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Jemerson Santos do Monte Princípios cirúrgicos: planejamento clínico e radiográfico Clínica I CIRURGIA Especialidade que se dedica ao tratamento de doenças e traumatismos por meio de processos operatórios manuais e instrumentais. Intervenção cirúrgica, Operação. • Origem: do grego /kheirourgía/ ação de trabalhar com a mão. • Cirurgia sempre será traumática TÉCNICAS DE EXODONTIA Técnica I • Utiliza apenas fórceps A função principal do fórceps é realizar a expansão do alvéolo, mas que também faz avulsão dentária. Técnica II • Alavancas Entra nessa categoria quando se utiliza-se de alavancas em algum/qualquer parte do procedimento cirúrgico Técnica II I • Odontossecção / osteotomia Faz parte desse grupo se durante o transcirúrgico é realizado odontossecção ou osteotomia. Se algum elemento da técnica II ou III for utilizado em qualquer passo da cirurgia, prevalecerá a técnica de maior número. Ex: precisei utilizar canetas para osteotomia no alvéolo para criar um ponto de apoio para a alavanca, isso será uma técnica III. QUESTÕES LEGAIS Código de ética em odontologia em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial ressalta que casos em que se tem perigo de vida ao paciente, o cirurgião dentista poderá lançar mão de todos os meios possíveis para salvá lo. Proíbe a atuação do cirurgião-dentista na região cervical abaixo do osso hioide (região infra hioidea). E é restrito superiormente até o osso frontal, abaixo do couro cabeludo. ESTUDO RADIOGRÁFICO Radiografia é um exame complementar clínico, de muita importância na vida do cirurgião dentista. Panorâmicas Técnica indicada para múltiplas exodontias, para se estabelecer uma visão geral dos dentes do paciente. Desvantagens: ⮩ Apresenta distorções ⮩ Pouco detalhamento ⮩ Maior sobreposição de estruturas 03 04 07 Periapicais Indicações: • Cárie • Qualidade de restaurações • Dentição decídua/permanente • Alterações pulpares • Reabsorções radiculares • Anomalias dentárias • Lesões periapicais • Alterações ósseas • Também pode ser utilizada para planejamento de exodontia Desvantagem • Também podem apresentar distorções Oclusais Indicações: • Avaliar disjunção palatina, com aparelho disjuntor • Sutura palatina mediana • Dentes inclusos / mesiodentes • Sialolitos TOMOGRAFIA COMPUTADORIZA DA Formação de imagem tridimensional Indicações: • Casos cirúrgicos complexos • Proximidade com canal mandibular • Proximidade com seio maxilar • Fraturas extensas MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS Diérese Tem como objetivo atingir a região anatômica de interesse do cirurgião Incisão: • Cabo 3, lâmina 15 • Bisturi elétrico: Orientações: • Utilizar lâmina afiada (perde o fio após aproximadamente 4 cortes) • Realizar incisão firme e contínua • Evitar estruturas anatômicas importantes (cortes próximos ao forame mentual) • Incisões em superfícies epiteliais devem ser realizadas com bisturi em posição perpendicular a superfície • Penetrar desde a superfície do tecido epitelial até o osso, de forma perpendicular ao tecido. • Planejar incisões para cada caso • Realizar incisões relativamente amplas para melhor visualização • Empunhadura de caneta: • Iniciar com 45° • Terminar em 90° • Mão sempre apoiada Sempre iniciar a cirurgia anestesiando o dente mais posterior, consequentemente um trecho do nervo mais próximo do gânglio trigeminal. Dessa forma quando formos anestesiar uma porção mais terminal do nervo o paciente nem sinta a punção. Retalhos Porção de tecido delimitado por incisões cirúrgicas. Objetivo: • Acesso cirúrgico • Mover tecidos moles Características: • Demarcado por uma incisão cirúrgica • Possui seu próprio suprimento sanguíneo • Pode ser recolocado em sua posição original • Pode ser mantido com suturas • Cicatrização esperada • Evitar injúria as estruturas vitais localizadas na área da cirurgia Retalho em envelope Manobra em que é incisado dois ou mais tecidos intrasulculares. I. A base do retalho deve ser maior que a margem livre II. A incisão de alívio (demonstrada em 2) deve ser na diagonal, formando um triângulo. Nunca iniciar a incisão de alívio pela papila, pois é uma região de difícil cicatrização, assim como em regiões centrais da papila que podem sofrer retração Não dá para realizar um corte na horizontal. III. As margens do retalho devem estar apoiadas sobre osso sadio. Distância de 6 a 8 mm da região de perda óssea IV. Retalho em envelope quadrangular apresenta duas incisões de alívio, formando um trapézio Retalho Semilunar Para acesso apenas regiões apicais, evitando descolamento de papila. Incisão em Y Muito utilizado para remoção de tórus palatinos. DIVULSÃO Separação ou divisão dos tecidos. Materiais: • Tesoura de ponta romba • Pinças • Descoladores Dissecção romba: I. Inserir instrumento fechado II. Abrir no interior dos tecidos III. Remover instrumento aberto Descolamento subperiosteal I. Extremidade cortante do descolador II. Iniciar pela papila III. Girar instrumento IV. Extremidade romba do descolador EXÉRESE Manobras pelas quais são removidas parte ou todo o órgão ou tecido. Frequentemente é o objetivo da cirurgia. HEMOSTASIA Contenção do sangramento Classificação: • Venosa ➜ fluxo contínuo • Arterial ➜ fluxo pulsátil • Capilar ➜ sangramento em lençol Manobras: • Compressão (com gaze) • Pinçagem • Ligadura • Termocoagulação (bisturi elétrico) • Substâncias hemostáticas (hemospon) Compressão: • Rápida, simples e eficaz • Gazes estéreis • período mínimo Substâncias hemostáticas: • Esponja de gelatina absorvível (Hemospon), auxilia na formação do coágulo 1. • Esponja de fibrina (mais cara). • Celulose oxidada regenerada. • Cera para osso. SÍNTESE Conjunto de manobras que visam aproximar os tecidos divididos ou separados • Fase final da cirurgia • Tratamento das lacerações Finalidade: • Facilitar a cicatrização • Prevenir infecções • Proteger o coágulo • Evitar formação de espaço morto • minimizar cicatriz Procurar deixar o bordo dos tecidos alinhados e ligando cada tipo de tecido com o seu respectivo par, muscular com muscular, epitelial com epitelial. Instrumental: • Porta agulha Mayo • pinça atraumática reta • tesoura Fios de sutura Absorvíveis: • Categute ⮩ Origem animal (intestino de carneiro ou boi) ⮩ Digestão por enzimas proteolíticas • Simples ⮩ Reabsorção rápida (5 - 7 dias) • Cromado ⮩ Sais de cromo básico ⮩ Absorção lenta (9 – 14 dias) • Ácido poliglicóico ⮩ Poligalactina 910 ⮩ sintéticos não sofrem decomposição enzimática ⮩ hidrólise lenta ⮩ absorção por macrófagos Não absorvíveis • Naturais ⮩ Seda (multifilamentado) ⮩ Linho ⮩ Algodão • Sintéticos ⮩ Náilon (monofilamentado) ⮩ Poliéster ⮩ Polipropileno Monofilamentado X Multifilamentadas • Monofilamentares ⮩ Relativamente rígidos ⮩ Mais inertes aos tecidos ⮩ Maior dificuldade para fixação do nó ⮩ Acumula menos biofilme • Multifilamentares ⮩ Maior resistência ⮩ Acumula mais biofilme ⮩ Mais maleável (melhor fixação do nó) • Espessura: • Agulhas: ⮩ Retas ⮩ semi curvas ⮩ curvas Cortantes – triangulares (menos traumático) Não-cortantes - cônicas Fio agulhado I. Apreensão da agulha deve ser feita com a pinça, eevitar pegar com o porta agulha na sua extremidade. II. Agulha deve penetrar perpendicularmente ao tecido. III. Realizar movimentos circulares, acompanhando a curvatura da agulha. IV. Não forçar a agulha contra os tecidos. V. A ponta ativa da agulha não deve ser tocada pelos instrumentos. VI. Tecidos móveis ➜ fixos. VII. Evitar tenção ou distorção. VIII. Agulha deve ser passada nos tecidos, com auxílio de pinça de dissecção em 1 ou 2 etapas. IX. Iniciar no meio da incisão, depois nas extremidades. X. Em retalhos com relaxante, iniciar no ângulo de incisão. XI. Confecção do nó manualmente ou com porta agulha. XII. Posicionar o ponto lateralmente à incisão. • O correto protocolo de sutura é o realizado no item A: Sutura interrompida simples Sutura em X Colchoeiro vertical Colchoeiro horizontal Contínua simples Continua festonada Sutura intradérmica Procurar deixar o nó sempre numa extremidade e procurar deixá-lo voltado para vestibular para não incomodar a língua. OSTEOTOMIA E OSTECTOMIA • Alta rotação • Baixa rotação • Irrigação • Cortical vestibular ODONTOSSECÇÃ O Separação ou diérese dentária • Vantagens: ⮩ Diminui resistência óssea ⮩ Reduz o tempo operatório ⮩ Torna a cirurgia menos traumática ⮩ Diminui o risco de danos a estruturas vizinhas
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