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PARES DE NERVOS CRANIANOS NA OFTALMOLOGIA

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REFERÊNCIAS: 
Semiologia básica em oftalmologia / Carlos Augusto Moreira ; coordenação Milton Ruiz Alves. - 3. ed. - Rio de Janeiro : Cultura 
Médica : Guanabara Koogan, 2013. 
Riordan-Eva, Paul. Oftalmologia geral de Vaughan & Asbury [recurso eletrônico] / Paul Riordan-Eva, John P. Whitcher ; tradução: 
Denise Costa Rodrigues ... [et al.]. – 17. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2011. 
Principais temas em Otorrinolaringologia e Oftalmologia para residência médica / Bruno Peres Paulucci - Eric Thuler - Vladimir 
Garcia Dall'Oca - Daniel Cruz Nogueira - Gustavo Malavazzi - Liang Shih Jung - Lincoln Lemes Freitas – Wilson Takashi Hida -- 1. 
ed. -- São Paulo: Medcel, 2015. -- (Principais temas para residência médica) 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – CAMPUS A. C. SIMÕES 
SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 3 – OFTALMOLOGIA 
 
Aluna: Maryelle Fernandes Barros Data: 04/12/2021 . 
Turma 82 A 
PARES DE NERVOS CRANIANOS NA OFTALMOLOGIA 
 Nosso sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e periférico. O sistema 
nervoso central é composto pela medula e pelo encéfalo, já o sistema nervoso periférico é composto pelos 
gânglios e nervos periféricos. Estes nervos periféricos são os pares de nervos cranianos e os espinhais. 
 Temos 12 pares de nervos cranianos, sendo alguns deles com um maior envolvimento na 
oftalmologia. São eles: óptico (II), oculomotor (III), troclear (IV), trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VII) 
e vestibulococlear (VIII). 
 Sem sombra de dúvidas o nervo óptico (II) é o mais importante para a visão, já que ele apresenta 
a função de sensibilidade especial. Suas fibras iniciam-se nas células ganglionares da retina e vão até o lobo 
occipital do encéfalo. É o prolongamento das células ganglionares da retina e é responsável por captar 
informações vindas dos cones e bastonetes. Isso faz com que o nervo óptico conduza os impulsos nervosos 
para o centro da visão humana que fica no cérebro, permitindo a visualização de objetos na forma correta 
que estão. Podemos avaliar o nervo óptico com oftalmoscópio no exame oftalmológico. 
 Outro conjunto de nervos muito importante para oftalmologia são o III, IV e VI par. Estes estão 
relacionados com a motricidade ocular extrínseca. O músculo levantador da pálpebra é inervado pelo nervo 
oculomotor, com a função de levantar a pálpebra superior. Esse nervo dá origem às fibras parassimpáticas 
que controlam o músculo esfíncter da pupila, que quando estimuladas contraem-se, levando à miose. 
Também são responsáveis pelo comando dos movimentos oculares com as inervações do reto superior 
(IIII), reto inferior (III), reto lateral (VI), reto medial (III), oblíquo superior (IV) e oblíquo inferior (III). O 
desequilíbrio de suas funções gera o estrabismo. Alterações motoras oculares produzem desvios oculares 
e como consequência estrabismos, diplopias e eventualmente torcicolos compensatórios característicos. 
São características as lesões de cada nervo encarregado da motricidade ocular: 1) do nervo 
oculomotor (III par): produz ptose palpebral, estrabismo divergente com deslocamento para baixo do globo 
ocular e midríase (lesão do parassimpático). Do nervo troclear (IV par) produz: estrabismo vertical com o 
olho desviado para cima e para dentro. O sinal de Bielchoviski é característico aumentando o desvio vertical 
quando se inclina a cabeça para o lado do olho lesionado. Do nervo abducente (VI) produz: estrabismo 
convergente que aumenta o ângulo de desvio quando se olha para o lado do músculo paralítico. 
Um dos ramos do nervo trigêmeo é o ramo oftálmico, que inerva ricamente a córnea. Esse divide-
se em nervos lacrimal, frontal e nasociliar. O nervo lacrimal fornecendo a sua inervação sensitiva às 
glândulas lacrimais. O nervo frontal se divide nos nervos supraorbitário e supratroclear, que proporcionam 
sensibilidade às sobrancelhas e à testa. O nervo nasociliar é o nervo sensitivo do olho. 
O facial (VII) inerva o músculo orbicular e sua função é fechar as pálpebras. A lesão desse nervo 
pode causar ectrópio, que é a eversão da pálpebra inferior, expondo a conjuntiva palpebral; como também 
o lagoftalmo. 
E o vestíbulo-coclear se relaciona com a oftalmologia quando há o nistagmo de origem vestibular.

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