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SRL - Sibilância recorrente no lactente 1 SRL - Sibilância recorrente no lactente Bebê chiador Sibilante recorrente Lactente sibilante Síndrome do bebê chiador A sibilância recorrente do lactente (SRL) é caracterizada por: 3 ou mais episódios de sibilância num período de 6 meses ou aquele bebê que apresentou persistência da sibilância por 30 dias ou mais Em crianças menores que cinco anos e maiores que 1 mês de vida. ‘’o sibilo provoca barulhinho de chiado.” Após uma internação por bronquiolite aguda, 30 a 40% dos pacientes voltam a apresentar crises de sibilância recorrente. SR pós-viral —> associadada a importante morbidade na pediatria. Está relacionada principalmente a anatomia e à fisiologia das vias aéreas nesta faixa etária. Epidemiologia Prevalência elevada. -idade -quantas vezes já teve episódio de sibilancia? SRL - Sibilância recorrente no lactente 2 —> Se for o primeiro episódio = BRONQUIOLITE —> 3o ou 4o episódio = SIBILÂNCIA RECORRENTE Avaliação Clínica dos Fenótipos da Sibilância Não Atópico (transitório) Sibilos apenas durante os 2 e 3 primeiros anos de vida. É uma sibilância desencadeada principalmente por vírus, que tende a desaparecer com o crescimento, cura espontânea dos 3 aos 5 anos. Familiares não atópicos; Eosinófilos e IgE normais; Atópico (permanente) Caracterizada por sibilância associada aos seguintes itens: Manifestação de Atopia (rinite, conjuntivite, alergia alimentar, eosinofilia, níveis elevados de IgE, etc..) Sensibilidade a alimentos específicos na infância precoce Sensibilização a aeroalérgenos (ácaro) Pai ou mãe com história de asma ÍNDICE PREDITOR DE ASMA (API) - Escore usado para estimar o risco de um lactente sibilante apresentar ou desenvolver asma atópica. (silibancia atópica) 1. Critérios Maiores Um dos pais com asma; Diagnóstico de dermatite atópica. 2. Critérios Menores Diagnóstico médico de rinite alérgica; Sibilância não associada a resfriado; Eosinofilia maior ou igual a 4%. SRL - Sibilância recorrente no lactente 3 —> Pacientes com 1 critério maior ou 2 menores devem ser considerados de alto risco para asma. Se o API der negativo —> caráter transitório da sibilância Avaliação Diagnóstica - Fatores de risco Idade e sexo (masculino) O tabagismo materno durante a gravidez Hipertensão materna na gravidez Baixo peso ao nascimento (inferior a 2.500g) Prematuridade (<33sem) Atopia Infecções respiratórias virais Exposição a antígenos da poeira domiciliar Introdução precoce em creches —> Pacientes sem os fatores de risco —> não necessitam de exames complementares, tratados de acordo com o fenótipo mais provável. —> Pacientes com os fatores de risco —> investigação mais detalhada!! Anamnese e Exame Físico 1. Anamnese Descrição do primeiro episódio, idade de início Evolução: duração, frequência, gravidade, fatores desencadeantes Fenômenos Associados: dermatites, rinite, cianose (alergias) História familiar de asma ou doenças atópicas (eczema), é de muita ajuda e favorece a sensibilização alergênica Relatos anteriores de dificuldade respiratória Admissão hospitalar SRL - Sibilância recorrente no lactente 4 Tratamento em unidade de terapia intensiva com necessidade de ventilação mecânica Risco de aspiração História Alimentar: doença do refluxo gastroesofágico Descartar fibrose cística (esteatorreia e déficit pondero estatural) Mesmo que no teste do pezinho tenha dado negativo, se a sibilancia estiver severa os medicos devem pesquisar de novo por fibrose cistica, a fim de descartar essa doença Prematuridade - displasia broncopulmonar 2. Exame Físico Estado geral, estado nutricional Sugestivos de doença atópica: dermatites, manifestações de conjuntivas ou de mucosa nasal (Ver se possui) Inspeção: avaliação das vias aéreas superior, avaliar toda a caixa torácica, observar a respiração - taquipneia ou dispneia (batimento da asa nasal, triagem de fúrcula e triagem intercostal) Palpação: frêmitos Percussão de Tórax: hipertimpanismo, macicez ou submacicez Ausculta Pulmonar: possui sibilos? Estertores inspiratórios e expiratórios? Raio X de Tórax: malformações congênitas, processos aspirativos, pneumonias, alterações cardíacas, hiperinsuflação bilateral, sendo apenas se houver dúvida dentro do diagnóstico. OBS: se for uma criança nitidamente que está chiando, não é necessário o raio X, a não ser que durante o exame é perceptível algo que não está adequado, não está melhorando, ou seja, está piorando 3. Avaliação Laboratorial SRL - Sibilância recorrente no lactente 5 Hemograma e VHS para diferenciar tópico de atópico VHS - Velocidade de hemossedimentação —> serve pra ver se tem processo inflamatório (Se estiver, VHS alto) Sorologia e cultura para vírus Outras sorologias para tentar identificar outros agentes Soroaglutinação para micoplasma Mycoplasma pneumoniae é um agente extremamente agressivo para o epitélio brônquico Dosagem de Sódio e Cloro no Suor—>afastar a hipótese de fibrose cística Avaliação das Imunidades Humoral e Celular Dosar as Ig’s —> processo alergico = aumento de IgE Dosar linfocitos Anticorpos anti HIV Avaliação da Atopia: dosagem de IgE Avaliação de Alergia Alimentar: testes cutâneos de leitura imediata e a dosagem de IgE específica para esses Ag (proteína do leite, ovo, trigo e soja) Pesquisar Refluxo Gastroesofágico: Dosagem do pH esofágico Se pensar que há alguma anomalia, realizar broncoscopia em casos de aspiração de corpo estranho, anormalidades congênitas de nasofaringe, laringe e grandes vias aéreas Raio X de Tórax: área cardíaca, hiperinsuflação com diafragma rebaixado SRL - Sibilância recorrente no lactente 6 Tratamento O objetivo do tratamento em um lactente com crise de sibilância são: manter a saturação de 02 acima de 94%, reduzir a dificuldade respiratória e a sibilância o mais rápido possível, reduzir o tempo de internação nas exacerbações agudas. Manejo Farmacológico na Prevenção das Crises Corticoides inalatórios (Cl) são medicações de primeira linha para o controle da asma em todas as faixas etárias, desde que o diagnóstico seja correto. SRL - Sibilância recorrente no lactente 7 Quando fazemos o diagnóstico de asma? —> a partir de 5 anos! Na crise do sibilante podemos introduzir o corticoide via oral – sistêmico. Se mesmo após 6 semanas não houver resposta benéfica —> interromper o uso! Medidas Preventivas Não Farmacológicas Evitar creches e pré-escolas entre os primeiros 12 a 24 meses de vida Evitas exposição ao tabagismo passivo Promover aleitamento materno Cuidar do estado nutricional Vacinar para influenza e pneumococo
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