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Otorrinolaringologia: Doenças da Orelha

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Saúde do Adulto e do Idoso 3 - Otorrinolaringologia - Otites 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
 otites 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
✓ Quando estudamos as doenças da orelha, temos 
que ficar atento para 3 sintomas: 
➢ Dor (otalgia) 
➢ Prurido auricular 
➢ Hipoacusia (diminuição da audição) 
✓ Aparelho auditivo é formado pela: 
1. Orelha externa: pavilhão auricular, conduto 
auditivo externo 
2. Orelha média: porção posterior da mem-
brana timpânica, ossículos. A orelha média se comu-
nica com a faringe pela tuba auditiva. Na criança essa 
tuba é mais horizontalizada e no adulto é mais verti-
calizada. 
3. Orelha interna (cóclea e o aparelho vestibu-
lar). 
✓ As ondas sonoras chegam pela via aérea e os ossí-
culos multiplicam o poder da onda sonora e a intensidade 
aumenta para chegar na cóclea. Então temos a audição por 
via óssea e por via aérea também. 
✓ Embriologia da orelha: o aparelho branquial vai se 
transformando na orelha. Parte da orelha é formada pelo ec-
toderma, endoderma e outra parte pelos arcos branquiais. 
✓ Dos doenças que podem acometer a orelha externa, 
temos: corpos estranhos, processos infecciosas, malforma-
ções congênitas. 
✓ A orelha externa normoimplantada está na altura 
da linha traçada a partir do canto do olho. 
AFECÇÕES DA ORELHA EXTERNA 
 
 
 
MALFORMAÇÕES CONGENITAS 
✓ Baixa implantação do pavilhão 
✓ Malformação da orelha com diminuição de tama-
nho – microtia 
✓ Atresia total da orelha 
✓ Atresia do canal auditivo 
✓ Se o problema for somente na orelha externa, não 
afetar orelha média ou interna, primeiro encaminha para ge-
nética, para caracterizar uma síndrome ou se o problema for 
somente uma malformação localizada. 
✓ Se tem audição, se percebe os sons etc. 
 
 
Saúde do Adulto e do Idoso 3 - Otorrinolaringologia - Otites 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
POR TRAUMA 
✓ Por trauma no pavilhão auricular – processo infla-
matório no pericôndrio (pericondrite). 
✓ Acontece muitos em acidentes de moto e em pes-
soas que praticam Jiu-Jítsus. 
✓ Na maioria das vezes vai acontecer um processo in-
flamatório gigantesco no pericôndrio. 
✓ Pericondrite do pavilhão: hiperemia, edema e dor. 
Tratamento é com antibiótico. 
✓ Na maioria das vezes a pericondrite é solitária, mas 
com frequência pode acontecer um sangramento. 
✓ Esse sangramento vai acontecer entre a pele e car-
tilagem formando um hematoma. O tratamento se faz com 
uma incisão respeitando as linhas naturais do orelha, tira 
todo o sangue e faz um curativo compressivo. Otohema-
toma. 
✓ Pode ter o otohematoma juntamente com pericon-
drite e secreção purulenta, formando um abscesso, que aí 
além do sangue vai ter secreção purulenta. Tratamento é 
feito com uma drenagem, retira o tecido necrosado e anti-
biótico (amoxicilina com ácido clavulânico). 
 
 
MEATO ACUSTICO EXTERNO – ROLHA CERUMINOSA 
✓ Ele tem uma parte óssea e cartilaginosa. 
✓ Na região onde a cartilagem e o osso se encontra é 
mais estreita. Por isso quando colocamos o cotonete ou al-
gum objeto e chegamos nessa parte sentimos dor, porque há 
compressão do osso causando dor. 
✓ Na entrada vai ter pelo e glângulas seruminosas. 
Essa cera protege o canal auditivo. 
✓ Funções da cera é repelente natural, tem anbibio-
tico natural, promove uma impermeabilização do canal audi-
tivo. 
✓ A água é o pior inimigo do canal auditivo. 
✓ As otites são muito frequentes, cerca de 8 – 10% da 
população tem. É mais comum em países tropicais, onde tem 
banho de mar, lagoa, rio, piscinas etc. É muito frequente em 
alagoas. 
✓ A rolha ceruminosa é muito frequente. É possível 
de acontecer em pacientes que não usam cotonete também. 
Ela vai se formar basicamente quando há um acúmulo da 
cera no canal, seja pelo uso do cotonete ou por hiperprodu-
ção. 
✓ Quando faz otosco-
pia e viu a rolha de cera, o que 
fazer? Tratamento: pingar 
uma substancia ceratolítica, 
para amolecer a rolha. Ceru-
min ou oticerim, que são subs-
tâncias oleosas. Vai pingar 4 
gotas, 4x ao dia, por 4 dias se-
guidos e depois ele retorna para o ambulatório para remo-
ver. Só não vai fazer a retirada com lavagem em pacientes 
que tem a possibilidade de ter otorreia (porque pode ser si-
nal de perfuração timpânica). Só pode fazer a remoção com 
soro em temperatura morna ou “natural”. Tem pinça e ou-
tros instrumentos para retirada. 
 
OTITE EXTERNA LOCALIZADA 
✓ Otite externa localizada: quando tem a formação 
de furúnculos nessa região devido as glândulas e folículos pi-
losos. São microabscessos muito dolorosos. 
✓ Tratamento é com antibiótico, geralmente a amoxi-
cilina com ác. Clavulânico durante 1 semana de 50-80 mg/Kg 
de 8-8h ou de 12-12h. A bactéria mais frequente nessa afec-
ção é o Staphylococus aureus. 
✓ Se chegar com o abscesso muito grave (flutuando), 
pode fazer uma pequena incisão e perfura o abscesso para 
retirar a secreção. Limpa a secreção e recomenda para o pa-
ciente não molhar a orelha. 
Saúde do Adulto e do Idoso 3 - Otorrinolaringologia - Otites 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
OTITE EXTERNA DIFUSA AGUDA 
✓ Otite externa difusa aguda: quando a pele entra em 
contato com água ou se a pessoa coçou com alguma coisa 
que machucou a pele. Como a pele foi danificada, tem-se 
uma passagem das bactérias saprófitas daquela região (Pro-
teus e pseudomonas aeruginosa) 
✓ Os sintomas são hipoacusia, dor, edema e prurido. 
✓ A queixa inicial mais frequente é a otalgia, a dor. 
Quem tem alergia pode usar claritromicina, azitromicina etc. 
✓ Na maioria das 
vezes não usam drogas por VO, 
mas usa em gotas. Se a obstru-
ção na orelha do paciente for 
muito grande, pode usar tópico 
ou oral. Usa com frequência o 
otoceril e o otociriax (quino-
lona). 
 
OTOMICOSE 
✓ Otomicose: Fungirox (4 
gotas 2x por dia/2semanas) – anti-
fúngico. 
✓ Geralmente o paciente 
que leva o fungo para a orelha, 
seja coçando, introduzindo obje-
tos etc. 
✓ Paciente vai relatar sinto-
mas de prurido intenso 
✓ Vai ter dois fungos im-
portantes, o Aspergillus niger e o 
fumigatus. E cândida em pessoas com imunodeficiência 
 
ALERGIA 
✓ Paciente que tem alergia alimentar e coceira. Se ti-
ver dúvida se é fungo ou outra coisa. 
✓ Para diferenciar, faz a otoscopia. Essa vai relatar a 
pele do conduto toda descamada, decorrente de alergia ali-
mentar. 
✓ Aqui em alagoas tem muito com crustáceos, amên-
doas etc.. 
✓ O tratamento é a retirada do alimento que é alér-
gico 
OTITE EXTERNA ECZEMATOSA 
✓ Compreende di-
versas condições dermato-
lógicas que afetam a ore-
lha externa, sendo o pru-
rido a manifestação mais 
comum e, ao exame clí-
nico, observa-se eritema, 
edema, descamação, cros-
tas, vesículas ou fissuras na 
pele do condutp auditivo 
externo (CAE) 
✓ Tratamento com 
corticoide para melhorar o 
conduto auditivo. Otosynalar e oto betnovate – que são os 
mais baratos. 
CORPOS ESTRANHOS 
✓ E tem os corpos estranhos – é uma emergência 
otorrinolaringológica. 
✓ Tem os corpos estranhos vivos e imanimados. 
✓ Se o corpo estranho é animado, se tem vida, ele en-
trou e pode entrar mais ou menos no conduto auditivo ex-
terno. Quando o corpo chega no istimo, ou passar, vai fazer 
muito barulho e vai fazer muito incomodo. 
✓ O paciente vai chegardesesperado. 
✓ Tratamento: vai jogar uma substância oleosa (óleo 
mineral), azeite de cozinha, para afogar esse inseto. Vai mor-
rer afogado no óleo. Se for um inseto pequeno, vai remover 
lavando. 
✓ O corpo estranho inanimado, pode ser massinha de 
modelar, bolinhas de papel, tampa de caneta, fundo da ca-
neta, ou outras coisas. Se achou um, tem que olhar no outro 
e tem que olhar, se for família, em irmãos mais novos. Cui-
dado se o corpo estranho for uma semente, porque se tentar 
sair com lavagem e não sair, pode germinar. 
✓ Se não atravessou o istmo, não vai causar tanta dor. 
MEMBRANA TIMPANCA 
Saúde do Adulto e do Idoso 3 - Otorrinolaringologia - Otites 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Tem 3 camadas: epitélio (composta por duas fileiras 
de células epiteliais, mucosa da orelha média e uma fibrosa 
(colágeno, fibroblastos e células endoteliais) 
MIRINGITE BOLHOSA 
✓ Miringite bo-
lhosa – inflamação da 
membrana timpânica. 
✓ É decorrente de 
uma infecção viral (refriado 
comum), aí o paciente vai 
relatar dor. Um importante 
diagnóstico diferencial é 
otite média aguda. 
✓ Quando faz a otoscopia e a membrana está cheia de 
bolhas, talvez tenha um derrame serosanguinolento. 
✓ Se a bolha romper, tem esse secreção. No passado 
furava as bolhas, hoje não se fura. 
✓ Tratamento com analgésico, anti-inflamatório. 
AFECÇÕES DA ORELHA MÉDIA 
✓ Tem a porção epitimpânica, fica localizada a bigorna 
e conexões dos ossículos. 
✓ O ramo longo da bigorna vai se ligar ao estribo 
✓ Os ossículos são os únicos ossos do ser humano que 
não crescem. 
✓ A caixa timpânica é cheia de ar, esse ar vem da tuba 
auditiva. 
OTITE MÉDIA AGUDA 
✓ OTITE MÉDIA AGUDA: a maioria é de origem viral, 
mas a maioria também se infecta e o microorganismo mais 
frequente é o Streptococcus. 
✓ Vai ter uma dor gigante, mas quando romper a 
membrana timpânica a dor acaba. 
✓ Se ficar com a perfuração e o indivíduo entrar na 
água, vai ter secreção. Se a perfuração for na região margi-
nal, a pele do conduto vai tentar fechar a perfuração, que vai 
ser mais rápida e hipertrófica. 
✓ Ai na região que não tem pele vai ter epitélio, vai se 
enrolar nele próprio, formando um cisto – coleteatoma (?). 
pode crescer a ponto de chegar na fossa média e provocar 
meningite. Os sintomas da otite média coleastomatosa tem 
uma saída de secreção de odor forte do ouvido, zumbido e 
redução da capacidade auditiva 
 
OTITE MEDIA SECRETORA 
✓ E tem uma doença frequente em crianças alérgicas, 
que mastigam pouco, daí abrem pouco a tuba auditiva. Vai 
ter uma disfunção com fluxo diminuído de ar. Se tiver pouco 
ar, a mucosa da caixa timpânica começa a soltar uma secre-
ção meio “cola”. Otite médio serosa secretora. 
 
Yotaka Fukuda, Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar 
UNIFESP/Escola Paulista de Medicina - Referência

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