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agentes infecciosos - tarefa

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6- O que é conversão fágica e cite um exemplo que demonstre a importância deste processo 
para a clínica humana. 
A conversão fágica é a alteração do fenótipo de uma célula hospedeira decorrente da lisogenização. 
Quando um fago temperado normal lisogeniza uma célula e torna-se um prófago, a célula adquire 
imunidade contra uma nova infecção pelo mesmo tipo de fago. Tal tipo de imunidade pode ser 
considerada, por si só, uma alteração no fenótipo. No entanto, outras alterações fenotípicas, não 
relacionadas à imunidade contra fagos, são frequentemente observadas em células lisogenizadas. 
Um exemplo para demostrar a importância da conversão fágica é que envolve uma alteração na 
estrutura de um polissacarídeo presente na superfície celular de Salmonella enterica sorovar 
anatum, quando lisogenizada pelo fago. Neste casos, os genes responsáveis pelas alterações 
encontravam-se, como parte integral, no genoma viral, sendo, portanto, transferidos 
automaticamente pela infecção fágica e lisogenização. A lisogenia provavelmente traz um grande 
valor seletivo à célula hospedeira, uma vez que confere resistência à infecção por vírus do mesmo 
tipo. A conversão fágica pode também apresentar importância evolutiva considerável, uma vez que 
resulta em alterações genéticas eficientes das células hospedeiras. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. 
 
7- O que é pilus e qual a sua função? 
O pilus estabelece um contato específico com um receptor na célula receptora, sendo então retraído 
pela despolimerização de suas subunidades. Esse processo aproxima as duas células. Após esse 
processo, as células doadora e receptora permanecem em contato por meio de proteínas de ligação 
localizadas na membrana externa de cada uma das células envolvidas. O DNA é então transferido da 
célula doadora para a receptora, através dessa junção de conjugação. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. 
 
8- O que são plasmídeos e como estes elementos impactam a capacidade de adaptação 
bacteriana? 
Plasmídeos são moléculas de DNA que existem separadamente do cromossomo e podem conferir 
uma vantagem de crescimento seletiva em determinadas condições. A maioria dos plasmídeos é 
constituída por DNA de dupla-fita e, embora grande parte deles exiba configuração circular, alguns 
são lineares. Os plasmídeos são normalmente muito menores que os cromossomos. Microrganismos 
patogênicos possuem uma variedade de características que os permitem colonizarem hospedeiros e 
estabelecer infecções. As duas principais características envolvidas na virulência (capacidade de 
provocar doenças) de patógenos são frequentemente codificadas por plasmídeos: (1) a capacidade 
de o patógeno ligar-se a e colonizar tecidos específicos do hospedeiro, e (2) a produção de toxinas, 
enzimas e outras moléculas que promovem danos ao hospedeiro. Muitas bactérias produzem ainda 
proteínas que inibem ou matam espécies estreitamente relacionadas, ou mesmo linhagens 
diferentes da mesma espécie. Estes agentes, denominados bacteriocinas, são análogos dos 
antibióticos, porém apresentam um espectro de ação mais restrito do que estes. Os genes que 
codificam as bacteriocinas e as proteínas necessárias ao seu processamento e transporte, e que 
conferem imunidade ao organismo produtor, são frequentemente carreados por um plasmídeo. Por 
exemplo, E.coli produz bacteriocinas denominadas colicinas, que ligam-se a receptores específicos, 
situados na superfície das células suscetíveis, e promovem a morte celular interrompendo a função 
da membrana. Outras colicinas exibem atividade de nuclease, degradando DNA ou RNA de linhagens 
suscetíveis. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. 
 
9- Como plasmídeos conjugativos podem mobilizar genes cromossomais? 
A conjugação bacteriana (acasalamento) é um mecanismo de transferência genética que envolve o 
contato entre duas células. A conjugação é um mecanismo codificado por plasmídeos. Os plasmídeos 
conjugativos utilizam esse mecanismo para transferir uma cópia de seu DNA para novas células 
hospedeiras. Assim, o processo de conjugação envolve uma célula doadora, que contém o plasmídeo 
conjugativo, e uma célula receptora, que não o contém. Além disso, alguns elementos genéticos 
incapazes de transferirem-se podem, algumas vezes, ser mobilizados durante a conjugação. Esses 
elementos podem ser outros plasmídeos, ou o próprio cromossomo hospedeiro. De fato, a 
conjugação foi descoberta devido à capacidade de o plasmídeo F de E. coli mobilizar o cromossomo 
hospedeiro. Os mecanismos de transferência conjugativa podem exibir diferenças, dependendo do 
plasmídeo envolvido, porém, a maioria dos plasmídeos de bactérias gram-negativas emprega um 
mecanismo similar àquele utilizado pelo plasmídeo F. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. 
 
10- O que são transposons? 
 
Os transposons são maiores do que as sequências de inserção, mas possuem os dois mesmos 
componentes essenciais: as repetições invertidas em ambas as extremidades e o gene que 
codifica a transposase. A transposase reconhece as repetições invertidas e desloca o segmento 
de DNA flanqueado por elas, de um sítio para outro. Consequentemente, qualquer DNA situado 
entre as duas repetições invertidas é deslocado, sendo ele, de fato, parte do transposon. Os 
genes incluídos no interior dos transposons variam amplamente. Alguns desses genes, como os 
genes de resistência a fármacos, conferem propriedades novas e importantes ao organismo que 
alberga o transposon. Uma vez que a resistência aos antibióticos é importante e de fácil 
detecção, a maioria dos transposons mais estudados possui genes de resistência a antibióticos 
como marcadores selecionáveis. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. 
 
11- Qual a relação entre o uso abusivo de antibióticos e a emergência de cepas bacterianas 
resistentes? Qual a participação dos elementos genéticos móveis neste processo? 
 
 A resistência aos antibióticos pode ser codificada geneticamente pelo microrganismo, quer pelo 
cromossomo bacteriano quer por um plasmídeo, denominado plasmídeo R (de resistência). Em 
virtude da ampla resistência aos antibióticos atuais e à contínua emergência de novas 
resistências, patógenos isolados a partir de espécimes clínicos devem ser submetidos aos testes 
de sensibilidade aos antibióticos para assegurar o tratamento apropriado de uma infecção. A 
maioria das bactérias resistentes a fármacos isolados de pacientes possui genes de resistência a 
fármacos localizados nos plasmídeos R horizontalmente transmissíveis, e não no cromossomo. 
Os plasmídeos R codificam enzimas que modificam e inativam o fármaco, ou possuem genes 
que codificam enzimas que impedem a captação do fármaco ou ainda que o bombeiam 
ativamente para fora. Por exemplo, bactérias que carreiam plasmídeos R que codificam 
resistência ao aminoglicosídeo estreptomicina sintetizam enzimas que fosforilam, acetilam ou 
adenilam o fármaco. O fármaco modificado perde, então, a atividade antibiótica. 
 
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016.

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