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Linguística e Letramento

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Prova Impressa
GABARITO | Avaliação Final (Objetiva) - Individual
(Cod.:670783)
Peso da Avaliação 3,00
Prova 29542400
Qtd. de Questões 12
Acertos/Erros 7/5
Nota 7,00
Sabe-se que a linguística estuda os fatos da linguagem oral. Dentre estes fatos, há os
relacionados à linguagem e seu contexto de uso. Acerca dos contextos discursivos, assinale a
alternativa CORRETA que apresenta o ramo que estuda estes significados linguísticos:
A Pragmática.
B Interferência.
C Enunciação.
D Instrução.
Ao produzirmos, estudarmos, analisarmos ou lermos textos que circulam, é necessário
compreender o aspecto social de cada produção. Nenhum texto está desvinculado do tempo e do
lugar em que é produzido. Ter essa visão traz uma nova perspectiva. A partir disso, analise as
sentenças a seguir:
I- O gênero é - linguisticamente - um instrumento de ação.
II- De acordo com as situações, torna-se essencial adequar o registro.
III- O gênero é composto por tempo, modo e grau.
IV- O indivíduo vai além toda vez que se insere em prática de linguagem (Letramento).
V- Práticas de Letramento dizem respeito ao início da aprendizagem da língua materna.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
A As sentenças I e III estão corretas.
B As sentenças I, II e IV estão corretas.
C As sentenças II, IV e V estão corretas.
D As sentenças III e IV estão corretas.
Em casa, os amigos do jantar não se metiam a dissuadi-lo. Também não confirmavam nada, por
vergonha uns dos outros; sorriam e desconversavam. (...) Rubião via-os fardados; ordenava um
reconhecimento, um ataque, e não era necessário que eles saíssem a obedecer; o cérebro do anfitrião
cumpria tudo. Quando Rubião deixava o campo de batalha para tornar à mesa, esta era outra. Já sem
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prataria, quase sem porcelanas nem cristais, ainda assim aparecia aos olhos de Rubião regiamente
esplêndida. Pobres galinhas magras eram graduadas em faisões, assados de má morte traziam o sabor
das mais finas iguarias da Terra. (...) Toda a mais casa, gasta, pelo tempo e pela incúria, tapetes
desbotados, mobílias truncadas e descompostas, cortinas enxovalhadas, nada tinha o seu atual
aspecto, mas outro, lustroso e magnífico. Referente a esse trecho, sobre o que significa interpretar um
texto, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: W. M. Jackson Editores, 1955.
A Interpretar é observar aquilo que não está de acordo com a verdade - separar o ilusório do
correto.
B Interpretar o texto, neste caso, é se aprofundar na visão do personagem - compreender que se
trata de uma descrição a partir de um ponto de vista.
C Pode-se entender que o texto é denotativo e em linguagem formal, científica, literal.
D A descrição do narrador da cena está muito mal escrita - essa seria uma interpretação adequada.
Leitura e escrita. Formal e informal. Práticas sociais e letramento. Em nossa área, esses
conceitos são fundamentais para entendermos o universo de interação por meio dos textos - orais e
escritos. Os novos estudos do Letramento elevaram consideravelmente essas discussões. A partir
disso, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Letramento.
II- Escrita escolar.
III- Oralidade.
( ) Tem caráter formal.
( ) Considerada primária.
( ) O conceito de gêneros textuais é interdependente.
( ) Práticas sociais de leitura e escrita.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A II - III - I - I.
B III - II - I - I.
C I - III - I - II.
D II - III - II - I.
TEXTO 1
 Do ponto de vista linguístico, o texto literário também apresenta características diferenciadas.
Embora, em muitos casos, os aspectos formais do texto se conformem aos padrões da escrita, sempre
a composição verbal e a seleção dos recursos linguísticos obedecem à sensibilidade e a preocupações
estéticas. Nesse processo construtivo original, o texto literário está livre para romper os limites
fonológicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta se torna matéria-prima (mais
que instrumento de comunicação e expressão) de outro plano semiótico - na exploração da
sonoridade e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção e descoberta de
estruturas sintáticas singulares, na abertura intencional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela
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indeterminação e pelo jogo de imagens e figuras. Tudo pode tornar-se fonte virtual de sentidos,
mesmo o espaço gráfico e signos não verbais, como em algumas manifestações da poesia
contemporânea (BRASIL, MEC/SEF, 1997, p. 27).
FONTE: BRASIL. MEC. Parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de. Educação Fundamental -
Brasília: MEC/SEF, 1997.
TEXTO 2
[...] confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações
específicas [...]; analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando
textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de
acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores, participantes
da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis, etc.). [...]; articular as redes de
diferenças e semelhanças entre linguagens e seus códigos [...]; compreender e usar os sistemas
simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela
constituição de significados, expressão, comunicação e informação (BRASIL, MEC, 2000, p. 14).
FONTE: BRASIL. PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, SEMTEC, 2000.
A partir da análise dos textos, assinale a alternativa CORRETA:
A A articulação das redes de diferenças e semelhanças possibilita levar os alunos a se tornarem
leitores mais eficientes e atuantes em sociedade.
B Analisar aspectos internos torna-se mais relevante que a compreensão dos sistemas simbólicos
nos quais flutuam os sentidos de uma língua.
C Analisar e interpretar texto exige a análise de aspectos internos - recursos linguísticos - e
também aspectos externos - condições de produção.
D Analisar e interpretar texto exige a análise de aspectos internos - condições de produção - e
também aspectos externos - recursos linguísticos e polissemia.
Os gêneros textuais estão inseridos em diversas esferas da sociedade. Essas esferas elaboram
"tipos relativamente estáveis de enunciados". Nessa perspectiva, assinale a alternativa CORRETA
que apresenta as três dimensões que compõem um gênero textual:
A Argumentação, estilo e descrição.
B Estilo, conteúdo temático e construção composicional.
C Narração, descrição e dissertação.
D Estilo, narração e argumentação.
Gêneros textuais, ao serem produzidos, consideram o contexto, o interlocutor, a esfera, entre
outros aspectos. Os gêneros da esfera publicitária, por exemplo, têm objetivos diferentes da esfera
jornalística. Assim sendo, os gêneros nelas produzidos respeitam certos parâmetros. Vale ainda dizer
que há esferas mais modalizadoras e há outras que são mais híbridas. Em gêneros das esferas
literária, publicitária e lúdica, há um recurso muito comum intitulado "desvios intencionais". Sobre
esses desvios, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Memória social.
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II- Neologismo.
III- Ambíguo.
IV- Intertextual.
( ) Ocorre quando aponta para mais de um sentido.
( ) Nova realidade ou sentimento: criação da palavra.
( ) Referência a um texto anterior, já existente. 
( ) O implícito precisa ser associado com o contexto.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A I - II - IV - III.
B I - IV - II - III.
C III - II - IV - I.
D III - IV - II - I.
Em se tratando de estudos relacionados à linguagem, existem algumas abordagens possíveis.
Cada uma delas tem algum foco, algum tópico primordial de interesse. A estilística, por exemplo,
possui algumas subdivisões, segundo alguns autores. Sobre a estilística, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
() A léxico-estilística se interessa pelos jogos entre os sons oclusivos e fricativos.
( ) A fônica estuda a expressividade fônica dos vocábulos; prioritariamente assonâncias vocálicas.
( ) A léxico-semântica se interessa por, entre outros itens, polissemia e conotação/denotação.
( ) A sintática realiza um detalhado estudo sobre substantivos, adjetivos e seus significados.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A V - F - F - V.
B V - F - V - F.
C F - V - F - V.
D F - V - V - F.
Entre as diferentes abordagens da linguagem, temos a estilística. Ela pode ser definida como
uma disciplina que estuda as formas de se expressar, a partir do estilo empregado, em uma
determinada língua. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que existem, pelo menos, três grandes
dimensões da estilística. Sobre a estilística léxico-semântica, analise as sentenças a seguir:
I- Busca analisar os textos literários e classificá-los de acordo com a linguagem empregada.
II- Tem por finalidade estudar a polissemia e os fenômenos conotativos da língua.
III- Busca explorar o vocabulário, o emprego de diminutivos maliciosos e pejorativos, além de
analisar o emprego afetivo de aumentativos e diminutivos. 
IV- O objetivo dessa vertente da estilística tem por objetivo analisar as ações da linguagem. 
Assinale a alternativa CORRETA:
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A As sentenças II e III estão corretas.
B As sentenças I e IV estão corretas.
C Somente a sentença IV está correta
D Somente a sentença I está correta.
Ao compartilharmos os mesmos signos, torna-se possível compreender uns aos outros. Ao
fazermos uso dos mais variados gêneros textuais (orais e escritos), produzimos os sentidos desejados
- utilizando as ferramentas linguísticas e também a nossa criatividade. Ao interpretarmos, precisamos
observar o contexto em que se dá a fala ou a escrita. Para isso, temos uma área chamada
"pragmática". Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
A A pragmática analisa as pistas linguísticas; essas são suficientes à interpretação de textos orais e
escritos.
B As figuras de linguagem são, de fato, os objetos primordiais da pragmática; seu maior interesse
é esse.
C A pragmática sugere analisar: quem fala, quem ouve, a proposição, o léxico e, acima de tudo, os
signos abrindo o dicionário.
D Analisar apenas os elementos internos ao texto, muitas vezes, não dá conta de entender a
totalidade da mensagem.
(ENADE, 2005) Leia o depoimento de um artista pertencente à Organização não governamental
Doutores da Alegria. Nessa ONG, que defende a aproximação entre arte e ciência, palhaços simulam
ser médicos para crianças e adolescentes hospitalizados.
Não é tão simples assim me despir do dr. Lambada. São quase
dez anos nos Doutores da Alegria, duas vezes por semana no
hospital, fora as aulas paralelas, este ano de canto e
malabares, e as rodas de estudo na sede. O personagem fica
introjetado, às vezes desembesto a falar em casa, minha
mulher diz chega, mas é assim que é. Não basta comprar uma
roupa (...) e distribuir bala no ônibus. Não adianta estar vestido
se não se está preenchido. Muitas vezes somos a única
referência de palhaço para uma criança, ou o respiro emocional
para uma mãe ou um pai, e aquilo precisa ser bem feito.
DR. ZAPATTA LAMBADA acredita em doentes saudáveis,
duendes mentais no triângulo das ber-mudas, roucas e
afônicas e na inocência do Romário.
(M. Manir, "Entre brancos e augustos. De hospital em hospital,
eles quebram o protocolo atrás de uma nova performance diante
da dor")
Considerando que a época de recolha de um depoimento e a de sua publicação em jornal podem não
coincidir, conclui-se que a expressão "este ano" (linha 3) é:
A Dêitica PORQUE o tempo a que faz referência só pode ser localizado em relação à instância da
enunciação.
Dêitica PORQUE a localização temporal a que faz referência aponta para um momento preciso.
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B
C Anafórica PORQUE o tempo a que faz referência só pode ser localizado em relação à instância
da enunciação.
D Anafórica PORQUE retoma uma outra referência temporal já feita no texto, a saber, duas vezes
por semana.
(ENADE, 2017)
 
A luz da nossa língua
O incêndio que atingiu o Museu da Língua portuguesa, em São Paulo, não provocou piores danos -
excetuando a perda, sempre irreparável, de uma vida humana - pela simples razão de aquilo que nele
se mostrava ser resistente ao fogo. A língua portuguesa é patrimônio imaterial. Não há incêndio capaz
de a devorar, a não ser o da ignorância.
Compreender como se formou e afirmou a língua que falamos, conhecer as diferentes variantes do
português, ajuda-nos a perceber melhor a história do mundo e - acredito - pode tornar-nos um pouco
mais abertos ao outro. O pensamento xenofóbico e racista que volta e meia aflora, como uma doença
repugnante, em certas franjas das sociedades brasileira e portuguesa, é, em larga medida, uma
expressão da ignorância da história da língua que nos deu origem.
Acredito que existe hoje um maior conhecimento mútuo das diferentes variantes da língua
portuguesa, desde logo porque as novas tecnologias tendem a derrubar fronteiras. Persiste, mesmo
assim, muita ignorância. Recordo certa ocasião, há alguns anos, quando, em viagem pelo interior de
Pernambuco, parei junto a um pequeno bar para pedir informações. O rapaz que me recebeu não
compreendeu o meu sotaque. Repeti a mesma questão uma e outra vez, sem qualquer sucesso. Tentei
de novo, mas dessa vez com o meu melhor sotaque pernambucano. O rosto do rapaz iluminou-se:
"Moço, se você fala português, por que estava falando comigo em estrangeiro?
Numa outra ocasião, no Rio, um taxista, estranhando o meu sotaque, quis saber de onde eu vinha.
"Angola?! E em que estado fica isso? " Quando lhe expliquei que Angola é um país, na costa
ocidental de África, fez questão de me parabenizar pela qualidade do meu português. Disse-lhe que
em Angola também falamos português: "Jura?!" - retorquiu - "Pensei que só no Brasil se falasse
português".
Se nós criamos as línguas, as línguas também nos criam a nós. Não é a mesma coisa crescer falando
português, tupi ou swahili. Um dos meus sobrinhos, Samuel, nasceu e cresceu em Luxemburgo, filho
de pai luxemburguês. Aprendeu a falar português com a mãe e luxemburguês e alemão com o pai.
Como os pais falavam um com o outro em francês, domina também essa língua desde o berço.
Sempre que muda do português para o alemão, e deste para o francês ou o luxemburguês, há alguma
coisa em Samuel, um sutil aspecto da personalidade, que parece se alterar também. É como se
coexistissem dentro dele várias pessoas, cada uma se exprimindo num idioma diferente.
Em Cabo Verde, o bilinguismo é uma situação vulgar. As pessoas falam naturalmente duas línguas
maternas, o português e o crioulo. Fascina-me a forma como os cabo-verdianos cultos trocam de
língua, enquanto conversam, dependendo do tema e do interlocutor. Ao mudarem do crioulo para o
português, verifica-se também uma ligeira mudança de personalidade. Um cabo-verdiano ao falar
português torna-se um tudo nada mais formal. Não por acaso, a esmagadora maioria da riquíssima
música cabo-verdiana usa o crioulo, ao passo que a língua portuguesa reina quase isolada na
literatura.
Das passagens a seguir, retiradas do texto aquele conteúdo é apropriado para exemplificar a definição
de língua como forma ("lugar") de interação é:
FONTE: AGUALUSA, J. E. A luz da nossa língua. In: O Globo, 28 dez. 2015 (adaptado).
A Se nós criamos as línguas, as línguas também nos criam" (5º parágrafo).
B "O pensamento xenofóbico e racista que volta e meia aflora (...) é, em larga medida, uma
expressão da ignorância da história da língua que nos deu origem" (2º parágrafo).
12
C "A língua portuguesa é patrimônio imaterial. Não há incêndio capaz de a devorar, a não ser o da
ignorância" (1º parágrafo).
D "... conhecer as diferentes variantes do português [...] - acredito - pode tornar-nos um pouco mais
abertos ao outro" (2º parágrafo).
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