Grátis
5 pág.

4- Pressupostos processuais de existência e Requisitos de validade processual
Humanas / Sociais
Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 2
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - São pressupostos processuais de existência (é necessário para que o processo exista): 1) Subjetivo: a) Partes (capacidade de ser parte, de ocupar o polo ativo ou passivo de uma demanda) – pode ser parte a pessoa natural, pessoa jurídica, nascituro, entes despersonalizados (ex: espólio, massa falida, herança jacente/vacante, condomínio) b) Órgão investido de jurisdição 2) Objetivo: Demanda - Depois de analisar se o processo pode existir (pressupostos de existência), verifica-se se o processo é válido - Os requisitos de validade são: 1) Subjetivos A) Partes A1) Capacidade processual A2) Capacidade postulatória A3) Legitimidade ad causam A4) Citação válida do réu B) Juiz B2) Competência B3) Imparcialidade 2) Objetivos A) Intrínsecos B) Extrínsecos B1) Extrínsecos positivos B2) Extrínsecos negativos SUBJETIVOS CAPACIDADE PROCESSUAL (LEGITIMATIO AD PROCESSUM) - Capacidade de formular ou responder pretensões - Prática de atos em nome próprio CPC – “Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.” - Capacidade de exercício, para a prática de atos processuais CPC – “Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. - Menor impúbere (menos de 16 anos): representação Menor púbere (entre 16 e 18 anos): assistência CPC – “Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.” - Curador especial: defensoria pública. Hipóteses: quando a parte é incapaz, sem representante legal; quando a parte é incapaz e há colisão de interesses com seus representantes; quando o autor entra com uma ação contra um réu preso, que não apresenta advogado; quando o autor entra com uma ação com DIREITO PROCESSUAL CIVIL réu citado fictamente (por hora certa ou por edital) e que não apresenta advogado (portanto, é um réu revel) CPC – “Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. § 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. § 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.” - Capacidade processual das pessoas casadas/em união estável: i) Se a parte casada/em união estável, com regime de bens diferente da separação absoluta de bens, for AUTORA de ação que verse sobre direito real imobiliário, é necessário o consentimento do cônjuge para propor a ação ii) Se a parte casada/em união estável, com regime de bens diferente da separação absoluta de bens, for RÉU em ação que verse sobre direito real imobiliário, o cônjuge deve estar também no polo passivo da ação, devendo também ser citado (litisconsórcio necessário) iii) Se a pessoa casada/em união estável for RÉU em ação resultante de fato relacionado a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles, o cônjuge também deve estar no polo passivo da ação, devendo também ser citado iv) Se a pessoa casada/em união estável for RÉU em ação fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família, o cônjuge também deve estar no polo passivo da ação, devendo também ser citado v) Se a pessoa casada/em união estável for RÉU em ação que com objeto o reconhecimento/constituição/extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges, o cônjuge também deve estar no polo passivo da ação, devendo também ser citado - O consentimento do cônjuge pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo OU quando seja impossível conceder - A falta de consentimento do cônjuge quando necessário e não suprida pelo juiz, invalida o processo CPC – “Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III - o Município, por seu prefeito ou procurador; IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V - a massa falida, pelo administrador judicial; VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII - o espólio, pelo inventariante; VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. DIREITO PROCESSUAL CIVIL § 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.” - Entes despersonalizados (ex: massa falida, herança jacente/vacante, espólio, condomínio) não possuem personalidade jurídica, mas possuem personalidade judiciária - Condomínio: representado pelo síndico Espólio: representado pelo inventariante - PJDPrivado: representado pelo sócio ou administrador PJDPúblico: U representada pela Advocacia Geral da União diretamente ou mediante órgão vinculado; E/DF representados pelos seus procuradores; M representado pelo prefeito ou procuradores CAPACIDADE POSTULATÓRIA - Capacidade específica/técnica para formular pretensões e defesas em linguagem própria. Exercida pelo advogado ou pelo defensor público - Regra: necessidade da presença de advogado ou defensor público - Exceções: casos em que há capacidade postulatória do jurisdicionado – juizado especial (no JE estadual, para causas até 20 SM; no JE federal em causas até 60 SM, exceto recursos) e mulher pedindo medidas protetivas, segundo a Lei Maria da Penha LEGITIMIDADE AD CAUSAM CPC – “Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.” - Pertinência subjetiva para a demanda OBS: LEGITIMIDADE