa de cloreto para luz, levando a 
uma diarreia aquosa de grande volume. 
2. Diarreia secretora invasiva: causada por 
bactérias que destroem a superfície absortiva das 
vilosidades levando a secreção de água e 
eletrólitos pelas células das criptas e disenteria. 
3. Diarreia osmótica: principalmente causada por 
rotavírus, perda das enzimas da borda em 
escova, má absorção dos açúcares complexos e 
consequentemente e perda hídrica por osmose. 
Além disso, o rotavírus age através da 
enterotoxina NSP4 que ativa o sistema nervoso 
entérico levando a secreção de fluidos e 
eletrólitos. 
• Quadro clínico 
- Diarreia: quando é de origem viral cursa com 
diarreia aquosa volumosa, quando é bacteriana 
cursa com disenteria. 
-Vômitos -Febre -Anorexia 
-Cefaleia -Mialgia 
Quando a etiologia é viral, os sintomas iniciam-se 
de 12 horas até 4 dias após a exposição ao 
patógeno, durando de 3 a 7 dias. Quando a 
etiologia é bacteriana, os sintomas são mais 
exacerbados, com maior comprometimento do 
estado viral. 
-Achados específicos de certas bactérias: 
Shigella: convulsões e rigidez de nuca 
Salmonella: infecção sistêmica grave 
Campylobacter jejuni: síndrome de Guillain-Barré 
e artrite reativa. 
Como se trata de uma perda hídrica importante, 
é necessário classificar a desidratação, que pode 
ser feita baseada na porcentagem de peso 
perdido: 
 
Quando avaliamos o estado clínico do paciente: 
 
➔ Classificação do tipo de desidratação 
 
As situações hiponatrêmica costumam acontecer 
no indivíduo desnutrido ou então com reposição 
errônea através do SRO; tendem a apresentar 
sinais de choque muito precocemente. 
As situações hipernatrêmicas os sinais clínicos não 
são muito típicos, apresentando sede, febre e 
irritabilidade. A água é puxada para o meio 
intravascular. Os pacientes que cursam com esse 
quadro são aqueles com pouca ingesta hídrica 
ou SRO dissolvido de forma errônea. 
• Diagnóstico da GECA 
É clínico 
Sempre avaliar o estado de hidratação 
A coleta de eletrólitos só deve ser realizada se o 
paciente apresentar desidratação grave. 
A investigação etiológica só deve ser feita se 
pacientes graves hospitalizados, com diarreia 
persistente ou em casos de surtos. 
• Tratamento 
É DIRECIONADO PELO ESTADO DE DESIDRATAÇÃO 
É uma doença autolimitada 
Plano A: direcionado para a criança que 
encontra-se hidratada 
 13 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Alta para casa + uso do SRO após as perdas 
<1 ano: 50-100mL 
1-10 anos: 100-200Ml 
>10 anos: livre demanda 
Uso de zinco de via oral por 10-14 dias, se <6 
meses devem ser feitos 10mg, se >6 meses então 
faz 20mg. 
Manter aleitamento materno ou alimentação 
habitual 
Orientar sinais de alerta 
**SRO: se utiliza do co-transportador Na/Glicose 
que não é afetado nos casos de diarreia aguda. 
Plano B: algum grau de desidratação 
A criança ficará no pronto socorro e será 
instituída a terapia de reidratação oral: 
SRO 50-100ml/Kg em 4-6 horas 
Manter apenas aleitamento materno, suspende 
demais refeições 
Avaliar o índice de retenção: ganho de peso(g) 
dividido pelo volume ingerido em ml x100, se o 
valor for inferior a 20% em 2 horas, indica falha. 
Se na reavaliação a criança encontra-se 
hidratada: alta para casa com orientações do 
plano A. 
Se na reavaliação a criança mantém-se 
desidratado em algum grau: é sugerido o uso da 
gastróclise (uso de sonda nasogástrica) para 
fornecer o soro. 
Se o paciente evoluir para desidratação grave, 
então deve iniciar a hidratação EV (PLANO C). 
Plano C: Desidratação grave 
Coleta de sódio, potássio, gasometria venosa e 
glicemia 
 1ª fase será a de expansão volêmica: 
- Criança em jejum 
-<5 anos : SF 20ml/kg EV em 20-30 minutos, pode 
fazer até 3x. 
-RN e cardiopatas: SF 10ml/kg em até 3x. 
->5 anos: SF 30ml/Kg EV em 30 minutos + RL 
70ml/kg em 2 horas e meia. O uso do RL após o SF 
é para evitar e corrigir possíveis distúrbios 
hidroeletrolíticos. 
Na reavaliação, se ele encontrar-se reidratado, 
então deve-se manter o soro de manutenção + 
soro de reposição até manter boa aceitação do 
SRO. 
**Soro de manutenção: Holliday-Segar (soro 
hipotônico) e soro isotônico. 
 Volume: 100ml/kg de peso calórico 
0-10kg: peso calórico é a mesma coisa que o 
peso 
11-20kg: peso calórico= 10 + 0,5x kg que exceder 
dos 10kg. 
>21kg: peso calórico= 15+0,2xkg que exceder 
20kg. 
1. Holliday-Segar 
Volume: 100x peso calórico 
Nesse soro a oferta de sódio é de 3mEq/kg peso 
calórico/dia 
A oferta de potássio é de 2,5mEq/kg peso 
calórico/dia 
O SF 0,9% oferta 0,154mEq/mL de Na, enquanto o 
NaCl 20% oferta 3,4mEq/mL. 
O cloreto de potássio a 19,1% oferta 2,5mEq/mL 
de potássio. 
O restante da solução deve ser baseada no uso 
de soro glicosado. 
2. Soro isotônico 
Volume: 100x peso calórico 
Aqui deve ter 140mEq/L de sódio. 
**Soro de reposição 
Soro de reposição: 50mL/kg de peso calórico, 
sendo metade soro fisiológico e metade soro 
glicosado 5%. 
As condições que indicam reidratação venosa é: 
alteração do nível de consciência, convulsão, 
íleo paralítico. 
➔ Outras medidas no tratamento 
Não é indicado o uso de antibióticos de rotina, as 
situações indicadas são: 
- Disenteria com sintomas sistêmicos: shigella 
ciprofloxacino 3 dias ou azitromicina 5 dias 
-Diarreia dos viajantes: E.coli azitromicina 3 dias 
ou V.cholerea sulfa + trim por 3 dias 
-Diarreia pós antibiótico grave: C.difficile 
metronidazol 10 dias 
Ondasetrona se náuseas 
Analgésicos e anti-térmicos 
Não usar anti-espasmódicos ou antifiséticos 
O uso dos probióticos são recomendados. 
• Fatores de risco para complicações 
Idade <2 meses, vômitos persistentes, diarreia(>8x 
por dia), percepção dos pais, comorbidades 
associadas. 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
Erupção cutânea eritematosa 
Diferentes padrões: maculopapular, 
papulovesicular e petequial. 
• Fases clínicas 
 14 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Inicia-se com a fase de incubação, que evolui 
para a prodrômica e logo em seguida para a 
exantemática e por fim a de convalescência. 
• Anamnese 
Caracterizar: idade da criança, sazonalidade, 
tipo de exantema, manifestações clínicas 
associadas. 
SARAMPO 
Vacina tríplice viral aos 12 meses e aos 15 meses. 
Vírus Paramyxoviridae 
Transmissão de 7 dias após exposição até 4-6 dias 
após o início do exantema. 
Incubação: 8 a 12 dias, pródromo: febre leve, 
conjuntivite com fotofobia, coriza e tosse. Todos 
os sintomas tem seu pico no 1º dia do exantema. 
Manchas de Koplik são patognomônico 
aparecem de 1-4 dias antes do surgimento do 
exantema e desaparecem 2-3 dias o após 
desaparecimento do exantema. 
 
Exantema maculopapular morbiliforme: ou seja 
iniciam-se pequenas e migram formandouma só. 
Começa atrás do pavilhão auricular e na linha 
de implantação capilar depois dissemina, dura 
em torno de 1 semana. 
O diagnóstico é clínico-epidemiológico, os 
achados laboratoriais incluem: leucopenia com 
linfopenia, VSH e PCR normais, sorologia. 
Tratamento: antitérmicos, hidratação, suporte 
nutricional, vitamina A. 
Complicações são mais comuns em crianças 
com menos de 5 anos de idade, adultos com 
mais de 20 anos, pacientes com comorbidades 
como desnutrição, deficiência de vitamina A ou 
imunodeficiência. A complicação mais comum é 
a OMA, enquanto a que cursa com maior 
número de mortes é a pneumonia. 
Deve-se desconfiar de complicações se a febre 
persistir ou retornar após o exantema. 
Profilaxia pós exposição: vacina sarampo em até 
72 horas. 
O uso da imunoglobulina (em até 6 dias) fica 
reservado para gestantes, <6 meses e 
imunocomprometidos. 
RUBÉOLA 
Vírus de RNA fita única da família togavírus. 
Período de incubação de 2 a 3 semanas, com 
pródromo de febre baixa, dor de garganta, 
hiperemia ocular e mal estar. Um achado 
semiológico linfadenopatia suboccipital. Inicia-se 
em face e em tronco superior, corre crânio 
caudal e desaparece em 3 dias. 
Na oroscopia são visíveis as manchas de 
Forchheimer 
 
Diagnóstico: clínico-epidemiológico, os achados 
laboratoriais são leucopenia com neutropenia, 
trombocitopenia leve, isolamento viral em 
nasofaringe,sorologia. 
Tratamento: analgésicos, caso evolua com 
trombocitopenia grave não remitente é 
necessário usar corticoide e imunoglobulina. 
Profilaxia pós-exposição: vacina em até 72 horas 
após contato e as gestantes é indicado o uso da 
imunoglobulina. 
 
ERITEMA INFECCIOSO 
Causada pelo Parvovírus- vírus de DNA fita única 
Acomete principalmente escolares (5-15 anos), 
no fim do inverno e início da primavera. 
O vírus infecciona os precursores eritroides (pró-
normoblasto), fazendo lise dessas células e perda 
temporária da eritropoiese. 
Período de incubação de 4-28 dias, pródromo de 
febre baixa, cefaleia, IVAS e face exantemática 
com 3 estágios: face esbofeteada- poupa região 
de teste, nariz e região perioral( sinal de Filatov). 
Exantema maculopapular rendilhado 
(clareamento central) com melhora em 10 dias, 
recidiva do exantema rendilhado após 1-3 
semanas após a criança ser exposta ao sol, calor, 
exercícios físicos e estresse. 
Crise aplásica transitória é uma das 
complicações do vírus, cursando com anemia 
hemolítica crônica, imunodepressão humoral e 
parada transitória da eritropoiese. 
 15 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Diagnóstico clínico, sorológico e identificação do 
DNA viral. 
Tratamento: suporte, caso evolua para crise 
aplásica é necessário a imunoglobulina. 
EXANTEMA SÚBITO/ROSÉOLA 
Herpes vírus humano 6 
Acomete principalmente lactentes de 6-15 meses 
Sem sazonalidade, transmissão por gotículas 
Período de incubação de 5-15 dias, pródromo de 
coriza leve, faringite, hiperemia conjuntival, febre 
alta por 3-5 dias que desaparece subitamente e 
surge o exantema. 
Diagnóstico clínico 
Tratamento: suporte 
Em pacientes imunodeprimidos pode evoluir para 
encefalite e pneumonite, que deve ser tratado 
com ganciclovir por 2-3 semanas. 
ESCARLATINA 
Causada por Estreptococo beta hemolítico do 
grupo A – Streptococcus pyogenes 
Ocorre devido as toxinas eritrogênicas 
(exotoxinas pirogênicas estreptocócicas A,B,C) 
Faixa etária mais comum: 3-15 anos 
Pródromo de febre alta, mal-estar, dor de 
garganta, incubação de 2 a 6 dias, até aparecer 
a fase exantemática. 
Exantema micropapular (em lixa), some a 
digitopressão, descamação periungueal , o 
exantema começa no pescoço e desce para as 
extremidades, linhas de pastia (acentuação do 
exantema em áreas de dobras), face 
esbofeteada , sinal de Filatov, língua em 
framboesa. 
Diagnóstico clínico + laboratorial (cultura de 
SWAB de orofaringe, dosagem de anticorpos 
antiestreptocócicos) 
Tratamento: o exantema é autolimitado, porém o 
uso da antibioticoterapia é indicado para 
erradicar a bactéria, encurtando o curso clínico, 
evitando complicações supurativas e prevenindo 
a febre reumática, as principais medicações 
utilizadas são: 
- Benzilpenicilina dose única IM 
-Amoxicilina 10 dias VO 
 
DOENÇA DE FILATOV-DUKES 
Síndrome da pele escaldada estafilocócica 
 Causada pelo S.aureus, cepas 71 e 55 são as 
toxigênicas, ou seja, produzem as toxinas A ou B 
que degradam as proteases que cursam com 
clivagem na camada gordurosa. 
Transmissão por gotículas e infecção pele (coto 
umbilical). 
Incubação de 2 a 4 semanas, pródromo de 
febre, irritabilidade, IVAS ou conjuntivite. Quando 
evolui para a fase exantemática a criança sente 
dor a palpação da pele. 
Sinal de Nikolsky positivo, ou seja, quando ao 
pressionar a lesão da pele há deslocamento da 
epiderme. 
Diagnóstico clínico + laboratorial (isolamento do 
S.aureus) 
Tratamento: 
-Local: limpeza, curativo. Desnecessário o uso do 
antibiótico tópico. 
-Antibioticoterapia: oxacilina EV, clindamicina 
-Suporte: analgesia, hidratação EV, correção 
hidroeletrolítica. 
VARICELA 
Tetra viral 
Maior morbimortalidade: lactentes, adultos e 
imunocomprometidos. 
Varicela zoster- herperviridae 
Infecção primária: varicela 
Fica latente nos gânglios nervosos sensoriais 
Fisiopatologia: inoculação vírus na mucosa de via 
aérea superior, replicação no tecido linfoide 
loca, disseminação para o sistema 
reticuloendotelial. A 2ª viremia dá origem ao 
exantema, que desencadeia resposta imune 
celular e humoral, atingindo latência nos gânglios 
da raiz dorsal. 
Período de incubação de 10 a 21 dias, o 
pródromo inclui febre, mal-estar, cefaleia e dor 
abdominal leve, ocorrendo 2 dias antes do 
aparecimento do exantema vesicular. 
A fase exantemática é um exantema polimórfico 
maculopapularvesicular, ou seja, numa mesma 
área de pele é possível observar várias fases da 
doença. Geralmente começam no couro 
cabelo, face e pescoço, evoluindo para as 
extremidades. É extremamente pruriginoso. 
Varicela modificada: acontece em crianças 
previamente vacinadas, o exantema 
maculopapular possui menos de 50 lesões, febre 
baixa. 
 16 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Varicela progressiva: mais comum em 
imunodeprimidos, o desenvolvimento contínuo 
das lesões, cursando com varicela hemorrágica. 
Diagnóstico: clínico e laboratorial (leucopenia 
nas primeiras 72 horas, linfocitose, elevação de 
transaminases). 
Tratamento: antitérmicos, anti-histamínicos 
Não faz uso de AAS, pelo risco de síndrome de 
Reye. 
O uso do aciclovir VO deve ser feito apenas 
naqueles pacientes que tem o risco de 
desenvolver a doença grave, no caso são; 
adolescentes, doenças crônicas e uso crônico de 
corticoides. 
O uso do aciclovir EV deve ser feito naqueles 
pacientes que realmente estão com a forma 
mais grave, geralmente são a de forma 
disseminada, grávidas e imunodeprimidos. 
Profilaxia: vacina com 15 meses e 4 anos, além 
do isolamento de contato e respiratório de 
gotículas. 
Profilaxia pós-exposição: 
-Imunocompetentes: apenas em surtos 
hospitalares, fazer vacina em até 3-5 dias. 
-Imunodeprimidos, grávidas e recém nascidos: 
imunoglobulina em até 4 dias. 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA 
Causada por Coxsackievírus A16 e o Enterovírus 
71 
Adquirido por via oral ou respiratória, faz a 
replicação celular em mucosa de faringe, 
intestino e tecido linfoide, atingindo disseminação 
no sistema reticuloendotelial. 
Período de incubação de 3 a 6 dias, pródromo 
de febre baixa, lesões vesiculares em boca, 
exantema. 
Vesículas em língua, mucosa bucal e faringe. 
Exantema maculopapular com vesículas em 
mãos e pés. 
Diagnóstico: clínico 
Tratamento: antitérmicos, a internação fica 
restrita apenas as crianças com má aceitação 
oral para fluidoterapia. 
HERPANGINA 
Causada pelo Coxsackievirus A e enterovírus71 
Febre alta súbita, dor de garganta e disfagia. 
Vesículas em orofaringe posterior 
Não há exantemas, apenas a vesícula em 
orofaringe posterior. 
DOENÇA DE KAWASAKI 
Na fase aguda os critérios diagnósticos: febre alta 
>5 dias, exantema em tronco, hiperemia 
conjuntival bulbar bilateral, linfadenopatia 
cervical não supurativa >1,5cm, alterações de 
extremidades, alterações orais. Associada a 
obrigatoriamente a elevação das provas de 
atividade inflamatória. 
A fase subaguda acontece após cerca de 7 a 10 
dias de febre e se inicia com descamação 
perineal e periunguel, ectasias ou aneurismas 
coronarianos e a trombocitose. 
Na fase de convalescença ocorre a 
normalização da VSH, do PCR e da contagem de 
plaquetas, com a regressão da maioria dos 
aneurismas. 
Trata-se de uma vasculite febril aguda 
autolimitada, acomete mais meninos <5 anos. 
Representa a principal causa de cardiopatia 
adquirida em crianças. 
Etiologia desconhecida 
Vasculite necrosante acometendo artérias de 
médio calibre, tendo preferência por vasos 
coronarianos que pode evoluir com aneurismas 
coronarianos (direita e descendente anterior). O 
exame padrão que deve ser feito é o 
ecodoppler. 
Achados laboratoriais: anemia normocítica e 
normocrômica, leucocitose >15000 com 
neutrofilia imatura, trombocitose após 1ª semana, 
elevação de VHS e PCR, hiponatremia, 
hipoalbuminemia, piúria estéril leve a moderada. 
Tratamento: imunoglobulina IV, 2g/kg, dose 
única. 
O esperado após o tratamento é a melhora da 
febre e melhora clínica em até 48 horas. 
Se a resposta terapêutica for parcial ou ausente, 
pode repetir a dose da imunoglobulina ou então 
pulsoterapia com metilprednisolona por 3 dias. 
Associada a imunoglobulina deve ser feito o AAS, 
em doses altas até a resolução da febre. 
 
ITU NA PEDIATRIA 
Uma das infecções mais comuns na infância, 
sendo mais comum em meninas após os 3 meses 
de vida, pois até os 3m é mais comum em 
meninos não circuncidados. 
• Etiologia 
 17 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
-Infecção ascendente: é mais comum de ocorrer 
pelas enterobactérias: E.coli, K.pneumoniae, 
S.faecalis. Pseudomonas e S.saprophyticus. 
Via hematogênica: sepse no período neonatal 
A ocorrência da ITU depende da virulência 
bacteriana e fatores predisponentes no 
hospedeiro. 
- Virulência da E.coli: fímbrias, flagelos, antígeno 
polissacarídeo capsular, fator 1 neutralizante 
citotóxico, siderófilos (capturadores de Ferro), 
aerobactina, hemolisinas. 
-Virulência do Proteus: produção de uréase 
(produção de amônia, tornando a urina 
alcalina), formação de cristais e pedras de 
estruvita. 
• Quadro clínico 
Varia de acordo com a faixa etária 
-Recém-nascidos: baixo ganho ponderal, 
irritabilidade, febre e anorexia. 
-Lactentes: febre sem sinais localizatórios 
Sempre abordar ITU febril como pielonefrite 
-Pré escolares, escolares e adolescentes: 
Se for cistite: disúria, polaciúria, urgência 
miccional, incontinência urinária, dor supra 
púbica, febre baixa. 
Pielonefrite: queda do estado geral, inapetência, 
febre alta e dor lombar. 
• Diagnóstico 
O diagnóstico clínico é insuficiente, é necessário 
análise da urina. 
Urocultura: as formas de coleta são jato médio, 
sondagem vesical de alívio e punção supra-
púbica. 
Piúria: >10leucócitos/mm3 ou >5 leucócitos por 
campo de alto aumento. 
Nitrito positivo 
Bacteriúria positiva> >50.000 de uma única 
bactéria uropatogênica. 
Outros exames que podem ser realizados: 
hemograma, hemocultura, PCR, VHS, Ureia/Cr. 
- Exames de investigação: 
1. USG de rins e vias urinárias: 
Indicada para crianças com <2 anos e ITU febril 
Deve ser feito na fase aguda, quando a criança 
estiver com mal estado geral e sem melhora após 
12-36 horas do antibiótico ou então 1-2 semanas 
após melhora com boa evolução do quadro. 
-Cintilografia renal com DMSA: exame de escolha 
para diagnóstico de pielonefrite aguda. Deve ser 
feita na fase aguda se a criança tiver má 
evolução clínica ou então dúvida diagnóstica ou 
então após 4-6 meses do episódio, visando 
identificar detecção de cicatriz renal. 
- Uretrocistografia miccional: exame de escolha 
para pesquisa de refluxo vesico-ureteral. Deve ser 
feito após 2-3 semanas do tratamento, 
principalmente em crianças <2 anos com ITU 
febril e alteração no USG de rins e vias urinárias 
e/ou cintilografia renal, ou nos casos de ITU febril 
recorrente. 
• Tratamento 
- A hospitalização do paciente deve ser 
reservada para casos de : comprometimento do 
estado geral/sepse, vômitos/desidratação, baixa 
adesão ao tratamento, maior risco de evolução 
grave (<3 meses, imunodeprimidos, doenças 
urinárias prévias). 
- Antibiótico por 7-14 dias 
Se for intra-hospitalar: Ceftriaxone, amicacina 
Se for domiciliar: amoxicilina-clavulonato, 
cefuroxima, Nitrofurantoína. 
- Outras orientações: hidratação adequada, 
micções frequentes, controle da constipação 
intestinal, controle da febre e da dor. 
A urocultura só deve ser feita de controle se 
apresentar mal estado geral. 
• Refluxo vesico-ureteral 
Retorno da urina da bexiga para o trato urinário 
superior, presente em 204-% das crianças na 1ª 
ITU. O diagnóstico e graduação é dado pela 
uretrocistografia miccional. 
 
A maioria dos refluxos tem resolução espontânea 
com o decorrer da idade, portanto a conduta é 
observação. 
ASMA NA PEDIATRIA 
Doença inflamatória crônica, caracterizada por 
sintomas respiratórios devido a limitação variável 
ao fluxo respiratório, que pode resolver-se 
espontaneamente ou após o uso do 
broncodilatador. 
O diagnóstico só pode ser dado através da 
espirometria e esse exame só pode ser realizado 
após os 6-7 anos de idade, com isso só se pode 
dizer que uma criança é asmática quando ela 
encontra-se na idade escolar. Antes dessa idade, 
pode-se denominar de lactente sibilante. 
• Fisiopatologia 
Devido a hiperresponsividade da via aérea 
devido a diferentes estímulos. É uma doença 
heterogênea e os fenótipos podem ser devido a 
genética ou a influências ambientais. 
Asma atópica: início na infância, tem relação 
com a marcha atópica (padrão atópico), 
 18 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
sensibilização alérgica com produção de 
citocinas, no geral apresentam eosinofilia em 
sangue e escarro. 
• Quadro clínico 
Geralmente os fatores desencadeantes são: 
alérgenos, irritantes, exercício físico, mudança do 
tempo, infecções respiratórias virais. 
Sintomas respiratórios (em crises): tosse, perda de 
fôlego, opressão torácica. 
Sinal clínico : sibilos (passagem de um fluxo de ar 
turbulento por uma via aérea estreita, no início 
são encontrados na expiração, com a evolução 
do quadro eles são encontrados em todos os 
movimentos respiratórios. Em quadros avançados 
é possível encontrar o tórax silencioso). 
Entre as crises a criança pode não apresentar 
sintomas e o exame físico pode ser normal. 
• Diagnóstico 
-Clínico: 
História de episódios de sibilância por múltiplos 
desencadeantes 
Antecedentes pessoal e familiar: dermatite 
atópica, alergia alimentar, asma e rinite. 
- Espirometria: tempo expiratório prolongado 
-Exames laboratoriais: 
Marcadores de atopia: eosinofilia periférica >500 
células, elevação de imunoglobulina E, 
sensibilização aos aeroalérgenos (Prick teste, IgE 
sérica específica). 
• Seguimento 
-Classificação da asma 
-Controle da asma 
-Técnica inalatória e aderência ao tratamento 
-Presença de comorbidades 
 1. Classificação da asma 
 
 2. Controle dos sintomas nas últimas 4s 
 
 3. Fatores de risco para eventos adversos 
Exacerbação grave prévia 
Má aderência/técnica inalatória incorreta 
Espirometria VEF1<60% 
Eosinofilia elevada 
Presença de comorbidades 
• Tratamento GINA 2019 
A. Tratamento de 6-11 anos 
Etapa 1. Educação + controle ambiental + B-2 
curta duração senecessária 
Etapa 2. Adicionar medicação de controle à 
etapa 1: corticoide inalatório em baixa dose OU 
antagonista de leucotrieno OU corticoide 
inalatório + beta agonista de curta se necessário. 
Etapa 3: Alterar a medicação: corticoide 
inalatório em baixa dose + B2-longa OU 
corticoide inalatório em média dose OU 
corticoide inalatório em baixa dose + antagonista 
de leucotrieno. 
Etapa 4: alterar ou adicionar medicação e referir 
ao pneumologista pediátrico: corticoide 
inalatório em média dose + B2-longa OU 
corticoide inalatório em alta dose +B2 longa OU 
adicionar antagonista de leucotrieno + adicionar 
tiotrópio. 
Etapa 5: avaliar fenótipo e adicionar medicação: 
Anti-IgE ou corticoide oral em baixa dose. 
B. Tratamento>12 anos 
Etapa 1. Educação + controle ambiental + 
medicação de controle se necessário: corticoide 
inalatório em baixa dose + b-2 longa se 
necessário OU corticoide inalatório em baixa 
dose + b-2 curta se necessário. 
Etapa 2. Adicionar medicação de controle à 
etapa 1: corticoide inalatório em baixa dose OU 
corticoide inalatório em baixa dose + B-2 longa 
se necessário OU antagonista de leucotrieno OU 
corticoide inalatório em baixa dose + B2- curta se 
necessário. 
Etapa 3. Alterar medicação: corticoide inalatório 
em baixa dose + B2-longa OU corticoide 
inalatório em média dose OU corticoide inalatório 
em baixa dose + antagonista de leucotrieno. 
Etapa 4. Alterar ou adicionar medicação: 
corticoide inalatório em média dose + B2-longa 
OU corticoide inalatório em alta dose OU 
adicionar antagonista de leucotrieno + adicionar 
tiotrópio. 
Etapa 5. Avaliar fenótipo e adicionar medicação: 
Tiotrópio OU anti-IgE ou Anti-IL5 OU corticoide oral 
em baixa dose. 
• Uso do corticoide inalatório 
Medicamento dosimetrado em aerossol 
Em crianças sempre usar com espaçador, segura 
até 10s. 
 19 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
 
• Tratamento das comorbidades 
Rinite e obesidade 
Medidas não farmacológicas 
É definida como asma de difícil controle quando 
permanece sem controle clínico mesmo nas 
etapas 4 ou 5 do tratamento. 
• Exacerbação asmática na pediatria 
Pode ser desencadeado por infecções 
respiratórias, mudança do tempo, exercício físico, 
exposição a alérgenos. 
→Fisiopatologia: broncoconstricção, 
hipersecreção de muco, inflamação da via 
aérea. 
→Sintomas respiratórios: tosse seca, falta de ar, 
opressão torácica, desconforto respiratório 
(tiragem, taquipneia), sibilos expiratórios ou 
difusos, tórax silencioso. 
→Não são necessários exames de rotina. 
→A gasometria arterial deve ser reservada para 
pacientes em crises muito graves sem resposta ao 
tratamento ou em pacientes em ventilação 
mecânica. 
 
→Tratamento de acordo com a gravidade da 
crise asmática, baseando-se em: 
-Oxigenioterapia se saturação <93-95% 
-Beta2 adrenérgicos: 
-Anticolinérgicos 
-Corticoides 
1. Crise asmática leve: Beta-2 agonista de curta 
duração: 
Salbutamol (Aerolin) Fenoterol (Berotec) 
De preferência em bombinha, 3 ciclos de 20 em 
20 minutos em 1 hora, se for gotinha faz 1 gotinha 
a cada 3kg. 
Se na reavaliação ela estiver com boa resposta 
dá alta para casa com beta-2 agonista de curta 
por 5 dias. 
Se má resposta: corticoide + novo ciclo de beta-2 
de curta em 1 hora. 
 2. Crise asmática moderada: beta-2 agonista de 
curta duração + anticolinérgico 
Brometo de ipratrópio (atrovent) 3 ciclos de 20 
em 20 minutos em 1 hora 
Associar corticoide : prednisolona via oral 
Se tiver boa resposta: alta com b2 de curta + 
corticoide por 5 dias. 
Má resposta: internação 
3. Crise asmática grave: beta agonista de curta 
duração + anticolinérgico 
3 ciclos de 20 em 20 minutos em 1 hora 
Associar corticoide: metilprednisolona IM ou EV 
Suporte ventilatório 
Na reavaliação manter paciente internado em 
enfermaria ou em UTI. 
 
 
 
Sulfato de magnésio é uma alternativa para as 
crises graves, só pode usar se a criança estiver >2 
anos. Dose 25mg/kg IV lento em 20 minutos, na 
dose máxima de 2g. 
 
LACTENTE SIBILANTE 
Criança até 2 anos que apresenta sibilância 
contínua por 1 mês ou >3 episódios no último ano, 
após essa idade é denominado sibilante 
recorrente. 
• Fatores anatômicos 
 20 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
Menos calibre da via aérea, maior complacência 
da caixa torácica, recolhimento elástico mais 
eficiente, inserção mais horizontalizada do 
diafragma, maior número de glândulas mucosas. 
• Fatores de risco 
Sexo masculino, prematuridade, baixo peso ao 
nascer, uso de oxigênio no período neonatal. 
Antecedente pessoal ou familiar de atopia, 
infecção pelo VSR no 1º ano de vida, aspiração 
de conteúdo alimentar. 
Doença do refluxo gastresofágico, histórico 
materno de asma, tabagismo materno. 
• Quadro clínico 
→Principais desencadeantes: infecções virais e 
rinovírus 
Cursam com a bronquiolite: coriza, febre baixa, 
tosse seca e progressiva para tosse produtiva 
com desconforto respiratório, resolução em 7-10 
dias. 
→Exame físico: ausculta pulmonar com sibilos, no 
geral é expiratório, nos casos onde há produção 
intensa de muco é possível a ausculta de 
estertores, além disso é possível observar o 
desconforto respiratório. 
• Diagnóstico 
É essencialmente clínico, quando é observado 3 
episódios de sibilância em um mês ou sibilância 
continua por um mês. Não há necessidade de 
exames complementares na crise de sibilância. 
• Tratamento da crise de sibilância 
Quando o desencadeante é viral, o manejo é 
inalação e lavagem nasal com soro fisiológico. 
O tratamento contínuo para esse paciente 
baseia-se no uso de corticoide inalatório; 
fluticasona (50mcg ou 250mcg), beclometasona 
(50mcg ou 200mcg). Outra opção é antagonista 
do leucotrieno; monteleucaste de sódio. 
Baixa dose de corticoide seria: 100mcg/dia de 
fluticasona e 100mcg/dia de beclometasona. 
A criança precisa ser reavaliada a cada 3-4 
meses para ajuste de dose. 
• Uso de corticoide inalatório 
Medicamento dosimetrado em aerossol 
Nas crianças que não sabem puxar o ar, como é 
o caso dos lactentes é ideal o uso do espaçador 
e da máscara. 
• Profilaxia do lactente sibilante 
Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês por 
reduzir a incidência de infecções, evitar 
aglomerações, evitar visita de familiares doentes, 
vacinação anual anti-influenza 6 meses a 5 anos. 
O palivizumabe fica indicado para prematuros 
<29 semanas de IG até 1 ano de vida, lactentes 
com cardiopatia congênita com 
comprometimento hemodinâmico em uso de 
tratamento até os 2 anos, lactentes com displasia 
broncopulmonar em uso de tratamento até os 2 
anos. 
• Qual o risco futuro de asma? 
Escores clínicos 
Asthma predictive Index: 1 maior ou 2 menores 
Critérios maiores: um dos pais com asma, 
dermatite atópica pessoal. 
Critérios menores: rinite alérgica pessoal, 
sibilância por outros desencadeantes que não 
virais. 
Eosinofilia periférica >4%. 
PARASITOSES INTESTINAIS 
• Fisiopatologia 
- Localização da infestação/infecção 
1. Delgado: má absorção, perda de peso, 
deficiência de zinco e ferro, diarreia aquosa. 
Giardia, Ascaris, Ancilostoma, Strongoloides, 
Teníase. 
2. Sistêmica: febre, hepatoesplenomegalia, 
eosinofilia. 
Trichuris, Amebíase 
3. Cólon: dor abdominal, Hematoquezia, anemia. 
Toxocara Canis, Strongilóide 
4. Perianal: prurido 
Enterobius/oxiurius 
• Epidemiologia 
O principal causador de diarreia crônica é a 
giárdia lamblia, seguido por Ascaris lumbricoides, 
Trichuris trichuria e amebíase. 
1. Gardíase: protozoário, provoca atrofia 
vilositária, causando deficiência de lactase, ferro 
e zinco. 
2. Ancilostomíase: pode causar quadro cutâneo 
que se manifesta como forma cutânea ou 
Síndrome de Loeffer. 
3. Ascaris Lumbricoides: pode migrar para sistema 
porta, fígado e pulmão, causando a síndrome de 
Loeffer. Nos casos de semi-obstrução podelançar mão de óleo mineral + piperazine. 
4. Strongiloidiase: ter muito cuidado nas 
pacientes que são imunodeprimidos, pois nesses 
casos a doença pode evoluir de forma sistêmica. 
• Exames complementares 
Parasitológico de fezes em menos 3 amostras de 
evacuações diferentes, pois a sensibilidade é 
baixa. 
 21 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
 
 Síndrome de Loeffler 
Strongilóides, Ancilóstoma, Necator, Toxocara, 
Ascaria e Esquistossoma. 
Paciente com um ciclo pulmonar que leva a 
tosse, o paciente faz a deglutição levando aos 
sintomas gastrointestinais. 
• Tratamento 
 
A Nitazoxanida cobre bem todas as faixas, porém 
não se torna de primeira escolha. 
CONVULSÃO FEBRIL NA PEDIATRIA 
É uma crise convulsiva benigna, ocorre em 
crianças >1mês de vida, decorrente de doença 
febril e não se correlaciona com infecção do 
SNC ou alteração metabólica. Além disso a 
criança não pode apresentar antecedentes de 
crises neonatais ou crises afebris. 
O pico de incidência é entre 14-18 meses de 
idade. 
• Quadro Clínico 
- Convulsão febril simples: tônico-clônica 
generalizada, com duração <15 minutos, pós-
ictal com sonolência breve, sem déficit focal. 
Sem recorrência. 
-Convulsão febril complexa: crise convulsiva 
focal, duração >15 minutos, pós-ictal prolongado 
ou com déficits focais. Crises repetidas em 24 
horas ou que recorrem na mesma doença. 
• Diagnóstico 
Como a criança na maioria das vezes não chega 
convulsionando no serviço, é necessária uma 
boa anamnese. Investigar antecedentes 
pessoais. 
No exame físico deve-se buscar o foco da febre 
e afastar infecção de SNC (abaulamento de 
fontanela, rigidez de nuca). 
Exames laboratoriais são desnecessários, a não 
ser que seja para buscar o sinal do foco 
infeccioso. 
O LCR só deve ser colhido na suspeita de 
infecção SNC: sinais clínicos, lactentes < 6-12 
meses, ausência de vacinação H.influenzae b, 
meningococo e pneumococo. 
A neuroimagem só deve ser feita se suspeita de 
doença neurológica: crise focal ou com achados 
focais no pós-ictal, alteração mantida do nível de 
consciência, micro ou macrocefalia, doença 
neurocutânea, déficit neurológico pré-existente. 
O exame de escolha é a RNM de crânio. 
Avaliação do neurologista é desnecessário na 
urgência. 
Eletroencefalograma também é desnecessário, 
pois nos primeiros 7 dias podem acontecer 
algumas anormalidades após a primeira 
convulsão. 
• Tratamento 
Se a criança chegar na UE sem convulsão, deve-
se fazer as orientações aos familiares: bom 
prognóstico na ausência de fatores de risco, 
A profilaxia secundária só está indicada nos 
casos de convulsão febril complexa ou fatores de 
risco para recorrência e para epilepsia. A 
profilaxia continua pode ser feita com 
fenobarbital ou ácido valproico. A profilaxia 
intermitente pode ser feita com um 
benzodiazepínico e é realizada de forma que 
assim que forem iniciados os sintomas febris já 
medica com benzo. 
- E se a criança chegar na crise? 
Nos primeiros 5 minutos deve-se fornecer via área 
com boa oferta de oxigênio, monitorizá-la, 
realizar acesso EV e coletar dextro. 
Se ultrapassar os 5 minutos, então deve-se fazer 
benzodiazepínicos até 3x, nas seguintes doses. 
 
Caso os benzodiazepínicos não consigam fazer o 
controle da convulsão, pode-se lançar mão de 
fenitoína na dose de ataque EV ou então 
fenobarbital ou ácido valproico EV. 
 22 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
 
Se mesmo assim persistir, damos o nome de 
estado de mal epiléptico refratário, que consiste 
em atividade epiléptica que persiste após o uso 
de benzodiazepínico e outra medicação de 2ª 
linha apropriada. 
Nesses casos a criança deve ser intubada e 
transferida de imediato para UTI. As medicações 
que podem ser utilizadas são: 
Midazolan, tiopental ou propofol EV contínuo 
 
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO 
• Estatura-alvo 
Meninas: altura do pai+ altura da mãe -13/2 
Meninos : altura do pai + altura da mãe +13/2 
• Fases do crescimento pós-natal 
-Lactente: crescimento rápido 
 
-Pré-púbere: crescimento constante 
 
Púbere: crescimento rápido com estirão 
 
• Definição de baixa estatura 
Estatura < percentil 3 ou <Z-2 
Avaliar velocidade de crescimento: intervalo de 
no mínimo 6 meses para reavaliar o crescimento. 
1. Estatura >Z-2 + velocidade de crescimento 
normal = criança normal 
2. Estatura <Z-2 + velocidade de crescimento 
normal = variante da normalidade 
3. Estatura <z-2 + velocidade de crescimento 
reduzida = investigar 
• Investigação baixa estatura 
Anamnese, exame físico e exames 
complementares. 
História clínica, antecedentes pessoais, 
antecedentes familiares, história familiar, 
condições sociais e ambientais. 
Dismorfismo, antropometria, desenvolvimento 
puberal, proporções corporais (segmento inferior 
e segmento superior). 
Exames complementares: idade óssea (RX mão e 
punho esquerdos) , hemograma completo, urina 
do tipo 1 (acidose tubular renal leve) , em 
crianças <2 anos (urocultura, cálcio, fósforo e 
fosfatase alcalina). 
 
• Etiologia 
1. Variantes da normalidade 
 
2. Causas orgânicas 
Renais, cardíacas, gastrointestinais, pulmonares, 
endocrinopatias, síndrome genéticas. 
- Endocrinopatias : hipotireoidismo, 
hipertireoidismo, hipercortisolismo, puberdade 
precoce, deficiência de hormônio de 
crescimento. 
- Síndromes genéticas: Síndrome de Down, 
Síndrome de Turner, Síndrome de Noonan, 
Síndrome de Silver-Russel. 
3. Osteocondroplasias 
Herança genética ocasionando anormalidades 
das cartilagens e/ou ossos. 
A mais comum delas é a acondroplasia, os 
pacientes costumam apresentar uma baixa 
estatura mais evidente após os dois anos de vida. 
A hipocondroplasia em geral não há achados 
faciais típicos e a baixa estatura não é tão 
intensa. 
SÍNDROME NEFRÓTICA 
• Fisiopatologia 
No rim normal histologicamente um néfron é 
composto pelo capilar, onde irá circular o 
 23 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio de Pediatria 
sangue; pelo podócito e pela membrana 
podocitária, onde ocorrerá a filtração; 
membrana basal. 
Na síndrome nefrótica há uma alteração da 
membrana de proteção renal, que faz com que 
os podócitos se fundam e com isso a filtração se 
tornará ineficaz, permitindo a passagem de 
albumina, Apolipoproteína B, anti trombina III e 
imunoglobulinas. 
• Definição 
Proteinúria nefrótica, hipoalbuminemia 
<2,5mg/dL, edema gravitacional ( a criança 
acorda com os olhos edemaciados e no decorrer 
do dia, o edema migra para membros inferiores), 
cacifo intenso, hiperlipidemia. 
Proteinúria nefrótica: valores na urina de 24 horas 
>3,5g/1,73m/24 horas OU 50mg/kg/dia OU 
>40mg/m/hr em 24 horas. 
Como é difícil fazer a coleta em 24 horas, pode-
se definir proteinúria nefrótica através de uma 
amostra de urina isolada onde a relação proteína 
urinária/creatinina urinária é de > ou igual a 2. 
É mais comum em menores de 6 anos, sendo o 
pico em crianças com 3 anos de vida. 
• Quadro clínico 
Início insidioso, sintomas inespecíficos, edema 
gravitacional, urina espumosa, ganho de peso 
(por edema ou por ascite). Pode se apresentar 
no quadro de síndrome nefrótica já com as 
infecções, como as imunoglobulinas são 
consumidas infecções importantes pode ser um 
quadro apresentado pela criança; como perde 
anti trombina III, pode ser observado eventos 
tromboembólicos. 
• Diagnóstico 
A tríade clássica é: edema + proteinúria nefrótica 
+ hipoalbulinemia 
Outros achados que podem ser vistos são 
hiperlipidemia, hipoalbuminemia e 
hipogamaglobulina. 
A principal complicação da síndrome nefrótica é 
ascite. 
O diagnóstico é clínico laboratorial, em casos 
reservados é indicado a biópsia. 
- Quando biopsiar? 
Se tiver qualquer característica de síndrome 
nefrítica (HAS, insuficiência renal, consumo de 
complementos, hematúria macroscópica), <1 
ano

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