Buscar

4- Direitos de personalidade histórico; características; fontes; momento aquisitivo e momento extintivo;

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL 
 
- Direitos essenciais da pessoa 
- Garantia da preservação da dignidade da pessoa 
humana 
- Recai tanto no direito privado quanto no público 
- Movimento de repersonalização (clausula geral de 
proteção) – traz 3 tipos de integridade a serem 
protegidas: integridade física (vida, corpo, partes do 
corpo); integridade intelectual (liberdade de 
pensamento, autorias científicas e artísticas, direitos 
do autor); integridade moral (intimidade, vida privada, 
honra, imagem, nome) 
HISTÓRICO 
- Direito Romano: não contemplava os direitos da 
personalidade, mas havia a “actio injuriarum”, uma 
ação contra a injúria 
- Cristianismo: preocupação com a pessoa humana 
- Carta Magna Inglesa (1215): direitos fundamentais da 
personalidade humana, mas tratava apenas dos 
direitos pessoais dos mais ricos e nobreza 
- Declaração dos Direitos do Homem (1789): tutela da 
personalidade humana e defesa de direitos individuais 
- Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) 
- Reforma dos Códigos pós-2Guerra 
- CF (1988): proteção à dignidade da pessoa humana 
- CC (2002): arts. 11 ao 21 trazem o rol exemplificativo 
dos direitos de personalidade. 
- Avanço na doutrina/jurisprudência, trazendo novos 
exemplos de direitos da personalidade (além dos 
previstos no CC), como direito ao esquecimento e 
direito de não saber 
FONTE DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE 
1ª corrente: positivista (direitos de personalidade 
decorrem da ordem jurídica positiva) 
2ª corrente – majoritária adotada no Brasil: 
jusnaturalista (direitos de personalidade são inatos e 
naturais, decorrem da qualidade humana, não são 
constituídos pelo sistema) 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DE 
PERSONALIDADE 
- Absolutos (oponíveis erga omnes) (não é no sentido 
de serem relativizados, pois podem sofrer relativização 
temporária) 
- Indisponíveis (intransmissíveis e irrenunciáveis): não 
estão à disposição do titular. MAS essa 
indisponibilidade não é absoluta, é relativa, pois 
admite-se restrição dos direitos de personalidade de 
forma voluntária ou por lei (ex: direitos autorais e 
transplante de órgãos) -> são requisitos para a 
possibilidade de limitação voluntária aos direitos de 
personalidade: a restrição não pode ser permanente; 
não pode ser genérica e abarcar todos os direitos (deve 
ser especificamente incidente sobre um ou outro 
direito da personalidade); não pode violar a dignidade 
do titular, ainda que ele venha a anuir 
CC – “Art. 11 Com exceção dos casos previstos em lei, 
os direitos da personalidade são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária.” 
Enunciado 4º JDC: O exercício dos direitos da 
personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde 
que não seja permanente nem geral. 
Enunciado 139 JDC: Os direitos da personalidade 
podem sofrer limitações, ainda que não 
especificamente previstas em lei, não podendo ser 
exercidos com abuso de direito de seu titular, 
contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes. 
- Inatos: inerentes à condição humana 
- Extrapatrimoniais: o conteúdo não tem valor 
econômico. MAS a violação de um direito de 
personalidade gera indenização (danos morais – que 
possui natureza patrimonial) 
- Impenhoráveis: não admitem constrição judicial. MAS 
é penhorável a indenização decorrente da violação 
- Imprescritíveis: sem prazo extintivo para o exercício 
do direito. MAS existe prazo prescricional para pedir a 
indenização 
- Vitalícios: extingue-se com a morte do titular 
- Os direitos de personalidade são extrapatrimoniais e 
imprescritíveis, MAS a violação do direito de 
personalidade gera um reflexo patrimonial prescritível 
DIREITO CIVIL 
 
- São cumuláveis os danos moral, material e estético – 
postulados por ação judicial dentro de, no máximo, 3 
anos (prazo prescricional de 3 anos) 
Art. 189 CC: Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se 
extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. 
Art. 206, parág 3º, VI: Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil. 
➔ De acordo com o CC, portanto, a 
prescrição começaria a correr da data da 
violação do direito 
➔ No entanto, como é possível que na data 
da violação a pessoa não saiba da violação, 
o STJ admitiu a tese da “actio nata”, que 
significa que a prescrição começaria a 
correr da data do conhecimento da 
violação. 
- EXCEÇÃO À PRESCRIÇÃO DE 3 ANOS PARA AJUIZAR 
AÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL/INDENIZAÇÃO: o STJ tem 
um precedente que estabeleceu uma hipótese de 
pretensão patrimonial imprescritível, que é o caso da 
ação por indenização por tortura ocorrida durante o 
período de ditadura militar em face do Estado 
MOMENTO AQUISITIVO DOS DIREITOS DE 
PERSONALIDADE 
- Adota-se, em relação aos direitos de personalidade, a 
teoria concepcionista (surgem os direitos de 
personalidade com a nidação, ou seja, fixação do óvulo 
fecundado no útero, aproximadamente 14 dias após a 
fecundação) 
- Atenção: 
A personalidade jurídica (direitos e deveres) é 
adquirida com o nascimento 
Os direitos de personalidade são adquiridos com a 
concepção (nidação) 
 - Nascituro e natimorto: tem direitos de personalidade 
Embriões congelados, quando ainda não introduzidos 
no ventre materno: não tem direitos de personalidade 
Portanto: 
1. Os direitos de personalidade são adquiridos na 
concepção uterina 
2. Os direitos de personalidade são reconhecidos 
ao natimorto 
3. O embrião laboratorial não tem direitos de 
personalidade 
3.1: o embrião laboratorial pode ter presunção 
de paternidade quando os pais forem casados 
3.2: o embrião laboratorial, após a 
inseminação, terá direito sucessório se já tiver 
sido concebido quando da morte de seu pai 
MOMENTO EXTINTIVO DOS DIREITOS DE 
PERSONALIDADE 
- São vitalícios; se extinguem com a morte 
- Após a morte, não há mais direitos de personalidade, 
mas pode haver reflexos dos direitos de personalidade 
após a morte. São reflexos dos direitos de 
personalidade após a morte: 
 -> Sucessão processual: ocorrendo a morte de 
qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu 
espólio ou pelos seus sucessores, quando a ação for 
transmissível. Quando a ação for intransmissível por 
determinação legal, o processo será extinto sem 
resolução de mérito. 
obs: não confundir sucessão processual (quando 
alguém adentra no processo no lugar de alguém que 
faleceu) com substituição processual (quando alguém 
postula em nome próprio direito alheio – legitimado 
extraordinário) 
 -> transmissibilidade do direito à reparação: o 
direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la 
transmitem-se com a herança 
 -> lesados indiretos: decorrem do “dano por 
ricochete”. Para os casos em que o dano é direcionado 
a uma pessoa que morreu, mas acaba afetando as 
pessoas que ficaram – quando é violado um direito de 
personalidade de pessoa que morreu, quem sofre e 
quem tem direito ao dano moral são os que ficaram. 2 
CASOS: 1) art 12: aplicável a qualquer lesão ou ameaça 
direito de personalidade – são legitimados o 
cônjuge/companheiro sobrevivente, qualquer parente 
em linha reta ou colateral até o 4º grau (irmãos, 
sobrinhos, tios e primos). 2) art. 20: aplicável aos 
direitos de imagem (voz, atributo/características, 
retrato) – são legitimados o cônjuge/companheiro 
sobrevivente, ascendentes e descendentes. 
CC – “Art. 12: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e 
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a medida prevista neste 
DIREITO CIVIL 
 
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em 
linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Art. 20 Salvo se autorizadas, ou se necessárias à 
administração da justiça ou à manutenção da ordem 
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da 
palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu 
requerimentoe sem prejuízo da indenização que 
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de 
ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes.” 
DIREITO DE PERSONALIDADE X LIBERDADE 
DE IMPRENSA E LIBERDADE DE 
EXPRESSÃO 
- No caso de colisão entre um direito de personalidade 
e a liberdade de imprensa ou de expressão, deverá ser 
utilizada a técnica da ponderação pelo juiz 
- A regra é a liberdade de expressão. Exceção: hate 
speech (discurso de ódio) 
Súmula 221 STJ: São civilmente responsáveis por danos 
morais e materiais em caso de ofensa pela imprensa, 
tanto o autor do escrito, quanto o proprietário do 
jornal que o veicula. 
- Clausula de modicidade = pessoas famosas, 
ocupantes de cargos públicos e pessoas que estão em 
multidões possuem uma relativização do seu direito de 
imagem. Ainda que sejam ofendidos injustamente em 
relação à honra e à imagem, há mitigação em relação a 
possível indenização, que será módica ou até pode 
deixar de existir 
- Biografias não autorizadas: STF entendeu que é 
inexigível a autorização prévia para a publicação de 
biografia. Mas quando a biografia contar mentiras ou 
expor a pessoa ao ridículo, o autor poderá ser 
responsabilizado 
- Direito ao esquecimento: não possui previsão no CC, 
mas vem sendo reconhecido na jurisprudência. Não é 
o direito que a pessoa tem de “apagar o passado”, e 
sim o direito de poder conviver com fatos passados de 
sua vida e que dizem respeito exclusivamente a ela. É 
uma proteção ao superintervencionismo midiático. 
Quando entram em conflito o direito ao esquecimento 
e a liberdade de imprensa e de expressão, deve ser 
aplicada a técnica da ponderação. É reconhecido o 
direito ao esquecimento dos condenados que 
cumpriram integralmente a pena e dos réus que foram 
absolvidos em processo criminal. Quando entram em 
conflito o direito ao esquecimento e o direito de 
verdade e de memória, prepondera o direito de 
verdade/memória, pois é um direito que abrange toda 
a sociedade 
CASOS ACERCA DOS DIREITOS DE 
PERSONALIDADE 
- A dignidade da pessoa humana é fundamento da 
República Federativa do Brasil (art. 1º, III CF) 
- A dignidade da pessoa humana reflete o direito à vida 
digna 
- Mistanásia/eutanásia social: morte miserável fora e 
antes da hora, ocorre quando: doentes e deficientes 
não ingressam no sistema de saúde por ele ser ausente 
e precário; extermínio de pessoas, como na 2ªGM; 
doentes crônicos ou terminais são vítimas de erro 
médico, como diagnóstico errôneo; pacientes são 
vítimas de má prática por motivos econômicos, 
científicos ou sociopolíticos, como quando um médico 
retira intencionalmente um órgão vital de indivíduo 
com esperança de vida 
- Direito à vida reflete um direito à morte digna: o CFM 
permite que os médicos suspendam ou limitem 
tratamentos que apenas irão prolongar a vida de um 
doente em fase terminal sem possibilidade de cura, 
podendo o paciente ter uma morte digna em sua casa, 
ao lado de seus familiares 
- Proteção ao corpo humano em sua integridade (corpo 
vivo ou corpo morto) 
CC – “Art. 13 Salvo por exigência médica, é defeso o ato 
de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será 
admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
Art. 14 É válida, com objetivo científico, ou altruístico, 
a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte. 
DIREITO CIVIL 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
Art. 15 Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, 
com risco de vida, a tratamento médico ou a 
intervenção cirúrgica.” 
- ATOS DE DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO: é possível 
dispor do próprio corpo desde que não ocasione 
diminuição permanente e que não ofenda a dignidade 
da pessoa humana 
- Para que possa realizar uma cirurgia/tratamento 
médico, deve haver o consentimento informado 
- A violação ao corpo vivo gera o dano estético, ainda 
que não tenham sequelas 
- TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS: é necessária autorização 
(não é possível haver a retirada indiscriminada de 
órgãos de pessoas mortas); a manifestação expressa 
do doador de órgãos em vida prevalece sobre a 
vontade dos familiares. No transplante entre vivos, 
deve haver consentimento do titular e, se incapaz, 
deve haver autorização judicial, com oitiva do MP; é 
possível que o doador escolha quem será o 
beneficiário, se da mesma família, mas se a pessoa não 
for da família deverá haver autorização judicial. No 
transplante de mortos, prevalece a escolha do doador; 
caso não haja um documento demonstrando a escolha 
do morto, então os familiares serão consultados e 
decidirão sobre a doação de órgãos; é vedada a escolha 
do beneficiário 
- TRANSGENITALIZAÇÃO: “Enunciado 276 JDC: O art. 13 
do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio 
corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de 
transgenitalização, em conformidade com os 
procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal 
de Medicina, e a consequente alteração do prenome e 
do sexo no Registro Civil.”. A partir de 2010 deixou de 
ser exigida autorização judicial para realização da 
cirurgia. O STF entendeu ser possível alterar o nome e 
gênero no registro civil independentemente de cirurgia 
de redesignação de sexo (pode mudar o nome e sexo 
diretamente no cartório). No entanto, não é possível 
que haja sucessivas modificações no cartório (caso 
deseje realizar nova modificação, aí sim será necessária 
ação judicial) 
- GESTAÇÃO EM ÚTERO ALHEIO: é admitida a gestação 
em útero alheio (“barriga de aluguel”), vedada a 
cobrança por esse ato 
- TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E TRANSFUSÃO 
SANGUÍNEA: as testemunhas de jeová não aceitam 
receber transfusão sanguínea. Existem julgados 
favoráveis e desfavoráveis à transfusão. “Enunciado 
403 JDC: O Direito à inviolabilidade de consciência e de 
crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, 
aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento 
médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem 
risco de morte, em razão do tratamento ou da falta 
dele, desde que observados os seguintes critérios: a) 
capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo 
representante ou assistente; b) manifestação de 
vontade livre, consciente e informada; e c) oposição 
que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do 
declarante.” Ou seja, se uma pessoa absolutamente 
incapaz ou relativamente incapaz (exceto o pródigo) 
precisar de transfusão sanguínea, os pais NÃO poderão 
decidir por ela. “Enunciado 533 JDC: O paciente 
plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os 
aspectos concernentes a tratamento médico que possa 
lhe causar risco de vida, seja imediato ou mediato, 
salvo as situações de emergência ou no curso de 
procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser 
interrompidos.” 
- IMAGEM: divide-se em imagem-voz, imagem-atributo 
(características físicas) e imagem-retrato (o que se vê). 
A imagem goza de proteção autônoma, logo, mesmo 
sem violação de outro direito de personalidade, o uso 
da imagem é protegido. “Súmula 403 STJ: Independe 
de prova do prejuízo a indenização pela publicação não 
autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos 
ou comerciais.” -> o dano moral referente à violação do 
direito de imagem aplica-se tanto aos casos de uso 
comercial da imagem quanto aos casos de uso não 
comercial (neste caso deve-se observar a prova do 
dano) 
- PRIVACIDADE: divide-se em intimidade (direitos que 
devem ser protegidos de outras pessoas; informações 
que dizem respeito somente ao titular) e 
segredo/sigilo(não divulgação de fatos da vida do 
titular). É um direito relativo, que pode ser flexibilizado 
em razão da ponderação de interesses 
CC – “Art. 21 A vida privada da pessoa natural é inviolável,e 
o juiz, a requerimento do interessado, adotará as 
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato 
contrário a esta norma.” 
- HONRA: divide-se em honra objetiva (externa, o que 
os outros pensam de mim, reputação, boa fama) e 
subjetiva (interna, o que eu penso de mim mesmo, 
autoestima). STJ admitiu dano moral para PJDPrivado, 
mas a pessoa jurídica somente sofre violação da honra 
objetiva, pois não tem honra subjetiva 
DIREITO CIVIL 
 
- Direitos autorais: divide-se em direitos morais do 
autor (personalíssima, não admite sessão, adquirido 
com a criação da obra) e direitos patrimoniais do autor 
(material, admite transmissão, pode explorar, utilizar, 
fruir e dispor da obra). “Súmula 63 STJ: São devidos 
direitos autorais pela retransmissão radiofônica de 
músicas em estabelecimentos comerciais” 
- Direito ao nome: Nome = prenome + sobrenome. 
Outros conceitos: agnome (Júnior, Neto); hipocorístico 
(Beto, Chico). A regra é a INALTERABILIDADE RELATIVA 
do nome. A alteração pode ser feita em casos 
excepcionais: nome que expõe pessoa ao ridículo; após 
atingir a maioridade tem prazo decadencial de 1 ano 
para pedir a mudança do nome; quando houver erro 
gráfico; para inclusão de apelido notório/hipocorístico; 
em caso de adoção; uso prolongado de nome diverso; 
adaptação da tradução do nome em caso de língua 
estrangeira; homonímia depreciativa; proteção a 
testemunha. O sobrenome pode ser alterado nos 
seguintes casos: adoção, casamento, divórcio ou 
nulidade de casamento; inclusão de sobrenome de 
ascendente; união estável ou homoafetiva; acréscimo 
de sobrenome do padrasto/madrasta 
CC – “Art. 16 Toda pessoa tem direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome. 
Art. 17 O nome da pessoa não pode ser empregado por 
outrem em publicações ou representações que a 
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja 
intenção difamatória. 
Art. 18 Sem autorização, não se pode usar o nome alheio 
em propaganda comercial. 
Art. 19 O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza 
da proteção que se dá ao nome.” 
SÚMULAS DO STJ 
Súmula n. 37: São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
Súmula n. 221: São civilmente responsáveis pelo 
ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela 
imprensa, tanto o autor do escrito quanto o 
proprietário do veículo de divulgação. 
Súmula n. 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral. 
Súmula n. 54: Os juros moratórios fluem a partir do 
evento danoso, em caso de responsabilidade 
extracontratual. 
Súmula n. 362: A correção monetária do valor da 
indenização do dano moral incide desde a data do 
arbitramento. 
Súmula n. 370: Caracteriza dano moral apresentação 
antecipada de cheque pré-datado. 
Súmula n. 387: É licita a cumulação de dano moral e 
dano estético. 
Súmula n. 388: A simples devolução indevida de 
cheque caracteriza dano moral. 
ENUNCIADOS JDC 
N. 159: O dano moral, assim compreendido todo dano 
extrapatrimonial, não se caracteriza quando há mero 
aborrecimento inerente a prejuízo material. 
N. 550: A quantificação da reparação por danos 
extrapatrimoniais não deve estar sujeita

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes