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Prática técnica operatória

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RESUMO – PRÁTICAS DE TÉCNICA OPERATÓRIA 
Monyk Dias Carneiro 
 
Incisões 
o Pré-umbilical (cranial a cicatriz umbilical): acesso ao estômago, baço e fígado. 
o Retro-umbilical (sobre a raiz umbilical): acesso ao intestino delgado, útero e rins. 
o Pós-umbilical (caudal a cicatriz umbilical): acesso a bexiga, intestino grosso e próstata. 
 
 
Equipe cirúrgica 
Cirurgião: Planeja, comanda e executa o procedimento. Deve utilizar gorro, máscara e pijama 
cirúrgico, além do avental e luvas estéreis. Se posiciona no paciente de acordo com seu lado 
dominante, por exemplo, um destro deve ficar na lateral direita do paciente. 
Auxiliar: Auxilia diretamente o cirurgião no procedimento, é também um cirurgião capacitado e 
se não existir um instrumentador, é o auxiliar que entrega os instrumentos ao cirurgião. Deve 
utilizar gorro, máscara e pijama cirúrgico, além do avental e luvas estéreis. Se posiciona do lado 
oposto do cirurgião e no mesmo lado que a mesa de instrumentais. 
Anestesista: Manutenção da vida, analgesia e inconsciência do paciente durante o 
procedimento. Deve utilizar gorro, máscara e pijama cirúrgico e, caso necessário, luvas de 
procedimento não-estéreis. Se posiciona na cabeça do paciente, de modo que facilita a avaliação 
dos parâmetros vitais, juntamente com os equipamentos anestésicos. 
Volante: Auxilia na contenção, administração de medicamentos, intubação ou outros 
procedimentos que o anestesista necessite. Também auxilia os cirurgiões, abre os materiais de 
maneira estéril, realiza a antissepsia prévia no paciente e durante o procedimento busca algum 
material, caso necessário. Deve utilizar gorro, máscara e pijama cirúrgico e, caso necessário, 
luvas de procedimento não-estéreis. 
 
 
Assepsia 
Conjunto de procedimentos para evitar a presença de microrganismos. 
Antissepsia: Retira mecanicamente a sujidade e diminui a presença de microrganismos na pele, 
por meio da utilização de uma substância química. É feita com a gaze em formato de triângulo 
e com auxílio da pinça de antissepsia (Foerster), sempre em um mesmo sentido (crânio-caudal 
ou proximal distal), é repetida de três a quatro vezes: 
o Antissepsia prévia: Realizada pelo volante, primeiro utiliza-se ALCOOL para abrir os 
poros e remover a gordura e depois ANTISSÉPTICO (clorexidine ou iodo povidine). 
o Antissepsia definitiva: Realizada pelo auxiliar, utiliza-se diretamente o ANTISSÉPTICO. 
 
Mesa cirúrgica 
o A mesa precisa ser coberta pelo PANO DE MESA (PM) que é de tecido brim e estéril. Sua 
embalagem é aberta cuidadosamente pelo volante, entregue ao auxiliar que pode 
apenas tocar no campo. 
o Deve cobrir toda a mesa de instrumental, sem realizar muita corrente de vento e de 
modo que cubra 2/3 de sua altura. 
o Após coberta, os instrumentais são dispostos na mesa em uma ordem pré-estabelecida. 
 
E: Especiais (instrumentais específicos para aquele procedimento) 
S: Síntese (porta-agulhas e fios de sutura) 
A: Auxiliar (pinças anatômicas) 
C: Campo (backaus; as compressas cirúrgicas, gazes, pano de campo desembrulhado) 
H: Hemostáticas (pinças hemostáticas) → Dispostas sempre da MENOR para o MAIOR, 
das RETAS para as CURVAS. 
D: Diérese (bisturi, cabo de bisturi e tesouras) → Dispostos sempre do MAIS cortante 
para o MENOS cortante, do MENOR para o MAIOR. 
 
E S A 
C H D 
 
Preparação da equipe cirúrgica 
Gorro → propé → máscara facial → antissepsia de mãos e braços → avental → luvas 
Antissepsia de mãos de braços: Remoção mecânica das sujidades e microrganismos. Sempre das 
pontas dos dedos para sentido dos cotovelos (MAIS sujo para o MENOS sujo). 
- Retirar todos os acessórios de dedos, mãos e braços. 
- Realizar toda a sequência em um braço e depois em outro: Espalhar o antisséptico pelas mãos 
e braços para fazer espuma → Realizar dez golpes nas unhas (com cerdas) → Dez golpes na 
palma e costas da mão (com cerdas se for a primeira paramentação, com a esponja se for a 
 ANTISSÉPTICOS 
NOME VARIAÇÕES AÇÃO DESVANTAGENS 
POVEDINE 
- Ionóforo tópico 
- Ionóforo dergemante 
- Demora 10 min para agir 
- Duração de 2 a 3h 
- Utilizados para tração microbicida 
Inativação na presença de matéria 
orgânica 
CLOREXIDINE 
- Aquoso 
- Degermante 
- Bucal 
- Ação imediata 
- Efeito residual de 48h 
- Não atua em levedura ou esporos 
- Baixa eficácia contra vírus 
- Tóxico para cels da córnea e do 
conduto auditivo 
ÁGUA 
OXIGENADA 
- 
- Não é muito utilizada em procedimentos 
cirúrgicos 
- Limpeza de feridas ou de sujidades 
pesadas (ex. Terra). 
Citotóxica para mitose ceular (retarda a 
cicatrização, utilizar por no máximo 2 
dias) 
ÁLCOOL 
- 96% (pouco utilizado/evapora 
muito rápido) 
- 70% (mais utilizado) 
- Desnatura parede celular de 
microrganismos 
- Desengordura a pele 
- 
segunda) → Dez golpes nas faces laterais dos dedos (com cerdas se for a primeira paramentação, 
com a esponja se for a segunda) → Dez golpes nas faces mediais dos dedos (com cerdas se for 
a primeira paramentação, com a esponja se for a segunda) → Dez golpes em cada membrana 
interdigital com a esponja dobrada (com cerdas se for a primeira paramentação, com a esponja 
se for a segunda) → Dez golpes nas 4 faces do braço do punho ao cotovelo (com cerdas se for a 
primeira paramentação, com a esponja se for a segunda). 
- Enxaguar sempre sentido mãos → antebraço, de modo que a água não escorra para as mãos 
novamente (devem ser o local mais limpo). 
- Após o enxague: sempre manter as mãos mais altas que os cotovelos. 
- Secagem com compressa estéril: secar primeiro as pontas dos dedos → palma e costas da mão 
→ punho a cotovelo, depois trocar a face da compressa e repetir o procedimento no outro 
braço. 
Avental: Apenas a face interna do avental deve ser tocada, o cirurgião veste o avental e o volante 
ajeita puxando pela parte de trás (sempre pegando apenas na parte interna). 
Luvas: Escolher numeração de 6 a 11. O volante pode abrir e tocar apenas no primeiro envelope, 
o cirurgião abre o segundo envelope e calça PRIMEIRO a luva da mão DOMINANTE, tocando 
apenas na FACE INTERNA. Com a mão dominante enluvada, pode ser tocado apenas a FACE 
EXTERNA, para evitar contato com o talco da parte interna (pode irritar a mucosa), para enluvar 
a mão não dominante. Com as mãos enluvadas, manter os dedos cruzados, mãos acima do 
cotovelo e ficar em um canto do centro cirúrgico. 
Instrumentais 
Diérese 
Pegadas: 
PEGADA PONTA DE LÁPIS: Pequena área cortante, utilizado para incisões pequenas e precisas. 
Movimento é feito com os dedos. 
PEGADA PONTA DOS DEDOS: Maior superfície de contato para o bisturi, utilizado para grandes 
incisões e pequenas precisões. Movimento é feito com os braços. 
PEGADA PALMAR: Cortes em tecido de maior resistência e com certa precisão, com controle do 
tamanho e pressão da incisão. Movimento é feito com os braços. 
 BISTURI E CABOS 
NOME FUNÇÃO SINAL TIPOS E TAMANHOS 
BISTURI DE 
CABO FIXO 
Utilizado na incisão de 
tecidos, está em desuso, pois 
os cabos móveis são mais 
vantajosos uma vez que é 
possível realizar troca e 
descarte da lâmina. 
Dedos fechados e realizar 
movimento de punho ou 
mimetizar o movimento de 
empunhar o bisturi. 
- 
BISTURI DE 
CABO MÓVEL 
Utilizado na incisão de 
tecidos. 
Dedos fechados e realizar 
movimento de punho ou 
mimetizar o movimento de 
empunhar o bisturi. 
Bisturi (n° 24 ao 10): normalmente o 24 ou 23 são os 
utilizados nos procedimentos de rotina, enquanto o 13 
ou 14 em procedimentos mais delicados 
(procedimentos oftálmicos). 
Cabo n° 4: para as lâminas 24 e 23 
Cabo n° 3: para as lâminas 13 e 14. 
 
Regiões anatômicas das tesouras: ponta – lâminas – fulcro – hastes – argolas 
Classificação quanto a ponta: romba-romba, romba-fina e fina-fina 
Classificação quanto a lâmina: curva ou reta 
Superfície da lâmina: serrilhada ou lisa 
o A tesoura deve estar paralela ao tecido 
o Não se deve fechar a tesoura toda 
oCortar com o tecido o mais próximo possível do fulcro 
o Tracionar o tecido sempre para cima com auxílio de uma pinça 
o A tesoura nunca deve estar voltada para baixo. 
Empunhaduras: 
TRIPLÉ DE BRASE AMPLA: Anelar em uma das argolas, polegar em outra e indicador guiando. 
EMPUNHADURA REVERSA: Dedo médio em uma das argolas, polegar em outra e sem indicador 
no meio. (Incisões caudais). 
CORTE PERPEDICULAR SENTIDO CIRURGIÃO: Polegar e indicador nas argolas e os demais dedos 
servindo de apoio. 
 TESOURAS 
NOME DESCRIÇÃO FUNÇÃO SINAL TIPOS 
TESOURA DE 
METZENBAUM 
Possui lâmina curta 
e haste longa. 
Corte de tecidos delicados 
e finos. 
Movimento de tesoura com 
os dedos e o tipo verbalizado. 
Lâmina reta ou curva 
Ponta romba-romba 
TESOURA DE 
MAYO 
Possui haste e 
lâmina quase do 
mesmo tamanho. 
Corte ou divulsão de 
tecidos resistentes. 
Movimento de tesoura com 
os dedos e o tipo verbalizado. 
Lâmina reta ou curva, lisa ou 
serrilhada. 
Pontas: romba-romba, fina-fina 
ou romba-fina 
TESOURA DE 
SUTURA 
Lâmina curta e 
robusta, são mais 
pesadas. 
Corte de fios de sutura. 
Movimento de tesoura com 
os dedos e o tipo verbalizado. 
Lâmina reta 
Ponta fina-fina 
TESOURA TIRA 
PONTOS 
Uma de suas lâminas 
possui concavidade 
para apanhar o fio 
Remoção dos pontos. 
Movimento de tesoura com 
os dedos e o nome 
verbalizado. 
Lâmina reta 
Ponta romba e outra com 
concavidade. 
TESOURA DE 
CURATIVO 
Uma de suas lâminas 
é extremamente 
romba para evitar 
danos. 
Remoção de bandagem, 
gaze, gesso ou outros 
curativos. 
Movimento de tesoura com 
os dedos e o nome 
verbalizado. 
Lâmina reta 
Ponta romba-romba. 
 OUTROS INSTRUMENTAIS 
NOME CARACTERÍSTICA FUNÇÃO 
CIZALHA Robusto e parecido com alicate. Cortes em ossos ou superfícies muito rígidas 
COSTOTOMO 
Robusto, parecido com alicate e com uma das lâminas 
mais curva. 
Ressecção da cabeça do fêmur e fragmentação de costelas. 
CURETA 
Haste longa, ponta arredondada, pode ser vazada ou 
não. Semelhante a uma conchinha. 
Realizar curetagem: raspagem de tecidos indesejados ou 
neoformações. 
BURDIZIO 
Semelhante a um alicate, robusto e com as pontas 
retas. 
Utilizado em castração de animais com testículo pendular 
(bovinos, não pode ser utilizado em equinos). 
EMASCULADOR Semelhante a um alicate, possui três hastes. 
Utilizado em castração de equinos, realiza corte e hemostasia 
simultaneamente. 
SERRA CIRURGICA Formato de serra. Utilizada na amputação de membros. 
FIO SERRA Fio cortante com argolas nas pontas para o manuseio. 
Utilizada na amputação e fetotomia em vacas para evitar 
cesárea. 
 
Auxiliares, campo e especial: 
o As pinças anatômicas são sempre seguradas pela pegada ponta de lápis e com a mão 
não dominante. 
o Empunhadura da allis é tripé de base ampla. 
 
Hemostáticas: 
PEDIDO EM SINAL PARA PINÇAS HEMOSTÁTICAS: Palma da mão voltada pra cima, inclusive o 
polegar (não o fechar), movimentar os dedos como tesoura. 
TRÉPANO Haste cilíndrica e cortante. 
Através do movimento de rotação, perfura ossos, pode ser 
utilizado para promover drenagem de sinusite e remoção 
dentária em equinos. 
 PINÇAS 
NOME DESCRIÇÃO FUNÇÃO SINAL 
PINÇA ANATÔMICA 
SEM DENTE 
Pinça anatômica sem o dente de 
rato na extremidade. 
Sustentar tecidos mais delicados. 
Movimentar indicador e polegar 
abrindo e fechando, verbalizar o 
tipo. 
PINÇA ANATÔMICA 
COM DENTE 
Pinça anatômica com o dente de 
rato na extremidade. 
Sustentar tecidos mais resistentes 
(pele, musculatura e fáscia) 
Movimentar indicador e polegar 
abrindo e fechando, verbalizar o 
tipo. 
PINÇA DE ALLIS 
Possui hastes, sistema de 
cremalheiras e pontas 
serrilhadas. 
Sustenta tecidos com máxima fixação 
e mínimo trauma. 
Movimento de revolver com 
indicador e polegar dobrados. 
PINÇA DE FOERSTER 
Possui hastes curva ou reta, 
argolas, sistema de cremalheiras 
e pontas arredondadas (lisa ou 
serrilhada) e vazadas. 
Realização de curativos e antissepsia. - 
BACKHAUS 
(pinça de campo) 
Possui hastes, sistema de 
cremalheiras e pontas em forma 
de gancho. 
Fixação do pano de campo ou 
aproximar musculatura em áreas de 
tensão. 
Polegar abaixo do indicador e mão 
fechada 
PINÇAS INTESTINAL 
(Doyan – Instrumental 
especial) 
Possui pontas bem longas, 
maiores que a haste, sistema de 
cremalheira que deixa vão entre 
as hastes. 
Utilizado em enterotomia, para evitar 
que haja contaminação da cavidade 
ou para retirar corpo estranho, causa 
mínimo dando ao tecido. 
 
 PINÇAS 
NOME DESCRIÇÃO FUNÇÃO TIPO 
PINÇA HALSTEAD 
(MOSQUITO) 
Possuem 13 cm, ponta com ranhuras 
transversais verticais e sistema de 
cremalheira. 
Hemostasia em microvasos (1 mm de 
diâmetro). 
Retas ou curvas. 
PINÇA DE CRILE 
Possuem 13 a 16 cm, ponta com ranhuras 
transversais horizontais e sistema de 
cremalheira. 
Hemostasia em pedículos, conjunto de tecido 
conjuntivo com uma série de vasos 
sanguíneos no interior, que não podem ser 
individualizados. 
Retas ou curvas. 
PINÇA KELLY 
Mesmo porte da Crile, porém com 
ranhuras até na metade da ponta. 
Hemostasia de vasos mais calibrosos (acima 
de 1 mm de diâmetro). 
Retas ou curvas. 
PINÇA KOCHER 
Semelhante a Crile, porém com dentes de 
rato na extremidade, possui ranhuras 
transversais. 
Hemostasia de tecidos fibrosos ou com 
aponeuroses. 
Retas ou curvas.

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