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FORMAS DE PROVA - CRIMINALÍSTICA

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FORMAS DE PROVA
· DIRETA: Caso a prova refira-se diretamente e imediatamente ao objeto ou fato a ser provado, diz que a prova é direta, ou seja, quando, por si, demonstra um fato. EXEMPLO: A existência de várias feridas perfuro contusas na região posterior da cabeça de um cadáver, provocadas por disparos de arma de fogo, é prova direta de uma morte violenta, no caso um homicídio. Lembram do caso que contei na nossa apresentação, a vítima em questão foi morta com dois disparos à curta distância sendo um deles na cabeça, existia ali uma prova direta da ocorrência de um homicídio.
· INDIRETA: Quando a prova recai alcança o fato principal por meio de um raciocínio lógico-dedutivo, levando-se em consideração outros fatos de natureza secundária, porém relacionados com o primeiro é considerada uma prova indireta (indício). 
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. EXEMPLO: Relembrando o caso contato na apresentação desse livro digital, quando uma mensagem no aparelho celular da testemunha (ex-esposa) revelou que o suspeito 02 pretendia matar a vítima 01, isso é exemplo de uma prova indireta, um indício da ocorrência de homicídio.
CORPO DE DELITO
CONCEITO: Denomina-se materialidade a prova da existência do crime. Para haver condenação, é imprescindível a prova da materialidade e da autoria. Algumas infrações penais deixam vestígios reais, ou seja, rastros que podem ser visualizados (ex.: o cadáver, no crime de homicídio). 
OBS: Quando o delito deixar esse tipo de vestígio material é indispensável o exame de corpo de delito (art. 158, CPP).
A. DIRETO: aquele que emerge de forma direta, a partir de exames realizados, em regra, por peritos oficiais. EXEMPLOS: O cadáver presente em uma cena de crime; A droga encontrada em um laboratório clandestino; Uma porta arrombada em local de furto em residência; Chave micha utilizada para furtar um veículo;
B. INDIRETO: É aquele que surge por outros meios de prova. EXEMPLO: Testemunha afirmando que viu uma pessoa desferir vários tiros na cabeça da outra, e que depois da empreitada criminosa, ocultou o cadáver, lançando-o em um rio, onde o corpo desapareceu
EXAME DO CORPO DE DELITO
É a verificação existencial da materialidade de um crime. Trata-se de um conjunto de métodos, técnicas, instrumentos e doutrina empregados para analisar e interpretar vestígios materiais relacionados à ocorrência de determinado fato delituoso, nesse sentido, não há que se falar em exame de corpo de delito quando ausente um vestígio em consequência da prática delituosa. 
O exame de corpo de delito também pode ser classificado como direto ou indireto:
· Direto: é feito sobre o próprio corpo de delito, realiza-se em regra, por peritos oficiais, a forma científica mais próxima de se atestar a existência ou inexistência de algo. O exame recai de forma direta sobre os vestígios materiais que apontam para a existência de um crime. EXEMPLO: Quando o perito analisa PESSOALMENTE e DIRETAMENTE o objeto da perícia; analisa o cadáver, faz o exame externo do corpo e realiza necrópsia; verifica, coleta e examina a droga que foi encontrada em um laboratório clandestina; analisa uma porta arrombada em loca de furto em residência; descreve e verifica eficiência de chave micha utilizada para furtar um veículo.
· Indireto: Para uma primeira corrente (1ª), quando o objeto são registros de vestígios materiais realizado por outros profissionais, o exame de delito é realizado de forma indireta. Trata-se de exame feito por peritos com base no relato de testemunhas ou com base na análise de documentos. Já para uma segunda corrente (2ª), não é um exame propriamente dito, mas apenas a prova testemunhal ou documental suprindo a ausência do exame direto. EXEMPLO: É o que ocorre na análise de fichas médicas por peritos médico-legistas que não tiveram acesso a uma paciente que sofreu aborto ou na análise feita por peritos criminais em fichas de acidentes de trânsito sem vítimas registrados por policiais militares.
· - Deverá ser determinado o exame do corpo de delito sempre que a infração deixar indícios – nesse caso, não pode suprir a confissão do acusado, art. 158, CPP-, ou que se mostrar necessária para elucidação dos delitos. 
Não sendo possível o exame ou tendo desaparecido os vestígios a prova testemunhal supre a falta – art. 167, CPP (nesse caso, a ausência do exame direto ou indireto não geral nulidade- 
· Quem realiza exame do corpo de delito e outras pericias são os peritos oficiais (com diploma de curso superior) 
- Sendo oficiais independem de nomeação de autoridade policial ou judiciária para desempenhar funções. 
- Na falta de peritos oficiais o exame será feito por 2 pessoas idôneas – perito ad hoc-, de preferência com habilitação técnica que nomeadas pela autoridade policial ou judiciaria prestem compromisso de desempenhar bem e fiel a função para a qual foi encarregado. Art. 159, § 1º, CPP 
· Peritos vão descrever o que examinar de forma minuciosa e responder aos quesitos:
- Se manifestando através de laudos periciais
· Exame de corpo de delito pode ser feito a qualquer dia e hora – Art. 161, CPP
· Autópsia é feito pelo menos 6 horas depois do óbito (salvo se os peritos, pelos sinais de morte- julgar que pode ser feita antes do prazo – o que declara no auto-) art. 162, CPP. 
· Em exumação para exame cadavérico a autoridade providenciará para que em dia e hora marcado se realize a diligência da qual se lavrará auto circunstanciado – Art. 163, CPP
OBS: Se houver divergência entre os peritos, serão consignados no auto do exame declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo e a autoridade nomearão um terceiro se este divergir de ambos, a autoridade manda proceder novo exame por outros peritos. 
· O perito não está vinculado a conclusão de outros peritos nem dos seus superiores hierárquicos, nem das autoridades requisitantes – Autonomia Técnica.

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