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Aula 01 - Direito Constitucional para o Ministério Público do Estado - Estágio

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Olá, amigos. Vamos iniciar nossos estudos paras Concursos de Estagiários do Ministério Público dos Estados.
Cumpre ressaltar que, antes de iniciar essa aula, recomendo que vejam o arquivo “Plano de Estudos” para o Concurso do MPE. Lá, trato com o devido cuidado as orientações acerca das provas aos quais os senhores irão se preparar.
CONSTITUIÇÃO E HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
FUNDAMENTO DA CONSTITUIÇÃO (CONCEPÇÕES)
Concepção Sociológica: 
Ferdnand Lassalle (Prússia, 1862)
Constituição Escrita x Constituição Real (fatores reais de poder).
Quando a constituição escrita não corresponde aos fatores reais de poder, caso contrário, será uma folha de papel. 
Concepção Política:
Carl Shmitt (Alemanha, 1928)
Fundamento: Vontade Política.
Constituição (Direitos Fundamentais, Organização dos Poderes, Estrutura do Estado), x Leis Constitucionais (tudo o que não diz respeito às normas de organização do Estado)
Concepção Jurídica:
Hans Kelsen (Áustria, 1925)
CF tem fundamento jurídico. 
Constituição lógico-jurídico (acima da segunda, corresponde a norma fundamental hipotética, que é o fundamento da segunda) x jurídico positivo (a Cf corresponde ao documento formalizado pelo PCO).
Concepção normativa:
Konrad Hesse
Nem sempre os fatores reais de poder sobrepõem aos fatores reais de poder. 
Condicionamento recíproco entre a constituição e a realidade.
“Vontade de Constituição” e não apenas “Vontade de Poder”.
Concepção Culturalista
Meireles Teixeira
Todas as concepções são complementares.
Constituição total. 
A Constituição e o seu papel
I) Constituição-Lei: a CF é um conjunto de normas como qualquer outra. A CF no mesmo nível da lei. Não vinculam o legislador. As normas constitucionais são meras diretrizes ao legislador.
II) constituição-fundamento (constituição-total): a CF é o fundamento de toda a vida social. Sobre pouco espaço para o legislador. Críticas: pode levar ao totalitarismo constitucional.
III) Constituição-moldura (quadro): O legislador atua preenchendo o quadro. Liberdade de conformação do legislador, desde que não ultrapasse os limites.
IV) Constituição dúctil (suave): por ser a sociedade pluralista e diversa, faz com que a CF se molde ao grau de relativismo da sociedade. O papel da CF seria a plataforma de partida para o edifício completo. 
PRINCÍPIOS DE INTEREPRETAÇÃO 
I) Princípio da Unidade da Constituição: impõe ao interprete o dever de harmonizar os conflitos e contradições da CF.
II) Efeito integrador: nas resoluções de problemas constitucionais, deve ser dada primazia à interpretação que favoreçam a integração político cultural que preservem a unidade da CF. 
III) concordância prática ou harmonização: o interprete tem o dever de coordenar e combinar os bens jurídicos em conflitos realizando a redução proporcional do âmbito de alcance de cada um deles. 
IV) Força normativa da Constituição: na aplicação da CF deve ser dada preferência na interpretação da norma que tornem as normas mais eficazes. Afastar interpretação divergentes. Podendo a sentença que julgar diferente daquilo que o STF entendeu, ser alvo de ação rescisória, após trânsito em julgado. 
V) Máxima efetividade: é utilizado no âmbito dos Direitos Fundamentais. Seja atribuído o sentido que dê maior efetividade possível às normas de direitos fundamentais. Cumprir sua função social. 
VI) Conformidade Funcional: orienta os órgãos (STF) a agirem dentro de suas competências, para evitar subversão e usurpação de competência. 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
I) Método Jurídico: Ernst Forsthoff. A CF é uma lei como todas, devendo ser interpretada de acordo com os métodos clássicos de interpretação. Força Normativa assegurada. Crítica: esses métodos são insuficientes para a complexidade da CF. 
II) Método Científico-espiritual: Rudolf Smend. Utiliza o elemento valorativo: valores que inspiraram a norma constitucional. Elemento Integrativo: CF como principal elemento da comunidade. Elemento sociológico: fatores extraconstitucionais, como realidade social, devem ser levados em consideração. Críticas: falta de clareza do fundamento dos elementos e falta de clareza de quando utilizar os elementos. Possibilidade de diferentes resultados. 
III) Tópico-problemático: theodor Viehweg. É um esquema de pensamento e raciocínio. Um problema concreto, em torno deste será levantado argumentos prós e contras, vencendo os argumentos mais convicentes. Ponto de Partida: Compreensão prévia do problema e da CF e ponto de apoio: Doutrina e Jurisprudência. Parte do problema para a norma. Críticas: Investigação superficial da Jurisprudência. Este método parte do problema para a norma. A solução não é encontrada com base na norma, mas a norma é utilizada para justificar a solução.
IV) Hermenêutico-Concretizador: Konrad Hesse: Interpretação e aplicação do direito é um processo unitário. I) norma; II) compreensão prévia; III) Problema. Primazia da Norma Sobre o Problema.
V) Normativo-Estruturante: Friedrich muller. Deve-se falar em concretização da norma, e não apenas interpretação. Programa Normativo + Domínio Normativo = Norma. Elementos: Metodológicos; Dogmáticos; Teóricos e de Política Constitucional. 
VI) Concretista da Constituição Aberta: Peter Harberle. Deve haver um alargamento do círculo de intérpretes. Não apenas os juristas são intérpretes da CF. Ex. Audiências Públicas e Amicus Curiae. Críticas: Pode levar à interpretação divergentes, que enfraquecem a força normativa da CF.

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