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Letícia Beatriz Mazo Pinho |Proibida comercialização deste resumo | UAM | 2022 Introdução à Medicina Veterinária de Animais Silvestres A fauna é dividida entre a fauna silvestre e fauna doméstica. O animal doméstico é um animal na qual o homem selecionou geneticamente algumas características ao longo da história. Nomenclatura O animal silvestre é aquele animal que mantém a genética de um animal de vida livre e, portanto, as características de um animal de vida livre (colorações, extinto e comportamento). Os animais silvestres possuem comportamento distinto de um cão, por exemplo, assim, alguns tutores podem não ser sensíveis e ter delicadeza frente às mudanças comportamentais. Os pets não convencionais se resumem em dois tipos: o da fauna silvestre exótica ou doméstica que vão além de cães ou gatos. A fauna silvestre é dividida entre nativa e exótica. Os animais chamados de pets não convencionais (coelho e mini pigs) são animais silvestres domésticos. As espécies da fauna silvestre nativas são aquelas que ocorrem naturalmente em determinada região ou bioma,, são aqueles que vivem a vida toda ou até mesmo um período de tempo aqui (migrações). Exemplo: um elefante ou uma calopsita é um animal silvestre exótico (pode até se adaptar à uma região que não seja a de sua origem, mas sempre será um animal silvestre exótico). Já os animais da fauna silvestre exótica são animais que não são nativos do Brasil, é qualquer animal que não nasce ou vive nenhum período de vida no país em que estou. Exemplo: a onça pintada é um animal silvestre nativo, assim como o javali e os animais domésticos como pombo, trazido no início do século XVI. Invasoras Dentro da categoria de fauna exótica, ainda encontramos as espécies consideradas invasoras por apresentarem algumas características que as tornam extremamente nocivas ao meio ambiente como a falta de predadores para espécies, caso do javali, espécie exótica trazida da Europa para o Brasil e que hoje causa prejuízos à fauna, vegetação e economia rural. Legislação Fauna Silvestre Nativa Lei 9605/1998: São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. Fauna Silvestre Exótica Lei 9605/1998 Conjunto de espécies cuja distribuição geográfica original não inclui o território brasileiro e suas águas jurisdicionais, ainda que introduzidas, pelo homem ou espontaneamente, em ambiente natural, inclusive as espécies asselvajadas e excetuadas as migratórias. Assim, espécies exóticas não podem ser soltas no meio ambiente por dois motivos: não possuem condições de viver em vida livre; não é uma espécie do Brasil, podendo morrer ou, se sobreviver, causar um desbalanço ambiental. Nome popular x nome científico Nome popular é o conceito leigo e dependente de cada região. O nome científico é o nome de origem latim que é conhecido mundialmente, uma espécie pode ter vários nomes populares, porém, somente um nome científico. Exemplo: o Trinca-ferro também é conhecido como Pixarro, Papa-banana ou Tia-chica. Seu nome científico é Saltator similis. Letícia Beatriz Mazo Pinho |Proibida comercialização deste resumo | UAM | 2022 Como adquirir um animal silvestre de forma legal? Lojas: não podemos comprar um animal por em qualquer loja. O valor de aves e répteis possuem um preço já pré estabelecido, por isso, valores muito abaixo do normal podem levantar suspeita de que esse é um animal ilegal (exemplo: papagaio por R$500,00). Documentação: para saber se um animal é legalizado, ele deve vir acompanhado da sua documentação (nota fiscal), que contém dados do criador e número da NF, dados do comprador, o valor pago e os dados do animal com nome científico e comum, microchip, se houver. Somente essa documentação comprova que o animal é legal (anilha e microchips não garantem) Répteis e mamíferos: já devem vir do criador com o microchip e com número já em nota fiscal Aves: presença da anilha (anel), além de não ser obrigatório mas podendo ou não ser microchipados Marcações O microchip será colocado em serpentes em região cervical e subcutânea, em aves na região de musculatura peitoral e em mamíferos na região entre as escápulas. O microchip não possui GPS, ele é um número único cadastrado em um site para que você, o tutor, seja identificado caso ele fuja. Em aves o microchip não é subcutâneo, o indicado é que seja intramuscular, uma vez que a pele das aves é muito fina, além de haver o risco de ser arrancado pelo animal através do bico. Além disso, é indicado que se faça esse procedimento com o animal sedado. As aves são os animais que mais são traficados no mundo, representando cerca 80% dos animais traficados principalmente no Brasil. O microchip pode ser colocado em qualquer etapa da vida, já a anilha deve ser colocada na primeira semana de vida do animal, garantindo que esse animal veio de um criador filhote. O animal filhote recebe uma anilha específica para sua espécie (diâmetro, material e altura) que inicialmente fica grande, mas quando o animal cresce, fica mais justa. Letícia Beatriz Mazo Pinho |Proibida comercialização deste resumo | UAM | 2022 Acidentes com anilhas: anilhas de má qualidade; falta de preparação do ambiente; animais com hiperqueratose (falta de vitamina A) que aumenta o diâmetro da pata ou com patas maiores, sendo necessário retirar a anilha. Ainda, após retirar a anilha devemos guardá-la. Para manter esse animal legalizado iremos colocar o microchip no animal e contatar o IBAMA com a seguinte documentação: Fotografias da lesão do animal, animal, Raio X, anilha, procedimento cirúrgico e pós cirúrgico Descrever a situação Anexar número do microchip Assinatura e carimbo com 3 cópias (tutor, veterinário e IBAMA) Anexar o número do protocolo aberto no documento A anilha aberta é para fins de identificação. Ela é colocada no animal adulto para sua identificação, podendo ser para dividir os machos das fêmeas, ou com uma numeração específica do criadouro. O animal pode ter uma anilha fechada e aberta, uma do IBAMA e legalizada, e outra para identificação, respectivamente. O alicate específico da anilha garante que o seu formato não será alterado e também não gera riscos para a saúde da ave. Existe um alicate de corte para que retiremos a anilha (em casos de fratura com edema, aumento de volume da pata e consequente compressão do membro) e outro para colocarmos a anilha. Quem coloca a anilha de identificação é indicado que seja o médico veterinário e a anilha do IBAMA é colocada pelo criadouro. Por que comprar um animal legalizado? O Brasil é um dos líderes de trafico de animais, os animais ilegais são mais baratos, porém, a multa de trafico de animais vai de 500,00 a 5.000,00 reais, sendo que, um animal ilegal não pode se tornar legal. O benefício de se ter um animal legalizado está muito além da economia da multa, ao ter um animal legalizado não há risco do animal ser apreendido, ele pode viajar, não há multas e isso ajuda as aves de vida livre. Como viajar com o meu pet? GTA Anilha Documentação Posso legalizar meu animal? Uma pessoa pode ser fiel depositário, porém, você corre o risco de perdê-lo Meu pet teve filhotes, e agora? Animais não podem ser reproduzidos em casa. Há como prevenir isso através do manejo, porém, se os ovos nasçam, devem ser quebrados. Animais reproduzidos em casa são consideradosilegais e podem ser apreendidos. Os animais ilegais são destinados ao CETA e muitas vezes não voltam a vida livre devido a diversos fatores como: necessário um processo/treinamento para que esse animal retorne a natureza, devendo haver um investimento para tal; é necessário área de soltura, esse ambiente deve ser estudado e com uma boa capacidade de animais; bateria de exames para não introduzir na vida livre animais com alguma doença. Zoológico e criador Nomenclatura Invasoras Legislação Fauna Silvestre Nativa Lei 9605/1998: Fauna Silvestre Exótica Lei 9605/1998 Nome popular x nome científico Marcações Por que comprar um animal legalizado?
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