Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PROCESSUAL CIVIL Noções gerais: O direito processual civil é um ramo da ciência jurídica e determina normas para o exercício do poder estatal na prestação da função jurisdicional, cujas demandas podem ser conflituosas ou não. Legislação utilizada: Código de Processo Civil de 2015, pela Lei nº 13.105/15 Os três pilares do direito processual civil: • Jurisdição: poder-dever do Estado de compor um conflito de interesses. É o exercício da atividade jurisdicional. • Ação: é o direito ao acesso a essa atividade jurisdicional. Direito este abstrato e subjetivo capaz de romper a inércia do Poder Judiciário. • Processo: instrumento utilizado para a realização da jurisdição. Princípios: Os princípios são divididos em dois ramos: informativos e fundamentais. E estes, subdivididos em: constitucionais e processuais. 1. Informativos: abarca toda a universalidade do direito processual, não só o civil. Gerais e abstratos. São eles: • Princípio lógico: o processo deve percorrer o caminho em busca da verdade usando-se da lógica, selecionando os meios mais eficazes para alcançá-la e assim, evitando erros e injustiças. • Princípio jurídico: deve obedecer aos comandos legais do direito, os observando sempre. • Princípio político: o processo deve-se adequar ao regime político do momento. Assim, todos os atores da lide devem seguir os valores do Estado de direito e agir de acordo com a boa-fé, respeito, urbanidade e probidade para se alcançar o bem-estar social. • Princípio econômico: o processo precisa ser fácil para aquele que o procura em busca de uma resposta rápida. E quanto mais moroso, mais dispendioso. Assim, busca-se os melhores resultados da maneira menos onerosa possível. 2. Fundamentais a) Constitucionais: • Devido processo legal – art. 5º, LIV, CF. Trata-se do método do processo a ser seguido pelas partes do processo. Princípio principal porque dele se desencadeia vários outros como, do contraditório, da ampla defesa e do juiz natural. • Contraditório e ampla defesa – art. 5º, LV, CF. Contraditório: todo acusado terá direito de reação contra qualquer imputação que lhe for feita, sendo verdade ou não. Exceção: liminar inaudita altera par. Por causa do caráter urgente da liminar, o direito de reação do acusado é postergado. Repito, postergado, não retirado. Ampla defesa: conjunto de instrumentos que o acusado dispõe para rechaçar uma acusação. Quanto mais vastos os meios probatórios (LÍCITOS E LEGÍTIMOS), mais chances de alcançar resultados favoráveis. • Princípio do juiz natural – art. 5º, XXXVII, CF. Não se admite tribunal de exceção, ou seja, aquele criado especialmente para julgar tal fato. As pessoas só poderão ser julgadas por tribunais preexistentes. • Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional ou do acesso à justiça – art. 5º, XXXV, CF. Não se afasta de apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Uma vez apreciada a pretensão, o juiz não poderá se esquivar sem proferir uma resposta. b) Processuais: contidos no CPC/15 • Boa-fé processual – art. 5º. As partes devem agir com honestidade e respeito, sem prejuízos ao adversário. • Razoabilidade processual – art. 4º e 6º. Trata-se da eficiência processual. Busca-se a otimização da prestação da tutela jurisdicional no menor tempo possível. Percebe-se uma relação com o artigo LXXVIII da CF. Razoável: depende do processo, subjetivo. • Vedação da decisão surpresa – art. 10, CPC. O juiz não deve proferir uma decisão a respeito da qual não se tenha dado às partes o direito de manifestação. É um desdobramento do artigo 9º também do CPC. • Imparcialidade do juiz. Pressuposto de validade do processo. Há situações em que o juiz, por motivações internas, condição pessoal ou decorrentes de sua própria atuação no processo, rompe com a neutralidade esperada para o exercício da sua função. Isso acarreta: → Impedimento (art. 144, CPC): gera nulidade e geralmente está interligado à consanguinidade. → Suspeição (art. 145, CPC): gera anulabilidade.
Compartilhar