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PLANEJAMENTO CIRÚRGICO E 1. Qual idade os terceiros molares podem erupcionar A partir dos 18 anos de idade, em alguns casos já pode ser observada a erupção dos terceiros molares, variando em cada indivíduo. 2. Qual a posição em que um terceiro molar se forma? Os terceiros molares em mandíbula, costumam erupcionar de forma distoangulada. Enquanto que os terceiros molares em maxila costumam erupcionar mais verticalizados. 3. Quais os fatores associados a impacção de terceiros molares? Um dos fatores mais associados a ocorrência de impacção é falta de espaço, sendo os dentes mais frequentes: • Caninos • Terceiros molares PROVA: Isso ocorre porque esses dentes são os últimos a erupcionar, sendo o principal motivo para que esses dentes não erupcionem Dentes supranumerários também são difíceis de erupcionar, gerando impacção, sendo os dentes mais comuns; • Quarto molar • Mésiodens A perda precoce de dentes não está relacionada a impacção de terceiros molares, e sim a impacção dos pré molares 4. Qual a faixa etária ideal para remoção dos terceiros molares? .A idade ideal para remoção dos 3° molares, é entre 18 e 30 anos Dificuldade de remoção aumenta a partir dos 25 anos de idade, osso se torna mais compacto . Existem casos onde vamos indicar a remoção de dentes impactados, como por exemplo: • Dente impactado causando algum tipo de lesão periodontal no dente vizinho, com a finalidade de prevenir doença periodontal nos dentes vizinhos (perda óssea) na face distal, isso em caso de dentes inclinados • Dentes impactados causando cárie na distal ou raiz distal do dente vizinho. Terceiros molares ou dentes inclinados PARCIALMENTE ERUPCIONADOS PROVA: Um dente que não erupcionou na cavidade oral não consegue causar cárie no dente vizinho • Dentes impactados causando PERICORONARITE está contra-indicado a realização da remoção enquanto não for tratada a pericoronarite. o Possível forma de controle: Limpeza com soro fisiológico, em seguida lavar com água oxigenada, afim de liberar 02 para combater bactérias anaeróbicas, em seguida lavar com clorexidina por conta da sua ação bacteriostática e sua substantividade. o Antibióticos em caso de limitação da abertura bucal: amoxicilina ou amoxicilina com ácido clavulânico e reforçar a alimentação o Paciente com limitação de abertura bucal, vive em condições precárias, não adianta o paciente realizar a limpeza e tomar o remédio, é preciso que o paciente se hidrate e se alimente corretamente. Se este paciente não consegue se alimentar, ele precisa de uma atenção secundária, terciária, precisa estar em uma UPA, em um hospital, para que receba a hidratação e medicações endovenosas. o Paciente teve pericoronarite e ele melhorou, ainda sim ele precisa tomar antibiótico antes da realização da cirurgia. • Dentes impactados causando a reabsorção radicular de dentes vizinhos. • Em caso de avaliação pré-protética, necessário realizar minuciosa avaliação para ver a necessidade de remoção • Prevenção de cistos e tumores odontogênicos. • Fraturas mandibulares • Tratamento de dor sem origem aparente, paciente já tratou DTM, fez Orto e ainda assim sente dor • Facilitação de tratamento ortodôntico Tecnica cirurgica • Otimização da saúde periodontal • Higienização dos dentes Dentes inclusos é importante remover-se a coroa, pois nela contém o folículo, que é o que causa a reabsorção. Cistos e tumores Principais cistos odontogênicos associados a impacção de dentes: • Dentígero ou de erupção • Cisto paradentário • Ceratocisto odontogênico • Ameloblastoma Remocao profilatica Pacientes previamente submetidos a uma dessas situações: • Radioterapia na região de cabeça e pescoço • Transplante de órgãos • Quimioterapia • Terapia com bisfosfonatos Podemos indicar a remoção de dentes impactados, isso porque esse dente, poderia ser um foco infeccioso, nestes casos deve ser avaliado se o paciente possui o dente incluso ou parcialmente erupcionado. • Dente incluso: opta-se por manter • Dente parcialmente erypcionado: opta-se pela remoção do possível foco de infecção • Extremos de idade • Condição médica comprometida • Danos excessivos as estruturas adjacentes • Germes de pacientes jovens • Terceiros molares livres de doença, assintomáticos, totalmente recobertos por osso. • Histórico de pericoronarite • Abertura bucal • Visibilidade do dente • Condição periodontal • Ansiedade/medo do paciente • Volume da bochecha e língua • Reflexo de ânsia/vômito Dentre os exames para diagnóstico, podemos citar: • Radiografia periapical • Radiografia panorâmica • Tomografia de feixe cônico • Lateral oblíqua de mandíbula O que avaliar? Na avaliação imaginológica, devemos analisar os seguintes pontos: • Presença de cárie no dente impactado e dentes vizinhos • Localização do dente e angulação • Proximidade com estruturas nobres o Seio maxilar, cavidade nasal e canal mandibular • Identificar a presença de patologias associadas • Analisar anatomia radicular • Analisar dimensão do capuz pericoronário e ligamento periodontal Classes de Winter • Impactado • Submucoso • Erupcionado • Semi-erupcionado Classes de Winter Esta classificação se aplica tanto à mandíbula, quanto à maxila. Existindo então diversos tipos de angulação, como: • Mesioangular- 43% a 45%, ele vai estar impactando o segundo molar, não existe um espaço entre o dente • Horizontal 3% • Vertical 38 a 40% • Distoangular 6% o Vestibular o Lingual o Palatina o Transversal Observação: Enquanto na mandíbula o dente distoangular é o mais difícil de ser removido, em maxila o dente distoangular ajuda no movimento do extrator Em maxila o dente mais difícil de ser removido é o dente mesioangular Uma odontosecção deve sempre obedecer o longo eixo do dente vizinho, devendo ela ser sempre vertical. Classes de Pell e Gregory Esta classificação é exclusiva de mandíbula, não se aplicando a mandíbula Outro método para classificar os terceiros molares impactados baseia-se na quantidade de dente impactado coberto com o osso do ramo ascendente da mandíbula. Tal classificação é conhecida como classificação de Pell e Gregory, também chamada de classes 1, 2 e 3 de Pell e Gregory. Leva em consideração a relação entre o dente e a parte anterior do ramo. • Classe 1 : Se o diâmetro mesiodistal da coroa estiver completamente anterior à borda anterior do ramo da mandíbula, é uma relação de classe 1. Ou seja, será considerado Classe 1 quando a coroa estiver totalmente anterior ao ramo mandibular • Classe 2: Se o dente estiver posicionado posteriormente de modo que por volta da metade esteja coberta pelo ramo, a relação do dente com o ramo é classe 2. Ou seja, será considerado classe 2 quando a metade da coroa estiver coberta pelo ramo mandibular • Classe 3: Quando o dente se localiza completamente dentro do ramo mandibular Obs.: Evidentemente, a relação de classe 1 gera a melhor acessibilidade ao dente impactado; portanto, ele é o mais simples de remover. A relação de classe 3 gera a menor acessibilidade, apresentando, assim, maior dificuldade. Pell e Gregory A, B e C, está relacionada com a superfície oclusal do 3° molar e plano oclusal do 2° molar, onde: A- Superfície oclusal na altura ou próxima ao nível do segundo molar B- Superfície oclusal entre o plano oclusal e a linha cervical do segundo molar C- Superfície oclusal está abaixo da linha cervical do segundo molar. Fatores que facilitam Estes fatores fazem da impacção cirúrgica menos difícil 1. Posição mesioangular (em maxila-distoangular) 2. Ramo Classe I 3. Profundidade classe A 4. Um terço ou 2/3 da raiz formada* 5. Raízes cônicas fusionadas 6. Ligamentoperiodontal amplo* 7. Folículo grande* 8. Osso elástico* 9. Separação do segundo molar 10. Separação do nervo alveolar inferior* 11. Impacção em tecido mole Obs: * características de pacientes mais jovens Fatores que dificultam Estes fatores fazem da impacção cirúrgica MAISdifícil 1. Distoangular 2. Ramo classe 3 3. Profundidade classe C 4. Raízes finas, longas* 5. Raízes curvas divergenstes 6. Ligamento periodontal estreito 7. Folículo pequeno* 8. Osso inelástico, denso* 9. Contato com segundo molar 10. Proximidade do canal alveolar inferior 11. Impacção óssea completa* Obs: * características de pacientes mais velhos • Manejo pré-cirúrgico • Orientação ao paciente e consentimento • Adequada exposição cirúrgica • Avaliar a necessidade e quantidade de osteotomia • Avaliar a necessidade de odontosecção • Remoção do dente/fragmento com uso de avlavancas • Regularização de tecido ósseo • Toilet da ferida cirúrgica • Sutura • Preparar o equipo e selecionar o instrumental • Conferir o equipo o Sugador, terminal da alta rotação, refrigeração do terminal, foco da cadeira • Desinfecção da cadeira odontológica, Kart e bancada da pia • Bochecho • Óculos do paciente • Luva cirúrgica • Campo cirúrgico • Luva estéril • Bandeja cirúrgica • Antissepsia dos tubetes e da agulha odontológica • Lâmina de bisturi • Fio de sutura • Soro fisiológico/seringa-agulha • Broca cirúrgica • Antibióticos • AINE • Analgésico • Bochecho • Incisão deverá sempre ser realizada no sentido póstero-anterior enquanto que o descolamento deverá ser realizado no sentido ântero-posterior • A incisão consiste em uma incisão mucoperiosteal • Dimensão do retalho deverá ser suficiente para evitar lacerações e permitir o acesso do instrumental • Na distal do 2° molar NÃO DEVE-SE REALIZAR INCISÃO RETA. • A base do retalho deve ser mais ampla por conta do suprimento sanguíneo. • Deve-se realizar a palpação do tecido antes de incisá-lo, para verificar as estruturas • Essa incisão deve ter 1cm a i,5cm no MÁXIMO. No caso do terceiro molar inferior, a incisão relaxante pode ser feita tanto na mesial do segundo, quanto do primeiro molar. No caso do terceiro molar superior, a incisão relaxante por questões de visualização é importante preconizar que se realize na mesial do primeiro molar, pois a incisão ficará maior e garantirá uma maior visibilidade. RISCOS: Sangramento e parestesia do nervo lingual, quando realizada em região lingual. Os retalhos mais utilizados nos terceiros molares impactados, são os: • Retalhos em envelope • Retalhos triangulares. (incisão relaxante na mesial do 2° molar) Nos casos em que o terceiro molar está bastante profundo e necessita de maior remoção óssea, pode-se realizar uma relaxante oblíqua ou vertical, sendo deslocado mais apicalmente, sem risco de laceração A. Um retalho tipo envelope é mais frequentemente usado para remover dentes maxilares impactados. B. Quando se descola o retalho de tecido mole, o osso sobre o terceiro molar é facilmente visualizado. C. Se o dente estiver profundamente impactado, uma incisão relaxante no vestíbulo pode ser usada para obter maior acesso. D. Quando se descola o retalho triangular, as porções mais apicais tornam-se mais visíveis. Quanto mais osso removido, maior o período de cicatrização e menor a resistência a fratura O osso a ser removido deverá ser: • Oclusal • Vestibular e distal abaixo da linha cervical Obs.: O osso da lingual NÃO deverá ser removido As brocas usadas na osteotomia são n° 6, 8 (esférica) e 702 (tronco-cônica), em casos de dentes superiores o instrumental manual ou peça reta O tecido será descolado como mostrado em A, em seguida o osso será removido com auxílio de brocas nas faces vestibular e distal do dente impactado como mostrado em B. O dente deverá ser seccionado de acordo com a sua angulação e curvatura da raiz. Apesar de existirem modificações nos casos de dentes com raízes divergentes ou pra dentes profundamente impactados, o fator principal que vai reger a odontosecção é a angulação do dente A secção do dente é feito com uma broca e é realizada à três quartos da face lingual e nunca deverá ser realizada em sentido a lingual para não prejudicar o nervo lingual. • Dente mesioangular o Após ter sido removido osso suficiente, a metade distal da coroa é seccionada no sulco vestibular logo abaixo da linha cervical na face distal. Remove-se essa porção. • Dente horizontal o Após a remoção suficiente de osso até a linha cervical para expor a face superior da raiz distal e a maioria da superfície vestibular da coroa, secciona-se o dente dividindo-se a coroa das raízes na linha cervical. Remove-se a coroa do dente • Dente Vertical o O osso vestíbulo-oclusal e distal é removido. A metade distal da coroa é seccionada e removida, e eleva-se o dente aplicando-se a alavanca na face mesial da linha cervical do dente • Dente Distoangular o Depois que osso suficiente for removido dos lados vestíbulo-oclusal e distal do dente, a coroa é seccionada das raízes logo acima da linha cervical. A coroa inteira costuma ser removida, pois interfere na visibilidade e no acesso à estrutura radicular. Se as raízes forem fusionadas, uma alavanca reta ou uma alavanca de Cryer podem ser usadas para elevar o dente no espaço previamente ocupado pela coroa. Se as raízes forem divergentes, elas costumam ser seccionadas em dois pedaços e removidas individualmente. Após realização da regularização do tecido ósseo, pode-se realizar a sutura da região, devendo-se sempre seguir esta ordem: 1. Suturar os ângulos 2. Suturar as papilas 3. Suturar fundo de sulco Obs.: começar sempre suturando a relaxante e somente depois a região da exodontia.
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