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Câncer de Próstata

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Câncer de Próstata | Colunista
Introdução
O câncer da próstata é a malignidade não cutânea mais comum nos homens. O câncer de próstata é a única doença histológica cuja acentuada heterogeneidade clínica varia desde uma doença indolente, clinicamente irrelevante, até um fenótipo agressivo, rapidamente fatal. A incidência de câncer de próstata clinicamente diagnosticado reflete os efeitos do rastreamento usando a dosagem do teste do antígeno prostático específico (PSA).
Figura 1: Próstata saudável e Próstata com tumor.
Fisiopatologia
A testosterona é necessária para a manutenção de um epitélio prostático normal e sadio, mas é também um pré-requisito para o desenvolvimento de câncer de próstata. Os cânceres de próstata expressam níveis altos de receptores androgênicos, e a sinalização através do receptor androgênico resulta em crescimento, progressão e invasão pelo câncer de próstata. A inibição da sinalização, pela redução cirúrgica ou farmacológica das concentrações de testosterona, resulta em apoptose e involução do câncer de próstata. Os eventos biológicos que cercam o desenvolvimento clínico do câncer de próstata androgênio-resistente não estão bem descritos, mas a amplificação do receptor androgênico, que é um evento comum nesses pacientes, presumivelmente torna o câncer sensível a concentrações diminutas de androgênio ou outros ligantes do receptor androgênico. A identificação das variantes de encaixe de receptores de androgênio que são constitutivamente ativas e independentes de ligantes as mantém como um mecanismo potencial pela qual a verdadeira resistência ao hormônio se desenvolve.
Prevenção do Câncer de Próstata
Atualmente, muitas organizações recomendam o rastreamento com PSA, mas o U.S. Preventive Services Task Force recomenda o rastreamento para homens com mais de 70 anos e não é nem a favor nem contra o rastreamento em homens mais jovens. De dois grandes estudos randomizados de rastreamento utilizando os níveis de PSA, um relatou uma redução na mortalidade específica por câncer de próstata, mas não foi encontrada uma redução global da mortalidade.
Manifestações Clínicas
A maioria dos pacientes com doença no estágio inicial, restrita ao órgão, é assintomática. 
Sintomas miccionais obstrutivos:
· Hesitação, 
· Fluxo urinário intermitente, 
· Perda de força do fluxo;
Os tumores localmente avançados também podem resultar em hematúria e hematospermia. 
O câncer de próstata com disseminação para os linfonodos pélvicos ocasionalmente causa edema dos membros inferiores ou desconforto nas áreas pélvicas e perineais. 
Diagnóstico
Mais de 60% dos pacientes portadores de câncer de próstata são assintomáticos, e o diagnóstico só é estabelecido devido a um alto nível de PSA nos testes de rastreamento.
Embora o toque retal apresente baixas sensibilidade e especificidade para diagnosticar o câncer prostático, a biópsia de um nódulo ou de uma área de enduração revela um câncer em torno de 50% das vezes, sugerindo que a biópsia de próstata deve ser realizada em todos os homens com nódulos palpáveis.
O nível do PSA apresenta uma sensibilidade bem melhor, mas uma baixa especificidade porque patologias benignas como hipertrofia prostática benigna e prostatite podem causar níveis falso-positivos do PSA sérico.
A cintilografia óssea só deve ser feita nos pacientes com níveis de PSA superiores a 10 ng/mL, e a tomografia computadorizada (TC) abdominal e pélvica ou a ressonância nuclear magnética geralmente não são bons métodos para pacientes com níveis de PSA inferiores a 20 ng/mL.
Mais de 95% dos tumores da próstata são adenocarcinomas, e é frequente haver lesões multifocais.
Adenocarcinoma Prostático
O adenocarcinoma da próstata é a forma mais comum de câncer em homens. O câncer de próstata está junto ao câncer colorretal em termos de mortalidade por câncer.
Os carcinomas da próstata surgem mais comumente na glândula periférica externa e podem ser palpáveis pelo toque retal.
Microscopicamente, eles são adenocarcinomas com diferenciação variável. As glândulas neoplásicas são revestidas por uma única camada de células.
A gradação do adenocarcinoma de próstata pelo sistema Gleason correlaciona com o estágio patológico e prognóstico.
Estadiamento
· Estágio T1:
- É o câncer de próstata não palpável detectado apenas em exame patológico, observado por acaso após a ressecção transuretral de hipertrofia benigna (T1a e T1b) ou em uma amostra de biópsia obtida graças a um nível elevado de PSA (T1c, a fase clínica mais comum no momento do diagnóstico). 
· Estágio T2:
- É um tumor palpável que parece estar restrito à glândula prostática (T2a se envolver um único lobo, T2b se envolver dois lobos). 
· Estágio T3:
- Se o tumor apresentar extensão além da cápsula prostática (T3a se for focal, T3b se houver comprometimento das vesículas seminais). 
· Estágio T4:
- São aqueles com invasão das estruturas adjacentes, como o colo da bexiga, o esfíncter urinário externo, o reto, os músculos elevadores ou as paredes pélvicas laterais.
· Metástases nodais 
Podem ser microscópicas e detectáveis apenas por biópsia ou linfadenectomia, ou podem ser visíveis em estudos de imagem. As metástases à distância ocorrem predominantemente para os ossos, mas, ocasionalmente, pode haver metástases viscerais.
Tratamento
O câncer da próstata é tratado por cirurgia, radioterapia e manipulações hormonais. Mais de 90% dos pacientes que recebem essas terapias podem esperar viver por mais de 15 anos. Atualmente, o tratamento mais comum para câncer de próstata clinicamente localizado é a prostatectomia radical. O prognóstico após a prostatectomia radical é baseado no estágio patológico, estado das margens e grau de Gleason.
Autor: Lupébhia Tarlé
Instagram: @lupebhia
REFERÊNCIAS:
Livro: GOLDMAN, L. Cecil Medicina. Elsevier, 24º ed.
Livro: ROBBINS. Patologia. 9ºed.
Livro: JAMESON, J. L.; KASPER, D. L.; LONGO, D. L.; FAUCI, A. S.; HAUSER, S. L., LOSCALZO, J. Medicina interna de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: AMGH, 2020.

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