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Leandro & Stormer - Manual de Setups Vol 01 - Setups Puros

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1SETUPS PUROS
1 SETUPS PUROS
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Copyright © Alexandre Wolwacz
Capa
Évelyn Bisconsin - Porto DG
 
Évelyn Bisconsin - Porto DG 
Gabriela Koza
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
W869s Wolwacz, Alexandre
 Setups puros / Alexandre Wolwacz. – Porto Alegre: 
 Leandro & Stormer, 2010.
 144 p. ; 16 x 23 cm. - (Manual de Setups, v.1)
 Inclui gráficos e tabelas.
 1. Setups - Mercado financeiro. 2. Mercado financeiro 
 – comportamento. 3. Gestão do dinheiro. 4. Risco operacional. 
 5. Manejo de risco. 6. Trader. 
 I. Stormer. II. Título.
 CDU 336.76
 336.761
Catalogação na fonte: Paula Pêgas de Lima CRB 10/1229
Porto Alegre, 15 de setembro de 2010.
Todos os direitos desta edição reservados ao 
Instituto de Estudos Leandro & Stormer.
Editora Leandro & Stormer www.leandrostormer.com.br
Rua Antônio Carlos Berta, 475 cj. 710 atendimento@leandrostormer.com.br
Bairro Higienópolis - CEP 90550-080 Fone: +55 51 3362-6541
Porto Alegre/RS Fone: +55 51 3343-6282
À minha família, que instalou em mim o desejo pelo conheci-
mento, a mania da classificação, o vício do detalhismo e um 
enorme espírito de aventura. Muito obrigado!
Uma das várias dificuldades que um trader tem em sua rebuscada 
atividade profissional é a escolha de um sistema operacional que possa 
ser utilizado em suas rotinas. 
A escolha do prazo, do setup, do manejo de risco e da forma de 
conduzir as operações é parte fundamental no projeto de vida de um 
trader. 
O mercado financeiro apresenta algumas dezenas de modos diferen-
tes de se ganhar dinheiro e algumas centenas de modos diferentes para 
se perder dinheiro. Operações a favor da tendência, operações contra a 
tendência, operações de retorno à média, operações de afastamento da 
média, operações de financiamento, operações de long-short, opera-
ções de lançamento coberto e operações focadas em volatilidade são 
apenas algumas das diversas modalidades de setups que existem. Algu-
mas usam a inércia de um movimento a seu favor; outras usam o retor-
no a um preço médio. 
Nossa missão neste trabalho é apresentar os mais diversos setups 
operacionais que já foram criados por dezenas de autores e, ao mesmo 
tempo, os resultados estatísticos destes no mercado financeiro brasilei-
ro. Além disso, iremos também apresentar as variantes possíveis dos 
setups apresentados. 
Nosso projeto inicial constava como um livro fechado. Porém, à me-
dida que a ideia foi tomando forma, percebemos que a cada dia novos 
setups e novas táticas são descritos. Dessa maneira, pareceu-nos mais 
interessante a edição deste Manual de Setups Gráficos em forma de 
volumes lançados periodicamente. Cada novo volume lançado estará 
tratando de um indicador ou ferramenta diferente. Assim, nossa comu-
nidade de traders terá a oportunidade de acompanhar, de forma periódi-
ca e em volumes, a publicação de um conjunto de setups gráficos para 
compor seus estudos e táticas de trade. Os volumes são:
VOLUME 1: SETUPS PUROS 
VOLUME 2: SETUPS BASEADOS EM MÉDIAS MÓVEIS
VOLUME 3: SETUPS BASEADOS EM OSCILADORES
VOLUME 4: SETUPS BASEADOS NA BANDA DE BOLLINGER
VOLUME 5: SETUPS BASEADOS NO PONTO DE PIVÔ, HILO E SAR
VOLUME 6: SETUPS BASEADOS NO MACD HISTOGRAMA
VOLUME 7: SETUPS BASEADOS NA VOLATILIDADE HISTÓRICA
VOLUME 8: SETUPS UTILIZANDO INDICADORES ASSOCIADOS
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A análise de setups 
Quando analisamos um setup, precisamos ter em mente as principais ca-
racterísticas que compõem um sistema. 
Um setup é um conjunto de situações gráficas que nos oferece uma toma-
da de posição, seja comprada ou vendida, com um alvo, um estope, uma 
quantidade de sinais e um índice de acerto para o alvo.
As pessoas erroneamente consideram que um setup é rentável apenas pelo 
seu nível de acerto. Esse é um erro conceitual dramático. Estruturalmente fa-
lando, um setup irá ser rentável ou não, dependendo do conjunto inteiro e da 
interação dessas características: 
Um sistema de trade que tenha 90% de acerto pode ser deficitário. Bem 
como, sistemas de trade com apenas 20% de acerto podem ser altamente 
rentáveis. O balanço de quanto se perde e quanto se ganha em cada trade 
certo, somado com os níveis de acerto, é que irá produzir o resultado. Com 
essas informações podemos montar a possível rentabilidade de um sistema, 
usando o que se chama de expectativa matemática.
11
A expectativa 
matemática
A expectativa matemática é uma fórmula criada para observar se o viés de 
um sistema é de produzir lucros, ou se o viés é de prejuízo.
Conceitualmente falando, não poderíamos pensar em operar sistemas que 
têm expectativa matemática negativa.
A forma de calcular está abaixo:
Quanto maior o número, poderíamos inferir que melhor seria o sistema. 
Claro, que, para podermos analisar um sistema, precisaremos de um histó-
rico de trades gerados pelo método. 
Podemos pensar em sistemas que tenham as seguintes características:
Nível de acerto Alto Baixo
Média de ganho/média de perda Alta Baixa
Os setups acabam associando essas características. Sem dúvida que o 
setup perfeito seria: alta média de ganho, alto nível de acerto, muitos sinais. 
Mas, infelizmente, é quase impossível encontrar um setup assim. 
Resumidamente, quando queremos:
 – Precisará de estopes longos, pois estopes curtos 
tendem a ser violinados. Ou então, precisaremos de alvos mais curtos, para 
12
que se aumente o nível de acerto. As duas medidas instantaneamente DIMI-
NUEM a média de ganho/média de perda (payoff) do sistema. 
 – Para isso, precisamos de um estope curto, pois com esto-
pes curtos, quando erramos, perdemos pouco. Ao mesmo tempo, precisamos 
de alvos longos. As duas medidas DIMINUEM nosso nível de acerto. 
 – Raramente teremos movimentos muito amplos 
se apresentando seguidas vezes. Logo, alvos longos e muitos sinais não serão 
encontrados juntos. 
Afinal, os cenários são contraditórios. Para um setup ter alta média de ga-
nho, significa estopes curtos e alvos longos. Isso por si só já impede alto nível 
de acerto. E, ainda mais, muitos sinais. 
Os setups mais frequentes e rentáveis são os que têm baixo nível de acerto, 
alta média de ganho/perda e sinais médios. 
Ainda sobre os setups, podemos dividir o grupo de setups quanto aos indi-
cadores utilizados em sua construção ou quanto à filosofia sobre a qual o mo-
delo se instala.
Para fins didáticos, iremos dividir em cima dos indicadores usados na cons-
trução de cada um desses setups e, dentro disso, separar os modelos por sua 
filosofia.
13
A filosofia dos Setups 
Em termos de filosofia, temos setups que usam:
Esse tipo de modelo tende a ter um baixo a médio nível de acerto. Produz 
ótimas relações de média de ganho por trade certo, contra média de perda por 
trade errado. Usualmente, abre poucos sinais. 
Esse tipo de modelo tende a ter um nível de acerto maior. Porém, seus 
ganhos são menores. A relação aqui de Payoff (média de ganho/média de per-
da) não é das melhores. 
Esse tipo de modelo tende a ter bom nível de acerto, alvos longos e pou-
quíssimos sinais. 
14
Tendem a ter bom nível de acerto, alvos curtos e estopes longos. 
Geram poucos sinais, com bom nível de acerto, alvos longos. 
15
Breve glossário 
Vamos falar dos termos que serão abordados no futuro:
Payoff = valor absoluto da divisão do lucro médio pela perda média. 
 = o valor absoluto da divisão do lucro total bruto 
auferido no período dividido pelas perdas totais brutas. 
 = valor absoluto de todo lucro auferido 
dividido pelo drawdown máximo . 
= a distânciaentre o topo até o fundo dentro de um gráfico de 
curva de capital. 
1 SETUPS PUROS
19
SETUPS PUROS 
Um setup pode ser composto por vários indicadores associados ou apenas pela 
movimentação dos preços em si. Aqueles setups que não utilizam nenhum in-
dicador ou oscilador recebem o nome de setups puros. 
Não se engane acreditando que esses setups, por serem realmente muito 
simples, não possuam rentabilidade ou que não tenham efetividade. A maior 
parte das grandes ideias do conhecimento humano é em sua essência abso-
lutamente simples.
Os sistemas simples têm inúmeras vantagens a seu favor: velocidade na toma-
da de decisão, rapidez, objetividade e concisão. 
Aqui temos modelos que oferecem respostas binárias. Sim, temos um trade, 
ou, não, não temos um trade. O ponto de entrada é inequívoco.
O alvo varia de modelo para modelo. Alguns setups trabalham com alvos fixos. 
Outros procuram a saída por um modelo de estope-móvel ou pelo sinal de 
venda sendo acionado. 
Quando temos um setup com alvo fixo, o desempenho será muito melhor nos 
mercados que estejam em congestão ou de lado. 
Quando temos um setup com estope móvel, temos o desempenho melhor nos 
mercados que estiverem em tendência de alta ou em tendência de baixa. 
Isso por quê? Porque, em um mercado congestionado, o desempenho fica inte-
ressante quando temos o alvo fixo, graças à volatilidade do ativo que leva o papel 
até nosso alvo. Terminamos a operação e retiramos nosso capital do papel. 
20
Porém, note que nesse tipo de modelo teremos automaticamente uma dimi-
nuição na proporção lucro/prejuízo. 
O lucro/prejuízo é a variável mais importante na análise de um setup. 
Ao observar uma relação de lucro de 3 para 1, podemos, mesmo com 30% de 
nível de acerto, obter lucro na utilização do método. 
Um sistema com uma relação de 1 para 1, por outro lado, PRECISA de um nível de 
acerto maior que 60% (lembre-se dos custos operacionais) para auferir lucro. 
Portanto, os modelos que têm alvo fixo terão relações lucro/prejuízo baixas. O 
que automaticamente impõe a eles a necessidade de terem elevados níveis de 
acerto para que possam ser lucrativos. 
Os modelos que têm estope móvel acabam tendo melhores relações de lucro/
prejuízo. Mas, automaticamente acabarão tendo níveis de acerto menores, já 
que nosso estope sobe, e, em um eventual barulho do mercado, podemos 
ser estopados. 
Mas, por hora, chega dessa conversa, e vamos direto aos modelos puros. Du-
rante esta exposição, abordarei mais a questão de ferramentas de diagnóstico 
de um setup. 
21
25
Setup 1 período diário – Rompimento da máxima do último dia ....................... 30
Setup 1.1 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 1 alvo .......... 31
Setup 1.2 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 2 alvo .......... 33
Setup 1.3 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 3 alvo .......... 34
Setup 1.4 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 4 alvo .......... 35
37
Setup 2 período diário – Rompimento da máxima dos dois últimos dias ................. 39
2.A.1 – Rompimento da máxima dos dois últimos dias, variante alvo ..................... 41
Setup 2.1 – Rompimento da máxima das duas últimas semanas, variação 1 alvo .. 44
Setup 2.2 – Rompimento da máxima das duas últimas semanas, variação alvo ..... 45
Setup 2.3 – Rompimento da máxima das duas últimas semanas, variação alvo ..... 46
Setup 2.4 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope ............................................................... 47
Setup 2.5 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo. .................................................... 48
Setup 2.6 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo. .................................................... 49
Setup 2.7 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo. .................................................... 50
Setup 2.8 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo. .................................................... 50
Setup 2.9 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo. .................................................... 51
53
3.A – Rompimento da máxima dos três últimos dias .................................55
3.A.1 – Rompimento da máxima dos três últimos dias, variante alvo ..........56
Setup 3.1 – Rompimento da máxima das 
últimas três semanas, variante alvo ........................................................57 
Sumário
22
Setup 3.2 – Rompimento da máxima das 
últimas três semanas, variante alvo. .......................................................58
Setup 3.3 – Rompimento da máxima 
das últimas três semanas, variante estope. .............................................59
Setup 3.4 – Rompimento da máxima 
das últimas três semanas, variante estope e alvo. ....................................59
Setup 3.5 – Rompimento da máxima das últimas três 
semanas, variante estope e alvo (canal de três semanas de Donchian) ......61
63
Setup 4.1 – Rompimento da máxima das 
últimas quatro semanas (Donchian) ........................................................63
S 67
69
73
79
83
87
89
93
95
Setup 13.1 – Sistema Dunningan, variante alvo. ......................................96
Setup 13.2 – Sistema Dunningan, variante alvo. ......................................96
Setup 13.3 – One Way Fórmula – Sistema Dunningan ..............................97
Setup 13.4 – Variante alvo ....................................................................98
99
23
Setup 15 – Peg Leg 101
105
Setup 17 – Setup 1-2-3 109
113
117
119
121
123
127
129
133
135
CONCLUINDO 137
25
SETUP 1
Rompimento da 
máxima da 
semana prévia 
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado 
cumpre após romper a máxima da semana anterior. Seu uso exclusivo é para 
gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do 
candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. 
O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. 
O alvo da operação é de 8%.
Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média 
ganho/perda razoável; índice de acerto aceitável. 
Temos na figura 1 uma entrada sendo executada na superação da máxima 
da segunda semana de setembro de 2009. Note que outras entradas poderiam 
ter sido acionadas na superação da máxima da quarta semana de setembro, 
na superação da máxima da primeira semana de outubro, e assim por diante. 
Cada entrada teria alvo e estope individuais. 
 semanal
 média
 rompimentos
26
A seguir vemos os resultados para a estratégia. 
Nesse modelo levantamos o estope pela mínima de cada semana até atin-
girmos o alvo, ou sermos estopados. Resultados na PETR4 de 01/01/2000 até 
01/01/2010.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Iremos ao longo dos próximos capítulos usar o modelo de validação estatís-
tica para gráficos diários e semanais. Os dados são capturados usando dois 
programas: o Wealth-Lab e o Testetrader. É necessário que você se acostume 
a ler os dados para depois rapidamente localizar os pontos importantes de 
cada sistema. 
Usaremos o modelo de capital fixo por trade de R$ 5.000,00.
Usaremos um período de teste de 10 anos, iniciando em 01/01/2000 até 
01/01/2010.
Os dados apresentados serão de resultados na PETR4. Se algum dado for 
apresentado de outro ativo ou de outro período de tempo, isso será assinalado. 
27
Os principais dados a serem observados aqui são:
Na primeira coluna: todos os trades executados.
Na segunda coluna: apenas os trades na ponta comprada.
Na terceira coluna: resultado das operações na ponta vendida.
Na quarta coluna: resultado do simples ato de comprar no início do período 
testado e ficar comprado até o término do período.
Na primeira linha, temos o resultadodas operações para um capital fixo 
operado de R$ 5.000,00. 
Na segunda linha, temos o conceito de Profit per Bar. O item mais impor-
tante a ser visualizado é o item de Profit per Bar.
Quando temos um sistema que tem uma maior tendência para ganhar em 
um período de alta. Se testarmos esse modelo durante um período de tendên-
cia de alta, teremos um resultado enviesado. 
Podemos acreditar que esse modelo é muito melhor do que de fato ele é. 
28
Na mesma situação, se testássemos esse modelo em um período de baixa, 
poderíamos considerar o modelo pior do que ele é. Para retirar esse viés do tes-
te, precisamos ter uma forma de remoção de tendência do papel. Para que, com 
isso, saibamos realmente qual é a capacidade daquele modelo de extrair mais 
dinheiro do mercado do que a própria tendência natural deste. 
A terceira linha é o custo total de comissões que o modelo produziu no perí-
odo. Aqui usaremos modelo sem corretagem. Idealmente, um trader deveria 
computar em seus modelos os custos operacionais, já que estes podem afetar 
em muito o desempenho de alguns modelos. Para fins de facilitação na compre-
ensão dos setups, retiramos essa variável do estudo.
Quarta linha é o número de trades que foram acionados pelo sistema.
Quinta linha é a média de lucro em reais para cada trade que deu certo.
Sexta linha é a média percentual de lucro por trade certo.
Sétima linha é o número de barras médio que o trade durou. Se for resultado 
para diário, será o numero médio de dias. Se forem resultados para semanas, 
mostrará o numero médio de semanas. 
Oitava linha é o percentual de trades executados que terminaram no lucro.
Nona linha é o número de trades que resultaram em lucro.
Décima linha é o lucro total auferido pelo sistema nas operações que 
deram certo.
Décima primeira linha é a média de lucro em reais observado pelo sistema. 
Décima segunda linha é a média de lucro percentual auferido nos trades que 
deram certo. 
Décima terceira linha mostra a média de barras que os trades que resultaram 
em lucro duraram. 
Décima quarta linha mostra a maior série de trades bem-sucedidos consecu-
tiva que ocorreu. 
Décima quinta linha mostra quantidade de trades que resultaram em perda.
Décima sexta linha mostra o percentual de operações que resultaram em 
prejuízo.
Décima sétima linha mostra a soma de todos os prejuízos que o modelo 
gerou.
29
Décima oitava linha mostra a média de perda em reais. 
Décima nona linha mostra a média percentual de perda.
Vigésima linha mostra a média de barras que duraram os trades perdedores.
Vigésima primeira linha mostra a maior série de perdas consecutivas que foi 
assinalada.
Vigésima segunda linha mostra o máximo drawdown: maior distância entre o 
topo e o fundo de uma linha que represente a curva de capital do trader. 
Vigésima terceira linha mostra a data em que ocorreu o máximo drawdown.
Vigésima quarta linha mostra o fator de lucro. 
Vigésima quinta linha mostra o fator de recuperação.
Vigésima sexta linha mostra o payoff. 
Assim sendo, vamos analisar os resultados na PETR4 para o modelo do 
setup 1. 
Número de trades foi de 296 em dez anos. Cerca de 29,6 trades por ano. 
O índice de acerto foi de 42,57%. 
A média de lucro por trade certo foi de 6,71%. 
A média de duração da posição foi de 2,87 semanas. Tivemos 57,43% dos 
trades que foram estopados no prejuízo. 
A média de perda por trade estopado foi de 3,80%. 
Com isso, temos um payoff (que é basicamente a média percentual de 
ganho por trade certo dividida pela média de perda percentual por trade errado) 
de 1,77. 
Queremos em um sistema robusto um payoff o mais alto possível. 
O profit factor é basicamente a divisão do lucro bruto pela perda bruta. 
Procuramos sistemas que tenham um profit maior que 2. Este aqui tem um 
profit factor um pouco abaixo do ideal. 
O recovery factor é o lucro absoluto dividido pelo máximo drawdown. Aqui, 
quanto maior for o recovery factor, maior a possibilidade do sistema se recupe-
rar de operações que deram prejuízos.
1 - Olhar o número de trades;
30
2 - Olhar Índice de acerto (win rate);
3 - Olhar média de lucro (average profit);
4 - Tempo médio de duração do trade;
5 - Média de perda (average loss);
6 - Máximo drawdown;
7 - Profit factor – queremos maior que 2;
8 - Recovery factor – quanto maior, melhor;
9 - Payoff – quanto maior, mais robusto. 
Veja ali que o profit per bar do buy and hold na PETR4 foi de R$ 93,93. 
Observe que, do modelo que usamos, temos um profit per bar de R$ 14,31. 
Como chegamos a esse número? Basicamente, dividindo todo o lucro resultan-
te das operações pelo tempo EFETIVO que estivemos com o capital alocado. 
Dessa forma, podemos ter uma boa comparação da eficiência do modelo. 
 
SETUP 1 - PERÍODO DIÁRIO – ROMPIMENTO 
DA MÁXIMA DO ÚLTIMO DIA
Opera-se a volatilidade do mercado. Marcamos máxima do último dia. Sua 
superação em um tick no dia seguinte aciona a compra; estope na mínima; o alvo 
é levar a operação pela mínima de cada dia até atingir 7% ou estopar. Usar alvos 
menores, pela baixa expectativa de acerto, não aparenta ser boa solução aqui. 
31
Podemos ver um modelo que gera muitos trades. 
São quase 130 trades ao ano. 
Possui baixo nível de acerto, em torno de 37%.
O lado forte desse modelo é o estope curto, que produz perdas pequenas 
e, portanto, um bom payoff. 
Setup 1.1 – Rompimento da máxima 
da semana prévia, variação 1 alvo
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do 
candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. 
32
O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. E vai 
subindo toda semana.
O alvo da operação é de 5%.
Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média 
ganho/perda pior que o setup 1; índice de acerto maior que o setup 1. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Estatísticas para PETR4, período de 01/01/2000 até 01/01/2010. 
Podemos notar que houve uma melhora no nível de acerto, como era espera-
do. Agora temos 47,64% de acerto. Veja como nosso lucro médio caiu para 4,98%. 
O tempo médio de duração do trade também diminuiu. Observe como nosso profit 
factor caiu, nosso recovery factor também caiu e nosso payoff desceu. 
Isso demonstra que, de uma forma geral, reduzir a distância até o alvo me-
lhorou o nível de acerto, MAS piorou o sistema. 
33
Setup 1.2 – Rompimento da máxima 
da semana prévia, variação 2 alvo
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do 
candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. 
O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. De-
pois, o estope sobe pela mínima de cada semana até o alvo ou ser estopado. 
O alvo da operação é de 10%.
Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média 
ganho/perda melhor que o setup 1; índice de acerto bem pior que o setup 1. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
34
Pelas estatísticas observadas na PETR4 no período de 01/01/2000 até 
01/01/2010, podemos notar que o número de sinais não mudou. O nível de 
acerto diminuiu, mas não significativamente. A média de lucro subiu. Podemos 
notar melhora nos indicadores de profit factor, recovery factor e payoff ratio. 
Mostrando, portanto, que aqui, aumentar o alvo, apesar de diminuir o nível de 
acerto, melhorou o desempenho do modelo. 
Setup 1.3 – Rompimento da máxima 
da semana prévia, variação 3 alvo
Podemos ainda produzir outras variações em cima desse mesmo setup. 
Uma muito utilizada poderia ser a amplitude do candle direcionada para cima, 
como alvo. 
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do 
candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. 
O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. 
O alvo da operação é a amplitude da barra superada, projetada para cima. 
35
No exemplo da figura 2, podemos ver a mesmaentrada ocorrida pelo setup 
original, só que o alvo plotado aqui foi a amplitude de toda a semana para cima. 
Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média 
ganho/perda sendo 1 para 1; índice de acerto razoável (se for maior que 50%, 
temos um sistema rentável).
Setup 1.4 – Rompimento da máxima 
da semana prévia, variação 4 alvo
Então, vimos que aumentar o alvo foi benéfico. Que tal testarmos, então, 
SEM ALVO. A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a má-
xima do candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de 
reversão. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana 
rompida. E sobe a cada semana para a mínima. 
O alvo da operação é aberto. O estope é levantado sempre no final de cada 
semana para um tick abaixo da mínima da última semana. 
Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média 
ganho/perda muito boa; índice de acerto baixo. 
36
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Na PETR4, no período de 01/01/2000 até 01/01/2010, teríamos tido uma 
melhora importante na média de lucro. Nosso nível de acerto NÃO caiu sufi-
cientemente para prejudicar a modificação. Os principais indicadores – profit 
factor, recovery factor e payoff ratio – melhoraram sensivelmente. 
Como podemos ver, a estratégia NÃO superou o buy and hold. Ou seja, a 
política de comprar e esquecer que temos o ativo. Sabemos que superar o buy 
and hold não é algo simples, pois de todos os modelos de se operar no merca-
do, aquele que admite o MAIOR risco operacional é o buy and hold, visto que 
ele não possui estope e a perda total é admitida nesse caso. 
Portanto, sabemos que o mercado, via de regra, premia melhor quem aceita 
mais risco, quando a operação corre a favor do trade. É exatamente o que tive-
mos aqui. Note que o buy and hold gerou melhor desempenho, mas observe o 
máximo drawdown visto no período. Em determinado momento de mercado, o 
investidor chegou a estar com uma perda de R$ 46.307,00, em contraste com 
a perda máxima de R$ 5.463,12 que teve o trader usando esse modelo.
37
SETUP 2
Rompimento da 
máxima das duas 
últimas semanas 
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima 
das duas últimas semanas. 
O alvo da operação é de 8%.
38
Observe na figura 3 a entrada ocorrendo na superação da máxima das duas 
últimas semanas. Perceba que outras superações de máxima que ocorreram 
não foram assumidas porque não superou a máxima das duas últimas sema-
nas, apenas da semana prévia, demonstrando que essa forma de operar pro-
duz menos sinais; porém, provavelmente sinais mais consistentes. Poderemos 
analisar isso nas estatísticas. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Podemos ver que houve um profit per bar abaixo do ideal. Vemos um bom 
recovery factor. Acertamos 50% dos nossos trades. O payoff foi de 1,56. Se 
tivesse sido de 1, teríamos um modelo sem resultado. O profit factor de 1,56 
também, abaixo do ideal.
O modelo, no entanto, não é dos piores. É simples e produz resultados. O 
drawdown é baixo. 
39
SETUP 2 PERÍODO DIÁRIO – ROMPIMENTO 
DA MÁXIMA DOS DOIS ÚLTIMOS DIAS
Aqui vamos observar a superação da máxima dos dois últimos dias. Nesse 
caso, procederemos a entrada quando o setup se apresentar. Estope fica na 
mínima dos últimos dois dias antes da entrada. Alvo fixo em 6%.
Vemos um modelo interessante de trabalhar. Temos uma quantidade gene-
rosa de trades. 
Lembre-se, porém, de que, se programarmos um custo de R$ 15,99 em 
cada operação executada, passamos a ter uma rentabilidade duvidosa. 
O nível de acerto é médio para baixo. O payoff bom. Um ótimo recovery 
factor e um profit factor médio. 
40
É interessante o drawdown muito baixo do modelo. 
Veja como um pequeno ajuste em uma única variável desse modelo muda 
completamente o resultado. Aqui temos a comparação do resultado obtido 
com o modelo em cima do resultado de um buy and holder. 
Agora vamos mexer em uma única variável: se, ao invés de colocarmos 
nosso estope na mínima dos dois últimos candles, praticássemos o estope na 
mínima dos últimos três candles diários. Observe os resultados:
41
Vemos que, alongando o estope em um dia, nossa rentabilidade foi para 
acima do buy and hold. Observe como todos os parâmetros melhoraram. Claro, 
nosso drawndown aumentou.
Note como o desempenho do modelo melhorou radicalmente com uma 
pequena alongada no estope. 
2.A.1 – Rompimento da máxima 
dos dois últimos dias, variante alvo
Aqui vamos observar a superação da máxima dos dois últimos dias. Nesse 
caso, procederemos a entrada quando o setup se apresentar. Estope fica na 
mínima do último dia antes da entrada e sobe diariamente, sem alvo. Espera 
ser estopado. 
42
Vemos um modelo ruim sob certos aspectos. 
Fracos profit factor, recovery.
O payoff é bom, mas não o suficiente.
Se considerarmos custos de corretagem, o modelo é deficitário. 
O lado ruim desse modelo é o profit per bar que é bem abaixo do que a 
tendência do papel ofereceu. 
O nível de acerto é baixíssimo. O drawdown relativamente contido. 
Temos aqui um modelo que precisaria ser modificado. Esse estope curto, 
que em um primeiro momento parece ser mais seguro, está na verdade matan-
do o modelo. Vamos alongar esse estope. 
Agora observe como pequenas alterações no modelo podem produzir mu-
danças dramáticas no resultado.
Vamos fazer assim:
Regra: comprar assim que superar em um centavo a máxima dos últimos 
dois dias. 
43
Estope: na mínima dos últimos quatro dias. 
Alvo: vende posição em alvo de 7%.
Esse modelo na PETR4 no período estudado teve:
Vemos um modelo bem vigoroso de trade. Temos um bom profit factor, 
elevada quantidade de sinais. Nível de acerto razoável. Payoff ratio ótima. E 
recovery factor confortável.
Batemos o buy and hold no período testado com esse modelo. 
Observação sobre essa variação:
Note como aumentar a distância para o estope, tornando o estope mais 
“caro”, melhorou o nível de acerto do modelo. Observe também que isso pro-
duziu um impacto na média de perda por trade errado. 
44
Setup 2.1 – Rompimento da máxima 
das duas últimas semanas, variação 1 alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima 
das duas últimas semanas. 
O alvo da operação é de 5%.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
45
Profit per bar ainda aquém do ideal. Nível de acerto subiu para 57,69%. 
Média de lucro em 5,09%.
O recovery factor está bom, mas podemos ver o profit factor e o payoff 
pouco interessantes. 
Precisamos modificar o modelo, ou conseguindo melhorar o nível de acerto 
(deixando estope mais longo ou diminuindo alvo), ou aumentando nossos lu-
cros nos trades certos. 
Vimos que diminuir o alvo não funcionou. Note, novamente, que se colo-
cássemos custos no modelo, ele ia ficar ruim.
Setup 2.2 – Rompimento da máxima 
das duas últimas semanas, variação alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima 
das duas últimas semanas. 
O alvo da operação é de 10%.
46
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Melhorou muito. Vemos um profit per bar mais satisfatório. Nível de acerto 
na casa dos 47,31%. Recovery factor muito melhor. Payoff também melhorou. 
Porém, o profit factor ainda está abaixo do ideal. 
Setup 2.3 – Rompimento da máximadas duas últimas semanas, variação alvo
Existem variações sobre o método. Este setup tem como premissa a movi-
mentação inercial que o mercado cumpre após romper uma congestão. Seu 
uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima 
das duas últimas semanas. 
O alvo da operação é a amplitude das duas semanas para cima. 
47
Setup 2.4 – Rompimento da máxima das duas úl-
timas semanas, variação estope
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
O alvo da operação é de 8%.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Observando a estatística da PETR4, temos 42,69% de acerto. Profit factor 
e recovery factor são marginais. Payoff é razoável. O profit per bar ainda é 
ruim. Está ruim o modelo dessa maneira, pois, se incluíssemos os custos de 
corretagem, teríamos prejuízo. O modelo com estope curto continua provan-
do ser péssimo. 
48
Setup 2.5 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
O alvo da operação é de 5%.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Veja que aqui o nível de acerto ficou em 47,31%. Mas, notamos pontos bem 
ruins nesse modelo. Primeiramente, o profit factor e recovery factor baixos. 
49
O payoff fraco e o profit per bar também muito fraco. 
Setup 2.6 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
O alvo da operação é de 10%.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
50
Podemos ver que na PETR4, no período de 01/01/2000 até 01/01/2010, 
tivemos nesse modelo um nível de acerto de 41,54%. Note a média de ganho. 
Atente para o profit per bar. 
Setup 2.7 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
O alvo da operação é a amplitude da última semana.
Alvo menor e estope mais curto, usualmente, levam a resultados inferiores. 
Setup 2.8 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
O alvo da operação é a amplitude das duas últimas semanas.
51
Setup 2.9 – Rompimento da máxima das 
duas últimas semanas, variação estope e alvo
Este setup tem como premissa a movimentação inercial que o mercado cum-
pre após romper uma congestão. Seu uso exclusivo é para gráfico semanal.
A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima das 
duas últimas semanas. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da 
última semana. 
Levantamos o estope um tick abaixo da mínima de cada semana até termi-
nar o trade. Avaliamos a performance na PETR4 no período de 01/01/2010 até 
01/01/2010.
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
52
Vemos, na tabela 16, que o modelo teve um nível de acerto de 44,23%. 
Observe o interessante ganho médio, a boa relação dos indicadores e a boa 
quantidade de trades. 
O profit per bar deixa a desejar novamente. 
53
SETUP 3
Rompimento da 
máxima das 
últimas três semanas 
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
Entrada assim que superar a máxima das últimas três semanas. Estope na 
mínima das últimas três semanas. O alvo é de 8%.
54
Observe na figura 6 a entrada executada pela superação da máxima das 
últimas três semanas. Note que, dois meses antes, uma entrada pela supera-
ção da máxima das últimas duas semanas poderia ter sido assumida e teria 
resultado em estope. 
Parece-nos bastante claro que, aumentando a quantidade de semanas 
a serem rompidas, teremos um nível maior de acerto na operação. Porém, 
ao mesmo tempo, irá ocorrer uma importante diminuição no número de 
sinais oferecidos. 
Note que uma entrada feita no final de novembro, pela superação da máxi-
ma das últimas três semanas também teria resultado em estope naquele perí-
odo. O que significa que, como já sabemos, jamais existirá um setup com 
100% de acerto. Ou, se existir, será tão raro que teremos que esperar uma vida 
por sua ocorrência. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL
Bom, então aqui testamos a entrada no ativo, na superação da máxima das 
55
últimas três semanas, com alvo em 8% acima do ponto de entrada. Estope na 
mínima das últimas três semanas e subindo móvel. 
Veja que em dez anos tivemos 227 trades pelo modelo. Um bom núme-
ro, até. E note que o profit per bar melhorou bastante em relação a uma se-
mana ou duas. Nível de acerto em 55,51%. Para esse setup ser rentável, 
precisa de um payoff maior que 1,00. 
Vemos uma relação boa entre lucro médio e perda média. 
Temos o profit factor ainda abaixo do ideal. O drawdown do modelo em re-
lação ao buy and hold é bem menor. 
3.A – Rompimento da máxima dos 
três últimos dias
Executaremos a entrada quando a máxima dos últimos três dias for supera-
da em um tick. Estope na mínima dos últimos três dias antes da entrada. Es-
topa o trade quando ocorrer a perda dos últimos três dias. 
56
Temos um modelo rentável. Veja que conseguimos pagar todos os custos 
de corretagem, e ainda assim tivemos lucro. 
Nível de acerto baixo. Profit factor e recovery factor muito baixos. 
Precisamos deixar o modelo melhor. 
Encurtando o estope, talvez? Particularmente, eu acredito que alongando o 
estope e definindo um alvo fixo para vender seriam as alternativas mais adequa-
das para melhorar o modelo aqui. Vamos tentar primeiro encurtar o estope.
3.A.1 – Rompimento da máxima dos 
três últimos dias, variante alvo
Executaremos a entrada quando a máxima dos últimos três dias for supera-
da em 1 tick. O estope, na mínima do último dia antes da entrada, sobe todos 
os dias.
Veja como encurtar o estope aqui foi tenebroso. 
Iremos pelo sentido oposto.
57
Decidimos usar a mesma entrada, na superação da máxima dos últimos 
três dias, com estope na mínima dos últimos nove dias e alvo de venda total 
com 15%. 
 Agora, sim. Note como alongar o estope melhorou todos os índices. 
Perceba também como definir um alvo fixo foi altamente favorável para o 
modelo. 
Uma boa saída é tão importante quanto uma boa entrada. 
SETUP 3.1 – ROMPIMENTO DA MÁXIMA DAS 
ÚLTIMAS TRÊS SEMANAS, VARIANTE ALVO
58
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas três semanas. O 
estope é posicionado na mínima das últimas três semanas. O alvo é de 10%.
Notamos uma melhora no recovery factor e no profit factor como aumento 
do alvo de 8% para 10%. O nível de acerto caiu, mas isso não impactou negati-
vamente a ponto de não compensar a mudança. Avaliando os resultados, pode-
mos chegar à conclusão que esse modelo se beneficiou do aumento no alvo. 
Setup 3.2 – Rompimento da máxima 
das últimas três semanas, variante alvo
59
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas três semanas. O 
estope é posicionado na mínima das últimas três semanas. O alvo é a amplitu-
de das últimas três semanas.
Setup 3.3 – Rompimento da máxima 
das últimas três semanas, variante estope
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas três semanas. O 
estope é posicionado na mínima da última semana antes da superação. O alvo 
é a amplitude das últimas três semanas. 
Setup 3.4 – Rompimento da máxima das 
últimas três semanas, variante estope e alvo
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após o rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas três semanas. O 
estope é posicionado na mínima da última semana antes da superação. Sem 
alvo, sobe o estope pela mínima da última semana, no final de cada semana, 
até terminar o trade. 
60
Teoricamente, esse modelo parece mais “seguro”, pois nosso estope mais 
curto e subindo a cada nova semana nos traria maior segurança nas operações. 
A quantidade de trades não muda, porém nosso nível de acerto diminuiu. 
Note que encurtar o estope usualmente produzirá uma diminuição no nível de 
acerto de um setup. Agora note como o payoff melhorou. Perceba, também, que 
o recovery factor diminuiu. O drawdown surpreendentemente não melhorou. E 
isso se deve ao fato de que, com o estope mais curto, aumentou significativa-
mente o número de perdas consecutivas máximas que subiu de 10 para 19. 
Não pareceu uma troca justa, ou interessante. O modelo ainda não pare-
ce ideal. 
 
61
Setup 3.5 – Rompimento da máxima das 
últimas três semanas, variante estope e alvo 
(canal de três semanas de Donchian) 
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas três semanas. O 
estope é posicionado na mínima da última semana antes da superação. Sem 
alvo, sobe o estope pela mínima das últimas três semanas, no final de cada 
semana, até terminar o trade. 
Enfim, esse é um dos modelos originais descritos pelo Donchian. 
62
Note que o modelo apresentou uma piora da relação lucro/perda, pois o 
payoff diminuiu. Veja, também, que nosso nível de acerto melhorou. O drawn-
down piorou. 
Definitivamente, entre o modelo clássico de Donchian, puxando o estope 
pela mínima das últimas três semanas, e o modelo anterior com estope na 
mínima da última semana, ficaria com o primeiro. 
Detalhe: aqui operamos apenas na compra. 
63
SETUP 4
Rompimento da 
máxima das últimas
quatro semanas
Aqui continuamos operando a movimentação inercial favorável que ocorre 
após rompimento de congestões. O prazo da congestão é cada vez maior. 
A entrada ocorre assim que superar a máxima das últimas quatro semanas. 
O estope é posicionado na mínima das últimas quatro semanas. O alvo é a 
amplitude das últimas quatro semanas para cima.
SETUP 4.1 – ROMPIMENTO DA MÁXIMA DAS
ÚLTIMAS QUATRO SEMANAS (DONCHIAN)
Este sistema foi originalmente descrito por Donchian. O sinal de compra 
ocorre toda vez que a máxima das últimas quatro semanas for superada em um 
tick. O sinal de venda ocorre quando o preço perde a mínima das últimas qua-
64
tro semanas em um tick. Toda vez que um sinal de compra for seguido de um 
sinal de venda, liquida-se a operação prévia e aciona-se a operação inversa. 
O modelo deixa o trader sempre dentro do mercado. 
Não, definitivamente não. Observamos aqui o forte efeito deletério da venda 
sem alvo no prazo de position. 
Observe que o modelo se tornou negativo, basicamente devido às perdas 
nas operações vendidas. 
Vamos anular as operações de venda então, e operar somente na ponta 
comprada na superação da máxima das últimas quatro semanas, com estope 
subindo pela mínima das últimas quatro semanas. 
65
Obtivemos uma melhora, mas o modelo não é interessante. Vemos o profit 
per bar menor que o buy and hold (demonstrando que o modelo não apresen-
tou nenhum diferencial acima do buy and hold).
Além disso, o profit factor é fraco, o recovery é ruim e o payoff é médio. 
Até agora, testamos modelos de rompimento de congestões. Ainda dentro 
desse parâmetro, então, podemos trabalhar com o rompimento da máxima de 
um determinado número de dias e com um estope pela mínima de outro deter-
minado número de dias. 
67
SETUP 5
Rompimento 
de canal 
Um modelo de rompimento de canal e seguidor de tendência. 
As regras do modelo são:
1 - Compra: um tick acima da máxima dos últimos 80 dias.
2 - Fecha compra: um centavo abaixo da mínima dos últimos 20 dias.
3 - Assume posição vendida: um centavo abaixo da mínima dos últimos 80 dias.
4 - Zera posição vendida: um centavo acima da máxima dos últimos 20 dias. 
O modelo é seguidor de tendência. Sem dúvida, a periodicidade dos canais a 
serem rompidos pode ser melhorada e otimizada. Com certeza, também, pode-
mos escolher operar somente uma das pontas. 
Autor: Alexander Elder
68
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Vejamos as estatísticas:
Olhando apenas as operações compradas, vemos um nível bom de acerto 
e empate. Notamos que as operações long têm bom payoff, recovery fraco e 
profit factor. Lembre que os resultados da compra estão na terceira coluna da 
esquerda para direita. As vendas é que foram horríveis. 
Note a baixíssima quantidade de sinais. 
Precisamos, assim, otimizar. Notamos que os sinais de venda foram ruins, 
então, vamos otimizar somente sinais de compra, não adotando as vendas. 
O modelo na PETR4 que melhor desempenhou foi com o rompimento da 
máxima dos últimos 20 dias. Foram 61 trades. Média de acerto de 46,27%. 
Lucro médio de 2,63%. Tempo médio dos trades foi de 37,15 dias. Profit factor 
de 1,97, recovery factor de 3,25 e payoff de 2,29. 
Não permitimos múltiplas posições. Por isso, a quantidade de trades foi 
menor. 
69
SETUP 6
Rompimento 
de canal 
Esse modelo de operar, o trader trabalha em cima de rompimento de conges-
tão e início de tendência. É um modelo que tem estope e alvo longos. Esperamos 
um nível de acerto intermediário. 
1 - Comprar: 0,01 centavo acima da máxima dos últimos 55 dias. 
2 - Estope: 0,01 centavo abaixo da mínima dos últimos 21 dias. 
1 - Vender: 0,01 centavo abaixo da mínima dos últimos 55 dias. 
2 - Recomprar posição vendida: 0,01 centavo acima da máxima dos últimos 
21 dias. 
Autor: Van K. Tharp
70
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Observe as estatísticas abaixo:
Utilizando o modelo de otimização exaustivo, ficamos com um canal de 
compra de 20 períodos para a PETR4 (entrada na superação da máxima dos 
últimos 20 dias), com estope na mínima dos últimos 20 dias. 
Nessa situação, foram 41 trades em dez anos. Média de acerto na ponta 
da compra de 65,85; profit per bar de R$ 9,50; profit factor de 4,07; recovery 
71
factor de 5,81; e pay off de 2,11. Bom modelo. 
Acho que modelos puros de rompimento já foram bem dissecados. 
Agora, vamos observar modelos puros de compra em cima de recuos. Ou 
seja, modelos em que se tenta comprar recuos de preço.
73
SETUP 7
Rise and fall 
A ideia do modelo é trabalhar na contra tendência de uma movimentação 
muito forte do mercado, seja de queda ou de alta. Assim sendo, a entrada ocorre 
quando o mercado cair doisdias consecutivos mais de 10%; compra-se na aber-
tura do dia seguinte. 
Vendemos posição comprada na abertura do dia seguinte. 
Se o mercado cair mais no dia após a compra, iremos sair e comprar de novo 
no dia seguinte. 
Para venda: após dois dias consecutivos de alta de 10%, vendemos na aber-
tura do dia seguinte. 
Recompramos na abertura do próximo dia. 
Podemos variar a amplitude da queda ou da alta. Quanto maior a queda ne-
cessária, menor a quantidade de sinais, porém, mais confiáveis eles ficarão. 
74
Os dois dias prévios tiveram fechamento com queda de 10% em relação 
aos fechamentos prévios. Executamos, então, a entrada na abertura do dia 
seguinte. Vendemos, enfim, a posição inteira na abertura do dia seguinte. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
100% de acerto, com profit per bar enorme. Só tem um problema: em dez 
anos, só tivemos UM trade. 
Vamos reduzir o percentual de queda para verificar se temos mais sinais. 
Através de um processo de otimização, encontramos 6% para a PETR4 
como sendo um dos possíveis percentuais rentáveis. 
75
Então, quando o mercado cai 6% por dois dias consecutivos e executamos 
a entrada na abertura do dia seguinte a isso e vendemos na abertura do dia 
seguinte a compra, temos em 10 anos na PETR4 80% de trades no lucro. Olhe 
o ótimo profit per bar. Veja que as vendas não foram interessantes, mas, mes-
mo assim, houve pequena quantidade de sinais. 
Pelo processo de otimização, encontramos que 2% de queda consecutiva 
ou de alta consecutiva foi a amplitude que proporcionou o melhor retorno no 
período. 
76
Note que tivemos uma diminuição no nível de acerto, já esperada. Olhe 
com atenção o profit per bar. Veja que a quantidade de sinais foi boa. Acerta-
mos mais vezes que erramos, e quando acertamos ganhamos mais do que 
quando perdemos. 
Temos dois problemas. Primeiro, é que usualmente pagamos corretagem. 
E, se computarmos as corretagens, o modelo não oferece lucro. 
Outra dificuldade aqui é que não temos estope loss inicial.
Ou seja, não sabemos quanto poderíamos perder no caso da operação 
acionar perda. 
Aqui, então, calcular manejo de risco fica quase impossível.
A forma que poderia se conter o risco seria alocar um capital específico 
para esse setup e operar apenas esse capital. 
Rapidamente, olhe o mesmo modelo de 2% de queda consecutiva em dois 
dias, compra na abertura do dia seguinte, venda na abertura do próximo dia na 
Vale do Rio Doce no mesmo período da PETR4.
77
Bom nível de acerto, ótimos parâmetros de profit factor, recovery e payoff. 
Sinais de venda não justificam seu uso, assim como na PETR4. 
O uso do modelo, apesar dos ótimos parâmetros apresentados, não é viável 
pelos custos operacionais. 
79
SETUP 8
Comprador 
de fundo 
Setup mencionado por vários traders, sendo difícil dizer quem o criou com 
certeza. 
A ideia é comprar usando uma ordem limite abaixo do fechamento do dia 
prévio, vendendo imediatamente na abertura do dia seguinte. 
Novamente a ideia aqui é basicamente capturar o preço de um ativo que caiu 
muito e em um curto espaço de tempo. 
Não usa estope loss automático. A venda sai na abertura do dia seguinte a 
qualquer preço. 
1 - Compra: 8% abaixo do fechamento do dia prévio. 
2 - Se a operação for executada, vende na abertura do dia seguinte. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Observe que esse setup tem uma estatística muito interessante. Temos: profit 
per bar acima do buy and hold. Ou seja, o sistema dá um adicional para o trader. 
Temos um profit factor maior que 2, um recovery factor maior que 2 e um 
payoff razoável. Nível de acerto em 65%. 
Seria um setup perfeito, SE não fosse pela quantidade pequena de sinais. Em 
dez anos, foram apenas 20, o que daria dois por ano. Se optássemos por esse 
setup como modelo operacional, precisaríamos trabalhá-lo em uma carteira de, no 
mínimo, 30 ou 40 ativos. 
Exemplo: se pegássemos a Netc4 junto no mesmo sistema, comprando a or-
dem limite 8% abaixo do fechamento do dia prévio, com venda imediata na aber-
tura do dia seguinte. 
81
Olha só que interessante. Temos um modelo que bateu o buy and hold, 
gerou 131 trades em dez anos, com nível de acerto de 61,07%. Esses são 
parâmetros muito interessantes. 
Mais importante: em todos os ativos do Ibovespa, esse modelo simples de 
operar conseguiu níveis de acerto entre 60-75%, profit per bar superiores ao 
do buy and hold e parâmetros de profit factor, recovery factor e payoff muito 
interessantes. 
Usando o modelo de otimização percentual, verificamos que quanto maior 
for a queda que exigirmos para executar a entrada, tanto menor será a quanti-
dade de sinais oferecidos. Na mesma moeda, o nível de acerto sobe à medida 
que exigimos quedas maiores. 
O percentual encontrado como ótimo para PETR4 fica em 6,5% em relação 
ao fechamento do dia prévio. 
Com isso, teríamos realizado 45 trades nesses dez anos. Média de acerto 
de 68,89%, ganho médio de 1,24%, um profit factor de 2,38, recovery factor 
de 3,43 e payoff de 1,08. 
83
SETUP 9
Método de Cole 
Um método absolutamente puro. Nenhum indicador está incluso. Um sistema 
bem interessante, pois permite ao trader ter uma ideia do preço que irá executar 
compras de um papel dentro de uma tendência de alta.
Problemas no sistema: não há definição de estope após a entrada. 
Segundo defeito: não há definição de alvo. 
Terceiro: o sistema em si não define o que é tendência de alta ou de baixa. 
1 - Uma vez decidido por assumir posições de compra ou de venda, o trader 
calcula o preço em que vai colocar a ordem de entrada. 
2 - Pega o candle que apresenta a máxima da perna atual de alta. Faz a média 
da máxima, mínima e fechamento desse candle. Calcula a amplitude desse can-
dle (máxima – mínima). Subtrai da média da máxima, mínima e fechamento a 
amplitude do candle. Esse é o preço que colocamos na nossa oferta de compra. 
Exemplo: papel em tendência de alta.
Defino a tendência como sendo alta se:
A média de 21 períodos estiver acima da média de 50 períodos.
OU podemos usar o conceito de three line bar do Joseph Stowell para definir 
tendência.
Na atual perna de alta, o candle que tem a máxima do período tem os seguin-
tes dados:
84
a) Máxima = 30,00
b) Mínima = 27,00
c) Fechamento = 29,50
Ao calcular nosso ponto de entrada, temos:
Ali fica nossa oferta de compra. Se não recuar até ali e não conseguirmos 
comprar, se o papel formar nova máxima, mudam os valores e se recalcula o novo 
ponto de entrada. 
Os dados desse último candle são:
Máxima: 33,50
Mínima: 32,33
85
Fechamento: 32,63
(33,50 + 32,33 + 32,63)/3 = 32,82
33,50 – 32,33 = 1,17
32,82 – 1,17 = 31,65
Colocamos nossa ordem em 31,65 e esperamos. 
Veja que a entrada foi posicionada em preço ótimo. 
O método consegue definir ótimos preços para se realizar compras dentro de 
tendências de alta. 
A dificuldade em empregar o sistema é: onde colocar o estope depois da 
compra?
O sistema não responde. 
Eu considero uma estratégia interessante colocar o estope da posição com-
prada da seguinte forma: 
86
1- Pego o tamanho da amplitude e multiplico por dois e subtraio o valor do 
ponto encontrado. 
Nesse caso, seria:
Ou (2) Deixo o modelo sem estope, apenas com um sinal de venda que será 
gerado no fechamento do dia seguinte. 
Ou (3) Saio do ativo quando ele fechar um dia acima da média de 5 expo-
nencial. 
Ou (4) Poderia delimitar minha saída no segundo fechamento consecutivo 
em alta. 
Outro problema do modelo é que não apresenta alvo. 
1 - Usamos como alvo o nosso número médio + amplitude do candle.
2 - No nosso exemplo seria:
3 - 
Ou usamos após a compra, medimos a amplitude do candle em que realiza-
mos a compra e projetamos 300% dessa amplitude para cima. 
87
SETUP 10
Método de Cole 
modifi cado
Já vimos que o modelo Cole tenta comprar um papel sobrevendido para capi-
talizar em cima do repique. 
1 - Somar a mínima do dia com o fechamento do dia. 
2 - Dividir esse valor por 2.
3 - Multiplicaro resultado por um coeficiente de 0,94.
4 - O número que resultar é nossa ordem de compra limite a ficar na pedra 
esperando um recuo até ali.
Se, no dia seguinte, os preços atingirem nossa zona de compra, executa-
mos a entrada. A venda de toda posição ocorre na abertura do segundo dia 
após a compra.
88
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Vamos olhar as estatísticas para dez anos de PETR4 no diário usando esse 
modelo.
1- Profit per bar maior que o do buy and hold.
2- Profit factor, recovery factor e payoff interessantes.
3- Bom nível de acerto.
4- Baixo drawdown.
1- Baixa quantidade de trades. Apenas 29 em dez anos. 
2- Teríamos que usar esse setup em vários papéis se quiséssemos rentabi-
lizar uma carteira. 
89
SETUP 11
Quatro dias 
de quedas 
Um modelo completamente puro de trade com regras muito simples. Esse li-
vro escrito tem ideias bem interessantes. 
A compra aqui ocorre no fechamento do QUARTO dia consecutivo de baixa.
Vende toda posição no fechamento do dia seguinte. 
Uma estratégia muito simples, como se vê. 
Vamos ver como ela se sai na PETR4. 
90
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
91
O modelo é realmente simples. Como vimos, poderíamos usá-lo em muitos 
papéis para aumentar o número de sinais. Mas, lembre-se, se levarmos em con-
ta as corretagens, teremos importante redução na rentabilidade do modelo.
93
SETUP 12
Darvas Box 
Darvas descreve um método de operar interessante. 
Basicamente, é o rompimento de consolidações. Uma “caixa de Darvas” se forma 
assim que a parte de cima e a parte de baixo da caixa estiverem consolidadas. 
Resumidamente falando:
1 - Quando um ativo não faz uma máxima mais alta por três dias, temos a 
máxima do período como o topo da caixa.
2 - Se romper antes de formar o fundo da caixa, não tem nada para fazer; 
reinicia-se a contagem. 
3 - Quando a ação não consegue fazer uma nova mínima após três dias, a 
mínima desse período fica sendo o fundo da caixa.
4 - Após a caixa se formar: o rompimento para qualquer um dos lados abre a 
caixa e aciona o trade. 
94
Temos as caixas formadas; realizada a entrada. O estope só sobe para cada 
caixa que será sendo feita. 
O trader compra quando uma caixa de Darvas é rompida para cima, e só 
vende quando uma caixa de Darvas perde sua mínima. 
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Os números em si não impressionam muito na PETR4 no período testado. 
Mas, isso não pode ser visto superficialmente.
Temos um modelo com profit factor, recovery factor e payoff médios.
Porém, observando o mesmo modelo em vários outros papéis do Ibovespa, 
vemos o modelo vencendo o buy and hold, e com excelentes profits per bar. 
BBDC4, Brap4, Brkm5, Cgas5, Cnfb4, Elet6, Sled4, Csna3 e Usim5 tiveram 
ótimos resultados com esse modelo, em que o trader conseguiu superar o buy 
and hold e teve um profit per bar excelente.
Em nenhum dos ativos testados o modelo produziu prejuízos. O lado ruim des-
se modelo é que gera poucos sinais. Mesmo no diário, o estope inicial é longo. 
95
SETUP 13
Sistema Dunningan
William Dunningan criou um método chamado “Thrust Method”. Em seus dois 
livros ”New blueprints for gains in stocks and grains” e “One-way formula for tra-
ding stocks and commodities”, ele contribuiu dramaticamente para o desenvolvi-
mento da análise técnica. 
No segundo livro, ele descreve o Thrust Method. 
Neste sistema, o mercado é dividido em pernas de alta e pernas de baixa. 
Uma perna de alta inicia quando temos um candle que apresenta sua máxima 
e sua mínima ACIMA da máxima e da mínima do candle prévio. 
Uma perna de baixa inicia quando temos um candle que apresenta máxima e 
mínima ABAIXO da máxima e da mínima do candle prévio. 
Assim sendo, uma perna de alta inicia quando temos um candle que tem sua 
máxima acima da máxima do candle prévio e sua mínima acima do candle prévio. 
Esse candle leva o nome de Upswing. Não apenas isso, mas seria necessária 
também a superação da máxima desse mesmo candle.
E uma perna de baixa inicia quando temos um candle que tem sua mínima 
abaixo da mínima do prévio e sua máxima abaixo da máxima do prévio. Além 
disso, a mínima desse mesmo candle precisa ser perdida. 
96
O método pode ser empregado em qualquer prazo operacional. Vemos aqui 
sendo utilizado na figura anterior no gráfico diário. 
Entrada na compra ao superar a máxima do candle thrust de alta; estope 
no mínimo do candle superado. Alvo: manter a operação até o surgimento de 
um candle thrust de baixa, e a perda da mínima deste candle aciona fecha-
mento do trade. 
Setup 13.1 – Sistema Dunningan, variante alvo
Entrada na compra ao superar a máxima do candle thrust de alta; estope 
no mínimo do candle superado. Alvo: manter a operação com estope pela mí-
nima de cada candle até ser estopado. 
Setup 13.2 – Sistema Dunningan, variante alvo
Entrada na compra ao superar a máxima do candle thrust de alta; estope 
no mínimo do candle superado. Alvo: delimitar a distância do ponto de entrada 
para a mínima da perna de baixa que o candle thrust de alta terminou. Plotar 
essa distância para cima. 
97
Podemos ver na figura 16 os dois candles que são thrusts de alta. Ambos 
terminam pernas de baixa. Marcamos a amplitude do ponto de entrada (máxi-
ma do candle thrust de alta) até a mínima da perna de baixa. E projetamos isso 
para cima, como alvo. 
Setup 13.3 – One Way Formula 
Sistema Dunningan
Usa o conceito de perna de alta e perna de baixa do Dunningan.
Para eliminar sinais falsos e diminuir erros, o sinal de compra ocorre so-
mente quando a mínima do último candle está acima da máxima do candle que 
apresentou a mínima da perna de baixa que o mercado vinha executando. 
O ponto de entrada ocorre no preço do fechamento desse candle. 
O sinal de venda ocorre quando a máxima do último candle estiver abaixo 
da mínima do candle que apresentar a máxima da última perna de alta.
Segue sempre dentro do mercado.
98
Setup 13.4 – Variante alvo
Ao visualizar esse sinal, executamos a entrada no fechamento do candle. O 
estope é na mínima e o alvo é a amplitude do risco para cima. 
Isso em uma relação risco/benefício 1 para 1. 
99
SETUP 14
Realização frustrada
ou avanço forte 
Este setup opera o fechamento de posições de traders mais afoitos. Foi 
desenvolvido pelo trader John Crane e apresentado em seu livro “Advanced 
swing trading”.
Em uma tendência de alta, que pode ser avaliada pelos topos e fundos ascenden-
tes, eu espero três candles que tenham a seguinte sequência: baixa, alta e baixa. 
Dessa maneira, marco máxima e mínima desse conjunto. Ao romper a máxi-
ma desse conjunto, eu compro. O estope é na mínima do conjunto e o alvo é a 
amplitude dos três candles para cima
100
O rompimento pode ocorrer em semanas ou, até mesmo, meses após o 
setup ter aparecido.
O setup funciona em qualquer prazo operacional: diário e semanal, apre-
sentando bons níveis de acerto. Também é operado nos 60 minutos. 
Na ponta da venda: 
Podemos ter uma realização frustrada para baixo. Com o papel em tendên-
cia de baixa (topos e fundos em queda), esperamos uma sequência de alta, 
baixa, alta. 
A perda da mínima desses três candles abre a minha venda, com meu es-
tope acima da máxima dos três. O alvo é toda a amplitude para baixo.
Podemos ver o dólar futuro no gráfico diário em nítida tendência de baixa, 
montando realizações frustradas. A perda da mínima desses dias acionou as 
duas operações de venda, ambas indo aos seus alvos.
101
SETUP 15
Peg Leg 
Outro setup descrito pelo John Crane. A ideia aqui é vender uma tentativa de 
superação de resistência, ou comprar a tentativa de perda de um suporte. 
Condições: 
1 - Mercado formou a máxima dos últimos 20 dias. Essa nova máxima precisa 
estar, no máximo, três dias depois de uma outra máxima dos últimos 20 dias. 
2 - Colocar ordem de venda: três ticks abaixo da mínima do dia que preen-
cher o critério 1.
3 - Estope de recompra dessa venda: três ticks acima da máxima dos últi-
mos 20 dias. 
Osistema descrito pelo John Crane não tem um alvo fixo. 
Logo, acrescentamos ao seu método um alvo de 8% de queda, até para que 
pudéssemos quantificar níveis de acerto. Detalhe: fique bastante atento caso 
essa máxima dos últimos 20 dias ocorrer na proximidade da metade do mês. E, 
especialmente se a primeira quinzena for de alta contínua. O recuo, no caso, 
teria alvo no preço de início do mês. 
102
Podemos ver o exemplo da figura 20. Faz um dia que o mercado formou a 
máxima dos últimos 20 dias. E esse dia ocorre menos de três dias após outra 
máxima dos últimos 20 dias. Colocamos nossa venda três ticks abaixo da mí-
nima desse dia. Note, também, que estamos na metade do mês, e que a 
quinzena prévia foi de alta contínua. 
Vamos ver o mesmo setup para a ponta de compra. 
antes, ele já tinha feito outra mínima dos últimos 20 dias. 
103
Podemos ver na Csna3 que o ativo formou uma peg leg, com a mínima dos 
últimos 20 dias, sendo que três dias antes tinha feito a mínima dos últimos 20 
dias. A entrada fica três ticks acima desse candle; o estope três ticks abaixo 
desse candle. O alvo é de 8%. 
105
SETUP 16
Reversão de gap 
Este setup foi descrito por vários autores em inúmeros livros, o que torna 
impossível precisar o autor original do sistema. 
1 - Dia 1: o mercado fez máxima acima da máxima do dia prévio.
2 - Dia 2: o mercado abre ACIMA da máxima do dia 1 e fecha mais baixo do 
que sua abertura, fechando negativo.
3 - A abertura do dia 2 deve estar próxima da máxima do dia 2. 
4 - Colocar ordem de venda na perda da mínima do dia 2. O estope está 
acima da máxima desse dia.
5 - Alvo: 8%. 
106
Vemos o exemplo na figura 22. Temos o dia 1 sinalizando máxima acima do 
dia prévio. Temos o dia 2 com abertura acima da máxima do dia 1. Após isso, 
vemos o dia 2 fechar em baixa. Temos a abertura do dia 2 próxima da máxima. 
Assim que perde a mínima do dia 2 no dia 3, inicia nossa operação de venda. 
1 - Candle 1: faz mínima abaixo do candle prévio.
2 - Candle 2: abre abaixo da mínima do candle 1 e fecha em alta. 
3 - Abertura do candle 2: perto da mínima. 
4 - Coloca ordem de compra acima da máxima do candle 2. Estope na 
mínima do candle 2. 
5 - Alvo: 8% para cima. 
107
Podemos ver todos os critérios preenchidos e, dessa forma, o setup sendo 
acionado. 
109
SETUP 17
Setup 1-2-3 
Descrito por Mark Crisp. O setup funciona como um pivô de alta ou de baixa. 
Marque o nível de fechamento de cada candle.
Para uma entrada na compra: 
1 - Candle 1: tem fechamento abaixo do candle prévio.
2 - Candle 2: tem fechamento acima do fechamento do candle 1. 
3 - Candle 3: tem fechamento abaixo do candle 2, mas não pode ser abaixo 
do fechamento do candle 1.
4 - Entrada na superação da máxima do candle 2. 
5 - Estope na mínima do candle 2. 
6 - Alvo: medimos a distância do fechamento do candle 1 para o fechamen-
to do candle 2. Projetamos essa distância a partir do fechamento do candle 3 
para cima. (O autor não descreve um alvo, sendo então colocado este alvo para 
que nós possamos ter uma verificação de acerto do sistema.)
Mark também descreve que a movimentação do candle 3 pode fazer com 
que ocorram vários candles após o candle 2, formando um pivô de alta de pra-
zo mais longo. 
110
Podemos ver na figura 24 um fechamento abaixo do prévio, configurando o 
candle 1. O fechamento seguinte, sendo acima, marca o candle 2. O fechamen-
to abaixo do fechamento do candle 2 marca o candle 3. A superação da máxima 
do candle 2 oferece a entrada; estope é na mínima. Para o alvo, medimos a 
distância do preço de fechamento do candle 1 até o fechamento do candle 2. 
Projetamos essa distância para cima, a partir do fechamento do candle 3. O 
sistema é mais facilmente visualizado no gráfico de linha com o fechamento. 
1 - Candle 1: ocorre quando temos um fechamento acima do fechamento 
do prévio.
2 - Candle 2: ocorre quando temos um fechamento abaixo do fechamento 
do candle 1.
3 - Chamamos de candle 3 quando temos um fechamento abaixo do can-
dle 2. Esse fechamento não pode estar acima do fechamento do candle 1. 
4 - Venda na perda da mínima do candle 3. O estope de recompra está 
acima da máxima do candle 2. 
5 - Alvo: calculamos a distância do fechamento do candle 1 para o fecha-
mento do candle 2. Projetamos essa distância para baixo a partir do fechamen-
to do candle 3. 
111
Veja o candle 1 seguido de um fechamento mais baixo que forma o candle 2. 
Note o candle 3 tendo fechamento mais alto que o do candle 2.
A perda da mínima do candle 2 aciona a venda. Meu alvo ficará na ampli-
tude que existe entre o fechamento do candle 1, para o fechamento do candle 
2 a partir do fechamento de 3. 
O estope ficará acima da máxima do candle 2. 
112
Observe como a venda ocorre apenas dois dias após a formação do candle 
3. E o ativo cumpre o alvo mais tarde. 
Esse é um setup mais frequente que aparece várias vezes ao longo do tempo, 
podendo ser assumido como sistema operacional de alta frequência. 
113
SETUP 18
Larry preguiçoso
O sistema usa a inércia de um mercado em direcional. Dessa forma, uma 
vez que o ativo consiga estabelecer um movimento direcional, o sinal dado 
terá enorme movimentação. 
Podemos dizer, sem nenhuma análise prévia, que esperamos esse mode-
lo com médias de perdas pequenas, com média de ganho elevada e com 
índice de acerto baixo. 
1 - Se a última semana tiver sua máxima acima da máxima da semana 
anterior, observamos o fechamento dessa última semana. Se o fechamento 
dessa semana estiver acima da metade da barra da semana anterior, pela se-
gunda vez consecutiva, temos a entrada então no fechamento dessa semana.
2 - Teremos o sinal de venda apenas quando a mínima da última semana esti-
ver abaixo da mínima da semana prévia e o fechamento dessa semana estiver 
abaixo da metade da barra da semana prévia pela segunda semana consecutiva. 
3 - Esse modelo deixa o trader sempre dentro do mercado.
114
Executamos entrada nesse fechamento. O estope está na mínima da 
semana. 
O alvo é ficar comprado até que inverta a situação e tenhamos a segunda 
semana de queda com a mínima abaixo da prévia e fechando abaixo da metade 
da anterior. 
115
117
SETUP 19
Preço de fechamento
de reversão
Dentro das pernas de alta ou baixa do modelo Dunningan, teremos sinais 
de compra quando: 
O sinal de compra é gerado quando, em uma perna de baixa, temos o 
fechamento do candle que tem a mínima MAIS baixa da perna de baixa acima 
do preço de fechamento do candle anterior. 
O ponto de entrada fica na superação da máxima desse candle que fe-
chou assim. Então, é o candle que dentro de uma perna de baixa formar a 
mínima da perna de baixa e, ao mesmo tempo, tiver seu preço de fechamen-
to acima do candle anterior que sinaliza a compra. 
 
118
A figura 30 demonstra os candles que preenchem os critérios do preço de 
fechamento de reversão e as respectivas entradas realizadas. 
Um dos problemas do método descrito por Dunningan, novamente, é a 
ausência de alvo.
Para finalidade de teste, montamos o alvo como sendo a amplitude do 
risco assumido para cima, criando um sistema com uma relação de ganho/
perda de 1/1. 
Se o método tiver índice de acerto maior que 50%, temos um sistema 
rentável. 
119
SETUP 20
Inside bar 
Método descrito e trabalhado por muitos autores, sendo Dunningan um deles.
Toda vez que observarmos um candle que tenha sua amplitude inteira de mo-
vimentação contida dentro da movimentação de preços do candle prévio, podere-
mos ter um trade sendo acionado. 
O trade ocorre no romper dos limites desse inside bar, seja para cima ou 
para baixo. 
Nesse modelo, o alvo pode ser 100% da amplitude do inside bar. Pode ser, 
também, 200% do candle. Ou, por último, 300% da amplitude do inside bar. 
 
 
120
121
SETUP 21
Outside bar 
Um outside day é um candle que tem sua mínima abaixo da mínima do 
candle prévio e sua máxima acima da máxima do candle prévio.Outside close é quando, além de cumprir os pré-requisitos acima, o candle 
fecha acima da máxima do candle prévio, ou abaixo da mínima do candle pré-
vio (no caso de um outside close de baixa).
1 - Compra no fechamento do outside close, se fechar acima da máxima do 
candle prévio. Ou, venda no fechamento do outside close, se fechar abaixo da 
mínima do candle prévio.
2 - O estope da compra fica abaixo da mínima do outside day. O estope da 
venda fica acima da máxima do outside day.
3 - Fechar a posição no fechamento do terceiro dia após o início do trade. 
123
SETUP 22
Keltner Minor 
trend setup 
Esse modelo é muito utilizado por traders de commodities.
Keltner usa a definição de uma tendência de alta como sendo a ausência 
de realização de novos fundos. E uma tendência de baixa como sendo a ausên-
cia de novas máximas. 
A regra coloca que uma movimentação de alta começa quando um candle 
supera a máxima do candle prévio. E uma movimentação de baixa inicia quan-
do um candle perde a mínima do candle prévio. 
Obviamente que o modelo para operações em commodities é interessante, 
pois respeita mais esses limites. 
Regra de compra:
1 - Compra: no fechamento do candle que fizer uma máxima acima do prévio.
2 - Vende: no fechamento do candle que fizer uma mínima abaixo do prévio.
O modelo em si NÃO pode ser usado para ações. Isso porque pudemos em 
nosso estudo verificar que algumas ações apresentaram bons resultados com 
esse modelo no diário, mas grande parte delas teve expectativa matemática 
negativa. 
 
124
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO DIÁRIO:
Agora um teste: se você quisesse melhorar esse modelo, qual seria sua 
conduta?
Ponto para quem respondeu alongar o estope e usar dois, três ou quatro 
dias de estope. 
Quando testado com estope na mínima dos dois últimos dias, tivemos um 
resultado ainda negativo. Mas, testado com três dias, tivemos um resultado 
positivo.
E, finalmente, testado com estope na mínima dos últimos quatro dias, tive-
mos o seguinte resultado:
125
O resultado foi interessante: baixo nível de acerto, mas o bom payoff resul-
tou em um modelo rentável. 
Olhe, também, o modelo Keltner feito em cima de um gráfico semanal, 
com compra na superação da máxima da semana passada, estope na míni-
ma – PETR4.
126
VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL:
Aqui temos bons resultados.
127
SETUP 23
Tática de guerrilha 
O modelo opera em cima de uma força que esteja cansada, basicamente 
tentando capturar o movimento contrário que usualmente se estabelece.
1 - Mercado após dois dias de queda normal abre um candle que tem um 
corpo com mais de duas vezes e meia o corpo dos candles prévios e com seu 
fechamento próximo da mínima do dia (essa barra enorme consome as forças 
da venda). Isso forma a barra 1.
2 - No dia 2, temos a compra dependendo do ponto de abertura do mercado.
 2.a- Abre abaixo do fechamento do candle 1. A compra fica 0,01 
 centavo acima do preço de fechamento da barra 1. O estope fica na
 mínima do dia 2. 
 2.b- Abre acima do fechamento do candle 1. Primeiro, esperamos a 
 primeira hora do dia. Depois, marcamos a máxima da primeira hora. 
 E, então, compramos a superação da máxima dessa primeira hora. O 
 estope fica na mínima da barra 1. 
 2.c- Abre acima da máxima do candle 1. Temos compra imediata as
 sim que sair do leilão. O estope fica abaixo da mínima da barra 1. 
O alvo em todas essas compras fica sendo 3,5% de lucro após a compra ou 
128
terminar o trade no fechamento do terceiro dia após iniciada a operação – o 
que ocorrer primeiro. 
1 - O mercado vem subindo. Abre um candle de alta que tem um corpo com 
duas vezes e meia o tamanho do corpo dos candles prévios. Esse é o dia 1.
2 - No dia 2, temos venda dependendo da abertura e da movimentação.
 2.a- Abre acima da máxima do dia 1 (Larry Williams chama isso de 
 “ops”). Executa-se a venda quando os preços recuarem e caírem 0,01 
 abaixo do fechamento do dia 1. O estope fica acima da máxima até o 
 momento do dia 2.
 2.b- Abre abaixo do fechamento do dia 1, mas acima da mínima deste. 
 Marcar a mínima da primeira hora. Se perder a mínima da primeira 
 hora do dia 2, executa-se a venda. O estope fica acima da máxima do 
 dia 1. 
 2.c- Abre abaixo da mínima do dia 1. A venda deve ser imediata, assim 
 que sair do leilão. O estope fica acima da máxima do dia 1.
O alvo dessas vendas é 3,5% de lucro no bolso ou terminar no fechamento 
do terceiro dia após o início da venda. 
 
129
SETUP 24
Gap escondido 
Este é um modelo que trabalha um possível gap de fuga na periodicida-
de menor. 
1- - Temos o mercado caindo e formando um candle que tem a mínima dos 
últimos três períodos. Além disso, o fechamento desse candle é perto da míni-
ma do dia. Esse é o candle 1. 
2 - O candle 2 (dia seguinte) abre ACIMA do fechamento do candle 1. A mí-
nima do candle 2 está acima da mínima do candle 1 (não perdemos a mínima 
do dia prévio). O fechamento do candle 2 está acima da abertura do candle 1. 
3 - Compramos a superação da máxima do dia 2. 
130
1 - Temos mercado subindo. Forma-se um candle que tem a máxima dos 
últimos três dias e fecha perto da máxima do candle 1.
2 - No dia seguinte, abrimos abaixo do fechamento do candle 1. Não supe-
ramos a máxima do candle 1. Fechamos abaixo da abertura do candle 1. 
3 - Venda na perda da mínima do candle 2. 
131
133
SETUP 25
Value Line 
Este modelo é bem interessante. A cada candle de baixa, marca-se a míni-
ma desse candle. 
Somamos 4% nesse valor. Colocamos nossa ordem start de compra 0,01 
centavo acima do valor encontrado. 
A cada candle de alta, calculamos 4% abaixo da máxima desse candle. Se 
estivermos comprados, colocamos nosso estope abaixo do valor encontrado. 
Se esse valor for acionado, estopamos posição e dobramos na venda. 
Claro que o valor de 4% pode ser alterado para 5% ou 3%, dependendo 
do ativo. 
135
SETUP 26
Shark
Este padrão, basicamente, é a localização de dois insides days seguidos. 
Temos, então, três candles formando-o.
O shark, na verdade, parece ser um triângulo simétrico no gráfico menor.
O ponto de compra fica na máxima do candle que encobriu o primeiro insi-
de day. 
O estope fica abaixo da mínima deste. 
136
O alvo é a amplitude das três barras para cima. 
NOTA:
É importante um comentário aqui. O leitor pode ter atentado que não incluí 
neste capítulo nenhum candlestick. O candle em si seria um setup puro.
Não o fiz por uma única razão: nenhum candlestick no prazo diário, testado 
na PETR4 em dez anos de dados, produziu resultado positivo. Todos acabaram 
por apresentar resultados negativos. 
Logo, depreende-se que esse método precisa estar agregado a outros indi-
cadores ou suportes ou resistências para que possa ter alguma serventia. 
137
Chegamos ao final deste capítulo. Aprendemos bastante sobre setups puros 
e modelos de atuação sem o uso de indicadores. Observamos como as diferen-
tes variáveis influenciam no resultado e como elas interagem entre si. 
Notamos que os estopes mais longos trazem melhor eficácia aos modelos. 
Percebemos que níveis de acerto alto não traduzem necessariamente mode-
los vencedores. Observamos modelos que obtiveram ótimos resultados, apesar 
de sua enorme simplicidade. 
Quando se fala de modelos sistemáticos, existe uma importante característica 
que precisa ser levada em consideração: a constância. Ou seja, ao definir um 
modelo para se trabalhar, todos os sinais que esse modelo produzir devem ser 
efetuados. Não há mais margem para escolher qual sinal será ou não utilizado. 
Isso porque, se o trader for “escolher” sinais, irá interferir diretamente na estatís-
tica do modelo e, com isso, impossibilitar que o sistema atue de forma legítima. 
Precisamos sempre seguir todos os sinais para nos mantermos fiéis ao que o 
setup realmente desempenha. 
Nos próximos capítulos, iremos desenhar outros modelos que usam mais 
ferramentas e mais indicadores. Alguns

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