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APG Trombose Venosa Profunda

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1 Trombose Venosa Profunda 
Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III 
FASA – Faculdade Santo Agostinho 
 
 
Objetivo 1 
A trombose venosa profunda (TVP) 
caracteriza-se pela formação de trombos 
dentro de veias profundas, com obstrução 
parcial ou oclusão, sendo mais comum nos 
membros inferiores. 
As principais complicações decorrentes 
dessa doença são: insuficiência venosa 
crônica/síndrome pós-trombótica (edema 
e/ou dor em membros inferiores, mudança 
na pigmentação, ulcerações na pele) e 
embolia pulmonar (EP). 
A rápida adoção de estratégias diagnósticas 
e terapêuticas é crucial para evitar essas 
complicações. 
 
↬ 
A trombose superficial é, em geral, 
facilmente verificada pelo achado da veia 
inflamada. Isto pode ser aparente como um 
cordão avermelhado e doloroso. Por outro 
lado, a TVP frequentemente gera poucos 
aspectos clínicos distintos; metade dos 
pacientes com TVP é assintomática. A 
primeira manifestação de TVP pode ser a 
ocorrência de embolia pulmonar. A dor da 
região das veias trombosadas, em repouso 
ou durante o exercício, e o edema distal às 
veias obstruídas constituem os sintomas 
usuais da trombose de veias profundas. 
• A dor profunda e grave na perna 
inteira, geralmente melhora com 
posicionamento horizontal. 
• Dor na panturrilha assemelha-se a 
uma contratura muscular ou sensação 
de peso na perna. 
Pode haver formação aguda de edema, 
inicialmente no tornozelo, mas 
posteriormente envolvendo toda a perna e 
coxa se as veias ilíacas forem afetadas. Pode 
ocorrer cianose do membro. 
A trombose venosa profunda pode ser 
absolutamente assintomática. Quando 
sintomas aparecem, podem envolver: 
Embolia pulmonar 
• Edema; 
• Dor; 
• Calor; 
• Rubor (vermelhidão) 
• Rigidez da musculatura na região em 
que se formou o trombo. 
Síndrome pós-flebítica 
• Edema (inchaço); 
• Cor mais escura da pele; 
• Endurecimento do tecido 
subcutâneo; 
• Eczemas; 
• Úlceras. 
↬ 
Os principais fatores diretamente ligados à 
gênese dos trombos são: estase sanguínea, 
lesão endotelial e estados de 
hipercoagulabilidade2. Portanto, idade 
avançada, câncer, procedimentos 
cirúrgicos, imobilização, uso de estrogênio, 
gravidez, distúrbios de hipercoagulabilidade 
hereditários ou adquiridos, constituem-se 
como fatores de risco para TVp. A sua 
incidência aumenta proporcionalmente com 
a idade, sugerindo que esta seja o fator de 
risco mais determinante para um primeiro 
evento de trombose. 
os fatores de risco podem ser classificados 
como: 
 - Hereditários/Idiopáticos: resistência à 
proteína C ativada (principalmente fator V 
http://institutodatrombose.blogspot.com.br/search/label/embolia%20pulmonar
 
2 Trombose Venosa Profunda 
Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III 
FASA – Faculdade Santo Agostinho 
 
 
de Leiden); mutação do gene da 
protrombina G20210A; deficiência de 
antitrombina; deficiência de proteína C; 
deficiência de proteína S; 
hiperhomocisteinemia; aumento do fator VIII; 
aumento do fibrinogênio. 
- Adquiridos/Provocados: síndrome do 
anticorpo antifosfolipídio; câncer; 
hemoglobinúria paroxística noturna; idade > 
65 anos; obesidade; gravidez e puerpério; 
doenças mieloproliferativas (policitemia vera; 
trombocitemia essencial etc.); síndrome 
nefrótica; hiperviscosidade 
(macroglobulinemia de Waldenström; 
mieloma múltiplo); doença de Behçet; 
trauma; cirurgias; imobilização; terapia 
estrogênica. 
↬ 
A TVP nos membros inferiores, na maioria 
das vezes, resulta de 
• Retorno venoso prejudicado (p. ex., 
em pacientes imobilizados) 
• Lesão ou disfunção endotelial (p. ex., 
após fratura nas pernas) 
• Hipercoagulabilidade 
TVP nos membros superiores na maioria das 
vezes resulta de 
• Lesão endotelial decorrente de 
cateteres venosos centrais, marca-
passos ou uso de drogas injetáveis 
A TVP do membro superior ocasionalmente 
ocorre como parte da síndrome da Veia 
cava superior ou resulta de estado 
hipercoagulável ou compressão da veia 
subclávia no desfiladeiro torácico. A 
compressão pode ser decorrente de 
primeira arco costal normal, acessória ou 
feixe fibroso (síndrome do desfiladeiro 
torácico) ou acontecer durante atividade 
vigorosa de um braço (trombose de esforço 
ou síndrome de Paget Schroetter, que 
responde por 1 a 4% dos casos de TVP do 
membro superior). 
Geralmente, a trombose venosa profunda 
começa nas cúspides das valvas venosas. 
Os trombos consistem em trombina, fibrina e 
hemácias, com relativamente poucas 
plaquetas (trombo vermelho); sem 
tratamento, os trombos podem se propagar 
no sentido proximal ou migrar para os 
pulmões. 
Classificação 
A TVP nos membros inferiores é dividida, 
simplificadamente, segundo sua localização: 
• Proximal - quando acomete veia ilíaca 
e/ou femoral e/ou poplítea. 
 • Distal - quando acomete as veias 
localizadas abaixo da poplítea. 
 O risco de EP e a magnitude da síndrome 
pós-trombótica (SPT) decorrente da TVP 
proximal são maiores. Entretanto, existe um 
risco de progressão da trombose distal para 
segmentos proximais de até 20%, o que faz 
com que o diagnóstico e o tratamento da 
TVP distal sejam similares ao da TVP 
proximal7(A). Portanto, a classificação do 
tipo de TVP suspeita é importante para guiar 
as estratégias de tratamento. 
↬ 
 A profilaxia da TVP é a melhor forma de 
prevenção da TEP, sendo altamente custo-
efetiva. 
Todo paciente de risco para TVP e TEP deve 
receber alguma forma de profilaxia, que 
pode ser feita através de medidas 
farmacológicas, não farmacológicas ou 
associação de ambas. 
• Prevenção da imobilidade 
• Medicamentos anticoagulantes 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/s%C3%ADndromes-de-compress%C3%A3o-da-sa%C3%ADda-tor%C3%A1cica-sct
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/s%C3%ADndromes-de-compress%C3%A3o-da-sa%C3%ADda-tor%C3%A1cica-sct
 
3 Trombose Venosa Profunda 
Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III 
FASA – Faculdade Santo Agostinho 
 
 
• Dispositivos de compressão 
pneumática intermitente 
Medidas físicas 
•Elevação dos membros inferiores. Em 
pacientes impossibilitados de deixar o leito, a 
elevação dos membros inferiores que 
compense a diferença de altura em supino 
entre as veias da região poplítea e a veia 
femoral. Se opondo à estase venosa e é 
considerada um método útil de prevenção. 
 Movimentação ativa e passiva dos 
membros inferiores. Em pacientes 
impossibilitados de deixar o leito. 
 Deambulação precoce. Saída do leito e 
deambulação constituiu-se no primeiro 
método físico de prevenção da 
troboembolia venosa, devendo associar-se 
aos demais. 
 Meias elásticas de compressão graduada 
(MECG). Constituem-se em indicação 
primária, junto com a deambulação 
precoce. Aumentam a velocidade do fluxo 
venoso na veia femoral. Devem-se preferir as 
que vão até a coxa, mas as que chegam 
até o joelho também são eficientes. 
 Compressão pneumática intermitente 
externa dos membros inferiores (CPI). Através 
da insuflação sequencial de manguitos, 
envolvendo dos pés à panturrilha, aumenta 
significativamente o fluxo venoso e tem 
ação fibrinolítica. É altamente eficaz. Pode 
substituir ou ser acrescentado aos esquemas 
com drogas antitrombóticas. 
 Filtro de veia cava inferior: 
permanentes e 
temporários. Prevenção de TEP em 
pacientes de riscos alto e muito alto 
impossibilitados de receber 
anticoagulantes ou com 
antecedentes de insucesso com as 
medidas usuais. Filtros temporários (até 
14 dias) podem ser usados em 
situações igualmente temporárias de 
risco. 
 Profilaxia farmacológica 
A profilaxia é efetuada com heparina não 
fracionada ou heparina de baixo peso 
molecular. Nos pacientesde alto risco para 
hemorragias, as medidas físicas são 
recomendadas como adjuvante na terapia 
farmacológica em situações especiais. O 
ácido acetilsalicílico (AAS) não é uma 
medida de profilaxia nessas condições, 
devendo seu uso ser abandonado ou não 
iniciado com essa indicação. A warfarina 
implica aumento de risco de 
tromboembolismo nas primeiras 36 horas de 
seu uso e, apenas de 36 a 72 horas após seu 
início, é que apresenta efeito 
anticoagulante, tornando-se uma medida 
inapropriada para profilaxia a curto prazo. 
Complicações 
Imediatas ou agudas – a mais temida é a 
embolia pulmonar. O coágulo da veia 
profunda se desloca, podendo migrar e ir 
até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria 
e colocá-lo em risco de vida. Caso da 
embolia pulmonar, a passagem de um 
coágulo de uma veia maior, e a entrada 
dele em um vaso mais estreito, é o que 
ocorre na trombose venenosa. Se o coágulo 
se alojar na artéria pulmonar, ele entope os 
vasos causando embolia pulmonar. O 
problema é quando o coágulo é muito 
grande ou, em vez de um, são vários: neste 
caso, pode levar à morte. 
Tardia – Pode apresentar a síndrome 
chamada Insuficiência Venosa Crônica, que 
começa com a destruição das válvulas 
existentes nas veias e que são responsáveis 
por direcionar o sangue para o coração, 
causando com isso, uma inversão e retardo 
do retorno venoso. O sinal mais precoce de 
IVC é o edema (inchaço), seguido do 
aumento de veias varicosas e alterações da 
cor da pele. Se o paciente não é submetido 
a um tratamento adequado, segue-se o 
endurecimento do tecido subcutâneo, 
presença de eczema e, por fim, a tão 
temida úlcera de estase ou úlcera varicosa. 
 
4 Trombose Venosa Profunda 
Lorrainy Abade Brito - 3º Período Medicina SOI III 
FASA – Faculdade Santo Agostinho 
 
 
Síndrome pós-flebítica (pós-trombótica) é a 
insuficiência venosa crônica 
sintomática após TVP. As causas são os 
distúrbios que acarretam hipertensão 
venosa, normalmente por lesão venosa ou 
insuficiência das valvas venosas, como 
acontece após TVP. 
 
Objetivo 2 
 
Ao contrário da trombose venosa profunda, 
que causa muito pouca inflamação, a 
trombose venosa superficial envolve uma 
reação inflamatória súbita (aguda) que faz 
com que o coágulo de sangue (trombo) 
prenda-se firmemente à parede da veia, o 
que reduz a probabilidade de que ele se 
desprenda. Ao contrário das veias 
profundas, as veias superficiais não têm 
músculos que as rodeiam que podem 
comprimir e desalojar um coágulo de 
sangue. Por essas razões, na trombose 
venosa superficial, raramente ocorre o 
desprendimento de um trombo (embolia). 
A trombose venosa profunda se caracteriza 
pela formação de coágulos de sangue 
(trombos) nas veias profundas, geralmente 
nas pernas. Coágulos de sangue (trombos) 
podem se formar nas veias profundas, a que 
se dá o nome de trombose venosa profunda 
(TVP), ou nas veias superficiais, a que se dá o 
nome de trombose venosa superficial. As 
veias superficiais também ficam geralmente 
inflamadas, mas sem coagulação (ou 
trombose). Esta combinação de 
coagulação e inflamação é 
designada tromboflebite superficial. 
 
 
 
 
 
Objetivo 3 
O quadro clínico, quando presente, pode 
consistir de: dor, edema, eritema, cianose, 
dilatação do sistema venoso superficial, 
aumento de temperatura, empastamento 
muscular e dor à palpação). A avaliação 
dos principais fatores relacionados ao 
surgimento da TVP, associado ao quadro de 
dor e edema, podem ser agrupados em 
modelos de predição clínica. 
Nenhuma avaliação clínica isoladamente é 
suficiente para diagnosticar ou descartar a 
TVP, pois os achados clínicos se relacionam 
com a doença em apenas 50% dos casos. A 
literatura existente recomenda a anamnese 
e o exame físico, combinados com a 
realização de testes laboratoriais e exames 
de imagem. O sistema de predição clínica 
de TVP mais bem estudado é o score de 
Wells. 
O score de Wells é um modelo de predição 
clínica, baseado em sinais e sintomas, fatores 
de risco e diagnósticos alternativos, 
estimando a probabilidade pré-teste para 
TVP. Essa classificação tem se mostrado útil 
na abordagem inicial do paciente com 
suspeita de TVP. 
A trombose venosa profunda pode ser de 
difícil identificação pelos médicos, 
especialmente quando a dor e o inchaço 
estão ausentes ou são muito leves. Quando 
se suspeita dessa doença, 
uma ultrassonografia Doppler pode 
confirmar o diagnóstico. 
 
Às vezes, os médicos fazem um exame de 
sangue para medir uma substância 
chamada dímero D, que é liberada pelos 
coágulos sanguíneos. Se o nível de dímero D 
no sangue não estiver elevado, é provável 
que não haja trombose venosa profunda.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-venosos/trombose-venosa-profunda-tvp
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-venosos/trombose-venosa-superficial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/dist%C3%BArbios-venosos/trombose-venosa-superficial
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/diagn%C3%B3stico-de-dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/ecocardiograma-e-outros-procedimentos-de-ultrassom#v8335076_pt
 
5 Trombose Venosa Profunda 
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