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AÇÃO RESCISÓRIA 1 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória Ação Rescisória – ARTS 966-975 CPC 1- CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA “Rescisória é ação cognitiva, de natureza constitutiva negativa, por meio da qual se perde a desconstituição da decisão com trânsito em julgado, em regra de mérito, proferida em processo de conhecimento, com eventual novo julgamento em substituição a aquele rescindido”. Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. Coisa julgada material, aquele julgamento de mérito, aquele julgamento transitado em julgado que faz lei entre as partes, se torna um direito absoluto, um direito imutável, falamos que isso tem a ver com o principio da segurança jurídica, se não a parte vencida nunca terá sossego em relação a estabilidade. Não se fala em coisa julgada apenas na sentença, mas sim em qualquer decisão interlocutória de mérito, em caráter de sentença, como por exemplo o julgamento parcial de mérito. Decisão que faz coisa julgada serve para ação rescisória, podemos propor. Características da ação: ação de conhecimento, de caráter desconstitutivo, ou seja, desconstituir, o objetivo é exterminar a coisa julgada material, em regra de mérito, a regra é quase absoluta, mas há exceções. A ação rescisória tem como características rescindir, romper, desconstituir a coisa julgada material, no código de 1973 não existia ação rescisória de coisa julgada material. Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. § 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. AÇÃO RESCISÓRIA 2 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória § 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I - nova propositura da demanda; ou II - admissibilidade do recurso correspondente. § 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. § 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. § 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) No §2º tem as hipóteses que pode acontecer a ação rescisória sem ser de decisão de coisa material. Vai ter eventual nova sentença, se julgada procedente não apenas rescinde a decisão mas faz nova decisão. A ação rescisória em 1º instancia, sempre nasce em 2º instancia. Se eu profiro uma sentença no foro A, essa transita em julgado, e tem alguns dos vícios dos incisos do 966, a ação tem que ser proposta no TJ, em 2º instância. 2- Pressupostos objetivos. Distinção para ação de ‘Quirela Nullitatis’. 2 pressupostos: I- Decisão de mérito, como regra, com trânsito em julgado, tem que ser feito coisa julgada material (decisão julgamento antecipado de mérito). II- Prazo decadencial de 2 anos, do trânsito em julgado da última decisão. Juiz impedido profere uma sentença, ela transita em julgado, eu tenho um prazo decadencial, corre direto, ultrapassado 2 anos ela se torna definitiva, eu não posso mais atacar a decisão por ação rescisória. 3 tipos de atos nulos: absolutamente nulo, relativamente, inexistente (citação nula). Criou Queirela Nullitatis para atos inexistentes, e podem ser na primeira instancia, o 966 não tratam de atos inexistentes, trazem situações de nulidades absolutas, e apesar da nulidade ser absoluta transitou em julgado, iremos atacar essa nulidade com rescisória. Se for proferida por um juiz absolutamente incompetente, se passar 2 anos do transito em julgado não será mais possível atacar a nulidade. AÇÃO RESCISÓRIA 3 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1º Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. § 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 3º Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. 2 anos prazo da última decisão no processo. §1º- regras dos prazos, prazo nunca termina em dia não útil. §2º-está mantendo os dois anos, mas colocou um teto de 5 anos, quando descobrir prova nova que pode mudar o resultado do julgamento, mantem dois anos, mas muda o termo inicial, que é a data que ele descobriu a prova nova. Permanecem os dois anos. Ex.: transitou em julgado dia 10.10.2020, descobri prova nova em 10.10.2024, tenho apenas um ano, até 10.10.2025, por conta do teto de 5 anos para descobrir e o teto de 2 anos após descobrir. Tem que descobrir no máximo 5 anos depois da sentença. §3º colusão entre as partes, um conserto entre as partes para enganar e prejudicar terceiros, conluio. O prazo começa a contar da data da descoberta de terceiro prejudicado ou MP que não interveio. Sentença rescindenda, sentença que se quer rescindir. Não há um prazo, posso descobrir 10 anos depois, mas tenho que provas. Se eu descobrir 10 anos depois tenho 2 anos da data da descoberta para adentar com a ação rescisória. 3- Hipóteses em que a ação rescisória pode ocorrer. ‘Numerus Clausus’. Numerus clausus- número fechado, são números clausus, ou seja, um Rol Taxativo, só posso propor se tiver um dos casos do Art 966. O inciso I do 966- crimes de prevaricação, ato ou não ato deixa de praticar um ato dolosamente, com intuito de beneficiar alguém, concussão (extorsão de funcionário público) corrupção; Incisos tem em comum a gravidade do vício I- Crimes de grande natureza praticados por juiz II- Juiz impedido ou absolutamente incompetente, a suspeição não esta aí pois há umasuspeição apenas, tem q ter provas, se não for feita em tempo hábil não cabe ação rescisória. III- Resultado de dolo ou coação, eu sou o autor, eu elimino uma prova para A não se prevalecer. IV- A propõe uma ação contra B para alegar nulidade sobre um contrato em que a assinatura é falsa, A ganha o processo, B depois de um tempo entra com outra ação pra alegar um divida referente a esse contrato – A é revel – se B ganha A pode entrar com ação rescisória, pois ofende coisa julgada. AÇÃO RESCISÓRIA 4 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória V- Violar norma jurídica, muita jurisprudência restringe esse inciso, a discussão sobre uma lei tem amplos entendimentos, ex,: divergência jurisprudencial, a preocupação é restringir esse inciso, ex.: a citação para se defender em 5 dias, mas o prazo é de 15, a lei é explicita em relação a isso. Não há discussão, caso A seja declarado Revel e sentenciada, cabe ação rescisória. Nesses casos encaixam o inciso V. VI- for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória → se a prova for falsa, seja provada falsidade em processo criminal ou na própria ação rescisória, se ela conseguir provar a falsidade de uma prova utilizada no processo de origem. Essa prova vai permitir a reabertura da coisa julgada, precisa ser importante o suficiente para alterar o resultado do julgamento, não posso propor ação rescisória baseada em uma prova se a prova dessa falsidade não for suficiente pra mudar o jogo. VII- obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável- o inciso IV fala em prova utilizada no processo que é falsa, aqui fala de prova nova. O grande desafio é provar que na época não conhecia da prova. VIII- for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. O §1º se refere ao inciso VIII, que é possível a ação rescisória nos casos em que há erro de fato praticado pelo juiz, ele deveria ter se pronunciado. Inciso mais raro de ocorrência de rescisão, juiz que errou, fez uma errada avaliação, não se apercebeu de provas que havia, fez com que se admitisse um fato inexistente como existente ou vice versa- EX.: cobrança de uma dívida, é juntada uma prova de fato, a prova do pagamento, o juiz da a sentença sem ver essa prova, achou que não pagou, se transitar em julgado essa decisão pode-se entrar com ação rescisória. É difícil de ocorrer pois você corrige esse erro em embargos, apelação. 4- QUEM TEM LEGITIMIDADE PARA PROPÔ-LA. LEGITIMIDADE ATIVA. Esse rol é numerus clausus, não permite interpretação. Quem pode propor ação rescisória Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória: I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; II - o terceiro juridicamente interessado; III - o Ministério Público: a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei; c) em outros casos em que se imponha sua atuação; IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção. Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte. AÇÃO RESCISÓRIA 5 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória Quem for parte no processo; terceiro prejudicado, porém interessado juridicamente; MP quando não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; quando o MP for fiscal da lei, ele também deverá participar 5- POSSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA CONTRA DECISÃO QUE NÃO ANALISOU O MÉRITO. DECISÕES MERAMENTE HOMOLOGATÓRIAS. DECISÕES COM BASE EM SÚMULAS OU CASOS REPETITIVOS. Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. § 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. § 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça: I - nova propositura da demanda; ou II - admissibilidade do recurso correspondente. § 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. § 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. § 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) AÇÃO RESCISÓRIA 6 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória § 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) Duas hipóteses especificamente previstas no código, §2º a 6º. §2º dispositivo prevê duas situações em que cabe ação rescisória, quando não há julgamento de mérito, para que essas duas situações possam ocorrer, elas tem que estar ligadas a um dos incisos do 966, ou um juiz incompetente, etc.. Tem que impedir nova propositura da demanda, ex.: a perempção, perda do direito de ação se essa perempção ocorrer por juiz impedido, cabe ação rescisória. São absolutas e restritas as exceções a regra. §3º apenas um trecho da parte dispositiva, posso ter pedido cumulado por exemplo, entrar com ação com apenas um pedido. Ex.: cobrança, devolução, entro só com a cobrança. §4º nesses casos a ação rescisória não é a resposta, se por exemplo trouxe um acordo para que o juiz homologue, e ao fazer isso encerra o processo de mérito, pois o direito foi negociado entre as partes, há o encerramento e não um julgamento, o legislador entendeu que nesses casos o julgamento é fruto de uma manifestação consensual de vontades, que se esse acerto tiver alguma acusação, ação anulatória, foi coagido a realizar o acordo, vicio de consentimento, quando a ação for atacar acordo de vontade, saímos de ação rescisória e entramos em ação anulatória de atos jurídicos, não ação rescisória. §5º o legislador equipara a violação da lei quando o juiz coloca um julgamento repetitivo onde não se aplica aos fatos daquele processo, legislador faz uma equiparação ao violar manifestamente norma jurídica ao adotar um repetitivo que não cabe nos fatos do processo.§6º o autor sob pena de inépcia tem que demonstrar a realidade fática se distingue daquele modelo que o juiz aplicou. 6- REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL NA AÇÃO RESCISÓRIA. CASOS DE INDEFERIMENTO E POSSIBILIDADE DE EMENDA, Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor: I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo; II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente. § 1º Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça. § 2º O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos. § 3º Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste artigo. § 4º Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332 . AÇÃO RESCISÓRIA 7 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória § 5º Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda: I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2º do art. 966 ; II - tiver sido substituída por decisão posterior. § 6º Na hipótese do § 5º, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente. Fala sobre os requisitos da petição inicial, se remete muito ao Art 319. Cumular o pedido de rescisão se for o caso o de novo julgamento do processo; depositar 5% do valor da causa, que se for decidido por unanimidade ser inadmissível ou improcedente virara multa. Não precisa ser recolhido por MP fazenda e que tiver gratuidade de justiça. Judicium rescindens não há nova sentença, mas sim um novo processo se iniciando do 0 – incisos I, II e IV, no I e II o tribunal anula a sentença e volta para o 0, já no IV é extinto o processo sem julgamento do mérito, pois ofende coisa julgada- nessas 3 hipóteses não haverá novo julgamento pelo tribunal. Judicium rescissorium- Há novo julgamento, o tribunal irá poder fazer outro julgamento §2º deposito não pode passar de 1.000 mil salários mínimos. §3º além dos casos previstos no 330 (indeferimento da petição inicial) a petição será indeferida quando não efetuar o depósito exigido no inciso II, professor entende que o inciso I também, se couber novo julgamento, pois é um dos requisitos §4º Casos de improcedência liminar, a maioria da doutrina entende que pode sim se basear no Art 932 (poderes do super relator). §5º Quis falar sobre juízo incompetente, se eu profiro uma sentença em primeira instancia o tribunal será competente, agora se a sentença é proferida por tribunal ele não será mais competente. I- Quando não é o caso de ação rescisória, pois não se apreciou o mérito e não se encaixa nas exceções do 966 §2º, é caso de indeferimento II- Se caso alguma decisão posterior tiver substituído a rescindenda. §6º Emenda a inicial após a contestação, se o juízo é incompetente não é esse juízo que tem que analisar, é o competente, a ação não está calcada nos requisitos de admissibilidade eu indefiro a petição, e após isso, caso já tenha sido efetuada a contestação, ele terá direito a complementar sua defesa. 7- AÇÃO RESCISÓRIA, COMO REGRA, NÃO SUSPENDE A EXECUÇÃO DA DECISÃO RESCINDENDA. Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. Regra e exceção, como regra a decisão rescindenda o processo não é suspenso, a menos que na ação rescisória o desembargador diga que há suspensão. A ação da decisão rescindenda não se suspende automaticamente o processo, apenas se houver uma liminar suspendendo. 8- PROCEDIMENTO E COMPETENCIA AÇÃO RESCISÓRIA 8 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando- lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum. Art. 971. Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o julgamento. Parágrafo único. A escolha de relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado do julgamento rescindendo. Art. 971. Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o julgamento. Parágrafo único. A escolha de relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado do julgamento rescindendo. Art. 973. Concluída a instrução, será aberta vista ao autor e ao réu para razões finais, sucessivamente, pelo prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único. Em seguida, os autos serão conclusos ao relator, procedendo-se ao julgamento pelo órgão competente. Art. 974. Julgando procedente o pedido, o tribunal rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito a que se refere o inciso II do art. 968 . Parágrafo único. Considerando, por unanimidade, inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal determinará a reversão, em favor do réu, da importância do depósito, sem prejuízo do disposto no § 2º do art. 82 . Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1º Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. § 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 3º Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e AÇÃO RESCISÓRIA 9 Ana Bonfim – Processo Civil Ação Rescisória para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. O Art 970 descreve como se desenvolve a ação, o relator ordenará a citação do réu, prazo judicial, o juiz que fixa o prazo de defesa. Ao fim do prazo com ou sem contestação aplica-se o procedimento comum, se houver revelia, alguns entendem que ofenderia o principio da segurança jurídica, alguns entendem que se aplica a revelia, mas outros que não se aplica para desconstituir a coisa julgada material. Não há resposta fechada, mas se aplica o procedimento comum, depende muito do juiz. Art 971- o relator da ação rescisória não pode ter participado da decisão rescindenda. Qualquer desembargador não pode ter participado Art 972- Procedimento comum, se depender de prova, o relator pode enviar uma carta de ordem- ex.: se for para ouvir uma testemunha. Art 973- razões finais e julgamento Art 974- Se for procedente rescindirá a decisão e proferira a decisão se for o caso de novo julgamento e devolverá o depósito de 5%. Se for improcedente ou inadmissível por unanimidade os 5% vai para a parte contrária.
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