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MARÍLIA ARAÚJO – P4 MEDICINA HPV • DNA-vírus de cadeia dupla, não encapsulado, membro da família Papovaviridae. • Infecta epitélios escamosos e pode induzir lesões cutaneomucosas. • Mais de 200 tipos de HPV, com aproximadamente 40 que acometem o trato anogenital. • Transmissão: por qualquer tipo de atividade sexual e, excepcionalmente, durante o parto, com a formação de lesões cutaneomucosas em recém-nascidos ou papilomatose recorrente de laringe. A transmissão por fômites é rara. • As infecções são tipicamente assintomáticas. • 1% a 2% da população apresentam verrugas anogenitais e 2% a 5% das mulheres mostram alterações no exame preventivo de colo do útero. A prevalência é maior em mulheres abaixo dos 30 anos. • A maioria das infecções por HPV em mulheres tem resolução espontânea, em um período aproximado de até 24 meses. • Tipos de HPV que infectam o trato genital, de acordo com o potencial oncogênico e com as lesões associadas: Baixo risco oncogênico: tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72 e 81. Alto risco oncogênico: tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. • Pode ocorrer infecção múltipla (mais de um tipo) • O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e o desenvolvimento do câncer cervical é de aproximadamente 20 anos • APRESENTAÇÕES SUBCLÍNICAS DO HPV: preventivo de colo de útero. Tipos rivais de baixo risco oncogênico são associados a lesões escamosas de baixo grau (displasia leve ou NIC I). Os tipos de alto potencial oncogênico são associados a lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (high grade intraepithelial lesions – HSIL), correspondendo aos quadros de displasia moderada – NIC 2, grave ou carcinoma in situ – NIC 3 • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HPV: lesões pontiagudas denominadas condiloma acuminado. Costumam ser únicas ou múltiplas, achatadas ou papulosas, mas sempre papilomatosas. O diagnóstico das verrugas anogenitais é tipicamente clínico. • Não são recomendados testes que identificam os diferentes tipos de HPV na rotina clínica ou mesmo no rastreamento de pessoas assintomáticas. • GESTANTES: lesões podem apresentar crescimento rápido, atingirem grande volume, tornar-se friáveis e sangrantes. A podofilina e o imiquimode não devem ser usados. O ácido tricloroacético ou o nitrogênio líquido são boas opções. Por vezes, especialmente no caso de lesões volumosas, a eletrocoagulação ou a exérese tangencial (“shaving”) são as melhores opções. Não há indicação de parto cesáreo pela presença das lesões, mesmo podendo transmitir ao recém-nascido. Indicação seria a obstrução do canal de parto ou sangramento. • PREVENÇÃO: A partir de 2014, o MS ampliou o Calendário Nacional de Vacinação, com a introdução da vacina quadrivalente contra HPV tipos 6 e 11 (de baixo risco oncogênico, responsáveis por lesões verrucosas) e 16 e 18 (de alto risco oncogênico). • TRATAMENTO: Recomenda-se considerar a mudança de opção terapêutica quando não houver melhora significativa após três sessões, ou se as verrugas não desaparecerem após seis sessões de tratamento. Existe a possibilidade de combinação de tratamentos, com estrito controle dos efeitos inflamatórios sobre os tecidos normais. MARÍLIA ARAÚJO – P4 MEDICINA • O imiquimode apresenta menos efeitos locais que a podofilotoxina, mas implica maior tempo de tratamento • Imiquimode 50mg/g creme: é um modulador da resposta imunológica pela indução do interferon alfa e de outras citocinas. Não destrói o vírus, auxilixa na eliminação da verruga. Apenas uso externo • Podofilotoxina: é a forma purificada da podofilina e possui propriedades antimitóticas. A absorção sistêmica após a aplicação tópica é muito baixa.
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