das operações para um capital fixo operado de R$ 5.000,00. Na segunda linha, temos o conceito de Profit per Bar. O item mais impor- tante a ser visualizado é o item de Profit per Bar. Quando temos um sistema que tem uma maior tendência para ganhar em um período de alta. Se testarmos esse modelo durante um período de tendên- cia de alta, teremos um resultado enviesado. Podemos acreditar que esse modelo é muito melhor do que de fato ele é. 28 Na mesma situação, se testássemos esse modelo em um período de baixa, poderíamos considerar o modelo pior do que ele é. Para retirar esse viés do tes- te, precisamos ter uma forma de remoção de tendência do papel. Para que, com isso, saibamos realmente qual é a capacidade daquele modelo de extrair mais dinheiro do mercado do que a própria tendência natural deste. A terceira linha é o custo total de comissões que o modelo produziu no perí- odo. Aqui usaremos modelo sem corretagem. Idealmente, um trader deveria computar em seus modelos os custos operacionais, já que estes podem afetar em muito o desempenho de alguns modelos. Para fins de facilitação na compre- ensão dos setups, retiramos essa variável do estudo. Quarta linha é o número de trades que foram acionados pelo sistema. Quinta linha é a média de lucro em reais para cada trade que deu certo. Sexta linha é a média percentual de lucro por trade certo. Sétima linha é o número de barras médio que o trade durou. Se for resultado para diário, será o numero médio de dias. Se forem resultados para semanas, mostrará o numero médio de semanas. Oitava linha é o percentual de trades executados que terminaram no lucro. Nona linha é o número de trades que resultaram em lucro. Décima linha é o lucro total auferido pelo sistema nas operações que deram certo. Décima primeira linha é a média de lucro em reais observado pelo sistema. Décima segunda linha é a média de lucro percentual auferido nos trades que deram certo. Décima terceira linha mostra a média de barras que os trades que resultaram em lucro duraram. Décima quarta linha mostra a maior série de trades bem-sucedidos consecu- tiva que ocorreu. Décima quinta linha mostra quantidade de trades que resultaram em perda. Décima sexta linha mostra o percentual de operações que resultaram em prejuízo. Décima sétima linha mostra a soma de todos os prejuízos que o modelo gerou. 29 Décima oitava linha mostra a média de perda em reais. Décima nona linha mostra a média percentual de perda. Vigésima linha mostra a média de barras que duraram os trades perdedores. Vigésima primeira linha mostra a maior série de perdas consecutivas que foi assinalada. Vigésima segunda linha mostra o máximo drawdown: maior distância entre o topo e o fundo de uma linha que represente a curva de capital do trader. Vigésima terceira linha mostra a data em que ocorreu o máximo drawdown. Vigésima quarta linha mostra o fator de lucro. Vigésima quinta linha mostra o fator de recuperação. Vigésima sexta linha mostra o payoff. Assim sendo, vamos analisar os resultados na PETR4 para o modelo do setup 1. Número de trades foi de 296 em dez anos. Cerca de 29,6 trades por ano. O índice de acerto foi de 42,57%. A média de lucro por trade certo foi de 6,71%. A média de duração da posição foi de 2,87 semanas. Tivemos 57,43% dos trades que foram estopados no prejuízo. A média de perda por trade estopado foi de 3,80%. Com isso, temos um payoff (que é basicamente a média percentual de ganho por trade certo dividida pela média de perda percentual por trade errado) de 1,77. Queremos em um sistema robusto um payoff o mais alto possível. O profit factor é basicamente a divisão do lucro bruto pela perda bruta. Procuramos sistemas que tenham um profit maior que 2. Este aqui tem um profit factor um pouco abaixo do ideal. O recovery factor é o lucro absoluto dividido pelo máximo drawdown. Aqui, quanto maior for o recovery factor, maior a possibilidade do sistema se recupe- rar de operações que deram prejuízos. 1 - Olhar o número de trades; 30 2 - Olhar Índice de acerto (win rate); 3 - Olhar média de lucro (average profit); 4 - Tempo médio de duração do trade; 5 - Média de perda (average loss); 6 - Máximo drawdown; 7 - Profit factor – queremos maior que 2; 8 - Recovery factor – quanto maior, melhor; 9 - Payoff – quanto maior, mais robusto. Veja ali que o profit per bar do buy and hold na PETR4 foi de R$ 93,93. Observe que, do modelo que usamos, temos um profit per bar de R$ 14,31. Como chegamos a esse número? Basicamente, dividindo todo o lucro resultan- te das operações pelo tempo EFETIVO que estivemos com o capital alocado. Dessa forma, podemos ter uma boa comparação da eficiência do modelo. SETUP 1 - PERÍODO DIÁRIO – ROMPIMENTO DA MÁXIMA DO ÚLTIMO DIA Opera-se a volatilidade do mercado. Marcamos máxima do último dia. Sua superação em um tick no dia seguinte aciona a compra; estope na mínima; o alvo é levar a operação pela mínima de cada dia até atingir 7% ou estopar. Usar alvos menores, pela baixa expectativa de acerto, não aparenta ser boa solução aqui. 31 Podemos ver um modelo que gera muitos trades. São quase 130 trades ao ano. Possui baixo nível de acerto, em torno de 37%. O lado forte desse modelo é o estope curto, que produz perdas pequenas e, portanto, um bom payoff. Setup 1.1 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 1 alvo A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. 32 O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. E vai subindo toda semana. O alvo da operação é de 5%. Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média ganho/perda pior que o setup 1; índice de acerto maior que o setup 1. VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL Estatísticas para PETR4, período de 01/01/2000 até 01/01/2010. Podemos notar que houve uma melhora no nível de acerto, como era espera- do. Agora temos 47,64% de acerto. Veja como nosso lucro médio caiu para 4,98%. O tempo médio de duração do trade também diminuiu. Observe como nosso profit factor caiu, nosso recovery factor também caiu e nosso payoff desceu. Isso demonstra que, de uma forma geral, reduzir a distância até o alvo me- lhorou o nível de acerto, MAS piorou o sistema. 33 Setup 1.2 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 2 alvo A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. De- pois, o estope sobe pela mínima de cada semana até o alvo ou ser estopado. O alvo da operação é de 10%. Análise do setup sem olhar as estatísticas: esperamos muitos sinais. Média ganho/perda melhor que o setup 1; índice de acerto bem pior que o setup 1. VALIDAÇÃO ESTATÍSTICA NO SEMANAL 34 Pelas estatísticas observadas na PETR4 no período de 01/01/2000 até 01/01/2010, podemos notar que o número de sinais não mudou. O nível de acerto diminuiu, mas não significativamente. A média de lucro subiu. Podemos notar melhora nos indicadores de profit factor, recovery factor e payoff ratio. Mostrando, portanto, que aqui, aumentar o alvo, apesar de diminuir o nível de acerto, melhorou o desempenho do modelo. Setup 1.3 – Rompimento da máxima da semana prévia, variação 3 alvo Podemos ainda produzir outras variações em cima desse mesmo setup. Uma muito utilizada poderia ser a amplitude do candle direcionada para cima, como alvo. A entrada ocorre assim que tivermos um negócio superando a máxima do candle da semana prévia. Não há necessidade desse candle ser de reversão. O estope da operação fica um tick abaixo da mínima da semana rompida. O alvo da operação é a amplitude da barra superada, projetada para cima. 35 No exemplo da figura 2, podemos ver a mesma