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GRUPO – 8 INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES PROJECTO DE CIRCUITOS DE RADIOFREQUÊNCIA DIMENSIONAMENTO DE UM FILTRO PASSA-BANDA Para operar na frequência da Rádio Romântica (97.9 MHz) O Docente: Amílcar Luanda, 2017 INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES PROJECTO DE CIRCUITOS DE RADIOFREQUÊNCIA DIMENSIONAMENTO DE UM FILTRO PASSA-BANDA Para operar na frequência da Rádio Romântica (97.9 MHz) GRUPO – 8 252 – Manuel José Sona Mbenza 030 – João Clemente Fernando 298 – Faustino David Carlos André 261 – Mkiambi Santos José 455 – Erlander Tiago Bento António 292 – Valdimiro Adão Tomás 404 – Ronaldo da Conceição V. Agostinho O Docente: Amílcar Luanda, 2017 ÍNDICE INTRODUÇÃO………………………………………………………………………... 1 Objectivo geral…………………………………………………………….……1 Objectivos específicos…………………………………………………………1 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS………………………………………………….. 2 1.1. Conceito de filtro…………………………………………………………. 2 1.2. Classificação dos filtros…………………………………………………..2 1.3. Procedimentos para obtenção do filtro passa-banda………………… 4 2. DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DO FILTRO………………………….... 8 1.1. Cálculo da largura de banda………………………………………… 8 1.2. Transformação do filtro passa-baixa em passa-banda…………... 8 1.3. Determinação da ordem do filtro……………………………………. 8 1.4. Cálculo das Reactâncias……………………………………………...9 1.5. Cálculo dos valores reais dos Capacitores e Indutores…………... 9 1.6. Cálculo do factor de qualidade……………………………………... 10 3. SIMULAÇÃO DO CIRCUITO……………………………………………………..11 3.1. Simulação através do software RFSIM99…………………………… 11 3.2. Simulação através do software Proteus.…………………………….. 12 5. MATERIAIS REQUERIDOS……………………………………………………...14 6. MONTAGEM DO CIRCUITO……………………………………………………. 15 CONCLUSÃO………………………………………………………………………...17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………..18 1 INTRODUÇÃO A detecção de um sinal desejado pode ser impossível se os sinais indesejados e o ruído não forem suficientemente removidos por filtragem. Os filtros eletrônicos permitem que alguns sinais passem, mas outros não. Para ser mais preciso, os filtros permitem que algumas frequências de sinal aplicadas nos seus terminais de entrada passem para os seus terminais de saída com pouca ou nenhuma redução no nível do sinal. Filtros eletrônicos analógicos estão presentes em quase todos os equipamentos eletrônicos. Existem tipos óbvios de equipamentos, como rádios, televisores e sistemas estéreo. Equipamentos de teste, como analisadores de espectro e geradores de sinal, também precisam de filtros. Mesmo onde os sinais são convertidos em uma forma digital. O filtro de Butterworth é um tipo de projeto de filtros eletrônicos, desenvolvido de forma a obter uma resposta em frequência, o mais plana possível, em termos matemáticos, na banda passante. OBJECTIVO GERAL: Projectar um filtro de Butterworth passa-banda para operar na frequência da rádio romântica. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: Calcular os valores dos capacitores e indutores, a partir de um valor de frequência de corte; Simulação os resultados obtidos nos cálculos no software RFsim99; Montar manual e teste em laboratório para verificação de resultados. 2 2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS 2.1. Conceito de filtro O termo filtro é usado de muitas maneiras diferentes em engenharia elétrica. Um algoritmo em um programa de computador que toma uma decisão sobre quais comandos e como certos comandos são executados executa uma função de filtragem. Uma técnica de decisão que estima o sinal de entrada de um conjunto de sinais e ruído é conhecida como filtragem ideal. No processamento de sinal analógico e digital, os filtros eliminam ou atenuam grandemente a porção indesejada de um sinal de entrada. Esses processos de filtragem analógica e digital podem ser realizados em situações em tempo real ou fora de linha. Filtros podem ser definidos como “um circuito que apresenta um comportamento típico em função da frequência do sinal a ele aplicado”, de modo que possibilite a passagem de sinais de determinadas frequências, removendo ou amenizando os sinais com frequências indesejadas. 2.2. Classificação dos filtros Os filtros podem ser classificados de diferentes maneiras: Podem ser ativos ou passivos, ativos quando são compostos por elementos de circuitos que podem prover ganho de potência como transistores e amplificadores operacionais, e caso não possuam tais elementos são considerados filtros passivos; Podem ser analógicos ou digitais e também concentrados ou distribuídos; Em relação à seletividade em frequência, os filtros são classificados como filtros passa-baixas, passa-altas, passa-faixa, rejeita-faixa e passa-tudo; Um filtro passa-faixa ideal permite apenas a transmissão da potência de um sinal cujas frequências vão de um limite inferior (f1) a um limite superior (f2). Fora desse intervalo, qualquer sinal é completamente atenuado. 3 Um filtro passa-faixa ideal não é fisicamente realizável pois não respeita a condição de causalidade, que mostra que um sistema fisicamente realizável não poderá ter uma resposta não nula antes que se aplique uma função de excitação, o que se verifica no caso do filtro passa-faixa ideal. Por exemplo, se for determinada a resposta ao impulso unitário desse filtro ideal, nota-se que o sistema antecipa-se à função de excitação, apresentando valores negativos na linha do tempo. Assim, na prática, adotam-se aproximações fisicamente realizáveis, tais como: a) Aproximação do tipo Butterworth, cuja resposta em frequência não apresenta ondulações na faixa de passagem, apresentando uma característica mais plana possível. b) Aproximação do tipo Chebyshev, que se caracteriza por apresentar ondulação na banda de passagem, mas com a vantagem, em relação ao de Butterworth, de maior atenuação para uma mesma ordem. c) Aproximação baseada em funções Elípticas, que possui ondulação tanto na banda de passagem quanto na banda de rejeição, além de apresentar zeros finitos na função de transferência. c) Bessel, que é similar à aproximação Butterworth, mas possui uma menor atenuação na faixa de rejeição. Por outro lado apresenta uma melhor resposta de fase em comparação com as aproximações anteriores. A figura a baixo ilustra os quatro tipos de aproximações. Figura 1. Aproximações de um filtro passa-faixa, (a) Butterworth, (b) Chebyshev, (c) Elíptica e (d) Bessel 4 2.3. Procedimentos para a obtenção de um filtro passa-banda Os filtros passa-faixa geralmente são derivados a partir do seu equivalente passa-baixas. Esse procedimento é conhecido como transformação de frequência. Para se obter os filtros passa-faixa, serão utilizadas tabelas de filtros passa-baixas normalizados e também as equações de transformação dos elementos de circuito do filtro passa-baixas para o passa-faixa. O projeto de um filtro passa-faixa segue basicamente o seguinte roteiro: a) Especificadas as características do filtro passa-faixa, determinam-se as especificações equivalentes do filtro passa-baixas. b) Sintetiza-se, então, o filtro passa-baixas normalizado. Para tal, pode-se usar tabelas. c) Aplica-se a transformação passa-baixas/passa-faixa, para obtenção do filtro passa-faixa normalizado. d) Finalmente, desnormaliza-se, então, o filtro passa-faixa para a frequência central estabelecida. Parâmetros a serem calculados: Frequência Central: Definida como: Onde fl é a frequência limite inferior e fu a frequência limite superior; geralmente as frequências nas quais o sinal é atenuado de -3dB são chamadas de frequências de corte. Para casos maisgerais Onde f1 e f2 são duas frequências quaisquer com atenuações iguais, e que podem ser chamadas de frequências de rejeição. Essas relações implicam em simetria geométrica. 5 Figura 2. Resposta em frequência de um filtro passa-faixa Um importante parâmetro de um filtro passa-faixa é o fator de qualidade do mesmo ou Q, que é definido como: Onde BW é a faixa de passagem do filtro passa-faixa, definida como BW = fu –fl. Se o valor do Q for superior a 10, pode-se usar a média aritmética para obtenção da frequência central. Para se utilizar as tabelas de filtros passa-baixas normalizados, os dados do filtro passa-faixa devem ser inicialmente transformados em equivalentes passa-baixas normalizados. Para isso, é preciso fazer manipulações nas especificações para deixá-lo simétrico. Em pontos de atenuação equivalentes, as frequências que correspondem às frequências acima e abaixo de f0 devem satisfazer a equação da frequência de corte. Em seguida, o fator de inclinação do filtro pode ser encontrado, e é definido como: Onde BWrej é a largura da banda de rejeição e BWpass é a largura da banda passante. Esse fator de inclinação é usado para selecionar dentre as tabelas de filtro 6 passa-baixas normalizado, aquele que atenderá melhor essa transição da banda passante para a banda de rejeição dentro da taxa de frequência de As. Com o filtro passa-baixas normalizado, o próximo passo é obter o filtro passa- faixa desejado. Um filtro passa-faixa pode ser obtido a partir do seu protótipo passa- baixas, do qual resultará uma exata simetria geométrica independentemente da largura de banda. Para projetar um filtro passa-faixa usando a técnica descrita previamente, um protótipo de filtro passa-baixas é primeiramente determinado. O nível de impedância e a frequência de corte em -3dB do filtro passa-baixas são os mesmos para a largura de banda do filtro passa-faixa desejado. O próximo passo é colocar uma capacitância em série com todos os indutores e um indutor em paralelo com todos os capacitores. A tabela a baixo ilustra esta transformação: Figura 3. Transformação de elementos do filtro passa-baixas para o passa-faixa. Os valores dos elementos adicionais (Indutores e Capacitores) são calculados com base nas expressões a baixo escritas e auxiliadas pela tabela a baixo especificada: 7 Figura 4:Valores de Ln, Cn para resistência de carga de 1Ω e frequência de corte (-3dB) de 1 rad/s. 8 3. DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DO FILTRO Segue-se os procedimentos realizados para o dimensionamento do circuito de um filtro passa-banda de Butterworth, para frequência da rádio Romântica (f = 97,9 MHz). Com base na frequência central na qual deseja-se dimensionar o filtro ( ), tendo em conta as outras estações de rádio com frequências próximas da frequência central na qual pretendemos dimensionar o filtro, consideramos os seguintes valores para a frequência mínima e máxima: ; 3.1. Cálculo da largura de banda 3.2. Transformação do filtro passa-baixa em passa- banda 3.3. Determinação da ordem do filtro => => 9 3.4. Cálculo das Reactâncias 3.5. Cálculo dos valores reais dos Capacitores e Indutores Ramos em paralelo H Ramos em serie 10 H H H 3.6. Cálculo do factor de qualidade Q = Q = 11 Q = 97.9 11 4. SIMULAÇÃO DO CIRCUITO A simulação do circuito foi realizada por meio dos simuladores RFsim99 e Proteus. 4.1. Simulação com RFsim99 Através do simulador RFsim99, obtivemos os seguintes resultados: Circuito eléctrico Figura 5. Simulação do circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa-banda, usando os parâmetros da antena no Simulador RFsim99. 12 Figura 6. Circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa baixa com o Simulador RFsim99. Forma de onda Figura 7. Forma de onda do filtro de Butterworth passa-banda obtida no simulador RFsim99. 4.2. Simulação com Proteus A simulação do circuito foi realizada nos simuladores RFsim99 e Proteus. Através do simulador Rfsim99, obtivemos os seguintes resultados: 13 Circuito eléctrico Figura 8. Circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa baixa no simulador Proteus. Forma de onda Figura 9. Forma de onda do filtro de Butterworth passa-banda obtida no simulador Proteus. L2 1.588nH L3 21.27uH L4 657.571pH L5 8.913uH C2 1.665nF C3 122.822F C4 4.01nF C5 296.59F R1 73.665 R2 73.17 R1(2) Saida 14 5. MATERIAIS REQUERIDOS Para a montagem do circuito do filtro de Butterworth passa-banda para operar na frequência da rádio romântica, foram utilizados os seguintes materiais: Antena Dipolo de meia-onda; Cabo coaxial RG6U; com ZO = 75 Ω; Placa de ensaio Condutores para conexões 12 Capacitores de 224 pF 14 Capacitores de 1 pF 1 Indutor de 1,599 nH 1 Indutor de 21,67 F 1 Indutor de 622,3 pF 1 Indutor de 8,97 F 15 6. MONTAGEM DO CIRCUITO No acto da montagem do circuito do filtro de Butterworth passa-banda, como os valores dos capacitores obtidos nos cálculos na sua maioria não são valores comerciais, houve a necessidade de se realizar associações de capacitores para se aproximar aos valores comerciais de capacitores, como mostra a figura 10. Figura 10. Circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa-bandas com valores comerciais de capacitores e indutores. Figura 11. Circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa-banda montado na placa. L2 1.599nH L3 21.518H L5 657.571p C2-1 1MF C3-1 1pF C4-1 1nF Z-IN 73.17 Z-OUT 73.17 Entrada C2-2 222pF C2-3 220pF C2-4 220pF C4-2 1nF C4-3 220pF C4-4 220pF C8 1pF C6 1pF C7 1pF C9 1pF C10 1pF C12 1pF C11 1pF C13 220pF C14 220pF C15 220pF C16 220pF C17 220pF C18 220pF C19 220pF L4 8.913uH C20 1nF C21 1nF C22 1nF C23 1nF C23(2) V=0 16 Figura 12. Circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa-banda montado na placa. 17 CONCLUSÃO Com a realização deste projeto foi possível praticar muitos conhecimentos aprendidos nas aulas da cadeira de Circuitos de Radiofrequência, Circuitos Eléctricos e outras, colocando a prova nosso aprendizado. Na pratica, apareceram vários dificuldades, porque o funcionamento do circuito eléctrico do filtro de Butterworth passa-banda montado não funcionou como desejadoe não respondeu com as nossas espectativas. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. 4ª edição. São Paulo: Makron Books,1997; WINDER, Steve. Analog and digital filter design. 2ª edição. New York: Newnes, 2002. Material das aulas de Projecto de Circuitos de Radiofrequência.
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