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Pediatria: Reanimação cardiopulmonar

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CARDIOPEDIATRIA
Reanimação
cardiopulmonar
. DEFINIÇÕES .
● A parada cardiopulmonar é definida como a
cessação da circulação sanguínea em
consequência da ausência ou ineficácia da
atividade mecânica cardíaca.
● Clinicamente, a criança não responde e não
respira / apenas gasping + não há pulso
detectável.
● Em geral, é possível caracterizar a situação
precipitante de uma PCR a partir de dois
sistemas:
○ Sistema respiratório: desconforto respiratório
e/ou insuficiência respiratória que culmina
em insuficiência cardiopulmonar e, por fim,
PCR.
○ Sistema circulatório: choque que culmina em
insuficiência cardiopulmonar e, por mim, em
PCR.
● A causa mais comum é a parada hipóxica.
● A parada hipóxica é resultado final de hipóxia e
acidose progressiva causada por insuficiência
respiratória ou choque hipotensivo levando a
insuficiência cardiopulmonar.
● A parada súbita por arritmia não é comum em
crianças.
● Causada por desenvolvimento súbito de FV ou TV.
● Fatores associados:
○ Cardiomiopatia hipertrófica
○ Coronária anômala
○ Síndrome do QT longo/ canalopatias
○ Miocardite
○ Intoxicação farmacológica
○ Commotio cordis (após pancada forte no
tórax).
CONDIÇÕES REVERSÍVEIS (6 Hs + 5Ts):
● Hipovolemia Pneumotórax
● Hipóxia Tamponamento cardíaco
● Hidrogênio (acidemia) Toxinas
● Hipoglicemia Trombose pulmonar
● Hipo/hipercalemia Trombose cardíaca
● Hipotermia
IMPORTANTE!
● Crianças com a combinação de insuficiência
respiratória intensa e choque provavelmente
desenvolverão PCR em poucos minutos.
● Mantenha-se alerta a sinais de oxigenação,
ventilação e perfusão tecidual inadequadas.
. IDENTIFICAÇÃO DA PCR .
● Ausência de resposta;
● Sem respiração ou gasping;
● Sem pulso (avaliar por no máximo 10s) ⇒ braquial
em bebês e carotídeo/femoral em crianças.
● Na dúvida, inicie a RCP (compressões torácicas),
considerando que os danos ao se fazer uma RCP
“sem necessidade” são mínimos comparados com o
não fazer em casos de necessidade.
. RITMO DE PARADA .
● O ritmo pode ser observado no monitor cardiaco,
mas não é obrigatório para identificação da PCR
● Assistolias e AESP (atividade elétrica sem pulso)
são as mais comuns em crianças, de modo que a
FV (fibrilação ventricular) e TVSP (taquicardia
ventricular sem pulso) são mais comuns em
adultos.
● Sempre conferir a funcionalidade do monitor:
cabos, ganho e derivação.
ASSISTOLIA:
● Parada cardíaca sem atividade elétrica discernível;
● Representada por linha reta no ECG/monitor.
AESP:
● Qualquer atividade elétrica organizada (que não é
FV ou assistolia) em ECG/monitor sem pulso
palpável;
● FC normal, alta ou baixa (a mais comum)
● Complexos QRS normais ou largos
● Deteriora em assistolia
● Atenção para baixa saturação
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR:
● Coração não tem ritmo organizado e nem
contrações coordenadas (linha trêmula no
monitor).
● Pulsos não palpáveis.
● Não é comum em pediatria (5 a 15%).
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO:
● Complexos QRS organizados e largos
● Sem onda P
● Breve duração
● Deteriora em FV
. RCP DE ALTA QUALIDADE .
● A-B-C → C-A-B
● O líder deve monitorar a qualidade da RCP
● Minimizar interrupções nas compressões
● RCP apenas com as mãos (sem treinamento) se
necessário.
● Na pediatria o ideal seria fazer as compressões
associadas à ventilação, uma vez que a principal
parada nas crianças é a parada hipóxica.
. SUPORTE AVANÇADO DE VIDA .
● Avaliação do ritmo
● Estabelecimento do acesso vascular
● Desfibrilação
● Tratamento medicamentoso IMEDIATO (5min)
● Manejo da via aérea avançada
● ACESSO VASCULAR:
● Endovenoso:
● Central ou periférico (bolus + salina)
● É preferido o acesso central, porém em casos
necessários, o periférico é suficiente, de modo que
deve-se evitar atrapalhar a RCP para obtenção de
acesso central.
● Intraósseo:
● Qualquer faixa etária
● Se pode EV, pode IO: toda medicação que é feita
por acesso endovenoso pode ser feita por
intraósseo.
● Endotraqueal:
● Atropina, epinefrina, naloxona, vaso e lidocaína
● Absorção imprevisível
● Dose: epinefrina 10x IV/IO;
● Demais medicamentos 2 a 3 x dose IV/IO
● Ou seja, geralmente a dose é duplicada quando for
administrada por endotraqueal.
● Recomenda-se fazer 1 adm só, buscando os outros
acessos (mais efetivos).
● Técnica:
○ Instile o medicamento no tubo
○ Suspenda brevemente as compressões durante
a instilação
○ Acompanhe com uma lavagem 5ml de salina
(neonatos usar volume menor)
○ Forneça 5 ventilações rápidas com pressão
positiva após instilar o medicamento.
● DESFIBRILAÇÃO:
● Acorda o coração despolarizando uma massa
crítica do miocárdio
● Compressões – desfibrilação – 2 min RCP
● A maioria das vítimas entram em assistolia ou AESP
após choque.
● Em crianças, faz-se 2J/kg no primeiro choque e
4J/kg até 10J/kg nos próximos choques.
● Não se esqueça de avisar quando for administrar
um choque (afastem-se!)
● Não deixar alto fluxo de oxigênio direcionado ao
tórax da criança.
● MEDICAMENTOS:
● Objetivos:
● Aumentar as pressões de perfusão coronária e
cerebral e o fluxo sanguíneo
● Estimular contratilidade cardíaca
● Corrigir e tratar possível causa da PCR
● Suprimir ou tratar arritmias
. CUIDADOS PÓS-PCR .
● Otimizar e estabilizar a função cardiopulmonar,
com ênfase na restauração e manutenção da
perfusão e da função dos órgãos vitais.
● Prevenir lesão em órgãos secundários.
● Identificar e tratar a causa da doença aguda.
● Avaliação e tratamento do sistema respiratório ⇒
sistema cardiovascular ⇒ monitorização contínua,
exame físico, exames laboratoriais, etc.
. ATUALIZAÇÕES DE 2020 .
● Adrenalina em no máximo 5 min de RCP
● Taxa de ventilação: 20 a 30/min
● Tubo com cu� (atenção aos RNs)
● Pressão cricoide ⇒ só se necessário
● Tratamento das crises convulsivas após RCE
● Suporte neurológico/reabilitação por 1 ano
● Bolus de fluídos → 10 ou 20 ml/kg
● Vasopressores na sepse: Adrenalina, Noradrenalina
e Dopamina.
● Corticoide em dose de stress (sepse não
responsiva).
● Choque hemorrágico – derivados de sangue em vez
de cristaloides.
● Overdose de opióides em PCR ⇒ naloxona IN ou IM
● Miocardite ⇒ suporte em UTI antes da PCR
● RN ⇒ 20min RCP, contato pele a pele e acesso IO.
. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL .
● Laringoscopia direta
● Inserção do tubo orotraqueal
● Lâmina reta no 1 (RNT) e no 0 (RNPT)
● Fixação PESO+6
● CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO:
● No da cânula = idade/4 + 4
● Lâmina curva
● Fixação no da cânula x 3
● Rx controle = cânula em T1-T2 (2cm da carina)
● MEDICAÇÕES:
● KETAMINA (anestesia dissociativa)
● 0,5 A 2 mg/kg ⇒ PESO/50 = dose em ml
● MIDAZOLAM (sedativo + amnésia)
● 0,1 a 0,4 mg/kg ⇒ peso/25 = dose em ml
● ROCURÔNIO (bloqueador neuromuscular)
● 0,6 a 1,2 mg/kg ⇒ apresentação 10mg/ml
● Tem antagonista
● SUCCINILCOLINA (bloqueador neuromuscular)
● 1 mg/kg
● Não tem antagonista

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