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Ciência e Senso Comum Segundo o texto de E. Nagel “Ciência e senso comum” o principal aspecto que diferencia o conhecimento científico do senso comum, é que geralmente o senso comum não possui a especificidade e organização estruturada que o conhecimento científico possui. O conhecimento científico é estruturado, suas proposições são definidas e contestáveis, como exemplo temos no texto a seguinte proposição: “A água solidifica quando arrefecida”. O saber coletivo, ou senso comum, não costuma se aprofundar mais sobre as proposições, suas causas e efeitos não são desbravados. Em contrapartida, a ciência busca compreender a fundo as causas efeitos e busca testar a validade das proposições. Para isso, utiliza como método padrão a parametrização das informações contidas nas proposições, não basta mais dizer que a água solidifica quando arrefecida. Quanto a água precisa ser arrefecida? Qual o conceito de água? Há ocasiões em que estas regras não se aplicam? São questões como estas que a ciência busca responder e testar. Por esse motivo, a ciência é muito mais frequentemente contestada e desmentida. Devido sua especificidade basta que outros repitam o experimento nas mesmas condições impostas em sua afirmação e testar sua veracidade. De fato, o saber científico depende dessas quebras e contestações, sua natureza antifrágil exige que seus conceitos sejam desconstruídos para que se aproximem cada vez mais da verdade.
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