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Afecções reprodutivas de ovário e glândulas mamárias em cadelas e gatas Cistos foliculares Podem acontecer em cadelas e gatas mas ocorrem em maior freqüência em cadelas. São estruturas císticas que crescem mais que o normal passando de 8-10 cm em proestro ou estro antes da ovulação. Podem ser únicos ou múltiplos, uni ou bilateral. Sua origem é desconhecida mas acredita-se que ocorra por falhas na ovulação ou administração exógena de E2, além de ter maior predisposição de cadelas idosas. Sinais clínicos · Irregularidade do ciclo estral: o cisto só é descoberto na cirurgia · Corrimento vaginal prolongado: cisto que produz hormônio · Alterações dermatológicas e hematológicas em conseqüência ao excesso de estrógeno por tempo prolongado como a hiperqueratose, hiperpigmentação, alopecia simétrica lateral e sem prurido · Ninfomania (apenas se há produção hormonal) · Medula óssea: o estrógeno, quando em excesso, causa depressão da medula óssea, assim, teremos sinais hematológicos como anemia, aumento de sangramento, petéquias, hematúria, sangramento vaginal, apatia, palidez Complicações: HEC (piometra) e depressão medular Diagnóstico · Sinais clínicos · Citologia vaginal: ação estrogênica · US: quando o cisto é pequeno (0,2mm) não terá precisão · Diferencial com neoplasia ovariana: normalmente o ovário cresce mais que o cisto. Tratamento Não existe protocolo descrito em cadelas e gatas que tenha sucesso na indução da ovulação, e também, o cisto é mais comum em cadelas velhas e predispõe a hiperplasia endometrial cística (piometra), assim, por mais que esse cisto seja retirado, há tendência dele voltar, sendo a castração mais indicada. Neoplasia ovariana Afcção rara, podendo acontecer em cadela e em gata. Vários tecidos diferentes do ovário podem ser tornar neoplásicos, e dependendo do tecido essa neoplasia terá uma característica diferente. Os tumores de células germinativas crescem a partir do oócito (teratomas/disgerminomas: produzem cabelos, dentes), e não são produtores de hormônios, ou seja, não há sinal reprodutivo e a fêmea pode continuar ciclando, isso será percebido e diagnosticado, quando ele estiver em um tamanho exacerbado, atrapalhando o funcionamento de outros órgãos. Os tumores epiteliais são do epitélio de revestimento ou sustentação do ovário, que não são produtores de hormônios e apenas serão diagnosticados quando atrapalhar o funcionamento de estruturas adjacentes. Os tumores estromais são da célula da granulosa (granulomas) ou das células da teca e podem produzir hormônios. Causam alteração do ciclo, comportamento, cio persistente ou anestro prolongado, a depender de qual hormônio produzido e sua evolução. Tratamento Ovariohisterectomia bilateral e análise do material, salvo em ovariectomia unilateral em casos de fêmeas valiosas que precisam ser mantidas na reprodução. Glândula mamária Hiperplasia mamária felina Condição não neoplásica que é responsiva à P4, é caracterizada por rápida hipertrofia e hiperplasia, ou proliferação do estroma ductal e do epitélio das glândulas mamárias. · Incidência exclusiva em felinos · Comum em fêmeas não castradas e jovens (1 a 4 anos) · Aparece em 1 a 2 semanas pós cio (P4 alta), em fêmeas em lactação (P4 alta junto a ação da prolactina) ou tratadas com medicamentos progestágenos · 20% das alterações mamárias Sinais clínicos · Nódulos mamários bem delimitados e não encapsulados · 2 a 5 cm de diâmetro · Edema, ulceração, áreas de necrose e infecção bacteriana secundária Primeira imagem: tecido mamário de uma fêmea normal não gestante, tecido hipoecogênico e pequeno. Segunda imagem: fêmea no final da gestação (ação da P4) e tecido denso mas sem aumento excagerado. Terceira imagem: primeira semana de lactação com aumento de tecido mas normal. Tratamento · Remoção do estículo hormonal da progesterona · Remissão espontânea após parto ou lactação · Medicamentos inibidores da progesterona: aglepristone · Mastectomia · Suporte: AINE, ATB · Queda abrupta da progesterona: aumento da prolactina para estímulo da lactação · Inibidores da lactação
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