Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia Lavínia Nogueira Cruz Farmacocinétic� A Farmacocinética é definida como o organismo processa o fármaco., como o indivíduo influencia no medicamento. 1. Absorção 2. Distribuição 3. Metabolização, ou biotransformação 4. Excreção Conceito ADME é sempre da farmacocinética. Absorção: É a passagem do fármaco para o sangue. Na administração endovenosa não existe absorção, pois não há passagem pois a medicação já cai diretamente na corrente sanguínea. Os fatores que influenciam para que os fármacos sejam absorvidos: a) O gradiente de concentração b) Lipossolubilidade, ou coeficiente de partição óleo/água c) Ph A AAS é um composto com características ácidas, e em ambientes ácidos, ela tende ao equilíbrio. Para que atravesse, é preciso estar na sua forma molecular e atravessa melhor em ambientes ácidos. Cetoacidose é uma acidose metabólica por causa da diabetes, e ao tomar um fármaco ácido será mais absorvido. d) Superfície de contato Todos os fármacos terão a principal forma de absorção no intestino, pelas microvilosidades aumentam sua superfície de contato. A circulação porta entero-hepática possui o metabolismo de primeira passagem. O fármaco endovenoso possui ação mais rápida e proeminente pois não ocorre o metabolismo de primeira passagem, assim a quantidade de fármaco no sangue é 100%. Necessário ir ajustando pois pode ter efeito tóxico. Isso a diferencia da administração oral e a retal, tendo em vista que ela possui metabolismo de primeira passagem. O metabolismo de primeira passagem é o que ocorre ao fármaco que não foi absorvido mas que já foi excretado. É a reação que ocorre no fígado para o fármaco que não foi para a circulação sistêmica, que faz com que uma parte desse fármaco seja absorvida. Distribuição: É a passagem do sangue para o tecido, apenas o fármaco livre de proteínas. A distribuição depende mais das proteínas séricas do que do pH. Medicina 2022.1 Farmacologia Lavínia Nogueira Cruz A soma do fármaco livre e o ligado são chamados de biodisponibilidade, que é a concentração total do fármaco no sangue, seja ele livre ou ligado. No entanto, é a porção livre do fármaco que chega ao tecido alvo e irá gerar o efeito. O fármaco ligado pode se tornar livre e vice-versa. Há uma relação. A proteinúria nos diabéticos descompensados irá aumentar os fármacos livres no sangue, aumentando o efeito dos medicamentos. O cetoconazol juntamente com um anticoagulante (varfarina) em paciente com trombose: O 80% do cetoconazol se liga à albumina,. Enquanto a varfarina, que também se liga à albumina na mesma proporção. O problema é que o cetoconazol tem mais afinidade com a albumina, fazendo com que a varfarina fique livre na corrente sanguínea, por consequência a pessoa terá hemorragia intensa. Uma pessoa idosa fazendo uso de AAS AAS reduz ciclooxigenase dois que diminui prostaglandina. AAS possui a sulfa que se liga na albumina, com grande afinidade. A albumina carrega o ácido úrico, que se desprende e induz a gota. O fármaco nos tecidos ósseos e adiposo se acumulam com maior facilidade, sendo chamados de reservatórios. Metabolização: É a reação química que leva um fármaco com característica lipossolúvel vire hidrossolúvel, para que seja excretada. Reação de fase 1 (De funcionalização): Fármaco X → é um composto ativo (que gera um efeito) → Ao passar pelo fígado sofre reações → Sofre ação de enzimas da família do citocromo P450 → Quando há exposição do OH passa a gerar um metabólito inativo Enzima CYP3A4 é responsável por metabolizar 60% dos fármacos que existem, CYP2D6 30% dos fármacos são metabolizados por ela e CYP2E1 metaboliza álcool (etanol) e acetaminofeno (paracetamol). O benzodiazepínico ao passar pelo fígado, gera 8 metabólitos ativos, ou seja, o metabólito gerado tem o mesmo mecanismo de ação do diazepam aumentando o tempo de ação. A fase 1 pode acontecer várias vezes. O ácido glicurônico é adicionado ao metabólito inativo para deixar solúvel o metabólito, que será eliminado na urina. É uma reação de associação. É a reação de fase 2 ou conjugação ao transformar uma substância lipossolúvel em hidrossolúvel. Ao tomar um fármaco inativo, que só gera um efeito após metabolização, sofre ação do citocromo P450 e vira um composto ativo. Fase 1. E ao passar novamente pela fase 1, se tornará inativo novamente. Após isso, ele passará para a fase 2 para ser excretado. Medicina 2022.1 Farmacologia Lavínia Nogueira Cruz O composto ativo é denominado de fármaco ou xenobiótico. O composto inativo que se torna ativo é o pró-fármaco, que se torna um fármaco e depois um metabólito inativo. A codeína é um pró-fármaco, ela ao ser metabolizada tem efeito opióide. O tramal tem meia-vida mais curta por ser um fármaco. Enalapril tem efeito longo, mas não tem efeito. O efeito é do enalaprilato de sódio, que é o fármaco. O cetoconazol inibe o citocromo P450, o CYP3A4, não havendo a transformação da inativação do fármaco. Aumentando o efeito do remédio. Ao tomar um pró-fármaco com o cetoconazol não haverá inativação do cetoconazol, diminuindo o efeito. O fenobarbital potencializa o CYP3A4,e corta o efeito do fármaco, enquanto no pró-fármaco potencializa. O enalaprilato de sódio bloqueia o funcionamento da ECA, não havendo angiotensina do tipo 2 que reduz a pressão. Medicina 2022.1
Compartilhar