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Ação Rescisória

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AÇÃO RESCISÓRIA 
1 
Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
Ação Rescisória – ARTS 966-975 CPC 
1- CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA 
“Rescisória é ação cognitiva, de natureza constitutiva negativa, por meio da qual se perde a 
desconstituição da decisão com trânsito em julgado, em regra de mérito, proferida em processo de 
conhecimento, com eventual novo julgamento em substituição a aquele rescindido”. 
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que 
torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais 
sujeita a recurso. 
Coisa julgada material, aquele julgamento de mérito, aquele julgamento transitado em julgado que faz lei 
entre as partes, se torna um direito absoluto, um direito imutável, falamos que isso tem a ver com o principio 
da segurança jurídica, se não a parte vencida nunca terá sossego em relação a estabilidade. 
Não se fala em coisa julgada apenas na sentença, mas sim em qualquer decisão interlocutória de mérito, em 
caráter de sentença, como por exemplo o julgamento parcial de mérito. 
Decisão que faz coisa julgada serve para ação rescisória, podemos propor. 
Características da ação: ação de conhecimento, de caráter desconstitutivo, ou seja, desconstituir, o objetivo é 
exterminar a coisa julgada material, em regra de mérito, a regra é quase absoluta, mas há exceções. A ação 
rescisória tem como características rescindir, romper, desconstituir a coisa julgada material, no código de 1973 
não existia ação rescisória de coisa julgada material. 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode 
ser rescindida quando: 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, 
concussão ou corrupção do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo 
absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em 
detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou 
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido 
apurada em processo criminal ou venha a ser 
demonstrada na própria ação rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em 
julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que 
não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos 
autos. 
§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir 
fato inexistente ou quando considerar inexistente fato 
efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os 
casos, que o fato não represente ponto controvertido 
sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. 
AÇÃO RESCISÓRIA 
2 
Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será 
rescindível a decisão transitada em julgado que, embora 
não seja de mérito, impeça: 
I - nova propositura da demanda; ou 
II - admissibilidade do recurso correspondente. 
§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) 
capítulo da decisão. 
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas 
partes ou por outros participantes do processo e 
homologados pelo juízo, bem como os atos 
homologatórios praticados no curso da execução, estão 
sujeitos à anulação, nos termos da lei. 
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do 
caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado 
de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos 
repetitivos que não tenha considerado a existência de 
distinção entre a questão discutida no processo e o 
padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela 
Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 
5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, 
demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação 
particularizada por hipótese fática distinta ou de questão 
jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. 
(Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
No §2º tem as hipóteses que pode acontecer a ação rescisória sem ser de decisão de coisa material. 
Vai ter eventual nova sentença, se julgada procedente não apenas rescinde a decisão mas faz nova decisão. 
A ação rescisória em 1º instancia, sempre nasce em 2º instancia. 
Se eu profiro uma sentença no foro A, essa transita em julgado, e tem alguns dos vícios dos incisos do 966, a 
ação tem que ser proposta no TJ, em 2º instância. 
2- Pressupostos objetivos. Distinção para ação de ‘Quirela Nullitatis’. 
2 pressupostos: 
I- Decisão de mérito, como regra, com trânsito em julgado, tem que ser feito coisa julgada material 
(decisão julgamento antecipado de mérito). 
 
II- Prazo decadencial de 2 anos, do trânsito em julgado da última decisão. 
 
Juiz impedido profere uma sentença, ela transita em julgado, eu tenho um prazo decadencial, corre direto, 
ultrapassado 2 anos ela se torna definitiva, eu não posso mais atacar a decisão por ação rescisória. 
3 tipos de atos nulos: absolutamente nulo, relativamente, inexistente (citação nula). 
Criou Queirela Nullitatis para atos inexistentes, e podem ser na primeira instancia, o 966 não tratam de atos 
inexistentes, trazem situações de nulidades absolutas, e apesar da nulidade ser absoluta transitou em 
julgado, iremos atacar essa nulidade com rescisória. 
Se for proferida por um juiz absolutamente incompetente, se passar 2 anos do transito em julgado não será 
mais possível atacar a nulidade. 
AÇÃO RESCISÓRIA 
3 
Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos 
contados do trânsito em julgado da última decisão 
proferida no processo. 
§ 1º Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente 
subsequente o prazo a que se refere o caput, quando 
expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia 
em que não houver expediente forense. 
§ 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo 
inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, 
observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do 
trânsito em julgado da última decisão proferida no 
processo. 
§ 3º Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, 
o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e 
para o Ministério Público, que não interveio no processo, 
a partir do momento em que têm ciência da simulação ou 
da colusão. 
2 anos prazo da última decisão no processo. 
§1º- regras dos prazos, prazo nunca termina em dia não útil. 
§2º-está mantendo os dois anos, mas colocou um teto de 5 anos, quando descobrir prova nova que pode 
mudar o resultado do julgamento, mantem dois anos, mas muda o termo inicial, que é a data que ele 
descobriu a prova nova. Permanecem os dois anos. Ex.: transitou em julgado dia 10.10.2020, descobri prova 
nova em 10.10.2024, tenho apenas um ano, até 10.10.2025, por conta do teto de 5 anos para descobrir e o 
teto de 2 anos após descobrir. 
Tem que descobrir no máximo 5 anos depois da sentença. 
§3º colusão entre as partes, um conserto entre as partes para enganar e prejudicar terceiros, conluio. O prazo 
começa a contar da data da descoberta de terceiro prejudicado ou MP que não interveio. Sentença 
rescindenda, sentença que se quer rescindir. 
Não há um prazo, posso descobrir 10 anos depois, mas tenho que provas. 
Se eu descobrir 10 anos depois tenho 2 anos da data da descoberta para adentar com a ação rescisória. 
3- Hipóteses em que a ação rescisória pode ocorrer. ‘Numerus Clausus’. 
Numerus clausus- número fechado, são números clausus, ou seja, um Rol Taxativo, só posso propor se tiver 
um dos casos do Art 966. 
O inciso I do 966- crimes de prevaricação, ato ou não ato deixa de praticar um ato dolosamente, com intuito 
de beneficiar alguém, concussão (extorsão de funcionário público) corrupção; 
Incisos tem em comum a gravidade do vício 
I- Crimes de grande natureza praticados por juiz 
II- Juiz impedido ou absolutamente incompetente, a suspeição não esta aí pois há umasuspeição 
apenas, tem q ter provas, se não for feita em tempo hábil não cabe ação rescisória. 
III- Resultado de dolo ou coação, eu sou o autor, eu elimino uma prova para A não se prevalecer. 
IV- A propõe uma ação contra B para alegar nulidade sobre um contrato em que a assinatura é falsa, 
A ganha o processo, B depois de um tempo entra com outra ação pra alegar um divida referente 
a esse contrato – A é revel – se B ganha A pode entrar com ação rescisória, pois ofende coisa 
julgada. 
AÇÃO RESCISÓRIA 
4 
Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
V- Violar norma jurídica, muita jurisprudência restringe esse inciso, a discussão sobre uma lei tem 
amplos entendimentos, ex,: divergência jurisprudencial, a preocupação é restringir esse inciso, ex.: 
a citação para se defender em 5 dias, mas o prazo é de 15, a lei é explicita em relação a isso. Não 
há discussão, caso A seja declarado Revel e sentenciada, cabe ação rescisória. Nesses casos 
encaixam o inciso V. 
VI- for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser 
demonstrada na própria ação rescisória → se a prova for falsa, seja provada falsidade em processo 
criminal ou na própria ação rescisória, se ela conseguir provar a falsidade de uma prova utilizada 
no processo de origem. Essa prova vai permitir a reabertura da coisa julgada, precisa ser importante 
o suficiente para alterar o resultado do julgamento, não posso propor ação rescisória baseada em 
uma prova se a prova dessa falsidade não for suficiente pra mudar o jogo. 
VII- obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de 
que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável- o inciso IV 
fala em prova utilizada no processo que é falsa, aqui fala de prova nova. O grande desafio é provar 
que na época não conhecia da prova. 
 
 
VIII- for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. O §1º se refere ao inciso VIII, que é 
possível a ação rescisória nos casos em que há erro de fato praticado pelo juiz, ele deveria ter se 
pronunciado. Inciso mais raro de ocorrência de rescisão, juiz que errou, fez uma errada avaliação, 
não se apercebeu de provas que havia, fez com que se admitisse um fato inexistente como 
existente ou vice versa- EX.: cobrança de uma dívida, é juntada uma prova de fato, a prova do 
pagamento, o juiz da a sentença sem ver essa prova, achou que não pagou, se transitar em julgado 
essa decisão pode-se entrar com ação rescisória. É difícil de ocorrer pois você corrige esse erro em 
embargos, apelação. 
 
4- QUEM TEM LEGITIMIDADE PARA PROPÔ-LA. LEGITIMIDADE ATIVA. 
Esse rol é numerus clausus, não permite interpretação. 
Quem pode propor ação rescisória 
 
Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória: 
I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título 
universal ou singular; 
II - o terceiro juridicamente interessado; 
III - o Ministério Público: 
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a 
intervenção; 
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de 
colusão das partes, a fim de fraudar a lei; 
c) em outros casos em que se imponha sua atuação; 
IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era 
obrigatória a intervenção. 
Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público 
será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica 
quando não for parte. 
AÇÃO RESCISÓRIA 
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Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
Quem for parte no processo; terceiro prejudicado, porém interessado juridicamente; MP quando não 
foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; quando o MP for fiscal da lei, ele também 
deverá participar 
5- POSSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA CONTRA DECISÃO QUE NÃO ANALISOU O 
MÉRITO. DECISÕES MERAMENTE HOMOLOGATÓRIAS. DECISÕES COM BASE EM 
SÚMULAS OU CASOS REPETITIVOS. 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser 
rescindida quando: 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, 
concussão ou corrupção do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente 
incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em 
detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão 
entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em 
processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação 
rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, 
prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer 
uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento 
favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato 
inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente 
ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato 
não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria 
ter se pronunciado. 
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será 
rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não 
seja de mérito, impeça: 
I - nova propositura da demanda; ou 
II - admissibilidade do recurso correspondente. 
§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo 
da decisão. 
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes 
ou por outros participantes do processo e homologados pelo 
juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da 
execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei. 
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput 
deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula 
ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que 
não tenha considerado a existência de distinção entre a questão 
discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu 
fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
AÇÃO RESCISÓRIA 
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Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º 
deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, 
fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por 
hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a 
impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 
2016) (Vigência) 
Duas hipóteses especificamente previstas no código, §2º a 6º. 
§2º dispositivo prevê duas situações em que cabe ação rescisória, quando não há julgamento de mérito, para 
que essas duas situações possam ocorrer, elas tem que estar ligadas a um dos incisos do 966, ou um juiz 
incompetente, etc.. Tem que impedir nova propositura da demanda, ex.: a perempção, perda do direito de 
ação se essa perempção ocorrer por juiz impedido, cabe ação rescisória. 
São absolutas e restritas as exceções a regra. 
§3º apenas um trecho da parte dispositiva, posso ter pedido cumulado por exemplo, entrar com ação com 
apenas um pedido. Ex.: cobrança, devolução, entro só com a cobrança. 
§4º nesses casos a ação rescisória não é a resposta, se por exemplo trouxe um acordo para que o juiz 
homologue, e ao fazer isso encerra o processo de mérito, pois o direito foi negociado entre as partes, há o 
encerramento e não um julgamento, o legislador entendeu que nesses casos o julgamento é fruto de uma 
manifestação consensual de vontades, que se esse acerto tiver alguma acusação, ação anulatória, foi coagido 
a realizar o acordo, vicio de consentimento, quando a ação for atacar acordo de vontade, saímos de ação 
rescisória e entramos em ação anulatória de atos jurídicos, não ação rescisória. 
§5º o legislador equipara a violação da lei quando o juiz coloca um julgamento repetitivo onde não se aplica 
aos fatos daquele processo, legislador faz uma equiparação ao violar manifestamente norma jurídica ao 
adotar um repetitivo que não cabe nos fatos do processo.§6º o autor sob pena de inépcia tem que demonstrar a realidade fática se distingue daquele modelo que o 
juiz aplicou. 
6- REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL NA AÇÃO RESCISÓRIA. CASOS DE INDEFERIMENTO 
E POSSIBILIDADE DE EMENDA, 
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos 
requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor: 
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo 
julgamento do processo; 
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da 
causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por 
unanimidade de votos, declarada inadmissível ou 
improcedente. 
§ 1º Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, 
à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de 
gratuidade da justiça. 
§ 2º O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não 
será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos. 
§ 3º Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será 
indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso 
II do caput deste artigo. 
§ 4º Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332 . 
AÇÃO RESCISÓRIA 
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Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
§ 5º Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação 
rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, 
a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão 
apontada como rescindenda: 
I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação 
prevista no § 2º do art. 966 ; 
II - tiver sido substituída por decisão posterior. 
§ 6º Na hipótese do § 5º, após a emenda da petição inicial, será 
permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, 
em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente. 
Fala sobre os requisitos da petição inicial, se remete muito ao Art 319. 
Cumular o pedido de rescisão se for o caso o de novo julgamento do processo; depositar 5% do valor da 
causa, que se for decidido por unanimidade ser inadmissível ou improcedente virara multa. Não precisa ser 
recolhido por MP fazenda e que tiver gratuidade de justiça. 
 Judicium rescindens não há nova sentença, mas sim um novo processo se iniciando do 0 – incisos I, II 
e IV, no I e II o tribunal anula a sentença e volta para o 0, já no IV é extinto o processo sem julgamento do 
mérito, pois ofende coisa julgada- nessas 3 hipóteses não haverá novo julgamento pelo tribunal. 
 Judicium rescissorium- Há novo julgamento, o tribunal irá poder fazer outro julgamento 
§2º deposito não pode passar de 1.000 mil salários mínimos. 
§3º além dos casos previstos no 330 (indeferimento da petição inicial) a petição será indeferida quando não 
efetuar o depósito exigido no inciso II, professor entende que o inciso I também, se couber novo julgamento, 
pois é um dos requisitos 
§4º Casos de improcedência liminar, a maioria da doutrina entende que pode sim se basear no Art 932 
(poderes do super relator). 
§5º Quis falar sobre juízo incompetente, se eu profiro uma sentença em primeira instancia o tribunal será 
competente, agora se a sentença é proferida por tribunal ele não será mais competente. 
I- Quando não é o caso de ação rescisória, pois não se apreciou o mérito e não se encaixa nas 
exceções do 966 §2º, é caso de indeferimento 
II- Se caso alguma decisão posterior tiver substituído a rescindenda. 
§6º Emenda a inicial após a contestação, se o juízo é incompetente não é esse juízo que tem que analisar, é o 
competente, a ação não está calcada nos requisitos de admissibilidade eu indefiro a petição, e após isso, caso 
já tenha sido efetuada a contestação, ele terá direito a complementar sua defesa. 
 
7- AÇÃO RESCISÓRIA, COMO REGRA, NÃO SUSPENDE A EXECUÇÃO DA DECISÃO 
RESCINDENDA. 
Art. 969. A propositura da ação rescisória não impede 
o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a 
concessão de tutela provisória. 
Regra e exceção, como regra a decisão rescindenda o processo não é suspenso, a menos que na ação 
rescisória o desembargador diga que há suspensão. 
A ação da decisão rescindenda não se suspende automaticamente o processo, apenas se houver uma liminar 
suspendendo. 
8- PROCEDIMENTO E COMPETENCIA 
AÇÃO RESCISÓRIA 
8 
Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-
lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 
30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim 
do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que 
couber, o procedimento comum. 
Art. 971. Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo 
relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do 
relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem 
o órgão competente para o julgamento. 
Parágrafo único. A escolha de relator recairá, sempre que 
possível, em juiz que não haja participado do julgamento 
rescindendo. 
Art. 971. Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo 
relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do 
relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem 
o órgão competente para o julgamento. 
Parágrafo único. A escolha de relator recairá, sempre que 
possível, em juiz que não haja participado do julgamento 
rescindendo. 
Art. 973. Concluída a instrução, será aberta vista ao autor 
e ao réu para razões finais, sucessivamente, pelo prazo de 
10 (dez) dias. 
Parágrafo único. Em seguida, os autos serão conclusos 
ao relator, procedendo-se ao julgamento pelo órgão 
competente. 
Art. 974. Julgando procedente o pedido, o tribunal 
rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo 
julgamento e determinará a restituição do depósito a que 
se refere o inciso II do art. 968 . 
Parágrafo único. Considerando, por unanimidade, 
inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal 
determinará a reversão, em favor do réu, da importância 
do depósito, sem prejuízo do disposto no § 2º do art. 82 . 
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos 
contados do trânsito em julgado da última decisão 
proferida no processo. 
§ 1º Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente 
subsequente o prazo a que se refere o caput, quando 
expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia 
em que não houver expediente forense. 
§ 2º Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo 
inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, 
observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do 
trânsito em julgado da última decisão proferida no 
processo. 
§ 3º Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, 
o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e 
AÇÃO RESCISÓRIA 
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Ana Bonfim – Processo Civil 
Ação Rescisória 
para o Ministério Público, que não interveio no processo, 
a partir do momento em que têm ciência da simulação ou 
da colusão. 
 O Art 970 descreve como se desenvolve a ação, o relator ordenará a citação do réu, prazo judicial, o 
juiz que fixa o prazo de defesa. Ao fim do prazo com ou sem contestação aplica-se o procedimento comum, 
se houver revelia, alguns entendem que ofenderia o principio da segurança jurídica, alguns entendem que se 
aplica a revelia, mas outros que não se aplica para desconstituir a coisa julgada material. Não há resposta 
fechada, mas se aplica o procedimento comum, depende muito do juiz. 
Art 971- o relator da ação rescisória não pode ter participado da decisão rescindenda. Qualquer 
desembargador não pode ter participado 
Art 972- Procedimento comum, se depender de prova, o relator pode enviar uma carta de ordem- ex.: se for 
para ouvir uma testemunha. 
Art 973- razões finais e julgamento 
Art 974- Se for procedente rescindirá a decisão e proferira a decisão se for o caso de novo julgamento e 
devolverá o depósito de 5%. Se for improcedente ou inadmissível por unanimidade os 5% vai para a parte 
contrária.

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